I Love Charlie escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 4
Sinal de perigo.


Notas iniciais do capítulo

Olá...

Boa leitura, desculpe se houver algum erro de ortografia.



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Narrado por Charlie

Ele se aproximou de tal forma me deixando sem saída. Aquela parede me deixava sem ter por onde escapar e ele bem na minha frente sem me deixar sair. – Mas eu queria mesmo afasta-lo? Foi essa a pergunta que ele me fez “Você quer mesmo que eu saia?” e eu queria? – Não tive tempo de responde-lo porque Jeff chegou bem naquela hora. – Para me salvar, ou não. – Eu não estava em perigo, eu estava com Tommy, e bem isso é sim sinal de perigo.

— Charlie? — escutei a voz do meu amigo me chamando e senti um alívio enorme, junto com a vergonha de estar daquela forma com Tommy. — eu estava procurando você... — Na mesma hora eu afastei Tommy bruscamente de perto de mim. — O que está acontecendo aqui? — Jeff indagou desconfiado.

— A-a- gente, só estava... — eu olhei para o Jeff sentindo minhas bochechas corarem de constrangimento.

— Não estava acontecendo nada aqui Jeff! — respondeu Tommy com expressão de tédio. Como se realmente não estivesse acontecendo nada. E estava? O que foi aquilo minutos atrás?

— É Jeff, não estava acontecendo NADA. — dei ênfase no “nada” e fitei Tommy. Ele me olhou de uma forma diferente e não consegui interpretar seu olhar. — Vamos. — falei e sai puxando Jeff pelos corredores quase correndo.

— Espera ai Charlie...! — Jeff parou e assim automaticamente eu parei e virei para olha-lo.

— O que foi Jeff? — indaguei fingindo naturalidade.

— O que foi digo eu Charlie... O que foi aquilo? — perguntou ele curioso.

— Jeff eu já disse que não era nada! Não foi nada! — falei impaciente, voltei a andar sem esperar por ele.

— Nada? — perguntou ele rindo. — Charlie eu te conheço a tempos! Nao queira mentir para mim! — eu odeio essa mania que o Jeff tem de querer saber tudo. — Vocês estavam quase se beijando. — ele começou a andar ao meu lado.

— Jeff menos, tá bom?! Bem menos! — Aquilo não poderia acontecer. Eu beijando o Tommy? Nem pensar, de jeito nenhum! — Aquele garoto irritante foi atrás de mim, quando eu fui na biblioteca ver o Scott e foi só isso!

— E vocês dois acabaram quase se pegando? — Jeff já estava rindo. Ele achava graça de toda aquela situação ridícula.

— Ai cala boca Jeff! — revirei os olhos irritada. E lembrei porque aquilo tudo tinha acontecido, porque eu revirei os olhos. — Jeff não conta aquilo para ninguém, por favor. — pedi assim que saímos da colégio.

— Tudo bem Charlie. — Jeff sorriu para mim. — só toma cuidado com aquele garoto, tá bom? Você sabe como ele é. E se ele partir seu coração eu vou ter que quebrar a cara dele! 

— Jeff, ele não vai partir meu coração! Porque nós não temos,  e nunca vamos ter nada! — eu falei com cara de tédio, fazendo ele rir.

— Vocês pode até ser que não...— ele falou ainda rindo. — mas aqueles dois ali eu já não tenho tanta certeza. — segui o olhar dele e vi Cody e Jas conversarem distraídos perto do carro do meu irmão.

— Até que eles formam um belo casal...! — falei fitando-os de longe. — Pena que Cody não leva ninguém a sério.

— Ele pode mudar, Charlie! — Jeff falou. — tenho que ir, se cuida.

— Você também. — me despedi dando um beijo na bochecha dele, então caminhei até o carro de Cody. Ele e Jas estavam rindo de alguma coisa que eu não queria saber.

— Atrapalho? — perguntei assim que cheguei perto dos dois.

— Claro que não Char. — respondeu Jas me olhando. Ela estava feliz, Cody a deixava assim.

— Por onde você andou Charlie? Faz quase trinta minutos que a gente estava te esperando. — Eu pensei em algo para responder mas Cody continuou falando. — eu até pedi para o Tommy ir atrás de você...

— Mas como vocês estavam demorando muito... — completou Jas, igual aqueles casais apaixonados de cinema fazem. — Nós pedimos para o Jeff ir procurar por vocês...

— E ver se vocês não tinham se matado. — Cody falou sorrindo e fazendo a Jas sorrir também.

— Bom eu estou viva! — respondi. — podemos ir para casa Cody? Eu estou com dor de cabeça.

— Claro. — disse ele. — Quer uma carona Jas?

— Eu vou aceitar sim. — ela respondeu sorrindo timidamente.

— Então vamos? — indaguei interrompendo a troca de olhares. Eu estava me sentindo uma vela.

