Paulícia - Uma História escrita por Annasinger19


Capítulo 15
15° - Alícia / Paulo


Notas iniciais do capítulo

Oiee povo, como estão? Desculpem por estar postando a essa hora ( 3:52 no meu celular e acordo cedo hoje ), o capítulo de hoje foi o que eu estava mais ansiosa para escrever e eu queria que ele ficasse bom para compensar o do natal por isso só ficou pronto agora e estou postando a essa hora. Capítulo de hoje totalmente Paulícia. Boa leitura e espero que gostem.



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Pov's Alícia

O restante do dia foi quase normal para um dia antes da festa. Ficamos arrumando as coisas que ainda faltavam para a festa: levamos as mesas, as cadeiras, os meninos arrumaram os aparelhos para colocarmos as músicas e todos fizemos uma lista com algumas músicas para tocar amanhã e entregamos para o Alan, que vai ser o nosso DJ oficial da festa. Nós meninas adiantamos algumas coisas na cozinha como doces e alguns salgados, mais a maioria vamos fazer amanhã.

Como eu esperava ( ou não, posso ter ficado surpresa também ) o Paulo não falou comigo pelo resto do dia. Ele provavelmente ainda deve estar com raiva de mim por causa de uma coisa tão idiota como aquela. Mas também não posso culpar só ele, afinal durante todo o dia nós ficamos oculpados com os preparativos para a festa e eu estava ansiosa para hoje de noite, e estava pensando em como para falar para ele sobre o Mário e a Marce, porque até agora eu não sei se ele está com raiva sobre os dois ou sobre o fato dele ter descoberto do meu colega de quarto, então acho que posso esperar até amanhã para falar com ele.

Você pode estar se perguntando " O que vai acontecer de noite? ". Na verdade não é nada demais, é só uma coisa minha, mais vou explicar mesmo assim. Eu vou em um lugar especial para mim, eu ia para lá com minha vó quando eu era pequena e por isso tem que ser de noite, assim ninguém vai ficar me perguntando para onde eu fui e porque, e fora que lá e bem mais bonito de noite.

□□□

Bom, já está de noite e depois que já fizemos tudo que tinhamos para fazer e já jantamos eu e as meninas estavamos no dormitório conversando sobre besteiras, quer dizer, elas estão e eu estou ouvindo música e lendo pelo celular, sinceramente não estou com vontade de ficar sentada falando sobre roupas, maquiagem e tudo mais para amanhã e como elas me conhecem não insistem no assusto.

Conforme as horas foram passando as meninas foram se cansando e uma por uma foram dormir até que por volta das 23:13 só restou eu acordada, todas já estavam dormindo. Mesmo assim esperei mais uns 5 minutos só para garantir e me levantei bem devagar e sem fazer barulho nenhum foi em direção a porta e sai.

Mesmo ja estando fora ainda andava tantando não fazer barulho nenhum, vai que alguém está acordado? Melhor previnir. E foi com esse pensamento que eu segui andando até chegar nas escadas da frente. Estava tudo indo bem até que quando eu cheguei no último degrau alguém me chama.

– Alícia?!

Ah, que maravilha! Era tudo que eu queria, que alguém estivesse acordado a essa hora ( sentiu a irônia?! ). Sabe quando você não quer encontrar ninguém e aparece o ser dos infernos, aquele que você reza " qualquer um menos ele" e ele aparece lá do fundo do inferno falando " eu ouvi e por isso vai ser eu mesmo "? Pois é, o meu " qualquer um menos ele " acabou de aparecer.

Me virei devagar e la estava ele, o Paulo. Ele estava parado na porta da cozinha mais assim que me virei para ele começou a vir na minha direção.

– O que faz aqui fora a essa hora? - ele perguntou quando chegou na escada.

– Nada demais, e você o que faz aqui a essa hora?

– Nada demais - repetiu o que eu disse. Agora ele ja estava na minha frente.

– Legal. Foi bom te ver agora eu ja vou indo, até - falei e me virei e comecei a andar para longe dele.

Claro que ele não iria deixar eu ir assim.

– Espera, para onde você vai a essa hora? - perguntou vindo atrás de mim e eu parei de andar e me virei ficando de frente para ele.

