Consequências do Amor escrita por Kriss Black


Capítulo 7
Da pior maneira... parte II


Notas iniciais do capítulo

Aqui está a Parte II!!
Por favor, não me matem!!
Espero que gostem!! mas uma vez sem musica.. snif...
deixem um reviews!!!
a Kriss agradece!!
BOA LEITURA!!



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- Você esta louco? Me solta, tá me machucando! – Luna já estava ficando assustada, não fora uma boa idéia ir conversar com ele na torre e agora, o que iria fazer?

- Eu te amo Luna, por que você não entende isso? – Dino estava transtornado, começou a beijá-la no pescoço dando leves mordiscadas. – Sua pele é tão macia!

Luna lutava com todas suas forças: chutava, dava soco, mas ele não a largava, nunca imaginou que ele fosse ficar assim! – Dino, por favor, me solta! – lágrimas começaram a brotar e encharcar seu rosto, o medo crescia cada vez mais. – Eu vou gritar! Me solta! Socorroooo!!!

- Pode gritar meu amor, ninguém vai te ouvir aqui. Devem estar todos no jantar! Era isso o que você queria lá no fundo! – disse com o sorriso no rosto. – Hoje finalmente seremos um só, meu amor!

- Do que você está falando? Dino ,por favor , você não vai querer me machucar! – Luna parara de Lutar com o choque do que ele dissera. – Você não teria coragem de me fazer mal! Me solta, por favor!

- Claro que não vou machucar você, meu amor! – disse passando a mão no rosto dela e desenhando o contorno dos seus lábios com o dedo. – Mas você precisa entender que ainda me ama, sei que você também me quer! Foi por isso que me trouxe aqui!

Luna estava apavorada, por Merlin o que vou fazer?! Começou a lutar outra vez quando ele começou a beijar seu rosto e as mãos dele percorriam seu corpo a trazendo mais pra perto, ela pode sentir que ele estava falando sério, ela tentava sair dos seus braços mais ele era forte de mais. Ele capturou os lábios dela a beijando ferozmente, ela tentava sair do beijo sem sucesso e então mordeu os lábios dele com força, nem assim ele parou, ao contrario sorriu pondo as mãos por dentro da blusa dela alisando e apertando suas costas. Com um gesto ágil tirou a blusa dela fora, a deixando apenas de sutiã. Assim que a deixou respirar, Luna começou a gritar por socorro o mais alto que sua voz permitia.

- Pode gritar o quanto quiser, mas hoje você será minha!

Ele afrouxou o aperto pra visualizá-la melhor e com um balançar de sua varinha tirou as calças dela e a deixou imobilizada, podendo assim beijar cada centímetro de seu corpo.

Luna fora silenciada pelo feitiço e seu corpo ficou preso no lugar, calma Luna, se concentra. O Harry te ensinou a se libertar desse tipo de feitiço! Estava difícil se concentrar com Dino beijando-a feito louco, seu coração deu um pulo quando ele a deitou no chão e começou tirar a própria roupa bem devagar. Quando ele ficou só de cueca, o desespero tomou conta de seu corpo Não! Socorro... Dino tirou o feitiço do corpo dela e montou sobre seu quadril a impedindo de se levantar. Assim que se viu livre, Luna começou a gritar mais uma vez. Dino segura seus seios com as duas mãos olhando-a feito louco. Parecia estar se divertindo com aquilo.

- Dino Por favor, eu não quero que isso aconteça assim! Socorrooooooooo!!! – Luna chorava e implorava.

- Shiiii, calma! – disse segurando os braços dela no chão. – Não vai doer nada! Estou só te provando que você ainda me ama!

- Para, por favor! – Luna se debatia.

Dino saiu de cima dela tempo o suficiente de forçá-la abrir as pernas e arrancar sua calcinha, sorriu ao ver o corpo dela iluminado pelo luar, trilhou um caminho de beijo desde seu pescoço até sua intimidade, levantou-se um pouco e tentou penetrá-la sem menor pudor. Errou na primeira tentativa, ela se mexia muito, fez pressão com as pernas no quadril dela para que ficasse parada. Luna gritou o mais alto que conseguiu, quando ele foi tentar mais uma vez, ela só viu um clarão e ele ser arremessado contra a parede. Rapidamente ela sentou agarrando os joelhos junto ao corpo e viu Rony passar e dar um soco em Dino, já desmaiado pelo feitiço.

