No Ritmo escrita por JéChaud


Capítulo 42
Silencio da Noite


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, tudo bem??!!!
Aqui vai mais um capítulo com muitooo carinho pra vocês ♥ ♥ ♥
Obrigada genteeeeeee sério mesmo, vocês são incriveis, muito obrigada de verdade pelos comentários, favoritos, pelo carinho ♥ ♥ ♥



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Onde quer que tenha lido, ou o que quer que tenham lhe contado, não se igualava ao vazio que sentia nesse momento, ela o amava, e tinha feito planos com ele, não era mais uma paixão infantil na qual você se distrai e quando percebe não doi mais, era amor, amor de verdade, a dor permanecia ali, intensa, pesada.

Seu conto de fadas tinha chegado ao fim, no mesmo compasso que a meia noite a magia da carruagem acaba, a tornando novamente uma abobora. E o sapatinho é deixado na escada, mas dessa vez sem príncipe nenhum para encontra lo.

—-

— Me conta amiga, o que aconteceu? Por que chora tanto? – Magali questionou após aproximadamente dez minutos de silencio total regados de dor.

— O Cebola Maga, ele... Ele me enganou, me iludiu – Monica tentou contar sufocada por entre as lágrimas com as mãos sobre o rosto.

— Como assim?! Não acredito, aquele menino me paga – Magali protestou batendo com uma das mãos na cama - Me conta direito ami.

— Era tudo uma aposta, desde o começo – Monica explicou soluçando – Ele só se aproximou de mim para ganhar um acho que skate, sei lá o que era o prêmio.

Magali a olhou incrédula, não acreditava em tamanha infantilidade, brincar com sentimentos alheios era coisa muito seria e tensa para ela, varias noites ouviu a amiga lhe contar de como estava amando pela primeira vez, como era tudo lindo, e quem os via junto também percebia o quanto estavam se gostando, não iria aceitar tão fácil essa explicação barata, tinha que ter algo a mais, o que viam no rosto dos dois não podia ser só uma aposta qualquer.

— Como você soube disso? – Magali questionou claramente chateada.

— Ah Maga... Os meninos estavam conversando e não me viram no vestiário, eles entraram no assunto e então... – Monica parou de falar voltando a chorar. - Então eu escutei, e tentei me esconder...

— Não acredito, que meninos? Mo isso é muito sério – Magali comentou com pena – Ele parecia gostar tanto de você.

— Os meninos de sempre amiga, e eu também achei... Achei que era verdadeiro e recíproco o que estávamos vivendo, só que não foi assim, provavelmente eles riam de mim, mas também isso já não importa mais – Monica enxugou mais algumas lagrimas que escorriam pelo seu rosto. 

— Como assim não importa mais?

— Faz um favor pra mim? – Monica perguntou se levantando – Devolve pra ele umas coisas que vou separar?

— Amiga, não faz isso ainda, escuta ele por favor, tenho certeza que terá uma boa explicação – Magali a olhou atenciosamente.

— Maga só devolve ami, não me faz falar com ele, não por agora – Monica pediu tirando coisas de diversos lugares do quarto.

Separou o capacete cor de rosa e um par de luvas da mesma cor que ganhou logo que aprendeu a pilotar a moto, separou também um livro, um porta retratos, o pen drive que ele lhe deu com diversas musicas das quais gostava e o passaporte da viagem já marcada. Colocou tudo dentro de uma sacola, e estendeu para a amiga que a olhava deprimida.

— Tem certeza Mo? A viagem que você tanto sonhou, tanto queria e estava tão animada, vocês combinaram tantas coisas lindas  – Magali pegou a sacola receosa.

— Maga, eu já decidi, não torna tudo mais difícil amiga, não insiste pra eu não fazer isso, não posso mais ficar com essas coisas aqui – Monica virou de costas evitando olhar o conteúdo que a amiga segurava, como se qualquer brecha a fizesse se arrepender.

— Ok – Magali concluiu – Amanhã eu entrego.

—-

Dormir aquela noite foi uma das partes mais difíceis, no silencio do anoitecer sua dor se intensificou, memórias e sons inundaram sua mente e os poucos minutos de sono foram regados de sustos.

Acordou chorando diversas vezes durante a noite, e na ultima delas levou um susto com a Magali e a Denise sentadas na beirada de seu colchão.