– Isso não te interessa Guerra! - falei já irritada com ele.

– Então já voltamos ao Guerra?

– Sim, voltamos. Agora se me der licença eu já vou indo - falei e me virei para continuar andando e ele novamente me seguiu.

– Não vai me dizer para onde vai?

– Não - respondi simples.

– Então eu vou com você.

– Não vai não - falei me virando de frente para ele, já estavamos na entrada da floresta.

– Vou sim.

– Não vai não.

– Vou sim.

Eis o porque dele ser o meu " qualquer um menos ele", ele e a Valéria. Os dois são muito teimosos e eu sabia que eles não desistiriam de saber para onde eu quero ir.

– Não vai, agora boa noite - me virei e entrei na floresta.

– Boa noite - ele respondeu mas veio atrás de mim. Garoto irritante.

Depois de dar mais alguns passos eu percebi que ele iria ficar me seguindo e eu não podia fazer nada para evitar e isso só iria demorar mais porque ele não sabe o caminho e eu estou morrendo de sono e quanto mais isso demorar pior, então me virei para ele novamente.

– Você vai mesmo ir junto comigo?

– Vou.

– Então vem logo - falei pegando na mão dele e o puxando atrás de mim.

– Que isso? Tudo isso é para pegar a minha mão?!

Revirei os olhos, claro que ele ia fazer alguma piada sobre isso.

– Claro que não, isso é só para você não cair, de noite quase não dá para ver nada e eu quero chegar lá logo.

– Lá onde?

– Você já vai ver.

– Ta bom, mais eu sei que você queria segurar a minha mão então não precisa de desculpa.

– Não é desculpa, para que eu iria querer segurar a sua mão Guerra? - perguntei irritada.

– Não é " para que " e sim " porque ", é simples, você gosta de mim.

Lá vem ele e essa história que eu gosto dele. De onde ele tirou isso eu não sei mais já está me irritando.

– Eu não gosto de você. E quer saber, você que se vire - falei soltando a mão dele e ele riu.

Ele, assim como eu pensei, começou a tropeçar depois de uns dois minutos e eu não esperava por ele, simplesmente saia andando e ele corria até me alcansar, o que me fez rir. Isso é para ele aprender a não ficar zoando com besteiras desse tipo a essa hora da noite com uma pessoa com sono.

Depois de mais alguns minutos que estavamos andando ( bem devagar por causa desse idoita ) ele pegou na minha mão.

– Tá bom, desculpa. Eu já percebi que o caminho é difícil.

– Nem vem - falei e puxei a minha mão de volta mais ele a segurou com mais força.

– Nem vem você, ja entendi que o caminho é difícil então já pode me guiar, eu deixo - então eu tentei novamente puxar a minha mão e ele a segurou e entrelaçou nossos dedos e segurou firme. Por algum motivo isso me arrepiou e antes que eu pudesse pensar sobre isso ele continuou - Nem tente soltar, minha mão fica aqui.

Então eu tive que virar um pouco o rosto para ele não ver que que eu estava sorrindo. Por que diabos eu estava sorrindo? Nem eu mesma sei.

– Você sabe mesmo onde está indo? Porque eu não quero ficar perdido com você duas vezes no mesmo mês. E de prefenrência nunca mais - acrescentou rápido a última parte.

– Eu sei bem onde estou indo. Direfente do que todos pensam eu conheço muito bem esse acampamento e mesmo que eu passe um ano sem vir aqui eu sei bem onde estou.

– Se sabe tão bem onde esta então como você se perdeu aquele dia comigo? - perguntou debochado.

– Eu não sei se você se lembra mas eu indiquei o caminho certo aquele dia e só nos perdemos porque você não quis ir por onde eu falei e nos fez ficar mais perdidos em um lugar da floresta onde eu nunca tinha ido antes.

– Primeiro que eu indiquei o caminho certo caso não tenha reparado, só demoramos mais tempo - ele falou e eu ri e antes que eu falasse alguma coisa ele continuou - E segundo que pelo o que você falou era um lugar que você nunca tinha ido então você nào conhece o acampamento todo.