- Seu filho da puta! – Rony chutava Dino desmaiado e pisava em seu rosto.

- Rony! – Luna conseguiu sussurrar.

Rony parou de bater nele e correu até Luna entregando-lhe seu casaco pra ela vestir. – Oh meu Deus Luna! Se acalme já passou! – Ele a pegou no colo. – Vou tirar você daqui! – ele começou a descer as escadas.

Luna tremia descontroladamente nos braços do amigo. Tentava conter as lágrimas, mas era quase impossível. Quando enfim conseguiu falar, perguntou:

- Como você me achou?

- Um momento Luna, já vou responder sua pergunta, mas antes vou te sentar aqui e fazer uma coisa – explicou a deixando no chão e sacando sua varinha.

Luna viu o patrono do amigo se dividir e ir em direções opostas.

- Antes que pergunte, estava mandando um recado avisando daquele fudido pro ministério e a Minerva. – Luna se encolheu com a ira do amigo, ele a pegou de novo e continuou. – Vi que você estava demorando muito a voltar e encontrei com Simas no caminho do jantar. Ele disse que esse merda tinha bebido o tarde toda! E pelo muito que conheço você, sabia que estava indo terminar com ele, fiquei preocupado e comecei a te procurar pelo castelo. – Rony sentiu Luna tremer e a apertou mais junto de seu corpo. – Me desculpe por demorar, mas achei melhor não alertar ninguém, podia ser só bobagem da minha cabeça! – explicou beijando o topo da cabeça da amiga. – Me lembrei que você tinha mania de vir aqui nessa torre. Quando cheguei lá embaixo, ouvi seu grito e aparantei aqui em cima! A Mione não vai acreditar quando eu disser que aparantei dentro do castelo!

- Obrigada! – foi tudo que Luna conseguiu dizer ao amigo, antes voltar a chorar em silêncio. Ela estava se sentindo tão suja, estava toda dolorida, sua voz não saia direito de tanto que gritara. Assim que chegaram ao corredor que vai a enfermaria, encontram com Minerva, Mione e o coração de Luna quase que pára ao ver Harry chegando.

- Onde ele está Ronald? – perguntou sem olhar pra Luna nos braços do amigo.

- Calma Harry. Já avisei ao ministério. Eles vêm buscá-lo!

- Foda-se o ministério! Quero matá-lo com minhas próprias mãos! – disse com uma fúria crescente na voz!

- Não Harry! – sussurrou Luna.

- Você vai defender esse filho da puta? – perguntou Harry.

- Não! – ela se encolheu com a fúria da voz dele. – Mas preciso de você aqui comigo! Por favor não me deixa só! – disse aos soluços.

Harry respirou fundo e olhou-a nos olhos, e assentiu com a cabeça. – Tudo bem! Me dê ela, Rony!

Rony entregou Luna ao amigo, ela sentiu-se mais segura nos braços de Harry e aconchegou-se em seu peito tentando relaxar ao som do coração dele. Ainda não estava acreditando que Dino fora capaz de fazer aquilo com ela, seu coração estava em pedaços, não conseguia respirar direito de tanta dor, queria gritar e matá-lo com as próprias mãos, mas mal tinha forças pra ficar de pé.

Assim que chegaram à enfermaria Mione e Madame Pomfrey ajudaram-na a tomar um banho e tirar aquela sujeira. Acabou o banho e ainda se sentia suja, queria continuar na água, mas a enfermeira insistiu em colocá-la na cama para poder ministrar uma poção do sono a ela.

- Bom crianças, a deixem descansar agora! Amanhã vocês voltam! – Disse madame Pomfrey antes de ir buscar as poções.

Mione deu um beijo na amiga e Rony sussurrou só pra amiga ouvir. – Não se preocupe, ele não chegará mais perto de você! Palavra de Weasley! – e deu um beijo na testa da amiga. Harry esperou os amigos saírem pra se aproximar da cama, sentou do lado dela e olhou pra amiga.

- Desculpa, por não estar com você! – disse passando a mão em cima de um hematoma que começava a aparecer no rosto de Luna. – Eu deveria te proteger! Nunca vou me perdoar por isso!

- Não é culpa sua! – sussurrou Luna. – Pare de se desculpar! Eu que fui burra de ter ido tão longe com isso!

