I Love Charlie escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 20
Disposta a me enlouquecer.


Notas iniciais do capítulo

Olá...

Boa leitura, e desculpe se houver erros de ortografia.



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Eu estava de frente para Katie com uma cara de surpresa e um sorriso malicioso.

— Você beijou o Scott e depois o Tommy? – ela tentava assimilar toda informação.

Sim, eu contei para Katie sobre o Tommy. Porque? Eu não aguentava mais guardar isso tudo pra mim e não podia falar para Jas, pelo fato dela contar absolutamente TUDO para o Cody e eu sei que ele não ia gostar de saber que o Tommy me beijou. E Jeff? Bem eu ia ter que aguentar ele fazendo piadinhas sobre isso, já Katie não, ela me entendia…

— Na verdade eles me beijaram… – levantei os ombros e fiz cara de inocente.

— Pelo o que você me falou... – ela colocou o dedo indicador por cima dos lábios e bateu de leve, fazendo cara de quem estava pensando sobre uma importante questão. – Você gostou mais do beijo do Tommy… – sorriu maliciosa.

— Não é questão de gostar! – ela me olhou com ironia. – Só que Scott não beija tão bem como eu pensava…

— Pode até ser, mas além do Tommy beijar super bem..  – eu revirei os olhos com suas palavras. – Você sabe que é verdade!

— Katie não é tudo isso! – ela levantou uma sobrancelha me encarando.

— Eu aposto que você queria mais, não é?! – eu corei e ela sorriu vitoriosa. – Não é só o beijo dele Charlie… tem também essa ligação de vocês…

— Não começa Katie! – falei impaciente. – Você tá parecendo minha mãe, falando que é paixão…

— Sua mãe está certíssima! – a loira falou toda convencida. – Mas só rolou uma vez?

— Só, queria que rolasse mais? – indaguei sarcástica.

— Isso quem tem que dizer é você, não acha?! – retrucou irônica.

— Não vai acontecer de novo porque eu disse pra ele nunca mais fazer aquilo… – Katie me olhou perplexa.

— Você o que? – perguntou inconformada.

— Para de me interromper Katie! – resmunguei. – Como eu estava dizendo, ontem quando ele me “agarrou” ele disse que eu tinha que pedir para ele me beijar e isso está fora de cogitação! – ela escutava cada palavra com uma cara de espanto.

— E eu achando que você era santa! – ela sorriu maliciosa. – Foi bom?

— O que? – perguntei ingênua. 

— O quase amasso de ontem? – falou como se fosse obvio.

— Cala boca, Katherine! – falei o nome dela, que me olhou com uma cara feia.

— Não fala meu nome todo, parece que você está brigando comigo, igual a diretora ou minha mãe faz! – ela revirou os olhos.

— E eu estou! – falei convencida, fazendo-a rir.

Katie deitou sua cabeça no meu ombro, olhando Jeff de longe. Vi seu semblante sempre alegre ficar triste.

— O que foi? – perguntei, já sabendo o motivo.

— Nada. – respondeu tristonha. – Acho que estou te afastando de seus amigos… – sorriu forçado

Olhei para Jeff que pela primeira vez no ano se sentava com outros garotos. – Ele tinha me dito na hora da entrada que não ficaria conosco, eu perguntei o porque e ele só respondeu “é complicado”.

Fitei Jas, do outro lado do pátio, ela encarava eu e Katie com uma cara feia. – Ao julgar pelo o que conheço dela, estava morrendo de ciúmes. A mesa em que minha amiga estava, também tinha Cody que se encontrava ao seu lado, Tommy ao lado do meu irmão, Noah e Victória sentados no banco da frente. Notei que Lucy não estava com eles.

— Claro que não está! – falei com convicção. – O que o Jeff fez? – depois de um tempo em silêncio, perguntei mais cuidadosamente o possível.

— Ah Charlie! – Katie falou baixo.

O sinal tocou, anunciando o fim do intervalo.

— Me conta depois, está bem? – ela assentiu com a cabeça. – Vem hoje eu vou levar você na sua sala. – Katie abriu um sorriso, nós nos levantamos e seguimos pelos corredores cheio de alunos. Eu tinha passado meu braço por cima do ombro dela.

