Paulícia - Uma História escrita por Annasinger19


Capítulo 28
28° - Paulo / Alícia


Notas iniciais do capítulo

Oiee povo, como estão? Voltei com mais um capítulo para vocês. Leiam as notas finais, preciso da opinião de vocês. Boa leitura.



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Pov's Paulo

De manhã acordei com o som do auto-falante. Eu estava morrendo de sono então resolvi dormir mais um pouco.

– Você não vai levantar não Paulo? Vai acabar se atrasando.

Eu estava com tanto sono que nem sabia quem havia falado comigo. Apenas resmunguei um " Não " bem rouco e virei para o outro lado.

– Você quem sabe.

Depois disso eu apaguei novamente. Estava um sono tão bom até que eu sinto alguém me cutucar. Simplesmente bati na mão e voltei a dormir. Pelo menos tente, porque o ser humano voltou a me cutucar novamente.

– Sai daqui e me deixa dormir - falei irritado me virando de barriga para cima e coloquei o braço em cima do rosto.

– Tem certeza de que você quer que meu vô venha te acordar? - a pessoa perguntou achando graça.

Demorei um pouco para reconhecer a voz, mas assim que percebi que era a Alícia tirei o braço do meu rosto e abri meus olhos devagar a encontrando em pé ao lado da minha cama.

– Bom dia dorminhoco - ela falou abrindo um sorriso quando viu que eu tinha acordado.

– Bom dia - falei ainda rouco de sono.

– Você já está atrasado sabia? Meu vô já ia vir aqui te chamar, e eu te garanto que você não iria achar nada legal o jeito que ele ia te acordar.

– E o que ele iria fazer de tão ruim? Jogar água em mim?

– Não, ele iria te rabiscar com caneta permanente, tirar umas fotos e depois te acordar. Então agradeça a mim por ter te salvado.

– Claro. Alícia, a salvadora da pátria - falei irônico.

– Da pátria não, só do seu rosto mesmo - falou sorrindo me fazendo revirar os olhos.

– Ele iria fazer mesmo isso com um campista?

– Ele é da minha família afinal, e ele gosta de aprontar quando pode, assim ele diz que se lembra dos tempos de criança. Acredite se quiser ele aprontava tanto ou mais do que você. - falou se sentando na beliche em frente a minha fazendo a pose do indio e eu me virei para poder olhá-la.

– Então ele era demais. Vou pedir umas dicas para ele depois.

– Pergunta para ele um dia, ele pode te contar algumas coisas que ele aprontava.

– Pode deixar, agora vocês vão sofrer na minha mão - falei sorrindo já imaginando tudo que eu poderia aprontar.

– Vocês virgula, me exclui dessa ai.

– O que? Claro que não. Você vai ser uma das que eu mais vou querer aprontar.

– Não, até porque eu que te ajudei a saber das coisas.

– Isso não te isenta de nada minha querida.

– Querida é a vóvozinha Guerra. Agora levanta dai logo que eu quero comer.

– Você ainda não comeu?

– Não.

– Então é melhor eu me apressar antes que você não consiga mais. comer e sobre para mim.

Eu desci da cama e ela apenas riu da minha cara. Fui no banheiro e ela ficou apenas me observando. Peguei a minha escova e coloquei pasta começando a escovar os dentes.

– Ah, que bom que você está sem camisa...

Na hora que ela falou eu me virei para ela ainda com a escova na boca e ergui uma sobrancelha.

– É sério, assim eu olhei a sua cicatriz e lembrei do porque eu ter vindo aqui.

Então eu fiz sinal para ela esperar e terminei de escovar os dentes. Sai do banheiro e parei me encostando na beliche onde ela estava.

– Jeito meio estranho de revelar isso não?

– Não, acho completamente normal.

– Então você estava me olhando enquanto eu estava distraido Gusman?

– Claro, eu não sou idiota de não olhar quando alguém está sem camisa na minha frente. Temos que aproveitar as oportunidades que a vida nos oferece - falou piscando para mim.

– Então porque quando estávamos na floresta você não quis olhar? Eu também estava sem camisa lá - falei lembrando.

– É porque lá a gente mal se falava, e eu não ai com a sua cara. Imagina se você me visse olhando para o seu corpo?! Você iria me zoar pelo resto da vida.