Harry ficou calado vendo Luna ali deitada toda machucada. Tentava imaginar o que estaria passando dentro da cabeça dela, o quão seria difícil lidar com aquilo. Luna deitou de lado pra ficar de frente pra ele e estendeu sua mão. Ele a segurou e a beijou.

- O senhor ainda está aqui? – protestou madame Pomfrey ao voltar.

- Deixe-o passar a noite comigo, por favor! – pediu Luna.

- Mas você dormirá o tempo todo querida! – Ao ver a carinha de Luna acrescentou. – Tudo bem, ele pode ficar, mas tome toda essa poção! E você Sr. Potter, qualquer coisa me chame!

Luna tomou a poção e voltou-se a Harry antes que ela fizesse efeito e se viu perdida na imensidão de seus olhos, sentia-se anestesiada, não sabia se pelo remédio ou se era só por estar perto dele. Harry aproximou-se, deitou a cabeça perto da dela e encostaram suas testas. Luna ficou sem fôlego com sua aproximação, mas não recuou. Fechou os olhos e aconchegou-se mais pra perto dele. Ela já estava quase adormecida quando soltou um suspiro com uma frase sem querer. – Amo você!

Harry ficou lá estático quando ouviu o que ela disse, continuou a olhando e percebeu que ela já tinha dormido. Ficou sem saber o que fazer, calma Harry, ela sofreu um choque muito grande e pode estar desnorteada. Não tira conclusões precipitadas! Ele ficou lá remoendo o que ouvira até adormecer ao lado de Luna. Foi acordado no comecinho da manhã quando a enfermeira vinha ver Luna. Ela disse que Minerva queria falar com ele e o esperava do lado de fora. Harry jogou uma água no rosto e foi até a diretora.

- Bom dia Minerva!

- Ah Harry, só quero te avisar que o senhor Thomas foi detido e levado para o Ministério ainda ontem à noite, e que a Luna precisará fazer uma queixa formal!

- Mas Minerva, será que o Rony não pode fazer isso? Ela está tão abalada pra lembrar mais uma vez o que aconteceu!

- Infelizmente é a lei Harry, ela é a vitima! O Sr. Weasley será apenas testemunha! – esclareceu – E mais uma coisa, você quer dar a notícia a ela ou eu posso dar?

- Acho que ela se sentiria melhor se eu desse! Isso se a senhora não se importar!

- Claro que não, você a convencerá de fazer a coisa certa! – Minerva abaixou seus óculos e olhou bem nos olhos de Harry. – Peço que não a deixe só por muito tempo, ela deve estar mesmo muito abalada! Você não imagina como sinto muito por ter acontecido esse fato horrível dentro de Hogwarts, nunca acontecera nada parecido aqui! – ela respirou fundo. – É lamentável que tenha sido justo com Luna, que já sofreu tanto!

- Não se preocupe! Eu e nossos amigos cuidaremos dela! Deixa-me ver se ela acordou! Até mais!

- Eu voltarei mais tarde pra vê-la!

Ao entrar Luna continuava adormecida. Harry sentou-se e ficou vendo seu anjo dormir. Ela não merecia aquilo. E pensar que ele mesmo que a fez começar a namorar Dino. Nunca imaginaria que ele fosse capaz de uma coisa tão horrível e estúpida, era repugnante até de imaginar sua Luna vítima de uma coisa assim. Queria tanto apagar aquele dia da mente e levá-la pra longe de todos aqueles problemas... Passaram uma tarde tão boa na companhia um do outro e de Teddy, por que tudo tinha que desandar na vida deles? Ele via as outras pessoas. Pareciam ser felizes com tanta facilidade e pessoas boas como ele e Luna sofriam tanto no decorrer da vida! Tinha que ter uma explicação lógica pra aquilo. Harry segurou sua cabeça entre as mãos pra espantar a frustração da mente, e tentar ser forte pelo menos na frente dela. Ainda tinha Teddy que estava no castelo a espera deles, sentiu-se grato por ele ser apenas uma criança e não precisar saber desse tipo de coisa. Ainda não sabia o que falar a ela quando acordasse, como é que uma pessoa age em momentos assim? Já lidara com tanta coisa, mas estava de mãos atadas nessa situação.

- Ei você! – Harry foi surpreendido pela voz de Luna. – Tudo bem?