As pessoas olhavam para nós e cochichavam algo, eu revirei os olhos e Katie bufou.

Deixei ela na porta da sua sala e vi Jeff sentado lá dentro, afinal eles eram da mesma sala. – Cody e Tommy também eram da mesma sala que eles. – Mas ainda não tinham chegado.

— Você vai me contar depois, ok? – falei mandona e ela sorriu.

— Ta bom! – bufou. – Obrigado, Charlie.

— Não tem que me agradecer Katie... – fui interrompida por uma voz fina, que na minha opinião era horrível.

— Já se bandeou pro lado da ruiva falsa? –  virei-me e vi Lucy e sua irmã Victória.

— Ela não é ruiva falsa não! – Tommy que havia acabado de chegar, interrompeu a vaca que mungia para mim. – Da pra notar que é natural pelas sardas que eu acho linda e pelas sobrancelhas… –  eu corei com as suas palavras. Já Katie deu um sorrisinho de ironia. Eu sabia que era por causa da tal “ligação” que ela tanto fala.

Lucy fez uma cara de irritada e eu passei por ela que agarrou em meu braço.

— Não toca em mim com essas patas, sua vadia! – todos que estavam envolta e dentro da sala gritaram. Eu puxei meu braço do seu “aperto” me virei para Katie que tinha um sorriso de satisfação no rosto.

Passei por Tommy que me deu um sorriso debochado, revirei os olhos para ele. – Eu sabia que ele odiava aquilo.

— O intervalo já acabou e você ainda está no corredor! – Cody me parou quando eu já estava perto da minha sala.

— Olha quem fala, não é?! – indaguei com ironia pra ele.

— Eu fui levar a Jas na sala. – ele retrucou.

— E eu a Katie! – ele bufou.

— Charlie a Jas está meio triste porque você só anda com a Katie… - levantei uma sobrancelha escutando suas palavras.

— Ela só fica pendurada no seu pescoço, e voce está me vendo triste? – ele me olhou com uma cara feia e eu sorri ironicamente como resposta – agora chega de papinho, tenho que ir pra sala.

Não falei com Jas, ela mantinha uma cara nada boa quando entrei na sala, resolvi então ignora-la.

As aulas se passaram até rapidamente e quando ouvi o sinal tocando senti um alívio enorme porque estava louca para ir pra casa

Eu andava apressada pelos corredores, hoje eu tinha vindo com Cody, pra escola. Só não tinha certeza se ia voltar com ele, já que eu e Jas não estávamos nos nossos melhores dias.

Quando estava próxima ao portão de saída escutei alguém me chamando.

— Charlie?! – me virei na hora e me arrependi, porque vi Scott vindo em minha direção, e infelizmente não tinha mais como fugir.

Respirei fundo e dei um sorriso, ou pelo menos tentei.

— O-oi! – ele falou recuperando o fôlego.

— Oi, Scott! – respondi sorrindo, tentando.

— Nossa, faz tempo que a gente não se fala… – eu mexia no meu cabelo sem parar, estava desconfortável, não sabia o que falar ou o que fazer.

— Verdade. – concordei – É que… – fui salva.

— Charlie! – escutei o som da voz da Katie. – Me desculpa mais eu vou ter que roubar ela de você.

— A gente se fala! – me despedi quando Katie entrelaçou seu braço ao meu – Obrigado – agradeci quando estávamos um pouco longe.

— Eu sou uma alma muito boa. – a loira falou convencida jogando seus cabelos para trás.

— E convencida! – sorri.

— Ser um pouquinho, não faz mal a ninguém! – ela deu de ombros. – Vai embora com quem?

Olhei para o carro do Cody, ele estava encostado com Jas na sua frente. Depois meus olhos foram para o carro do Tommy, ele já estava entrando no mesmo, Lucy caminhava até ele, que não deu bola para ela e entrou no carro dando partida.

— Acho que com Cody. – mordi o lábio inferior, sabendo que o clima não seria dos melhores.

— Então até mais Charlie. – Katie me deu um beijo a bochecha e foi em direção ao um garoto que daria carona a ela.

Respirei fundo e fui caminhando até o carro do meu irmão.

— Vamos? – perguntei enquanto encarava ele e ignorava Jas.

— Vamos! A gente só estava te esperando. – Cody respondeu.

