I Love Charlie escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 25
Quando você realmente quiser.


Notas iniciais do capítulo

Olá...

Boa leitura e desculpa se houver erros de ortografia. ♥



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Levantei minha mão acertando um tapa em seu rosto.

— Vadia é você! – cuspi as palavras.

Algumas horas antes…

Estava pronta para mais um dia. – Fazia um calor absurdo, e eu que odiava usar roupas decotadas tive que optar por uma camiseta “aberta”, preta e uma calça jeans normal, usava meu all star.

Fiz um coque no cabelo antes de abrir a porta do meu quarto.

Dei de cara com Tommy, ele usava uma calça jeans rasgada, uma blusa branca que marcava seus músculos. O cabelo bagunçado e molhado o deixava ainda mais tentador.

— Bom dia. – cumprimentei-o com um sorriso tímido.

— Bom dia... – ele me analisou dos pés a cabeça. Seu olhar parou no decote da minha blusa. Não era muito grande e nem extravagante, mas mesmo assim ele olhava com malícia. – Gosto da sua blusa... – falou mordendo o lábio inferior. – Me faz lembrar de você só de biquíni…

— Tommy! – o repreendi. Senti meu rosto esquentar, certamente eu estava vermelha.

— Estou sendo sincero! – ele sorriu.

— Até demais. – falei ainda corada.

— Que culpa eu tenho, se você é gostosa. – ele levantou os ombros.

Abaixei a cabeça envergonhada.

Senti ele pegando no meu queixo e levantando meu rosto, para olha-lo.

— Eu não resisto em ver você com vergonha. – ele aproximou seu rosto do meu, pude senti sua boca muito próxima da minha. Eu estava quase fechando os olhos… – Só não te beijo agora porque alguém pode ver. E se Cody soubesse me mataria! – eu assenti com a cabeça. Ele estava certo, se meu irmão ficasse sabendo, ele ficaria puto.

— Então acho melhor eu ir tomar café. – falei saindo de perto dele e fazendo o caminho até a cozinha.

Tomamos café rapidamente e minha mãe estranhou o fato de Tommy e eu não discutirmos.

Fui pra escola com Cody, ele passou na casa da Jas e foi nessa hora que me arrependi amargamente de ter ido com ele.

— Vocês dois são um saco! – resmunguei quando estávamos chegando na escola.

— Quero ver quando você se apaixonar. – Jas riu.

— Então você é apaixonada por mim? – Cody perguntou pra ela que respondeu “sim” toda melosa. Sai do carro no momento em que eles começaram a se beijar.

— Eu não tenho paciência pra esses dois! – murmurei enquanto caminhava pelo corredor indo em direção a minha sala.

Senti meu braço ser puxado e logo em seguida eu estava dentro do laboratório de biologia, encostada contra a porta.

Dei um grito de susto.

— Calma! – Tommy pediu começando a rir.

— Você ficou louco? – dei um tapa em seu ombro. – Está querendo me matar? – comecei a estapeá-lo.

— Fica quieta! – ele segurou meus braços acima do meu peito.

— Me solta! – pedi.

— Você vai voltar a me bater? – perguntou desconfiado.

— Não! – respondi, ele arqueou uma sobrancelha não acreditando muito. – Eu não vou te bater! – bufei. Ele soltou meus braços e logo depois começou a rir.

— Não tem graça! – cruzei os braços – Para de rir, seu idiota! – falei emburrada.

— A sua cara foi muito engraçada. – sua risada ecoava por toda a sala. Ele estava me irritando.

     —  Se você não parar eu vou sair daqui agora. – fiz menção de me virar e abrir a porta.

— Espera. – ele sessou a risada. Parecia tentar se controlar.

— Porque me puxou pra cá? – perguntei ainda meio irritada.

— Pra te dar uma coisa... – ele sorriu malicioso.

— O que? – perguntei mordendo o lábio inferior.