— Sim, vamos! — respondeu Cody, abrindo a porta da frente para Jas entrar. — Você não se incomoda de ir atrás não é Charlie?

— Não. — Respondi. Jas entrou no carro e Cody fechou a porta, eu esperei ele abrir para mim entrar também, mas como vi ele dando a volta para entrar no lugar do motorista eu mesma abri e entrei. Assim Cody deu a partida eu vi Tommy ainda na frente da escola conversando com Noah e em volta deles um grupinho de garotas. Ridículos! — Galinha! — falei um pouco alto demais, chamando atenção deles que conversavam sobre The Vampire Diaries, que é a série preferida de Jas. 

— O Damon é galinha Charlie? — perguntou Jas divertida.

—Não  foi isso que eu disse... eu só estava pensando alto. —  respondi. — E você nem gosta de TVD Cody!

— Mas posso passar a gostar se a Jas quiser assistir comigo... — meu santo Deus! Eu acabei de virar oficialmente uma vela. Durante todo a caminho até a casa de Jas ela e Cody ficaram falando sobre coisas bobas e eu apenas confirmava, além de estar me sentindo uma vela, meus pensamentos não estavam aqui.

Porque ele fez aquilo? Quase me beijar, ou eu estou confundindo as coisas... mas foi o que pareceu. — Aquele momento não queria sair da minha cabeça.

— Tchau Charlie. – disse Jas me fazendo despertar dos meus pensamentos.

— Tchau Jas. — respondi e sorri para ela.

— Tchau Cody. — ela se despediu dele dando um beijo na bochecha do meu irmão que sorriu para ela. A essa altura Jas já estava vermelha de vergonha.

— Tchau Jas. — ele disse. Então ela saiu do carro e acenou para a gente. Cody acelerou e chegamos em casa bem rápido.

— Se você só quer ficar com ela Cody... — falei saindo do carro. — Não de esperanças de que acontecera outra coisa! — não deixei ele responder, entrei em casa e subi para o meu quarto. Não demorou muito para Cody entrar no mesmo.

— O que quer dizer? — ele me perguntou com uma expressão séria.

— Eu te conheço muito bem! — eu o encarei. — e sei que você já partiu o coração de muitas garotas, mas não posso deixar você fazer isso com a Jas. — ele respirou pesadamente. — Eu não posso te impedir de ficar com ela Cody, eu não faria isso, mas se você não for querer algo além disso, não a iluda!

— Eu não vou iludir a Jas, Charlie! — ele respondeu sério. — Ela é diferente, você sabe di...

— Sim, eu sei disso! — eu o interrompi. — Jas é diferente dessas garotas que você fica. E é por isso que eu estou te falando essas coisas. Até porque você sabe que ela sempre gostou de você. — eu disse me sentando no cama.

— O que? — indagou confuso e surpreso.

— Vai falar que você não sabia? — falei impaciente.  — Fala sério! 

— Não eu não sabia. — disse ele sorrindo bobo — ela falou isso para você?

— Não, mas eu a conheço  o suficiente para saber. — sorri. - só um idiota não perceberia!

— Obrigado pela parte que me toca. — respondeu ele fazendo graça. — Charlie... — Cody se sentou ao meu lado. — Eu prometo que não vou fazê-la sofrer.

— Não prometa, só cumpra! Combinado? — eu disse sorrindo. E então Cody me abraçou, eu retribui o abraço dele.

— Eu também não vou deixar ninguém te fazer sofrer maninha!

Com a ausência do meu pai Cody acabou meio que tomando o lugar dele, e mesmo que nós fossemos totalmente diferentes ele se preocupava e cuidava de mim.

— Obrigado Cody. — agradeci — E não precisa se preocupar, nenhum garoto idiota vai me fazer sofrer!

— E garota? — perguntou ele desfazendo o abraço.

— Eu não sou lésbica! — falei rindo.

— Eu nunca te vi com nenhum garoto, então pensei que você poderia ser... — disse Cody rindo também. — ou você só não achou a pessoa certa...

— Cody você já está ficando muito meloso. —  fiz cara de nojo. — agora sai daqui que eu vou tomar banho.

— Você como sempre um doce, não é mesmo maninha?  — falou antes de sair do meu quarto.

Fui tomar um banho e aproveitei para pensar um pouco. E de repente me vi pensando naquele maldito momento. —  E não parei por ai já que consegui imaginar ele me beijando. Então abri os olhos para ver que ainda estava no meu banheiro, que aquilo era só imaginação e que eu não poderia pensar essas coisas. Ele é o Tommy o cara que você sempre odiou e odeia! — Desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha, fui para o meu quarto e parei na frente do guarda-roupas pensando em que roupa eu iria vestir... Um pijama com certeza, já que pretendo dormir para vê se esses pensamentos iriam me deixar em paz. Hoje fazia muito calor, então optei por uma camisola que minha mãe tinha me dado e que eu nunca tinha usado. — Por não fazer meu estilo. — Me deitei na cama e ainda pensava nele. — Que droga Charlie! — E entre os meus pensamentos eu acabei adormecendo.