— Não estão mais! – falei logo antes de abrir a porta do passageiro e entrar.

Jas foi na frente com Cody, o caminho foi totalmente silencioso e eu fiz questão de colocar meus fones de ouvido.

Quando meu irmão parou o carro em frente a casa de Jas, eu revirei os olhos porque sabia que seria um castiçal.

Ela desceu do carro e Cody também. Os dois ficaram se beijando do lado do carro e eu tentei prestar atenção em qualquer outra coisa. – Até que eles estavam demorando muito e eu apertei a buzina assustando os dois.

— Porra Charlie! – meu irmão xingou enquanto Jas estava com a mão no coração.

— Vamos logo, casal perfect!— ironizei fazendo minha amiga rir, eu sorri de volta para ela.

— Vocês duas não tem jeito! – meu irmão riu.

Eu abri a porta do carro e surpreendi Jas ao abraça-la, eu não era o que se pode chamar de “afetuosa”.

— Você sempre vai ser minha melhor amiga. – falei enquanto ainda estávamos abraçadas.

— Você também Char! – escutei sua voz embargada. Jas era muito sensível e as vezes eu esquecia disso.

Desfiz o abraço e a olhei, seus olhos castanhos marejavam.

— Olha só. – Cody pronunciou-se. – Você fez minha namorada chorar, vou te bater. – ele falou brincalhão, fazendo Jas sorrir.

Meu irmão olhava o sorriso dela feito um bobo apaixonado, literalmente.

Logo depois eles se beijaram e eu fiquei ali como a vela que sempre sou.

— Se vocês não pararem eu vou dar partida no carro e vou bater ele no primeiro poste. – fui andando em direção ao carro e escutei Cody falar “Tchau amor” pra ela.

(…)

Abri a porta e pensei “finalmente, estou em casa” me joguei no sofá com mochila e tudo.

— Não vai nem tomar banho? – escutei Cody falando.

— Só estou descansando. – tirei meus sapatos e joguei a mochila do outro lado do sofá.

Resolvi ficar mais a vontade e enfiei a mão por dentro da minha blusa, abrindo o fecho do sutiã e retirando ele sem tirar a blusa.

Me senti muito mais aliviada. Fiquei um tempo jogada no sofá, olhando para o nada, até que resolvi subi para tomar um banho.

Peguei minha mochila, meu tênis e meu sutiã e subi escada a cima

Esbarrei em Tommy no corredor dos quartos.

Ele me olhou de cima a baixo e sua atenção se voltou para o sutiã que estava na minha mão. – Logo depois seus olhos subiram até meus seios.

Logo naquele bendito dia eu resolvi ir com a blusa da escola, que era branca e tinha um tecido fino.

Ele mordeu os lábios e seus olhos continuaram fixos em meus seios, que deveriam está marcando na blusa. – Eu não tinha peitos enormes mas também não eram tão pequenos.

Eu corei, corei muito pra ser sincera.

— Eu não vou pergunta porque você está com o sutiã na mão... – ele passou a língua por seus lábios. – Mas eu estou gostando dessa visão maravilhosa. – seus olhos se fixaram em meu rosto que estava vermelho.

Pude ver malícia no jeito que me olhava, e eu gostava daquilo, mesmo estando envergonhada

Tentei tapar meus seios com os braços, já que minhas mãos estavam ocupadas.

Passei por Tommy que mantinha seu olhar fixo em mim.

— Você não deveria esconder algo tão delicioso, Charlie. – sua voz era pura safadeza.

— Se-e-eu – gaguejei – Tarado! – enfim abri a porta do meu quarto e fechei rapidamente.

Me olhei no espelho e vi que estava com o rosto igual a um tomate. Meus seios marcavam na blusa, como imaginei. – O olhar de Tommy sobre mim… toda aquela malícia…

Só eu e Cody almoçamos em casa hoje. – Mamãe tinha ido trabalhar e Tommy não sei onde estava e depois do que aconteceu mais cedo, nem queria saber.

Estava jogada no sofá, trocando os canais da TV, aquela tarde estava sendo tediosa. Cody falava no telefone com Jas, no seu quarto alegando que queria privacidade.

Escutei a campainha tocar e me arrastei até a porta, quando eu abri tive uma surpresa.

