Vers Le Hurt-o Despertar pra 1 Nova Vida escrita por San Costa


Capítulo 18
Historia




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Historia
Angel
_Não. Gritei me levantando e indo em direção a porta, porem antes de alcançá-la os braços de Seth rodearam minha cintura me virando e me abraçando, eu lutei para me soltar, eu tinha que impedi-los, ele me segurou apertado por alguns minutos, até que eu o abracei de volta. A dor era tremenda e eu comecei a chorar.
_Não adianta Angel, eles provavelmente já a transformaram.
_Não.
Foi a vez do Alec gritar, Carlisle que estava próximo a ele, segurou seu braço.
_O que vamos fazer? Carlisle perguntou, quem respondeu foi o Edward.
_Primeiro voltar pra Forks, deixar a Angel e o Gui em segurança. Antes que eu abrisse a boca para protesta, ele usou o único argumento que poderia me parar.
_Pense em seu filho... Depois alguns de nós vamos atrás dela.
_Eu não vou esperar.
O desespero era notado na voz do Alec. Soltei-me dos braços do Seth e fui até ele, seus olhos eram violentos, e ele era a descrição perfeita de um vampiro altamente perigoso, porem eu sabia que não havia perigo nele, pelo menos não para mim. Toquei seu braço e em seguida o abracei.
_Obrigada, agora eu sei que você a ama de verdade, e sei o quanto você está sofrendo.
_Eu vamos trazê-la de volta.
Foi sua única resposta.
_Você não deve ir sozinho.
Seth falou, e Alec o respondeu contendo seu ódio, certamente para quem o merecia.
_Eu não vou esperar.
_Ele está decido, e... Edward começou e parou antes de terminar, olhou para o Alec e depois pro Carlisle.
_Eu acho que alguém deveria ir com ele.
_Não, nem pensa nisso.
Bella o advertiu.
_Meu dom seria de grande ajuda. Ele argumentou com a voz calma.
_Sim, e os Volturi o quer por isso.
_Ela tem razão. Alec disse então Seth falou.
_Eu poderia. Porem eu não o deixei terminar, eu queria minha irmã de volta, e se pudesse eu mesmo iria buscar, mas pensar no Seth alem de longe de mim, indo pro covil dos Volturi, era insuportável.
_Seth, nem começa.
Ele olhou nos meus olhos e viu o desespero nos meus, que só tendia a aumentar a cada minuto que passava. Então ele me deu outra opção.
_Ok, então eu vou ligar pro Jake e pedi-lo pra mandar alguém da matilha pra ir com ele.
Ele falou acariciando meu rosto. Assenti com a cabeça e ele foi ligar. Alec começou a andar impaciente de um lado para o outro, porem ele sabia que não devia ir sozinho, não se ele quisesse trazer a Bia de volta.

Alec
Esperar a hora do embarque chegava a ser doloroso, olhei ao meu redor, Edward, Bella, Carlisle, Seth, Angel esperavam o vôo para Seathes, Emmett, Paul e Quil vieram para ir comigo, mesmo eu sendo um Volturi, eles estavam aqui pra mi ajudar, eles acreditaram na minha historia no momento em que o Edward a contou. Eles me tratavam como da família já.
Edward pôs a mão no meu ombro me dando conforto, eu compreendi a dor que ele passou quando achou que tivesse perdido sua companheira. O alto falante anunciou meu vôo, e nos despedimos, antes de ir repeti minha promessa para Angel.
_Eu vou trazer-la de volta.
***
O sol se punha em Volterra a sensação de que estavam esmagando meu peito não passou em nenhum momento. Esfreguei minhas mãos ansiosamente.
_Eu sei que é difícil, mas fica calmo cara. Emmett falou.
_Certo.
Durante a viajem não nos falamos muito, basicamente passei o plano de como agiríamos e voltei a pensar na minha Bia, tão inocente, sem malicia, tão nova.
_Aaarrr.
O ódio borbulhava dentro de mim, eu queria arrancar a cabeça de quem a pegou.
_Vamos.
Um dos lobos chamou, então entramos no beco próximo ao Palazzo dei Priori. Lembranças triviais, até mesmo felizes, minhas com Jane, com Renata e com Marcus eram substituídas. Esses becos, da cidade que vive uma eternidade era agora o pior lugar do mundo, essa cidade era a prisão da minha vida, da minha Bia. A família que eu julgava ser a minha estava tentando me tirar a única coisa boa que já tive, mas eles não conseguiriam, nem que pra isso eu tivesse que matar a todos.
Parei na porta principal, a que todos vêem na cidade, respirei fundo sem precisar, olhei para os três homens que estavam do meu lado, os lobos só se transformariam quando entrássemos no salão principal , e abri as pesadas portas do castelo.