– Eu nunca fui lá porque é muito longe, lá ja era o limite do acampamento, se andassemos um pouco para cima iriamos parar na fazenda vizinha e meu vô nunca me deixou ir la pela floresta. Mais graças a você agora eu conheço o acampamento todo.

– De nada - falou presunçoso.

– Obrigada - falei sarcástica revirando os olhos.

Continuamos andando por mais uns três minutos em silêncio e quando estavamos quase chegando me virei de frente para ele e por ter me virado muito rápido ele não conseguiu parar e acabou batendo a cabeça na minha, por sorte foi devagar.

– Ai garota, não se deve virar desse jeito quando alguém está atrás de você, podia ter sido pior.

– Cala a boca e para de reclamar garoto. Eu só queria te falar uma coisa...

– E o que seria? - perguntou e eu reparei que estávamos bem próximos.

– Agora você fique bem quieto e tente não fazer nenhum barulho e não fale nada, se quiser falar que seja bem baixo.

– Mas você não esta falando baixo.

– Porque não é aqui, é quando chegarmos lá.

– Lá onde? E por que não podemos falar alto?

– Você já vai ver só fique de boca calada.

Então antes dele falar mais alguma coisa eu recomecei a andar ele veio atrás de mim sem falar nada.

Pov's Paulo

Depois de me mandar ficar de boca fechada e não me falar onde estavamos indo ou qualquer outra coisa ela voltou a andar e como ainda estava segurando minha mão eu fui atrás dela e pela primeira vez não perguntei mais nada.

Depois de mais uns dois minutos de caminhada chegamos em uma parte da floresta que era aberta. Não era bem aberta, era apenas uma parte bem pequena da floresta onde não havia árvores no meio e sim ao redor formando um circulo, e ao redor também haviam vários arbustos e um gramado no meio.

Ela então nos conduziu atê o meio do circulo e se sentou, tudo em silêncio e só então soltou a minha mão. Ficamos os dois sentados lada a lado e eu cheguei perto dela.

– Por que não podemos falar alto ou fazer algum barulho? - perguntei baixo.

– Por causa disso.

Ela então bateu palmas e tudo ao redor se iluminou em pequenos pontinho verdes em todos os lugares: nas folhas das árvores, nos arbustos, alguns no chão e outros voando. Era impressionante a quantidade de pontinhos verdes, deveria haver centenas deles ali. Eu estava realmente impressionado com isso.

– É lindo não é?

Eu olhei para ela e ela estava com um sorriso no rosto iluminado pelos vagalumes.

– É, é realmente muito lindo - falei voltando a observar ao redor.

– Você sabe por que os vagalumes brilham desse jeito? - ela perguntou enquanto olhava ao redor assim como eu.

– Não, não sei.

– É chamado de bioluminescência, é utilizada como uma forma de proteção. O vagalume ou qualquer outro ser vivo capaz de brilhar, quando se sente ameaçado por algum predador ou em perigo com algo próximo começa a brilhar e assim ele é capaz de ver se está realmente em perigo ou se a ameaca está perto e assim tentar sobreviver.

Eu fiquei sem saber se falava algo, afinal eu não sabia se era mesmo verdade ou ela estava inventando isso.

– Você pode não acreditar mais é verdade, eu já estudei bastante sobre isso.

– Não falei nada.

– Ok - foi tudo que ela falou antes de olhar para a frente onde eles já começavam a se apagar e começava a ficar escuro novamente, ela olhou para mim - Quer tentar?

Eu apenas assenti e bati palmas, mais alto que as dela e eles iluminaram o lugar novamente.

– Isso é realmente incrivel, como descobriu esse lugar? - perguntei a olhando e ela continuou a olhar para frente.

– Na verdade não fui eu que descobri esse lugar, foi minha avó. Quando eu vim a primeira vez com 5 anos ela ainda estava viva e ela me trouxe aqui depois de uma semana que eu já estava aqui no acampamento. Ela simplesmente me acordou no meio da noite e me trouxe aqui com meu pijama de ursinhos e cara de sono. Você não imagina a minha felicidade quando ela bateu palmas e tudo se iluminou com os vagalumes, eu sai correndo por entre os arbustos achando que podia pegar alguns deles para mim e eles saiam voando - ela falou sorrindo olhando para um ponto qualquer a nossa frente.