– Iria mesmo.

– Tá vendo. Por isso não olhei, mas agora eu posso.

– E o que te leva a crer nisso? Eu posso muito bem te zoar com esse fato ainda - apontei.

– O fato de que agora eu posso e pronto.

– Mas me responde, se você não ia com a minha cara, porque quando você me flagrou te olhando você não se aproveitou desse fato para me irritar?

– Por dois fatos: eu estava tão irritada com você que eu queria te matar, não te zoar. E depois, eu sou linda mesmo, não te culpo por olhar quando pode - falou  dando um sorriso convencida.

– Nada concencida você.

– Eu posso - falou jogando o cabelo sobre o ombro.

– E o pior que pode mesmo - murmurei ao lembrar dela naquele dia.

– Falou o que?

– Nada não.

– Bom, de qualquer jeito te ver sem camisa.me lembrou que ontem antes de sairmos a Maria me ligou perguntando se o seu machucado já estava melhor.

– Ela te perguntou ontem e você só lembrou hoje? Eu podia estar morrendo que ela não ia saber por você pelo jeito - falei fazendo ela revirar os olhos.

– Não seja idiota Paulo, como eu disse, nós estavamos quase saindo então eu falei para ela que te perguntaria e falaria hoje. Eu acabei esquecendo de te perguntar ontem então ia te perguntar no café. Mas, como você ê uma pessoa legal não apareceu porque estava dormindo.

– E estava muito bom, pena que um serhumaninho resolveu me acordar.

– Acontece - falou dando de ombros - Eu falei para o meu vô que precisava falar com você e ele me deixou vir te acordar.

– Nossa, como você é uma pessoa legal. Deixou de tomar café só para me acordar.

– Claro, amigo é para essas coisas - falou e pulou da cama ficando de frente para mim - E ai, já está melhorando?

– Está sim, já está até começando à cicatrizar.

Ela então deu um passo para mais perto e esticou o braço devagar, pousando a ponta dos dedos onde a pequena linha da cicatriz começava a se formar. Na hora que ela passou oa dedos devagar por cima eu senti o tradicional arrepio se espalhar pelo meu corpo, o que só acontecia quando estava com ela.

– Tem razão, está bem melhor - falou e eu comecei a observá-la enquanto falava.

Quando ela levantou o rosto e me viu a olhando, ela também observou bem o meu rosto e sorriu.

– O que foi? Por que está me...

Eu não a deixei terminar e beijei. Foi um beijo calmo, bem simples e bom ( embora qualquer um com ela seja bom ). Quando o beijo terminou ela me deu um tapa de leve no peito.

– Você é muito abusado, me beijando toda hora desse jeito.

– Acontece - falei dando de ombros e roubando um selinho dela.

Me afastei rápido antes que ela me batesse, mas ela só riu enquanto balançava a cabeça. Peguei uma camisa na minha bolsa e coloquei, passei o pente rápido no cabelo e passei um pouco de perfume, tudo isso enquanto ela alternava entre limpar as unha e me olhar. Quando ja havia terminado fui para perto da porta.

– Vamos? Não pretendo te deixar com fomo por mais tempo.

– Que bom, mas antes eu tenho que passar no meu quarto.

– Para que? Você já não está arrumada?

– Estou, mas eu tenho que ir no meu antigo quarto e não o que eu dívido com as meninas. Preciso ver se uma blusa minha ficou aqui da última vez que eu vim ou se eu esqueci na casa da minha tia.

– Então vamos logo porque eu também quero comer. Se tive que acordar a essa hora espero que pelo menos eu possa comer.

Então eu comecei a empurrá-la em direção a porta.

Pov's Alícia

Quando passamos pela porta ele parou de me empurrar e veio para o meu lado.

– Agora você guia porque eu não lembro nem qual corredor tem que entrar.

– Então vamos logo antes que peecebam que estamos demorando e venham atrás da gente.

Então fomos andando lado a lado em silêncio até virarmos o primeiro corredor.

– Então, eu queria te perguntar uma coisa - ele falou quebrando o silêncio.

– Então pergunta.

– O que rolou entre você e aquela menina de ontem? - ele perguntou parecendo cauteloso.

– Aquela vadia da Sara?!

– Não sei se ela é vadia, mas sim, a Sara.