Ele se aproximou de mim colando seu corpo ao meu, me prensando contra a porta. Suas mãos rapidamente apertaram minha cintura, ele levou sua boca até minha orelha chupando o lóbulo dela, arrancando um suspiro alto meu. – Tommy começou um caminho de beijos até chegar em meu pescoço. Minhas mãos foram até seus cabelos e se enroscaram ali. Ele beijava toda extensão do meu pescoço, me fazendo arfar e soltar suspiros. Eu precisava sentir seu beijo, então puxei seu cabelo, fazendo ele olhar pra mim, Tommy pareceu entender meu pedido apenas com o olhar.

Senti seus lábios tocando os meus de leve, entreabri minha boca para dar passagem para sua língua, que sem demorar entrelaçou-se na minha. – O beijo era cheio de urgência, e rapidamente se tornou quente. O ar começava a faltar, mas nossas bocas não queriam se desgrudar. Senti ele chupar meu lábio inferior antes de parar o beijo.

Eu permanecia com os olhos fechados, escutando nossas respirações ofegantes.

— Temos que ir, se não vamos nos atrasar. – falei abrindo os olhos e encontrando os seus me encarando.

— Eu sei. – ele assentiu com a cabeça – Você primeiro…

— Ah, claro. – eu ia me virar para abrir a porta. Mas meu corpo ainda estava encostado nela, e Tommy continuava próximo a mim. – Preciso abrir a porta! – falei rindo.

— E eu tenho que me afastar de você pra isso. – ele bufou insatisfeito me fazendo sorrir.

— É, você tem. – confirmei com a cabeça.

Ele se afastou de mim e eu me virei para abrir a porta.

— Até mais tarde. – escutei ele dizer.

— Até. – falei antes de fechar a porta.

Caminhei apressada até a sala. Fui a última a entrar e recebi um olhar feio do professor.

— O que aconteceu? – Jas perguntou preocupada.

— Nada, por que? – respondi devolvendo outra pergunta a ela.

— Porque você entrou primeiro que eu na escola e chegou na sala depois?! – ela fez uma cara de desconfiada.

— Eu fui ao banheiro. – respondi dando de ombros.

— E demorou tudo isso? – Jas arqueou uma sobrancelha.

— Você quer saber o que eu estava fazendo no banheiro? – respondi grosseira.

— Será que as duas senhoritas podem fazer silêncio? – escutei a voz do professor.

Depois disso as aulas correram normalmente, o intervalo não teve nada de interessante.

Jas e Cody ficavam se agarrando, enquanto Katie fingia não ver os olhares de Jeff. Eu e Tommy, nos olhávamos uma hora ou outra.

Eu estava na aula de história quando meu celular vibrou, fui ver a mensagem discretamente.

Eu estava morrendo de vontade de te agarrar.” –  Tommy.

Sorri feito boba olhando a mensagem. Eu sei, não é nenhum pouco romântica, mas e dai? Eu gosto quando ele me agarra, é o que importa.

Mais uma aula chegava ao fim e a nossa treinadora Srta Miller, entrava na sala de aula rapidamente.

— Certo, vamos lá turma! – a Srta Miller, não tinha nada de “senhorita”. Ela era uma mulher alta, tinha uma postura intimidadora. Devia ter por volta do cinquenta anos. E dizia que “nunca se casou porque nenhum homem presta”. Toda vez que ela fala isso, Jas diz para mim que na verdade ninguém aguentaria ela por muito tempo. – Hoje nós vamos fazer algo diferente, terá uma interação com o pessoal do terceiro ano. – alguns alunos começaram a reclamar e ela levou seu apito a boca e apitou quase nos deixando surdos. – QUIETOS! – fez total silêncio na sala. – Meninas para o vestiário feminino, meninos para o masculino, agora! Hoje a aula vai ser no campo, usem o uniforme de verão.

Eu e Jas saímos da sala junto com todas as outras pessoas. Fomos para o vestiário, abri meu armário e comecei a procurar meu uniforme de verão.

— Eu odeio esse uniforme! – falei retirando a blusa e o short de dentro do armário.

— Eu também! Esse short fica largo em mim, e fica pequeno por causa da minha altura – Jas bufou insatisfeita.