— Meninas? – Monica chamou limpando as lágrimas grudadas em seu rosto, tentando focar sua visão recém acordada.

— Ami, você estava chorando tanto, viemos tentar te acalmar – Denise falou a olhando com pena segurando em suas mãos geladas - A Maga me contou por cima.

— Eu tentei te fazer carinho amiga, mas você não parou – Magali falou continuando a passar as mãos em seus cabelos.

— Obrigada amigas, desculpa por acordar vocês, é que dói tanto – Monica respondeu esfregando os olhos.

— Eu sei ami, não se desculpe, estamos aqui, e só saimos quando você pegar no sono – Denise respondeu a olhando.

Monica sorriu fracamente, seu corpo pedia por uma boa noite de descanso, aos poucos foi fechando os olhos e um torpor foi tomando conta do seu corpo.

—-

Magali acordou consideravelmente cedo, passara uma noite triste, era muito sensível para essas situações. Sabia onde encontraria os meninos, de domingo sempre jogavam futebol na quadra do bairro, então terminou de tomar seu café com todo cuidado que conseguiu para não acordar a amiga, e saiu  logo após se arrumar, trancando a porta.

Chegou na quadra e avistou seus alvos, cruzou os braços e se aproximou pisando firme.

— Vou perguntar uma vez e quero sinceridade na resposta – Magali chegou falando os assustando, uma vez que se encontravam de costas.

— Maga? – Cascão se colocou de pé – O que aconteceu? O que ta fazendo aqui? 

— Cebola, quero saber o que deu na sua cabeça pra fazer uma coisa dessas?! – Magali ignorou totalmente o namorado.

Cebola a olhou sabendo exatamente sobre o que ela falava, a encarou sem saber o que responderia, pensou um milhão de coisas e agradeceu quando o Cascão tomou as rédeas novamente.

— Epa, epa, vem cá – Cascão puxou para perto dele – Melhor falarem sobre isso depois Maga.

— Não Cas, quero explicação, me recuso a acreditar que foi tudo uma jogada, que não tinha amor – Magali se soltou olhando novamente para o Cebola. - E que você Cas, sabia de tudo e não impediu isso.

— Magali não quero ser inconveniente, te respeito e gosto muito de você, por favor deixa que eu resolvo isso com a Monica, e o Cascão não tem culpa de nada, deixa ele fora disso. – Cebola pediu se levantando.

— Que seja, toma, isso é seu, espero que repense em tudo que fez, gosto muito de você Cebola, e sei que foi verdadeiro o que viveram, não se por qual motivo foi tão inconsequente, mas saiba que você perdeu uma pessoa incrível – Magali concluiu lhe entregando a sacola enorme devido ao tamanho do capacete, e indo embora sem ao menos olhar para trás.

Cebola pegou a sacola e permaneceu imóvel, os amigos ficaram em silencio pela tensão do que acabará de acontecer, aos poucos ele foi retomando a coragem, sentou no banco de reservas novamente e abriu a sacola com cautela, como quem leva um choque ele viu aos poucos todas as coisas que ele a tinha presenteado até aquele dia. Tirou com as lágrimas presas aos olhos a luva que ela tanto gostou quando ganhou, e nem percebeu quando um papel voou e pousou nos pés do Ricardo.

Ricardo o pegou e respirou fundo quando percebeu o que era, entregou com receio ao amigo, que deu um murro no banco quando viu o passaporte da viagem que eles tanto planejaram estava ali, diante dele, devolvido, como se tudo não tivesse passado de um sonho.


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal, espero que tenham gostado ♥
Se puderem deixem suas opiniões, são sempre super mega bem vindas ♥

"A veces, nuestros sueños caen al suelo, como pedacitos de estrellas que poco a poco se apagan. Nuestro corazón, llora en silencio, y cuando las lágrimas caen, hielan todo el cuerpo. " Poema Dulce Maria – RBD.

Tradução: " As vezes, nossos sonhos caem no chão, como pedacinhos de estrelas que pouco a pouco se apagam. Nosso coração, chora em silêncio, e quando as lágrimas caem, gelam todo o corpo "

Beijinhos e espero vocês no próximo capitulo ♥ ♥ ♥



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