Quem é Você? escrita por Layane Alves


Capítulo 9
Capitulo 9


Notas iniciais do capítulo

Sim, três meses sem postar nada.
Primeiro,minha inspiração não está em seus melhores momentos.
Segundo, estou um pouco sem tempo nesses ultimos tempos.
Terceiro, meu computador não está muito bom, uma hora liga e fica normal e em outra nem sequer acende a tela...
Basicamente são esses motivos que me impossibilitaram de postar o novo capitulo. Espero que gostem, até mais!
Lay♥



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Senhora Monroe foi pega de surpresa quando Danny apareceu na cozinha, também com a intenção de beber um copo de água. Ele a encarou e sem mais delongas perguntou:

—Quem é Elisa? -posicionou-se á frente dela.

No mesmo instante, a senhora engoliu a  água que ainda lhe restava na boca e se fez de desentendida.

—Não sei quem é ela. Nunca ouvi falar nesse nome.

—A Lindsay acordou chamando por ela, pensei que soubesse quem seria ela.

—Não, não sei.

—E por que ela disse que estavam a machucando e que teria de lhe contar?

—O que exatamente ela disse? -aproximou-se dele.

—Que um homem a machucou e que deveria lhe contar. Ela agiu como se tivesse falando com a Elisa, achava que  ela estava no quarto. 

—Hum...

—Do que se trata, afinal? Por que ela está tendo esses pesadelos?

—Danny, ela foi atacada recentemente, isso provocou transtornos emocionais. É comum em vitimas de agressão. -disse de modo a quase convencê-lo.

—Tem algo que a senhora não está me contando e eu sei disso.

—Não é nada, você também precisa descansar. -estendeu sua mão em direção ao ombro dele. -A Lindsay precisa mesmo de você.

—Não irei deixá-la, sei que ela precisa de mim e eu também necessito muito dela como alguém necessita de água para viver.

—Que bom que pensa assim. Ela é uma garota de sorte por tê-lo, então,não a faça sofrer com coisas do passado. -o olhou meigamente. -Ela merece ser feliz ao menos uma vez na vida e tenho certeza de que será ao seu lado. Boa noite, Daniel. -forçou um sorriso e retirou-se do ambiente. Distante dos olhos dele, suspirou aliviada por não ter deixado nada escapar, dormiria um pouco mais tranquila por não ter feito isso.

 

A ruiva entrou triunfante no salão cheio de convidados, seu corpo esbelto e sorriso encantador chamaram atenção de muitos olhares . Mas, o que realmente chamou atenção da senhora loura quase grisalha na casa dos cinquenta e poucos anos, foi o colar brilhante que reluzia no pescoço da jovem mulher. Sem pensar duas vezes, ela se aproximou e cumprimentou a convidada:

—Seja bem vinda! -sorriu largamente.

—Obrigada, senhora Cullen. -retribuiu o sorriso de forma amigável. -Está linda a festa, estou ansiosa para os novos lançamentos.

—Imagino que sim. -ficou alguns segundos em silencio. Focou sua atenção no colar enquanto a ruiva se serviu com uma taça de vinho. -Onde conseguiu o colar? -perguntou e a moça engoliu de uma só vez a bebida.

—Hã... presente de uma amiga. -forçou um sorriso.

—Estranho. Sabe, eu desenhei e criei essa peça com exclusividade e pelo que me parece essa é uma autentica joia de nome Sansão. -disse convicta de suas palavras. -Você não deveria estar com ele, existem apenas dois desses colares e nenhum deles foi apresentado para o comércio. Como conseguiu esse colar? -insistiu na pergunta.

—Senhora Cullen, eu já disse... uma amiga me deu. -seus olhos transbordavam sinceridade.

—Senhorita, há um equivoco! Não tem como esse colar ter chegado até você.

—Talvez ele não seja um verdadeiro, uma cópia quem sabe?!

—Eu sou a criadora, sei identificar perfeitamente uma obra minha e essa é uma delas. -apontou para o colar.

Percebendo o desentendimento entre ambas, senhor Cullen teve de verificar o que estava acontecendo.

—Senhoritas, o que houve? -grudou no braço da esposa, já nervosa.

—É o Sansão no pescoço dela! -exclamou a senhora sem perder a postura de madame. -O nosso Sansão!

Ele fez questão de se aproximar e olhar mais atentamente para a joia. E comprovou. Realmente era o Sansão.

—Onde conseguiu o colar? -Jhonnatan não se conteve.