Eu então olhei na direção que ela olhava e imaginei uma menininha com pijama de ursinhos correndo de arbusto em arbusto com um sorriso enorme no rosto tentando pegar algum e os vendo voar e em vez de ficar triste ela corria para outro e fazia a mesma coisa. Por algum motivo isso me fez sorrir. Ela continuou.

– Depois de tanto correr atrás deles eu me sentei com ela toda contente depois de ter espantado todos que estavam nos arbustos e ela me falou que logo eles voltavam e eu poderia tentar de novo. Ela então me contou que tinha achado esse lugar por acaso quando eles haviam comprado o acampamento e que sempre foi o lugar preferido dela aqui mais que só ela e meu avô sabiam que existencia dele embora só ela havia vindo aqui. Ela me falou que achava que eu iria gostar daqui e por isso havia me trazido aqui. Seria o nosso cantinho, só nosso. No ano seguinte ela me trouxe aqui novamente depois de uma semana que eu estava aqui e me pediu para guardar o caminho para quando eu quisesse vir aqui sozinha e ficamos aqui por um bom tempo brincando. Naquele verão ela ainda me trouxe aqui mais umas duas a três vezes para brincarmos. No ano seguinte ela acabou falecendo no meio do ano e isso me abalou muito porque eu era muito próxima dela sabe? Até hoje eu ainda sinto falta dela - então eu olhei para ela e ela estava com a expressão triste mais não a interrompi pois sei que ela odeia isso - No verão seguinte quando eu voltei para cá foi bem difícil porque ela não estava mais aqui e eu ainda era uma criança então era pior ainda - ela então bateu palmas para que os vagalumes não se apagassem e continuou - Quando completou uma semana que eu estava aqui no acampamento eu quis vir aqui por ela, era o nosso cantinho e eu sabia que me sentiria mais perto dela aqui? Como se ela ainda estivesse comigo, então quando todos ja estavam dormindo eu tentei vir aqui só que eu não tinha decorado o caminho. Foi uma coisa estúpida na epóca, uma criança de 7 anos sozinha na floresta de noite, eu podia ter me perdido ou podia ter acontecido alguma coisa comigo mais graças a Deus eu consegui chegar aqui e fiquei um bom tempo sentada aqui chorando por ela não estar junto comigo. Ao mesmo tempo fiquei feliz porque eu havia conseguido vir aqui sozinha, tinha conseguido encontrar o caminho e isso me fez pensar que ela ficaria orgulhosa de mim. Eu não sei quanto tempo eu fiquei aqui mais quando eu voltei eu ja me sentia bem melhor do que antes. Desde então todo verão quando eu venho para o acampamento, sempre que completa uma semana eu venho aqui e me lembro dela, ainda é o nosso cantinho. É como se fosse um ritual que ela me ensinou e eu sigo até hoje, entende? - ela perguntou olhando para mim.

– Sim, acho bem legal o que você faz - falei depois de um tempo sem saber o que falar.

Então ficamos em silêncio por um tempo apenas olhando para frente, ela já havia terminado a história e eu não sabia o que falar então apenas ficamos assim.

– Me desculpe - faleu assim que me toquei de algo.

– Desculpar? Pelo que? -perguntou confusa me olhando.

– Por ter estragado essa imagem que vocé tem desse lugar, era para ser apenas de vocês e eu estou aqui, sou um intruso.

– Sem problemas, não ligue para isso, vou fingir que você é apenas mais um vagalume. Um bem gigante mais mesmo assim um vagalume.

Então nós dois rimos e isso me deu um alivio por saber que ela não havia realmente ficado brava comigo.

– Mas já que estamos aqui Paulo eu vou aproveitar e para falar uma coisa com você que eu ia falar só amanhã mais acho que posso falar agora.

– Então voltamos ao Paulo? Não era Guerra até vinte minutos atrás? - perguntei sarcástico.

– Era mas já não estou mais com raiva de você. Isso é a bipolaridade falando mais alto - falou dando de ombros sorrindo.