- Acho que quem tem que fazer essa pergunta sou eu!- brincou.

Luna tentou sorrir, mas estava dolorida demais pra conseguir levantar as bochechas, apenas ficou fitando seus olhos verdes que lhe traziam tanta calma. Ele esticou a mão e vez carinho em seu rosto, aliviando com seu toque a dormência. Luna fechou os olhos pra prolongar mais a sensação de bem estar.

- Como você está se sentindo Lu? – perguntou ainda fazendo carinho no rosto dela.

- Suja! – respondeu abrindo os olhos. – Humilhada, ultrajada, magoada, meu coração está dolorido como se estivesse cansado de ficar batendo! Parece que estou sangrando por dentro.

- Não sei como deve ser isso, mas quero que saiba que vou ficar do seu lado! – conseguiu dizer Harry depois do espanto de ouvir tanta dor na voz dela.

Luna sentou-se na cama e começou a olhar seu corpo de cima abaixo e passar a mão em cima de cada mancha roxa, seu corpo estava coberto de hematomas e sua pele muito ardida. Quando enfim falou sua voz já tinha o timbre antigo.

- Onde ele está?

- Foi levado ao ministério ontem! – respondeu.

- O que eu tenho que fazer agora?

- Lu, presta atenção no que eu vou dizer, você terá que ir ao ministério e fazer uma queixa formal contra ele!

Luna arregalou os olhos e começou a balançar a cabeça, abraçando seus joelhos com pesadas lágrimas manchando seu rosto. – Não posso fazer isso Harry! – começou a balançar seu corpo pra frente para trás completamente em pânico.

Harry levantou-se e a abraçou. – Calma Lu! Eu estarei lá com você!

- Não! Você não entende? Não quero vê-lo nunca mais!

- Você não precisa vê-lo! Ele nunca mais chegará perto de você! – prometeu, tentando acalmá-la. – Mas você precisa denunciá-lo! – Harry pegou o rosto dela nas mãos e a forçou a olhar em seus olhos. – Ele precisa pagar pelo que fez a você! Eu não o deixarei tocar em você nunca mais! Você entendeu Lu? – Ela fez que sim com a cabeça. – Nos iremos até a sala da Minerva mais tarde e você contará tudo que aconteceu ao funcionário do ministério, tudo bem?

- Tudo bem Harry, eu farei isso! – disse depois de alguns instantes.

- Se você preferir, peço a Minerva que retire sua lembrança ao invés de você contar! – sugeriu.

Um pouco mais calma Luna falou.

- Não Harry, eu quero contar! – limpou as lágrimas com a costa da mão. – Só preciso tomar um bom banho antes!

- Tudo bem, chamarei madame Pomfrey! – disse afastando-se da cama, mas Luna o segurou pela mão.

- Espere mais um pouquinho! – pediu.

- Claro! – Harry estava se sentindo acuado naquela situação, não sabia como agir, era pra ela estar desesperada, mas pelo contrário, estava se saindo muito bem e isso o estava preocupando. – Você quer conversar sobre o que aconteceu? – perguntou.

- Sinceramente, quero! Mas não agora! – ela pegou a mão dele e encostou em seu rosto. – Agora só preciso de você aqui comigo!

Luna arredou pro lado dando espaço pra ele na cama. Harry ficou sem ação por alguns instantes e deitou ao lado dela estendendo o braço. Luna deitou de frente pra ele, enfiando o rosto em seu peito. Não sabia como seria dali em diante, mas de uma coisa ela tinha certeza: não enfrentaria aquilo sozinha. Era tão humilhante pensar na noite anterior, fechava os olhos e via aquelas cenas horríveis, sabia que precisava ser forte, ele pagaria pelo mal que causou a ela, e pensar que amei aquele cara! Ao pensar nisso ela tremeu e Harry a apertou mais em seus braços, fazendo carinhos em seus cabelos, sabia que era errado estar ali daquela maneira com ele, mas ele a fazia tão bem! Era como se estancasse o sangramento em sua alma.