Narrado por Tommy

Como eu pude ter quase beijado aquela ruiva irritante? Ela é a Charlie eu não posso deseja-la. E não é só porque ela me odeia, ela é irmã do Cody, meu melhor amigo e ele me mataria.

Logo depois daquilo que quase aconteceu eu sai da escola e encontrei com Noah, que estava conversando com umas garotas. Então me juntei a eles, fiquei ali por um tempo, mas eu não estava prestando atenção no que eles diziam.

— Tom? — Lucy me chamou me fazendo prestar atenção em alguma coisa. — quer dar um volta comigo? Sei lá, pra gente ficar sozinho? — falou chegando mais perto com aquele decote enorme. Deixando metade dos seus seios que também eram grandes para fora. Foi inevitável não olhar e ela percebeu e não se incomodou.

— Sabe o que é Lucy...  — falei encostando meu corpo no dela. — Não pega bem eu sair sozinho com a amiga da minha namorada. — ela me olhou com malícia e sorriu.

— Então quando você terminar com ela... — sussurrou perto do meu ouvido. — me procura! Vai ser um prazer sair sozinha com você. — eu a olhei e ri balançando a cabeça. Essa garota não presta e bem, eu também não.

Me afastei dela e fui embora dali, sem me despedir de ninguém. — Fui caminhando para casa já que perdi minha carona com Cody, e Noah estava ocupado pegando alguma garota.

Assim que cheguei percebi que a casa estava vazia. Meu pai deveria estar no trabalho e minha mãe deve ter saído com as amigas ou algo do tipo. Fui direto para o meu quarto e joguei minha mochila em um canto qualquer. Me deitei na cama e fechei os olhos, comecei a pensar na forma em que Charlie ficou com a minha aproximação, parece que ela não me odeia tanto assim. — Eu sorri com esse pensamento extremamente ridículo. — E então meu celular tocou e era Cody mandando uma mensagem que dizia: “E ai cara, você sumiu. Quer vim aqui em casa pra gente jogar uma partida de videogame, aposto que você vai perder pra mim.” eu só respondi “Vai sonhando. Já já estou ai.”

Me levantei da cama e fui tomar um banho, não demorei muito. Troquei de roupa e fui para casa do Cody.

Assim que cheguei lá, já fui entrando. Não tenho o hábito de tocar a campainha da casa do Cody é assim desde criança, eu já sou de casa. Encontrei ele jogado no sofá com o celular na mão sorrindo feito um idiota para o visor.

— E ai cara. — eu o chamei e ele se assustou. — agora você fica rindo sozinho? Ta se sentindo solitário? Não vai me dizer que você está em um daqueles sites de namoro? — falei zoando ele.

— Cala boca Tom. — respondeu ainda rindo. — não estou me sentindo sozinho! Só estava respondendo uma amiga...

— Amiga? — indaguei irônico. — desde quando você tem "amigas"? — me joguei no sofá ao lado dele.

— Desde quando você se importa? —perguntou levemente irritado.

— Você me chamou aqui pra jogar ou pra falar de relacionamentos? — falei sem animação.

— Pra jogar! Já que em relacionamentos você é péssimo. — ele levantou do sofá e foi ligar o videogame.

Começamos a jogar e perdi a conta de quantas partidas nós jogamos.

Narrado por Charlie

“E lá estava eu, no meio de um campo, sozinha. Eu não fazia ideia de onde estava, então eu me virei e vi alguém correndo em minha direção e eu comecei a correr daquela pessoa e quando me virei ele já estava próximo demais, ele me puxou em sua direção e eu fui de encontro ao seu corpo, nós ficamos muito próximos, e meus lábios estavam quase encostando nós seus.

— Eu sei que você quer me beijar, Charlie. — Tommy falou sorrindo. De repente começou a tocar uma música muito alta. Eu olhei para os lados e não vi mais o campo e Tommy também tinha sumido.”

— Caralho! —  acordei assustada. Era um sonho ainda bem! Mas a música ainda estava tocando, e estava muito alta.

Me levantei da cama, e abri a porta do quarto e vi que a música vinha da sala. Desci as escadas, eu estava furiosa e pronta para matar quem tinha ligado esse som. Assim que entrei na sala vi Tommy de costas sem camisa. — Isso mesmo, sem camisa, mas eu tinha que ser forte.

— Que porra é essa?  — gritei indo até o aparelho de som e desligando-o.

— Era uma música, e eu estava escutando, sabia? — ele indagou sarcástico se virando para me olhar.

E olhou, de cima abaixo, duas vezes. Droga eu estava com aquela maldita camisola!!! Sentia o rubor tomar conta do meu rosto, completamente


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Notas finais do capítulo

Seu comentário é importante para mim!! ❤

Até o próximo capítulo...

beijos.



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