— Eu já acho que o meu marca demais. – revirei os olhos. – Mas tem algumas garotas que adoram.

— Tipo a Lucy. – Jas abriu a boca e colocou o dedo na frente, fingindo que iria vomitar. Eu rir do seu ato bobo.

Comecei a me despir depois que a maioria das garotas já haviam saído dali. Não demoramos muito e nos direcionamos para o campo.

Havia uma enorme arquibancada. – De um lado do campo havia um “telão” onde marcavam a pontuação dos times. O esporte aqui era futebol.

Pude ver todo o pessoal do terceiro ano. Vi Katie acenando freneticamente para mim e Jas da arquibancada, ela estava sentada junto de Tommy e Cody. Jeff estava num canto mais afastado, ele odiava essa aula tanto quanto eu, vi também Scott e acenei pra ele.

— Venham, todos pra cá! – a treinadora gritou para os que estavam na arquibancada. Um a um estavam, todos no campo. Nós do segundo ano de um lado e eles do terceiro de outro.

— Então, a diretora pediu para que eu unisse vocês… – um garoto interrompeu o que ela dizia.

— Eu gostei muito da ideia dela. Tem umas garotas aqui do segundo ano que são… – ele olhou para mim e para Jas.

— CALA BOCA, TYLER! – a treinadora mandou.

Eu reconhecia esse nome de algum lugar…

Esse era o garoto que tentou agarra a Katie, ele realmente tinha uma cara de idiota!

— Como eu estava falando, a pedido da diretora eu trouxe as duas turmas pra cá. Para interagirem… – o garoto começou a falar de novo.

— Eu to querendo interagir mesmo viu… – dessa vez Tommy percebeu seu olhar sobre mim e encarou ele com uma cara feia.

— MAIS UMA GRACINHA E O SENHOR VAI PARA A SALA DA DIRETORA! – a treinadora perderá a paciência com ele. – Enfim, quero todos correndo. Cinco voltas envolta de todo o campo para aquecer. – nós começamos a reclamar. – Se continuarem serão dez!

— Oi, meninas! – Katie se aproximou de nós, e começamos a correr juntas.

— Olha essa treinadora é uma chata! – Jas reclamou enquanto corríamos.

— Tenho que concordar. – bufei.

— Isso é falta de… – Katie falou e eu comecei a rir antes mesmo dela terminar a frase.

— Também acho. – Cody gritou quando passou por nós.

— Meu namorado nem me esperou, vocês estão vendo né?! – Jas reclamou.

— Vocês ficam grudados um no outro praticamente toda hora! Para de reclamar. – Katie falou impaciente.

— Droga! – reclamei.

 O que foi? – Katie indagou.

— Meu cadarço desamarrou. – revirei os olhos. – Vou parar, vão na frente!

—  Você alcança a gente?! – Jas perguntou.

— Sim. – confirmei parando.

Me abaixei e comecei a amarrar o bendito cadarço. Eu estava tão concentrada que nem vi quando alguém se abaixou na minha frente.

— Tommy! – falei ao levantar minha cabeça. – Achei que você estava mais adiantado.

— Eu poderia, mas preferi ficar pra trás. – ele falou fingindo amarrar o cadarço do próprio tênis.

— Por que? – perguntei sem entender.

— Pra poder olhar você com esse uniforme… – falou malicioso. – Você fica uma delicia nele sabia?!

— Cala boca! – falei me levantando.

— Eu estou falando a verdade! – escutei sua risada de cafajeste.

— Guarda ela pra você! – comecei a correr.

— De costas também dá pra apreciar a visão. – escutei ele dizer.

Corri apressada para alcançar Jas e Katie que estavam mais a frente.

— O que ele queria? – Jas perguntou assim que eu as alcancei.

Eu e Katie nos entreolhamos.

— Encher minha paciência, como sempre. – dei de ombros.

Eu odiava mentir para ela. Mas era necessário.

Quando terminamos de dar as voltas eu me joguei em cima de Katie, que estava deitada no campo.

Mais alguns meninos, e meninas estavam sentados ou deitados no chão.