Eles ficaram lá abraçados por um bom tempo sem dizer nada. Apenas estavam aproveitando aquele momento. Era magnífica a sensação que um proporcionava ao outro, mesmo que nos seus íntimos eles já soubessem que se amavam. Madame Pomfrey veio buscar Luna para tomar seu banho e explicou que infelizmente não poderia dar uma poção para tirar os hematomas e amenizar a dor, pois antes ela precisaria falar com alguém do ministério. Ela saiu reclamando com a falta de competência do ministério nesses casos, eram tão evoluídos em certos departamentos, mas em outros ainda coexistia com a magia a burocracia trouxa! Era inaceitável deixar uma pessoa sem tratamento médico por conta de provas. Ela parou de falar alto nesse assunto quando percebeu os olhos marejados de Luna e a conduziu em silêncio ao banheiro no fundo da enfermaria.

Luna entrou na banheira se sentindo um lixo, tudo voltou a sua mente, toda a dor, a mágoa, a culpa, humilhação... Era inevitável aquela tempestade de sentimentos que pareciam brotar pelos seus poros! Num gesto de desespero pegou a esponja e esfregou com força cada lugar que ele havia a tocado, queria tirar os vestígios de suas mãos sobre sua pele, as lágrimas caiam feito cachoeira pelo seu rosto, balançava a cabeça tentando espantar todas aquelas imagens, mas elas insistiam em ficar se repetindo. Não agüentando mais aquela tortura, gritou de dor, de frustração e chorou prometendo a si mesma que aquelas seriam as ultimas lágrimas que derramaria pelo que aconteceu, ela deixaria ali, naquela água, toda sujeira que ele espalhou pela sua alma, ali ficaria todo e qualquer vestígio que Dino Thomas deixou em sua vida, aquele amor que ele próprio destruiu. Luna ainda tremia muito quando as lágrimas cessaram. Agora ela seria forte e iria enfrentar tudo com a cabeça erguida. Não admitiria que ninguém sentisse pena dela, não se fecharia para o mundo. Pelo contrário, enfrentaria a tudo e a todos como seu pai havia lhe ensinado, afinal ela era Luna Lovegood. Respirou fundo acalmou-se o suficiente pra sair da banheira e se vestir.

Harry esperava por Luna na enfermaria quando a ouviu gritar, era um som de pura agonia e pesar, não pensou duas vezes. Iria até lá vê-la, quando começou a andar em direção ao banheiro alguém o segurou pelo braço, virou-se e viu que era Rony que acabara de chegar, fez força pra se soltar quando a ouviu gritar mais uma vez.

- Não Harry! Ela precisa ficar sozinha agora!

- Você não entende, ela está sofrendo! – desabafou. – E a culpa é minha!

- Ah, não Harry! Não vou deixar você se culpar por isso também! – bradou ao amigo. – Você não tem culpa do Dino ser um grande filho da puta!

- Eu praticamente a entreguei pra ele! – Olhava pro amigo com desespero. – Eu disse pra ela ficar com ele! – Harry pegou o braço do amigo e levantou. – Vamos Rony me dê um soco! A culpa é minha!

- Me solta! E pára com isso! Você só fez o que achava certo, deu uma chance pra ela ser feliz, mas infelizmente não deu certo! – Rony olhou nos olhos do amigo. – Ela precisa d’agente, cara! Então para de dar uma de babaca que a culpa disso tudo não é sua! – Harry abaixou a cabeça. – Qual é Harry, você matou Voldemort, pode lidar com isso!

- Eu sinto a dor dela Rony! Consigo ver o quanto ela está sofrendo e sofro junto! – levantou a cabeça e não pode conter as lagrimas que dançavam em seus olhos. – Voldemort não é nada comparado à dor que sinto vendo-a sofrer!

- Você realmente a ama! – Rony aproximou-se do amigo e lhe deu um abraço. – Sei como você se sente, não sei o que faria se estivesse no seu lugar! – Rony o largou e segurou os ombros dele. – Só não demore muito a contar pra minha irmã o que sente, não quero que ela sofra! Você merece ser feliz!

- Obrigado Ron!

Os dois se viraram ao ouvir a porta do banheiro se abrir e Luna caminhar devagar na direção deles, com uma cara um pouco melhor que antes, ela sorriu ao ver Rony e caminhou até ele.

- Obrigada Rony! – disse abraçando o amigo. – Não sei o que seria de mim se você não tivesse chegado! Salvou minha vida!

- Pára com isso Lu! Amo você e não deixaria nada de mal te acontecer! – disse a levantando do chão com o abraço e fazendo carinho em seus cabelos. – Você é minha irmãzinha agora, tenho que te proteger! – Luna o soltou e deu um beijo em seu rosto.