– Tô vendo, você é a bipolaridade em pessoa. E você ainda não me falou se eu sou bipolar ou não pequena - falei apenas para provocar e deu certo porque ela fez uma careta com o apelido.

– Pequena é a mãe e sim, você é tão bipolar quanto eu.

– Não falei da minha mãe e eu não sou tão bipolar quanto você pequena.

– Lógico que é, você estava de boa e ficou bravo do nada por causa do Mário. Depois você ficou normal e nervoso de novo comigo por causa do Pedro e tudo isso foi em um intervalo de vinte minutos. E eu não falei da sua mãe, eu falei mãe no sentido geral igual se eu falasse " pequena é a vovózinha ".

– Ok, mais eu tive motivos para as mudanças de humor repentinas.

– Teve nada, isso é desculpa.

– Não é. Agora o que você queria me falar?

– É mesmo, já tinha esquecido. Mas antes de falar você tem que manter a calma e me deixar falar ok? - perguntou e percebi que eu não iria gostar muito da conversa.

– Por que manter a calma? O que tem de mais para me irritar?

– Apenas me diga se vai manter a calma e me deixar falar.

– Ta, agora o que é?

– Bom, Mário me pediu para falar com você sobre uma coisa...

– Que coisa? - perguntei. Já não estava gostando e ela nem tinha falado tudo ainda.

– Ele quer pedir a Marcelina em namoro - ela me falou direta e eu senti meu sangue esquentar.

– Ele o que? - perguntei com uma voz controlada.

– Ele quer pedir ela em namoro. Sabe o que é namoro? É quando duas pessoas fica...

– Eu sei o que é namoro Alícia, obrigado. E por que ele não veio falar comigo? Por que ele te mandou aqui no lugar dele?

– Ele não me mandou aqui no ligar dele, ele só me pediu para te falar que ele queria pedir ela em namoro.

– Ele precisa da minha permissão para isso, eu sou o responsavel por ela quando meus pais não estào.

– Ele sabe só que ele falou que só vai pedir sua permissão quando ela aceitar. Até porque não teria sentido ele te pedir antes de perguntar para ela.

– E se ela não aceitar? Ela pode não aceitar.

– Para de ser idiota Paulo, é lógico que ela vai aceitar - falou me dando um tapa no ombro e recebendo um " Ai! " meu em resposta - esses dois se gostam faz dois anos, só não admitiam isso para eles mesmos.

– E como você sabe disso? Como tem certeza disso?

– Simples, estamos falando dos meus melhores amigos e eu conheço eles muito bem, sei do que estou falando.

– Pois ela pode gostar dele e ele dela que mesmo assim eu vou ter que pensar se vou deixar ou não - falei e ela fez uma cara se ' Fala sério ".

– Que coisa mais idiota Paulo, você tem que deixar eles namorarem. Eles se gostam e mesmo se você não querer eles vão ficar juntos.

– Quem disse? Se eu falar que não é não, ela não vai poder ficar com ele.

– Eu disse e mesmo se você falar não eles vão ficar juntos e não vai ser o irmão ciumento dela que vai impedir isso.

– E como isso vai acontecer, posso saber? - perguntei cruzando os braços.

– Simples também, eles podem se encontrar escondidos de você.

– Eles não vão fazer isso, seriam descobertos na mesma hora porque eu não iria deixar eles dois juntos sozinhos.

– Eu ajudaria.

– Como é? Você ajudaria eles a se encontrar escondidos? - perguntei incrédulo.

– Claro, se for para ajudar a deixar os meus amigos feliz eu faria qualquer coisa e ajudar eles a se encontrar sem você saber não seria difícil.

– Não? - perguntei descruzando os braços e me apróximei dela.

– Não - respondeu me encarando.

– Agora você vai ver pequena!

Então eu pulei em cima dela que se assustou com o meu ataque e foi para trás se deitando no chão e fiquei sentado em cima dela e comecei a fazer cosségas nela que comecou a rir sem perar. Ela tentava me mandar parar mais não conseguia formar uma frase toda de tanto que ria e por isso falava apenas as palavras sem muito sentido e tentou me tirar de cima dela e comecou a me bater em todo lugar que conseguisse, só que ela estava rindo tanto que estava fraca e não doia nada e eu continuava a fazer cosségas nela.