— Vamos! Levantem preguiçosos! – a treinadora mandou. – Meninas, hoje vocês vão jogar queimado e meninos futebol. Metade do campo pra cada! – e em seguida apitou. – eu mandei levantar!

Com muito custo eu levantei e ajudei Katie a se levantar.

Dividimos os times. Eu fiquei no que estava Katie e Jas, tinham outras garotas no nosso time, umas da minha sala e outras do terceiro.

No outro time, quem estava querendo “mandar” eram Lucy e Alicia. – Elas pareciam ter virado "amigas"

Duas vadias.

Logo de primeira eu acertei uma das garotas do outro time, eliminando-a.

Comemorei junto com Katie e Jas e quando olhei para o outro lado do campo, vi Tommy sorrindo pra mim. – Retribuiu discretamente, mas Lucy viu porque quase me acertou.

O jogo mais parecia uma guerra, e em tal hora Alicia acertou Jas bem na cabeça.

— Acaba com essa desgraçada! – foi o que ela disse quando saiu.

Não demorou muito para que eu acertasse Alicia bem na barriga e ela saiu reclamando.

No final, ficou somente eu e Katie, enquanto Lucy estava com uma outra garota do terceiro ano.

Lucy jogava pesado. – O seu principal alvo, claro era eu. Katie podia deitar no chão que ela não tentaria acerta-lá.

Mas a outra garota tentou, e conseguiu eliminar minha amiga, restando somente eu no meu time.

As meninas que haviam saído gritavam torcendo por mim.

Lucy estava com a bola, e quando ela jogou todos olharam.  – Até os garotos que jogavam futebol deram um tempo para ver o final do nosso queimado. – Eu consegui desviar da bola e com uma rapidez que eu desconhecia peguei a mesma e acertei a outra garota bem na cabeça.

— É ISSO AI! – Katie gritava freneticamente.

— VAI CHAR, VOCÊ CONSEGUE! – Jas dava força.

— Agora somos só eu e você. – ela disse.

— Pode jogar! – respondi.

Ela jogou a bola com força, mas não conseguiu me acertar, ao invés disso eu agarrei a bola e joguei acertando-a no peito.

— GANHAMOS! – Katie gritou, as garotas que tinham saído vieram de encontro a mim. Nós começamos a comemorar.

— ELA ROUBOU! ELA ROUBOU TREINADORA! – Lucy batia o pé.

— VOCÊ É QUE NÃO SABE PERDER! – Katie olhou-a rindo.

— CALA BOCA QUE EU NÃO ESTOU FALANDO COM VOCÊ! – respondeu. Katie fuzilou ela. – A CHARLIE ROUBOU!

— NÃO ROUBEI! – gritei me aproximando dela. – ACEITA, VOCÊ PERDEU! – olhei em direção a Tommy que observava tudo com os outros garotos.

— Acha mesmo que eu vou perder ele pra você? – ela disse baixo, somente para que eu ouvisse. Direcionou seu olhar para onde eu olhava, depois pra mim.

— Não se pode perder aquilo que nunca teve. – sorri vitoriosa para ela.

— SUA RUIVA FALSIFICADA! VADIA! – ela gritou em alto e bom som.

Quem aquela garota pensava que era? Ela era mais rodada do que prato de micro-ondas e estava me xingando de vadia?!

Levantei minha mão acertando um tapa em seu rosto.

— Vadia é você! – cuspi as palavras.

— O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – a treinadora perguntou e ninguém respondeu.

— É briga treinadora! – pude escutar a voz do tal de Tyler. – CODY, AS GOSTOSAS DA SUA IRMÃ E SUA NAMORADA ESTÃO NO MEIO! – ele gritou.

A coisa foi tão rápida que só vi Cody vindo em direção a Tyler e acertando-lhe o rosto.

Meu irmão derrubou ele no chão e deu mais dois socos. Tommy, Jeff e outros garotos separaram a briga.

— QUE INFERNO! – a treinadora gritou. – VOCÊS PARECEM UM BANDO DE ARRUACEIROS! CHARLIE, LUCY, TYLER E CODY JÁ PRA SALA DA DIRETORA!