- Vamos fazer o que tem que ser feito. – disse pegando a mão da amiga e estendendo a outra pra Harry que assistia a tudo em silêncio. – Quero vocês dois comigo!

Eles foram direto para antiga sala de Dumbledore, que agora estava ocupada por Minerva. Assim que chegaram, Percy Weasley estava aguardando por eles, Minerva explicou que ele era uns dos diretores do departamento civil do ministério e ela achou que seria menos constrangedor se ele tomasse nota do que aconteceu. Luna assentiu e sentou diante de Percy. Contou-lhe tudo o que havia acontecido desde que saiu da sala comunal com o Dino. Não derramou nenhuma lágrima ao relatar os fatos, enquanto ele escrevia tudo num pergaminho. Quando Luna acabou, ele fez algumas perguntas a Rony e disse que felizmente ele não seria punido por ter acabado com a cara do acusado antes de entregá-lo às autoridades, pois Percy alegou que ele estava descontrolado emocionalmente e a assembléia aceitou seus argumentos. Rony agradeceu ao irmão. Quando o interrogatório terminou, Luna parecia bem melhor, sem boa parte do peso que aquilo provocava. Eles saiam quando Percy andou até Luna e disse:

- Sinto muito Luna! – deu-lhe um abraço. – Prometo fazer o meu melhor e ele irá pagar pelo que fez a você! – completou beijando a testa da amiga.

- Ah, Luna! – interferiu Minerva. – Você terá que voltar para enfermaria!

- Professora será que não posso ser dispensada dessa observação? – disse andando até Minerva. – Não quero mais voltar lá! Prefiro esquecer tudo isso o quanto antes!

- Claro querida, sabia que você poderia pedir isso! – respondeu mexendo no armário e entregou-lhe um frasquinho. – Só peço que tome essa poção, ela tirará os hematomas e a dor! – Minerva pegou as mãos dela e disse. – Sinto tanto que isso tenha acontecido! E estou orgulhosa de você, por enfrentar tudo isso de cabeça erguida! Mas qualquer coisa pode me procurar e eu a ajudarei!

Luna assentiu e foi juntar-se aos meninos que a aguardavam do lado de fora da sala, ao sair viu Hermione que acabara de chegar. Luna deu um abraço na amiga, com Mione ela sabia que não precisava falar nada, o abraço já dizia tudo. Luna sorriu ao ver os amigos ali reunidos dando apoio a ela, isso que era o mais importante. O resto tinha que ser esquecido, o importante agora era recomeçar.

Naquele domingo Luna passou o dia com Teddy e os amigos, algumas vezes alguém vinha falar com ela sobre o ocorrido, mas ela simplesmente dizia que estava tudo bem e sorria. Com Teddy por perto, ela se quer tinha vontade de pensar naquelas coisas. Já no finalzinho da tarde, Gina encontrou com eles no jardim, Rony e Mione estavam sentados debaixo de umas das árvores e ela brincava com Harry e Teddy ali próximo. Ela sentiu que a amiga iria falar algo, mas foi silenciada por um olhar de Harry, então ela apenas sorriu à amiga e sentou com eles. Luna viu quando Gina sentou entre as pernas de Harry e aconchegou-se em seus braços, sentiu um aperto no peito quando ele a abraçou e beijou seus cabelos. Não agüentando ver aquilo, levantou-se e disse que ia dar uma caminhada. Assim que começou a andar, Teddy correu e segurou suas pernas quase a fazendo cair.

- O que foi garoto? Quer ir comigo? – ela sorriu ao vê-lo mudar a cor dos olhos pra verde. – Tudo bem! Vamos olhar o lago!

- Lago! – repetiu Teddy.

- É isso mesmo, o lago! – disse pegando ele no colo. – Vamos lá Teddy, fala Luna!

- Ludra! – repetiu.

- Quase, repeti Lu-na! – disse bem devagar.

- Una – ele balançou a cabeça e seus cabelos ficaram vermelhos.

Luna parou de andar ao ver os cabelos dele mudar de cor e ver como os olhos verdes de Harry ficavam ótimos numa criança ruiva, um nó subiu-lhe a garganta, agora não é hora de pensar nisso! Se controla Luna! Pensou e continuou andando, Teddy continuava tentando acertar seu nome e só parou de falar quando chegaram ao lago e ele viu aquela imensidão, Os dois caminharam pela margem, atiraram pedrinhas na água, Teddy correu ao seu encontro quando viu a lula-gigante mergulhar lá perto deles, ela o pegou e ele espirrou, seus cabelos voltaram a ficar loiros.