Até que em um momento ela me bateu bem em cima do ferimento que já estava quase curado mas que ainda doia um pouco e a dor me fez parar, o que para ela foi bom porque ela comecou a me dar tapas por todo lugar e então eu peguei os braços dela e os segurei do lado do corpo dela que me encarava sorrindo iluminada pela luz verde dos vagalumes, nem parecia a menina que estava me estapeando a alguns segundos atrás Mais então eu percebi que estavamos bem próximos e o rosto dela estava bem perto do meu.

Então como da primeira vez o impulso de beijar ela apareceu derepente e sem hesitar eu aproximei meu rosto do dela e a beijei. Diferente do primeiro esse foi mais calmo no comeco, afinal não só ela como eu também estava confuso por esse impulso repentino de a beijar. Ela no comeco apenas ficou parada pela surpresa mais depois comecou a corresponder ao beijo. Eu então soltei os braços dela e segurei a cabeça dela com as duas mãos, uma de cada lado enquanto as mãos dela foram uma para o meu pescoço me puxando para mais perto enquanto passava a outra pelo meu cabelo.

O beijo foi ficando mais intenso e dessa vez ela não parou como da última vez, só nos separamos pela maldita falta de ar mais continuamos com os rostos próximos, nos encarando, ela ainda com as mãos no meu pescoço e eu fazendo circulos com os polegares na bochecha dela.

Então a realidade se fez presente e todo o momento acabou para os dois quando nos demos conta do que fizemos. Ela tirou as mãos do meu pescoço e eu do rosto dela e sai de cima e me sentei do lado dela enquanto ela se sentava também. Ficamos os dois sentados olhando para os pontos verder por todos os lados ainda brilhando, provavelmente por causa da risada dela a alguns minutos atrás. Ficamos assim por um tempo sem dizer nada, apenas com o silêncio constrangedor entre nós.

– É melhor a gente ir - ela diz por fim se levantando com um pulo e me estende a mão para me ajudar a levantar e eu aceito. Ela então não solta minha mão e me leva de volta pelo caminho que viemos e dessa vez consigo não tropeçar muito, é injustiça que na ida e na volta ela não tenha tropeçado uma vez se quer e eu quase perdi meu pé umas três vezes. Mais seria pior se ela não estivesse guiando porque eu estaria perdido e sem os dois pés a uma hora dessas.

Quando finalmente saimos da floresta ela soltou a minha mão e eu pensei se ela não estaria com raiva de mim por causa do beijo. Então eu pensei " Foda-se ". Se ela estiver com raiva de mim que seja por mais.

Então passei meu braço pela cintura dela e a puxei para mim e a beijei pela segunda vez hoje. Dessa vez foi um beijo mais calmo por parte dos dois e em nenhum momento ela recusou, o que me fez pensar ela talvez não esteja com raiva de mim, talvez fique brava mais uma pessoa não beija sozinha certo? Quando terminamos o beijo eu ainda a segurei pela cintura e deu um último selinho nela.

– Boa noite Gusman - falei a soltando e dando um sorriso para ela que apenas me encarou.

– Boa noite Guerra.

Então ela se virou e comecou a andar em direção a casa e eu fui atrás dela deixando uma pequena distancia entre nós. No corredor ela foi em direção ao dormitório das meninas eu eu dos meninos. Entrei no quarto nem ligando se fazia barulho e me deitei ma cama e fiquei tantando entender porque eu havia tido essa vontade repentina de beijar ela de novo. O primeiro beijo foi bom e talvez isso tenha influenciado, mas nem se compara ao beijo que demos na floresta, foi bem melhor, mais intenso e dessa vez foi até o fim.

Olhei no celular e já eram 00: 37. Amanhã ( hoje ) eu teria que acordar cedo e como pensar nisso não iria me ajudar a dormir tentei ao máximo não pensar e consegui dormir.


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Notas finais do capítulo

Bom gente, espero que tenham gostado, me falem o que acharam porque esse capítulo eu fiz com muito ( muuuuuuito mesmo ) carinho para vocês, e queria agradecer pelos comentários no capítulo anterior. Até domingo posto o próximo, beijos.



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