— Mas trinadora a Charlie que me bateu… – Lucy choramingou.

— VOCÊ PROVOCOU ELA! – Katie gritou.

— KATHERINE SE NÃO QUISER IR JUNTO, ACHO BOM FICAR QUIETA! – parecia que a treinadora ia ter um treco. – UM DIA, VOCÊS AINDA VÃO ME ENLOUQUECER.

Estávamos nós quatro sentados na sala da diretora. Ela nos olhava esperando uma resposta.

— Então? – perguntou. – Quem vai começar a falar?

— Diretora foi a Charlie que me deu um tapa no rosto... – Lucy se fez de vítima.

— Foi você que começou! A senhora acredita que ela me xingou de uma palavra feia?! – falei fazendo cara de inocente. Eu sabia muito bem como me fazer de santa. – Eu tenho até vergonha de dizer! – abaixei a cabeça.

— Srta Nilson, você pode escrever aqui nesse papel... – a diretora me deu um papel e caneta.

Escrevi a palavra “vadia” e entreguei para ela.

— A senhora imagina como me senti? Eu não poderia deixar ela me ofender dessa forma! – fiz minha melhor cara de ofendida.

Cody e Tyler observavam tudo quietos. Lucy me fuzilava.

— Você chamou ela disso? – ela se dirigiu a Lucy.

— Diretora eu posso explicar… – ela tentou falar mas foi interrompida.

— Não! Não tem o que explicar! Você errou em chama-lá assim, mas você também não poderia ter batido nela! – balancei a cabeça fazendo cara de arrependida.

Mesmo o arrependimento sendo a última coisa que eu estava sentindo.

— Eu vou deixar vocês duas irem, mas ligarei para os pais de vocês e avisarei da má conduta. – a diretora falou. – Espero que isso não se repita! E quanto a vocês dois?

— Ele faltou com respeito a minha irmã e minha namorada, bem na minha frente! Diretora eles a chamou de… – Cody pediu o papel e a caneta e escreveu.

— Não é de hoje que você vem mostrando um comportamento ruim, Tyler! Arrumando briga pela escola, e falando esse tipo de coisa das garotas! – Tyler parecia não dar a mínima para as palavras dela. – Eu só vou deixar você sair ileso dessa Cody, porque você é um aluno exemplar… Quanto a você Tyler, irei conversar pessoalmente com seus pais! Agora podem ir, os quatro.

Saímos os quatro de cabeça baixa. Olhei para Lucy e ela me fuzilava com ódio.

(…)

— EU NÃO ESTOU ACREDITANDO NISSO! – minha mãe gritou olhando de Cody até mim. – Logo os dois… os dois vão se meter em BRIGA!

— Mãe, ela me chamou de vadia! – murmurei.

— E o garoto falou que a Jas e a Charlie eram gostosas. Eu não consegui ficar quieto! – eu e Cody estávamos de cabeça baixa enquanto minha mãe falava.

A diretora cumpriu sua palavra e ligou para ela. – Resultado, nós estávamos ouvindo horrores dela!

— Mas mesmo assim, não justifica violência! – ela suspirou cansada.

— Mãe… – falei olhando-a.

— Os dois, vão ficar sem celular! Cody vai ficar sem o carro também! – olhei-a surpresa, mas não falei nada.

— Mas mãe… – meu irmão tentou protestar.

— SEM MAS MÃE, OU MENOS MÃE! – ela gritou – Eu mandei, me dê agora!

Retirei meu celular do bolso e entreguei para ela. Cody ainda meio inseguro entregou o celular e a chave do carro.

— E estão proibidos de sair! De casa para escola e da escola para casa! – falou.

— Eu não saiu mesmo. – murmurei.

— Mas eu sim. – Cody murmurou de volta.

— SAINDO OU NÃO, ESTÃO PROIBIDOS! – ela gritou uma última vez. – Para o quarto, os dois!

Eu fui subindo os degraus depois de Cody. Entrei no meu quarto desanimada.