- Você não está ajudando fazendo isso garotinho! – brincou fazendo cócegas na barriga dele. – Vamos, está ficando frio!

- Vou sentir sua falta, sabia? – falou abraçando ele.- Você conquistou sua madrinha!

- É, esse garotinho tem um poder incrível! – disse Harry que vinha andando ao encontro deles. Luna deu um pulo. – Desculpa, não queria te assustar!- riu. – Agora você, seu traidorzinho, só quer ficar com ela! – disse cutucando a barriga de Teddy.

- Veja só bebê, alguém está com ciúme aqui! – brincou.

Teddy olhou para os dois e chamou Harry com a mãozinha que veio todo bobo, com um bracinho segurou o pescoço de Harry com o outro o de Luna e juntou a cabeça dos três sorrindo com a brincadeira.

- Hary e Una! – falou.

Os dois sorriram e Luna abraçou Harry e Teddy ao mesmo tempo. – Vamos meninos, precisamos entrar! Tá muito frio aqui fora!

Harry pegou Teddy dos braços dela e o colocou em seu cangote, foram se juntar aos amigos. Gina correu até Harry e pegou sua mão dando um beijinho na perna do bebê, e virou-se para a amiga.

- Você está bem? – perguntou dando o braço pra ela segurar.

- Estou na medida do possível! – disse sorrindo.

- Pode contar comigo pra qualquer coisa! Amo você Lu – completou puxando a amiga para um abraço.

Voltaram para o castelo e deram Teddy a Drômeda que esperava por eles na sala comunal, Luna subiu para tomar uma ducha e os outros também foram se preparar para o jantar. Assim que voltou pra sala comunal, só quem já havia descido era Harry e Gina que sentavam abraçados no sofá. Ela parou ao ver os dois, ainda era difícil sentir-se bem perto dos dois, desde que descobrira o que sentia por ele, fazia quase o impossível pra não presenciar cenas como aquela, e pensar que ela mesma torceu tanto para que eles ficassem juntos e agora o que ela mais desejava era estar no lugar da amiga. Aquilo a fazia sofrer mais ainda. Luna desceu devagar e sentou numas das mesas perto da escada pra não ser percebida por eles. Ficou lá sozinha, fazendo um maior esforço pra não pensar em nada, tentando deixar sua mente vazia, assim era melhor. Sorriu ao ver Drômeda descer com Teddy, mas rapidamente ficou triste ao ver a mala deles, Drômeda não a viu lá e foi até Harry.

- Desculpa interromper crianças, mas Harry, já estamos indo!

- Mas já? – Perguntou levantando-se do sofá e pegando Teddy. – Vocês não vão jantar?

- Não querido, já dei comida pra ele e eu quero ir pra casa! – sorriu.

- Tudo bem, mas espere que vou chamar a Luna pra se despedir dele!

- Já estou aqui Harry! – disse com uma voz triste. – Bom amiguinho! – estendeu o braço para pegá-lo. – Você já está indo, mas prometo a você que assim que puder escapo daqui e vou visitá-lo! – disse dando um beijo em cada bochecha. – Vou sentir saudade e obrigada, você me ajudou muito hoje!

- Muito bem vamos parar com isso! Ânimo Luna! – brincou Drômeda. – Ele não vai pra guerra!

Luna riu e deu mais um abraço nele e entregou-lhe a Harry que o abraçou também e disse:

- Vou com vocês até a sala da Minerva! Você não quer ir Lu? – ela fez que sim com a cabeça e ele se virou. – Você vem Gi?

- Não amor, vou esperar a Mione aqui! – respondeu indo dar um beijo em Teddy. – Se comporte hein rapazinho!

Eles saíram da sala comunal e foram andando pelo castelo movimentado de estudantes que seguiam para o jantar. Foram o caminho todo em silêncio, Luna segurava a mãozinha de Teddy que balançava conforme Harry andava, ele estava de novo com cabelos loiros e olhos verdes e ela virou-se a Drômeda e perguntou.

- Drômeda, qual é a cor dos olhos do Teddy? De verdade!