—Uma amiga me deu.

—Essa amiga por acaso se chama Elisa? -ele a encarou.

—Definitivamente não! Eu sou a Elisa.

—Elisa? Você não é a Elisa. Seu nome pode até ser Elisa,mas voce não é nossa Elisa. -a rispidez da senhora Cullen incomodou a jovem.

—Diana, meu amor, não precisa falar desse jeito com a moça. -carinhosamente ele falou. -Deve ser um mal entendido, pedimos desculpa senhorita...

—Léfevre. Elisa Léfevre. -sorriu sem mostrar os dentes.

—Francesa?

—Não necessariamente, meus pais adotivos são. Sou nativa americana.

—Interessante. -completou Jhonnatan. -Temos de cumprimentar outros convidados. Novamente pedimos desculpas pelo mal entendido. -forçou sua esposa a se retirar da presença da ruiva que logo se envolveu no meio das outras pessoas ali presentes.

Alguns metros dali, detetive Taylor juntamente com sua parceira de trabalho, detetive Bonasera, percorriam o salão com sorrisos forçados. Stella não gostava da ideia de se passar por 'noiva' de Mac muito menos ter de usar um vestido justo e apropriado para o evento.

—Aquele segurança musculoso estava quase te comendo com os olhos. -Mac não poupou as palavras.

—Que nada! Estava apenas fazendo o trabalho dele.

—E desde quando o trabalho de um segurança envolve olhar freneticamente para seu decote?

—Eu disse que não queria vir, você que insistiu. Não posso fazer nada se esse era o único vestido que tinha.

—Pensando bem, deveria ter vindo de calça e casaco comprido. Ao menos assim ninguém ficaria te cobiçando. -disse sem a olhar e Stella riu.

—Isso é cumes, Mac Taylor?

—Jamais. Estamos á trabalho. -seu celular vibrou do bolso. Era uma mensagem de Adam.

—O que foi?

—De acordo com Adam,Peyton conseguiu uma identidade para o DNA desconhecido, possivelmente da assassina e ele conseguiu uma foto,logo irá nos enviar.

—E como ela se chama?

—Elisa Léfevre, 25 anos, nativa americana naturalizada também em Paris, França. E adivinha quando desembarcou em New York?

—No dia da morte da Têssa?

—Não, um dia antes. Acabou de chegar a foto. -mostrou a imagem no celular. -A única foto que ele conseguiu, quando ela desembarcou na cidade.

—Agora sim estamos mais perto de pegá-la. Mas tem um detalhe... -pensativa, encarou o detetive a seu lado. -Ela conseguiu restringir seus dados e até mesmo seu rosto até agora, acha que ela viria com a mesma aparência para cometer um assassinato?

—Tenho certeza,pois estou a vendo logo ali. -Stella se virou e relacionou a semelhança da foto com rosto que viu mais adiante, perto do toalete.

—O que fazemos agora?

—Com cuidado a aborde, irei garantir que o senhor Cullen não saia ferido daqui. - a grega concordou com a cabeça e seguiram em direções opostas.

Para cumprir bem sua tarefa, Stella aceitou a taça de espumante servido pelo garçom e fingiu apreciar a bebida enquanto caminhava até a ruiva. Logo a cumprimentou com um curto elogio:

—Você é muito bonita.

—Ah obrigada. -sorriu. -Já ouvi isso várias vezes ,mas nunca de uma mulher.

—Que estranho! -aproximou ainda mais e disse em seu ouvido quase sussurrando.-Aposto que a Têssa deve ter lhe dito isso antes de colocar uma bala na cabeça dela.

—O que? Como assim? -de imediato afastou-se.

—Não se lembra da pessoa que matou á sangue frio?

—Não mesmo. Deve estar havendo algum engano senhorita.

—Então não é Elisa Lefevre? 

—Sim, mas...

— Aqui não há nenhum porém. -fez sinal para um dos policiais disfarçados e ele segurou a suspeita colocando seus braços para trás. -Você está presa por duplo assassinato e tentativa de homicídio, tem o direito de permanecer calada ou tudo que disser pode e será usado contra voce no tribunal.

O medo estava claramente espantado no belo rosto da ruiva, que parecia não entender nada do que estava acontecendo. Jurou que não era nenhuma assassina e que provavelmente era um engano.

 

—Não cometemos erros. Pode levá-la.

 

Não demorou muito para a gritaria invadir o lugar. Todos gritavam e corriam de um lado para o outro,pessoas eram pisoteadas enquanto outras sangravam pelo chão do glamouroso salão. Havia um atirador!