Fui tomar um banho pra tentar relaxar, fiquei um bom tempo sentindo a água refrescar meu corpo.

Coloquei minha camisola. Já eram umas oito horas da noite e eu não ia sair mesmo. Então me deitei na cama e fiquei fitando teto.

Ouvi batidas na porta.

— Entra! – gritei sem me levantar pra vê quem era.

Senti o colchão afundar ao meu lado. Respirei sentindo um cheiro bom de perfume.

Me virei para olha-lo, Tommy mantinha seus olhos fixos em mim. – Ele estava sem camisa, usava apenas uma calça de moletom cinza, seu cabelo estava bagunçado o deixando ainda mais lindo.

— Você tá bem? – ele perguntou.

— Estou. – sorri minimamente. – Valeu a pena levar uma bronca, eu dei um tapa na cara daquela vadia! – ele começou a rir, e eu o acompanhei.

— Sejamos sinceros, ela merecia! – Tommy falou ainda sorrindo.

— Acredita que ela me chamou de “ruiva falsificada” e “vadia”? – imitei a voz dela, fazendo ele rir mais uma vez.

— Acredito, nada que venha dela me espanta! – falou. – Mas… eu não vim aqui pra falar da Lucy…

— E veio pra que? – perguntei olhando diretamente para os seus olhos.

Ele me olhava intensamente, mordi os lábios olhando para a sua boca.

— Pra ver você… – ele parecia meio sem graça em dizer, Tommy não fazia o “tipo romântico” mas eu gostava disso. Ele levou uma de suas mãos até meu rosto, e começou a acariciar minha bochecha com seu polegar. – Tão linda… – fechei os olhos quando seu dedo passou pela minha boca.

Seu hálito quente e gostoso veio de encontro a minha boca que estava entreaberta. Seus lábios tocaram os meus gentilmente. Tommy foi pedindo passagem com a língua sem pressa. – Sua língua explorava cada canto da minha boca, assim como a minha fazia com a sua.

Sua mão que antes tocava meu rosto, agora estava em meus cabelos brincando com alguns fios.

O beijo continuou terno e calmo até nós ficarmos sem ar. Antes dele se afastar de mim, chupei seu lábio inferior.

Abri os olhos e o observei, dessa vez ele mantinha seus olhos fechados.

Tommy tinha uma beleza que chamava atenção, os cabelos pretos sempre bagunçados, os lábios bem marcados – não eram carnudos igual aos meus, mas eram deliciosos. – Os olhos negros que me faziam ficar perdida. Seu corpo definido, tórax, abdômen, até a sua bunda que era um pouquinho “grande” me chamava atenção.

— Eu sei que você está olhando pra mim. – falou com os olhos fechados. – Só gostaria de saber o que você está pensando…

— Nada. – respondi e ele abriu os olhos para me olhar.

— Então quando você olha pra mim, você não pensa em nada? – ele arqueou uma sobrancelha.

— Não. – neguei rindo.

— É que você fica tão ocupada admirando minha beleza que esquece do resto… – ele sorriu, me fazendo sorrir junto.

— Talvez. – murmurei baixinho.

Nós ficamos nos olhando em silêncio, era confortante ficar ali apenas olhando pra ele.

Tommy  tomou meus lábios mais uma vez em um beijo quente, nossas bocas se moviam com sintonia, nossas línguas se tocavam intimamente. – Minhas mãos foram até sua nuca, onde eu arranhei de leve. Ele por sua vez agarrou minha cintura, me trazendo pra mais perto do seu corpo. – O tecido fino da minha camisola ajudava ainda mais a senti-lo

Mordi seu lábio inferior de leve, ouvindo ele arfar. – Sorri satisfeita entre o beijo. – Senti sua mão deslizar por minha cintura até a altura da minha bunda, ele passou seus dedos sem pressa antes de apertar com força me arrancando um gemido baixo entre o beijo.

— Gostosa… – sussurrou perto da minha boca.

Eu mal havia percebido que minha respiração estava desregulada. Não tive muito tempo pra pensar nisso porque Tommy começou a beijar meu pescoço me fazendo esquecer de qualquer coisa. – Meus olhos se fecharam sentindo as sensações deliciosas que ele me provocava.