Bia

_Fica calma Bia tudo vai ficar bem.
Ela fez uma careta como se ela mesmo não acreditasse no que ela acabou de falar. Alec sempre falou com tanto carinho da irmã que eu automaticamente me senti segura.
_Onde eu estou?
_Me desculpe, mas eu não posso te dizer, a única coisa que eu te digo é que eu vou cuidar de você.
Assenti com a cabeça e voltei para perto dela.
_Meu irmão deve está sofrendo muito.
Quando me lembrei dele e de todos que estavam sofrendo por mim um nó se formou na minha garganta.
_Você deve estar com sede.
_Sede?
_Sim. Como se sua garganta queimasse.
Agora que ela falou percebi que sim, minha garganta queimava, como se o fogo que me consumiu tivesse ficado ali, queimando insistentemente minha garganta.
_Eu me tornei uma...
A palavra não saiu e Jane somente assentiu com a cabeça.
_Vem, vamos até a cidade caçar alguém.
Como? Eu iria matar uma pessoa? Não, isso não.
_Não.
_Eu achei que você estivesse com sede.
_Mas eu não vou matar nenhum humano.
_Bia eles são comida.
Eu não via assim, eu me lembrava de meus pais, do Gui. Eu não me tornaria um monstro. Neguei com a cabeça.
_Tem a opção dos animais.
Ela fez cara de nojo e eu sorri. Saímos e rapidamente ela me ensinou o que eu tinha que fazer, era instintivo, como se eu soubesse o que tinha de ser feito naturalmente, o local onde por meus dentes, que agora era afiado, e tomar o sangue. Eu me sujei toda e a roupa se rasgou em vários lugares, mas o sangue abrandou um pouco do fogo, mas estava longe de apagá-lo.
Nós estávamos em uma floresta bonita, e ao voltar entramos em um túnel, que nos levou pra uma sala escura, era a primeira vez que prestava atenção ao local.
_Jane?
Uma voz chamou, olhei e vi um homem se aproximar, sua pele era diferente e seus olhos um pouco triste.
_Marcus.
Jane foi até ele e eu pude notar amor entre eles, ele era o homem que o Alec considerava como pai.
_Bia! Como você é linda criança.
Ele passou a mão pelo meu rosto e sorriu um sorriso que não alcançou os seus olhos.
_O Alec me falou de você, que você é como um pai pra ele.
Pude notar uma dor imensa em seus olhos.
_Sim, Jane e ele sempre foi como filhos pra mim, desde que...
Ele interrompeu a frase bruscamente e mudou de assunto. Ele me falou sobre as regras, e sobre como seria minha vida, porem o assunto voltou para sua frase interrompida, eu estava curiosa, mas se ele não quisesse me contar eu entenderia, porem ele me contou sua historia, a historia mais triste que eu já ouvi.
_O maior sonho da minha esposa era ter filhos. Ele falou com o olhar distante. _Mas a imortalidade chegou pra ela cedo, ela era pouco mais velha que você, e tirou essa possibilidade dela. Quando Alec e Jane foram transformados nós os pegamos para criar, porem isso não era o bastante para ela. Quando os Romenos tentaram retomar o trono, Aro lutou com todas as forças da guarda e eu o ajudei, como seu fiel aliado, a luta durou seis dias. Quando voltei para minha casa, pois na época não morava no castelo, Angeline tinha perdido a razão, e quebrou uma regra crucial, ela transformou uma criança, segundo dizem ele tinha dois anos, era um garoto lindo, loiro, do olho azul e os guardas que cuidavam da sua segurança ditaram sua sentença, sem nem mesmo a julgarem. Entenda esse crime é tão temido que nem é preciso levar a pessoa diante de nós, qualquer um da guarda tem autoridade para matar o transgressor. Eles a queimaram, junto com o garoto.
Ele silencio, acabando a historia ali, instintivamente envolvi sua cintura com meus braços e senti meus olhos arderem buscando pelas lagrimas que deveriam estar rolando pelo meu rosto.
Ouvi uma voz fina dizendo.
_O sinal será PAZ, da segunda vez que eu disser vocês atacam.
E então eu o vi, minhas lembranças humanas não faziam jus a sua beleza, ele caminhou imponente até o centro do salão, dos seus lados estava dois lobos e outro vampiro que eu não sabia quem era.
_Aro.
Ele chamou, pois o tal Aro fingia não o ver, suas mãos estavam em punho do lado do seu corpo.
_Alec! Ele exclamou, como se estivesse feliz com a presença dele aqui.
_Onde ela esta?
Alec falou em um assobio.
_Paz filho.
O desespero me invadiu, paz esse era o sinal, era pro Alec, não.
_Alec não, é uma farsa.
Olhei ao redor, mas não era onde eu estava.
_Bia, meu amor.
Ele olhou para mim, mas não parecia me ver. Eu não sabia o que era isso, mas eu tinha que avisá-lo, e tentar acalmá-lo.
_Eu não estou aqui, eles me transformaram, Jane e Marcus estão comigo, mas meu amor eu estou bem, fique calmo e vai embora, é uma armadilha.
Alec olhou para onde eu estava.
_Bia, Bia?

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