– Não se preocupe, ela é uma vadia sim - falei já irritada.

– Se não quiser me contar tudo bem, eu só estava curioso para saber.

– Não, tá tudo bem. É porque eu fico irritada só de pensar nela, mas vamos lá. A gente se conheceu aqui no acampamento. A mãe dela mandou ela para cá uma vez, eu nem lembro quantos anos eu tinha, acho que uns 10 ou 11 no máximo. Ela é daquele tipo de menina mimada que sempre quer ser a melhor em tudo e isso por si só já me irrita. Mas quando ele percebeu que eu era melhor do que ela nas provas ela começou a ficar com raiva de mim e arrumava briga comigo por qualquer coisa. Um dia eu me irritei e nós discutimos feio, eu só não quebrei a cara dela porque o Alan me segurou. - quando chegamoa no quarto me virei para ver se ele prestava atenção, parado ao lado da cama ele parecia bem atento a tudo que eu falava, então comecei a procurar no guarda roupa - Depois disso ela foi embora do acampamento e o verão acabou pouco depois. No verão seguinte quando eu voltei para cá ela não veio, o que me deixou muito feliz porque eu não sabia o que faria se ela me irritasse de novo.  Passado um tempo teve uma festa no Karaokê e todos do acampamento fomos. Chegando lá um menino pediu para ficar comigo e eu aceitei. Ele era bonito e eu só estava esperando uma oportinidade para dar o meu primeiro beijo. Quando estavamos ficando ela apareceu furiosa, gritando com o menino chamando ele de idiota, cretino e vários outros nomes. Resumindo, eu descobri que eles namoravam fazia alguns meses,mas um dia ela pegou ele traindo ela e ela pagou na mesma moeda. Depois isso acabou virando uma especie de jogo para eles, um traindo o outro e eu estava no meio disso. Fiquei puta da vida com os dois. Quando ela já tinha falado um monte para ele ela começou a me xingar. Então, para ser a gota d'água ela me deu um tapa e eu fui para cima dela...

– Você bateu nela?

– Claro, aquela vadia mirim tinha me batido e me envolvido no meio do joguinho dela, eu não ia deixar barato.

– E o seu avô fez o que?

– Eu falei para ele tudo que tinha acontecido e ele me falou que eu tinha que ter batido mais nela - falei sorrindo ao lembrar disso.

– Ele disse isso? Mas e seus pais?

– Minha família é diferente das demais caso não tenha percebido - então eu achei a minha blusa jogada no fundo do guarda roupa e a puxei - Achei!

– Ainda não acredito nisso, seu primeiro beijo foi...

– ...com aquele babaca que estava com ela ontem - terminei por ele.

– Eles ainda estão juntos?

– Eles são doentes, não se gostam mas não querem se separar. Idiota ela que não sabe cuidar do namorado dela.

– E o que você entende disso? Ja namorou alguma vez?

– Claro, mas isso é uma outra história.

– Como assim você já namorou e eu não sabia disso - perguntou parecendo irritado.

– Isso já faz um dois anos, mas você saberia se não ficasse jogando tanto e tivesse tido mais vida social.

– Nada a ver, ninguém me contou isso.

– Porque você não precisava ficar sabendo, a gente se odiava na época.

– E o que isso tem a ver com você conseguir segurar o namorado?

– Tudo, foi por causa daquele babaca que eu aprendi.

– E o que seria? Me fala.

– Não é nada de falar.

– Então me mostra uê - falou revirando os olhos.

– Eu não vou te mostrar. Nós temos que voltar logo - foi a minha vez de revirar os olhos.

– O que foi Alícia? Está com medo de me mostrar e eu não gostar? - perguntou debochado.

Ele me desafiou?! Ele não fez isso. Agora esse idiota vai ver só uma coisa.

Me apróximei dele e o empurrei em cima de uma das camas, coloquei uma perna de cada lado e subi em cima dele. Ele pareceu surpreso, mas eu não deixei ele ter mais nenhuma reação e o beijei com vontade. Foi um beijo bem intenso e voraz. Eu coloquei as mãos no rosto dele e ele na minha cintura me puxando para mais perto.

Quando o ar se fez necessário nós nos separamos. Eu soltei o rosto dele e coloquei uma mão de cada lado da cabeça dele, joguei meu cabelo para o lado e deixei mei rosto bem perto do dele que encarava.