Seus lábios molhados e quentes chupavam a curva do meu pescoço, mordi o lábio com força abafando um gemido baixo. Minhas mãos foram até seus cabelos e os puxei sentindo mais uma chupada, sua boca foi descendo por meu pescoço, depois clavícula…

Ele parou os beijos e se afastou de mim, abri os olhos olhando-o confusa. Sorri quando vi que ele só estava se ajeitando na cama.

Tommy se colocou por cima de mim, ele usava uma mão para apoiar o peso do seu corpo. Suas pernas estavam entre as minhas, ele se aproximou mais e pude sentir seu corpo bem próximo do meu.

Ele olhava-me de forma intensa, nossas respirações se misturavam.

Não aguentei e toquei meus lábios nos seus, nossas bocas se entreabriram e senti a língua quente e macia dele inundar minha boca.

Envolvi mais uma vez minhas mãos em seus cabelos, puxei alguns fios quando senti sua mão deslisar por minha coxa.

Uma das minhas mãos foi até suas costas e pude senti seu corpo, deixei com que ela deslizasse sobre o corpo dele, queria toca-lo, desejava isso.

Ele foi parando o beijo e seus lábios voltaram a atacar meu pescoço, seus beijos iam descendo até pararem perto de um dos meus seios. – Ele puxou com uma das mãos parte do decote da minha camisola, deixando meus seios cobertos e apenas o espaço entre eles a mostra. Senti seus lábios deixando um beijo no local. Um gemido escapou pela minha boca, minha mão que estava envolvida em seu cabelo puxou os fios com mais força.

— Tommy. –  sussurrei baixinho.

— Desculpa, eu não devia… – ele ia se afastar de mim, mas em um movimento rápido envolvi minhas pernas em sua cintura prendendo seu corpo contra o meu.

Minha intimidade foi de encontro ao seu membro que já estava rígido, arfei fechando os olhos e pudi ouvi-lo gemer rouco, baixinho.

— Não faz isso! – ele sussurrou no meu ouvido.

Sem pensar muito no que eu estava fazendo, arqueei meu corpo pra cima, podendo sentir mais seu membro.

— Charlie… – Tommy falou rouco no meu ouvido. – É melhor a gente parar.

Eu não queria parar, eu queria senti-lo mais, eu queria mais dele.

Mantive meus olhos fechados. – Sem jeito rebolei contra seu membro. Nossas intimidades estavam separadas somente por causa do tecido das roupas, que pareciam atrapalhar muito no momento.

— Para! – Tommy segurou com força nos meus quadris. Seu tom de voz sério me fez acordar do transe que eu estava.

Comecei a pensar no que eu estava fazendo, no que eu queria fazer. – Corei envergonhada.

Ele saiu de cima de mim e se jogou na cama ao meu lado.

— Ai meu Deus. – sussurrei e logo depois escondi meu rosto entre minhas mãos.

— Não precisa ficar com vergonha… – ele começou a falar.

— Claro que eu preciso! – respondi com a voz abafada por causa das mãos. – A gente estava quase… Quer dizer, eu estava quase…! – perdi a fala.

— Você não sabe como eu queria… – Tommy falou. Tirei minhas mãos do rosto e virei olhando-o.

— Por que parou? – minha voz saiu baixa, achei que não havia sido audível o suficiente.

— Porque eu só vou fazer quando você realmente quiser. – ele me olhou sério.

Mordi o lábio encarando-o.

— Acho melhor eu ir para o meu quarto… – fiz que sim com a cabeça. – Boa noite ruivinha. – ele se levantou da minha cama e saiu do quarto sem fazer barulho.

Naquele momento eu tinha certeza de duas coisas: Que Tommy tinha algo de bom. E que eu precisaria de um banho, porque essa calcinha já era.


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Notas finais do capítulo

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Gente sei que não respondi os comentários do capítulo passado, porém li todos e amei, obrigado. Prometo responder!! ♥

Beijos, até. ♥



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