Stella olhou á sua volta e viu Mac segurar alguém ferido em seus braços, não soube exatamente quem era. A única coisa que notou foi a quantidade de sangue que manchava a camiseta azul clara de seu colega. Por alguns segundos sua mente parou, não conseguiu decifrar o que acabara de acontecer realmente. Deu passos longos até a senhora Cullen que gritava de dor encostada na parede.

—O que aconteceu? -detetive B. se assustou com o tamanho do vidro que atravessava a perna esquerda da senhora.

—Só vi quando o lustre estilhaçou. -sua respiração estava pesada.- Não deu tempo de correr. Foi tentativa de homicídio, não foi? 

—Senhora, não posso confirmar nada por enquanto.

 

—Diana, me chame de Diana somente. Sei que tentaram matar meu marido e eu preciso saber se ele está vivo! -exclamou com olhos arregalados.

—Ele deve estar bem. Precisamos cuidar da sua perna, esse vidro pode causar sérios danos. Fique calma.

—Como pode me pedir pra ficar calma num momento como esse? Eu não consigo ficar calma! -perdeu o controle e gritou desesperada. -Quem você pensa que é ?

—Sou detetive Bonasera, estamos aqui para ajudar.Seu marido está seguro, isso posso garantir. Só peço que fique aqui, logo os paramédicos chegarão.

—Como se eu pudesse sair correndo com um pedaço de vidro de 30cm atravessando minha coxa! -foi inevitável não ser irônica após o pedido da detetive.

—Eu volto logo. -se apressou em ir até seu colega. -Ela está viva? -referiu-se á mulher ensanguentada em seus braços.Ele balançou a cabeça negativamente. -Droga! -nervosamente, jogou algumas mexas de cabelo pra trás.

—Era a assessora do senhor Cullen. Ela foi baleada assim que ele entrou na cozinha.

—Não faz sentido,Mac! Eu prendi a suspeita e ela não estava armada. De onde vieram os disparos?

—Temos outro atirador, um cúmplice talvez. -disse olhando para a face inocente e jovem da mulher já morta.

—Eu sinto muito, não era para haver nenhuma morte hoje. O marido vai sentir falta da esposa hoje e pra sempre. -apontou para a aliança no dedo dela.

—Infelizmente. Os policiais estão aqui?

—Sim, estão procurando pelos quarteirões. O atirador não deve estar muito longe. E quanto á Elisa, está sendo levada para a delegacia.

—E a senhora Cullen?

—Se feriu com os estilhaços do lustre, os paramédicos já chegaram para prestar socorro e a levar pro hospital. -Stella colocou uma de suas mãos no ombro do amigo. -Ela se foi, Mac. Deixe o corpo, certamente a equipe da Peyton virá buscá-la.

—Ela estava bem ao meu lado e levou um tiro no peito. Ela caiu nos meus braços, Stella.

—Eu sei, mas não podemos nos abater por isso. Tem um assassino lá fora que precisa ser pego e somos os únicos que podemos pegá-lo. Venha. -estendeu a mão e ajudou-o a levantar. -Temos muito trabalho a fazer. Amanhã conversarei com os Cullen's sobre o ocorrido, irei me certificar que policiais capacitados estejam com eles.

—O atirador pode tentar novamente.

—Exato. Agora, temos uma assassina para interrogar. -forçou um sorriso e ele retribuiu.

***

O vento frio soprava os cabelos da loura na janela de seu quarto, nada de estranho nisso. Somente o fato de ser quase três da manhã e estar pensativa olhando para a rua deserta. As lágrimas quentes invadiram seu rosto, seus pensamentos a faziam chorar.

—Por que está acordada? -Danny a abraçou por trás.

—Não consigo mais dormir. -enxugou as lágrimas. -É muita coisa para uma Lindsay apenas. Não sei se consigo suportar mais nada.

—É por isso que estou aqui,para te ajudar a suportar todo e qualquer tipo de problema. Basta confiar em mim.

—Eu confio.

—Então me diga quem te machucou.

—É doloroso demais. -voltou a chorar. -Eu não posso lançar essa bomba em seus braços e depois sair de sua vida. -virou-se, mas permaneceu de cabeça baixa. 

—Como assim sair da minha vida?

—Voltarei pra Montana com a mamãe. -disse e ele ficou em silêncio. -Não tem como eu continuar nessa cidade depois de tudo que aconteceu.