– E ai Guerra, você me deixaria agora? - perguntei.

– Nunca - ele sussurou enquanto olhava nos meus olhos e a.minha boca.

– Bom saber - falei dando um sorrisinho e saindo de cima dele.

– Onde você pensa que vai? - perguntou me segurando pelo pulso e me puxando até ficar na frente dele.

– Tomar café - falei o obvio.

Ele então puxou meu braço me derrubando na cama me fazendo soltar um gritinho, subiu em cima de mim e me encarava com desejo.

– Você acha mesmo que pode me beijar assim e sair logo depois numa boa? - perguntou chegando mais perto de mim.

– Você que pediu, então sim - falei dando de ombros - agora sai de.cima de mim.

– Talvez mais tarde.

Então ele me beijou e foi tão bom quanto o outro. Ele deixou as mãos ao lado da minha cabeça para apoiar uma parte do seu peso enquanto me beijava e eu puxava cada vez mais.

– Guerra - falei entre o beijo depois de peeceber que alguém poderia nos procurar.

– Fala.

– Nós... nós temos... que ir.

– Não... quero.

– Alg..uém pode... nós ... ver a...qui.

– Não ligo - ele se afastou tempo suficiente apenas para falar isso e voltou a me beijar.

Já que essa não funcionou, vamos para a outra tentativa.

Enquanto nos beijavamos eu tirei as mãos do seu rosto e fui descendo devagar até chegar na barra da camisa ( eu não seria idiota de perder uma chance dessas ). Segurei fimer e o empurrei para o lado subindo em cima dele, assim trocando as posições. O beijei mais um pouco e num impulso me lancei para o lado e antes mesmi de parar já rolei para fora da cama ficando de pé.

– Poxa Gusman, assim não vale - ele falou rouco me encarando fazendo a vontade de voltar ficar maior.

– Valeu sim. Nós temos que ir.

– Temos nada.

– Nós precisamos ir. Nós já demoramos muito, logo alguém vem nos procurar.

– E daí? - ele perguntou se sentando, pegando na minha mão e me puxando até parar na frente dele - Eu não ligo, quero curtir o momento aqui sabia? - perguntou passando os braços pela minha cintura.

– Nós realmente temos que ir. E nem pense em me jogar na cama de novo se não te dou um chute.

– Então tá, fica para outra hora então - ele falou emburrado me soltando e levantando - Tenho que usar o banheiro, espera aqui.

Ele então entrou no banheiro eneu aproveitei para arrumar a cama e o meu cabelo. Ainda bem que hoje eu não havia colocado o boné, se não ele estaria uma bagunça total. Quando ele saiu do banheiro eu já o esperava na porta, assim não corria o risco dele me jogar na cama de novo.

– Vamos de uma vez antes que eu mude de ideia - ele falou passando por mim e me puxando pelo pulso atrás dele.

– Relaxa menino, você está todo tenso - falei soltando meu pulso e fiquei ao seu lado.

– Você me fez ficar todo tenso lá.

O que? Mas ele parecia tão relax... Meu Deus! Será que ele...? MEU DEUS! Comecei a rir assim que percebi o que ele queria dizer e ele apenas me olhou zangado.

– Isso. Você só ri porque não foi com você.

– Pode deixar, da próxima vez eu mando meu vô te acordar - falei quando parei de rir.

– O que? Não. Eu super apoio você ir me acordar mais vezes, só tente ser menos... intensa.

– Menos intensa. Vou me lembrar da próxima vez que você me desafiar.

– Haha! Sempre tão engraçada - falou irônico - Agora vamos logo antes que você fique com fome e irritada.

– Vamos.


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Notas finais do capítulo

Olha ai povo, mais um para vocês. Esse capítulo deixa uma brecha para uma pergunta que alguns vem me fazendo e eu resolvi pegar a opinião de todos.
Vocês irão querer Hot Paulícia?
Aviso que já imaginei ( não de Paulícia ), mas nunca escrevi nenhum então a única base que tenho é o que leio e a minha imaginação. Deixem nos comentários se querem ou não e eu aviso no próximo capítulo. Desculpem os erros, estou morrendo de sono. Nó sábado de noite ou domingo de manhã sai o próximo.

Beijos, Anna.



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