- Ah, eles são castanhos bem claros igual aos do Remo e seus cabelos são acaju como o de Ninfadora! – disse. – Mais quando o Harry está por perto eles mudam pra verde e os cabelos dele geralmente ficavam ruivos, mas desde que ele viu você eles ficaram loirinhos! Esse meu neto! Com o tempo ele controla as metamorfoses e fica com suas reais características!

Eles chegaram à sala de Minerva que estava vazia e foram direto pra lareira, Harry abaixou Teddy pra que Luna o beijasse e o entregou a Drômeda, ajudou ela a entrar na lareira e jogou o pó de Flu, fazendo-os eles desapareceram atrás da chama verde. Harry olhou pra Luna que estava um pouco atrás dele e segurou sua mão.

- Não se preocupe, ele vai ficar bem!

- Eu sei, mas é estranho como me apeguei a ele tão rápido!

- Tenho uma teoria pra isso! – disse Harry. – Eu acho que nos apegamos a ele tão rápido assim, pela responsabilidade que temos agora e porque aquele baixinho tem o sangue dos nossos amigos e somos a única família dele fora Drômeda!

- Pode ser, ou talvez por nos três termos muito em comum, a vida nos levou nossos pais! – disse com tristeza. – Mas o Teddy não precisará sentir tanto a falta deles! Aqui tem muito amor pra ele. – disse apontando pros dois.

- Verdade! Vamos jantar?

- Não estou com fome Harry, vou dormir mais cedo hoje! – na verdade não agüentaria vê-lo mais uma vez com Gina.

- Você precisa comer!

- Eu sei, mas não quero! Vá você, vou voltar pra sala comunal! – disse dando as costas pra ele.

- Tá bom, mas vou levar você até lá! – disse sorrindo.

Luna despediu-se dele em frente ao retrato da mulher gorda e entrou, foi direto ao seu quarto. O dia foi divertido, mas agora se sentia tão só, deitou-se e esperou o sono vir, mas espantou-se ao ouvir uma batida na porta e mandou entrar, era Harry. Quem mais seria? Ai Merlin ele também não facilita as coisas!  Ele entrou e sentou-se no chão perto da cama dela.

- Como você conseguiu subir as escadas? – perguntou.

- A Mione me ensinou um contra feitiço para o alarme! Mas não vai contar a Minerva! – sorriu. – Fiquei preocupado com você! – disse tirando uma mecha de cabelo que caia no rosto dela. – Durma, vou ficar aqui até você dormir!

Luna sorriu e endireitou-se pra mais perto, ele fazia carinhos em sua cabeça e a olhava com carinho, nem queria imaginar como vivera tanto tempo longe dele. Luna segurou a mão dele em seu rosto e beijou sua palma. – Obrigada por ficar comigo! – murmurou.

Os dois nem perceberam que a porta se entreabriu e que Gina viu eles dois daquele jeito. Ela fechou a porta e desceu as escadas atordoada. Calma Gina, ele só esta dando apoio a ela! Ai mas a maneira como se olhavam... não, não para com isso! Harry não faria isso. Desceu as escadas e disse a Rony e Mione que era pra eles irem jantar que depois Harry viria.  Não seja egoísta Ginevra, Luna precisa dele! Eles são só amigos...  

 

 


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam???
Eu sei o capitulo ficou um pouquinho dramático e emo, mas era necessário!!
Antes que vocês me perguntem, por que não foi o Harry que salvou a Luna? vou dizer que até poderia ser, mas achei meio clichê!!
Gente o Dino me deu nos nervos!! cara chato e quem pagou o pato infelizmente foi a Lu... eu sei!! maldade minha!!!
Ele apoia ela de uma outra maneira!!
Mereço um review??
bjinhos
PS: quanto ao proximo cap, vai depender da minha querida amiga (Quika_Diggory) beta ele pra mim!! As vezes ela demora... (vale lembrar que já mandei pra ela a quase dois meses!! é a vida!!)
Agradecimentos:
A Anna Paulla por recomendar essa fic!! obrigada amiga, amei!!
A LeCullen por ter lido e comentado em todos os caps!! amei!! (Que por sinal escreve poemas maravilhosos.. leiam, eles são demais!!)
e aos Reviews da: Adrinit e da Dessa!! valeu de coração!!
Até o próximo...