—Lindsay...- acariciou os cabelos louros dela. - Não pode se abater por qualquer coisa. Seu trabalho envolve passar por esse tipo de coisa. Se eu desistisse sempre que algo ruim me acontecesse, eu não mais estaria aqui.

—Você não entende. 

—Então me explica.

—Não posso, é doloroso demais compartilhar essas lembranças.

—Seu pesadelo faz parte dessas lembranças? É por isso que estava naquele estado?

—É ,mas... eu não quero que saiba do que aconteceu, não por não confiar em você,mas porque não estou emocionalmente preparada pra lhe dizer.

—E quando me dirá? -se afastou um pouco alterado. -Se voltará para Montana, pra sua casa... quando me dirá ?

—Eu não sei, Danny!

—Lindsay, eu declarei meu amor por você naquela noite que passamos juntos. Não pode simplesmente me dizer que voltará para Montana e irá me deixar sem mais explicações.

—Posso sim, é uma escolha minha. É minha decisão! -cruzou os braços e seu olhar penetrou os olhos do detetive Messer. -E sobre aquela noite,foi um erro!

—Um erro? Se fosse um erro tenho certeza de que não pediria para eu estar do seu lado, como estou agora. E não venha me me dizer que o que temos é somente amizade,pois está bem claro que temos algo muito além disso.

—Eu irei pra Montana,mesmo que seja necessário sacrificar algumas pessoas.

—Nesse caso, eu.

—E a Stella também, vou desistir do programa e assim que amanhecer irei no laboratório entregar minha carta de demissão.

—Seu treinamento e trabalho de meses serão interrompidos e sabe se lá quando terá uma chance dessas novamente!

—Você não entende, Danny.

—É, eu sinceramente não entendo e jamais entenderei se não for capaz de me explicar.

—Então acho que isso é um adeus.

—Seja como for, não deixarei de te amar.

—Adeus, Danny! -falou convicta e ele a beijou de modo inesperado.- Danny...por Deus! Vá embora!

—Eu não poderia dizer adeus sem antes te beijar. Adeus, Montana. -forçou um sorriso e saiu do quarto.

Encontrou com senhora Monroe na sala que abriu a porta de saída.

—Não deveria ter feito isso, Daniel.

—Boa noite, senhora Monroe ou deveria dizer Adeus?

—Boa noite, Daniel. 

Ele saiu e ela fechou a porta. Caminhou até o quarto e encontrou sua filha deitada no chão,seus soluços eram a única coisa que se ouviam. A senhora se abaixou e aconchegou sua 'menina' em seus braços.

 

Peyton entrou na sala de Stella sem bater, a grega levantou-se do sofá encourado e fuzilou a legista com o olhar. Afinal, já se passavam das três da manhã e tudo que ela queria fazer era dormir um pouco.

—O que é tão importante para você ter de perturbar meu sono? -Stella perguntou grosseiramente.

—A Lindsay não existe.

—O que?

—Pesquisei em todos os bancos de dados sobre uma possível filha dos Cullens e não encontrei absolutamente nada! É como se ela não existisse.

—Mas o DNA comprova que ela e o Dionne são irmãos do mesmo pai,ou seja, senhor Cullen.

—Por isso é estranho. Analisei novamente as amostras de DNA e em todas as vezes deu uma porcentagem gritante de alelos semelhantes. 

—Acho que tem alguém que não deseja que saibamos do que aconteceu e que não saibamos da existência dessa tal filha. Mas,por quê?

—Aí é a parte que você detetive entra em ação. Uma dica :acho que os Cullens pode te ajudar.

—Quando amanhecer irei visitá-los no hospital. -deitou novamente e fechou os olhos, mas Peyton continuou parada ali.

—Mas uma coisa.

—Fala.

—Não conte pra Lindsay nada do caso, nada sobre o irmão ou a grande probabilidade dela ser filha dos Cullens. Ela já sofreu demais e esse não é um bom momento para saber disso. -seu olhar estava implorando isso á Stella.

—Eu adoraria ser filha de milionários. 

—Não brinca, Stella. Não sabe do que ela passou e nem quais serão as consequências depois que ela souber. Só estou pedindo para não deixar escapar nada,okay?

—Vou me esforçar.

—Ao menos faça isso pela sua aprendiz. A história dela é bem mais sofrida que a sua. -saiu da sala e deixou Stella pensativa.

 

 


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Notas finais do capítulo

É isso.....o que acharam?
bjus, boa noite!♥♥♥



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