Katie estava com uma cara péssima, sua maquiagem estava borrada e ela estava em prantos. – Assim que me viu se jogou em cima de mim, em um abraço. Eu a abracei de volta e passei a mão por seus cabelos.

Ela soluçava – ficamos abraçadas por minutos até eu consegui desfazer o abraço e olha-la novamente.

— Entra! – puxei-a pelo braço e a levei para o meu quarto, ela não parou de chorar um segundo se quer.

Katie sentou-se em minha cama e eu abaixei em sua frente.

Limpei algumas lágrimas junto com a maquiagem com os meus polegares.

— O que aconteceu? – ela soluçava. – Katie se você não se acalmar não vai conseguir falar! Respira fundo e tenta parar de chorar.

Ela respirou e limpou algumas lágrimas.

— Jeff..  – falou quando um soluço a interrompeu. – E-ele – ela fechou os olhos e respirou mais uma vez. – Tyler ia me dar uma carona pra casa, mas eu juro que era só uma carona, Charlie! – ela mantinha seus olhos fechados. – Eu não queria nada com ele, mas quando eu cheguei perto do seu carro ele me agarrou a força, Jeff viu e brigou com ele. – ela respirou mais uma vez. – Depois ficamos só nos dois e eu fui agradece-lo, mas ele… – ela começou a chorar de novo.

— Ei Katie?! – tentei consola-la. – Respira, está bem?

Ela respirou fundo e continuou.

— Ele começou a falar que a culpa era minha, que se eu me desse o devido valor nada disso aconteceria... – eu prestava muito atenção nas suas palavras. – E ele disse que era por isso que nunca teria algo comigo, por que eu já tinha ficado com a metade da escola. – as lágrimas voltaram e eu me senti triste por Katie e com raiva do Jeff. Como meu amigo podia fazer aquilo com ela? – Um dia antes ele mandou eu esquecer nosso beijo, na festa de Noah, lembra?

— Sim… – eu a abracei. – Katie a culpa não é sua, e eu não sei por que o Jeff está sendo um babaca com você, mas eu vou descobrir…

— Não Charlie! – ela me pediu baixinho. – Não conta pra ele…

— Eu não vou contar! – desfiz o abraço. – Só vou descobrir, está bem? – ela fez que sim com a cabeça. – Agora se acalma, por favor… – pedi sorrindo meiga pra ela. – Vamos fazer algo divertido…. Hum... – fiz cara de quem estava muito pensativa, fazendo-a sorrir. – Que tal um filme?

Nós fomos para a sala, escolher o filme. – Katie escolheu “Idas e Vindas do Amor”, era um filme legal, eu já havia assistido, mas romance? Eu não discuti com ela, colocamos o filme e eu fui fazer a pipoca e brigadeiro…

Narrado por Tommy

Estava pronto, peguei meu skate, hoje eu iria andar com uns garotos que eu havia conhecido na pista de skate. – Eles não eram meus amigos. – O único amigo que eu tenho é Cody. – Mas como ele não sai mais sem a namorada eu teria que ir sozinho o que não é problema, mas já que esses garotos me chamaram também não iria recusar.

Abri a porta do quarto e sai. Esbarrei em um corpo pequeno no corredor.

Olhei para Charlie que segurava um par de tênis e um sutiã na outra mão, sua mochila estava sobre os ombros.

Eu confesso que fiquei curioso para saber o que ela fazia com aquele sutiã na mão, mas minha curiosidade foi embora quando meus olhos fitaram seus seios. Eu não consegui não olhar.

A blusa fina marcava o contorno perfeito deles, eu não me contive em imaginar chupando-os até deixar ela louca. – Mordi os lábios tentando me controlar, mas meus olhos estavam fixos neles.

— Eu não vou pergunta porque você está com o sutiã na mão... – passei a língua por meus lábios imaginando os seios dela… – Mas eu estou gostando dessa visão maravilhosa. – meus olhos se fixaram em seu rosto angelical, que estava totalmente vermelho. A sua ingenuidade me deixava louco.

Ela tentou tapar os seios com os braços, mas isso só fez eles subirem mais para cima, eu tive que me conter para não prensar ela contra a parede e chupa-los até deixa-la louquinha.

Ela passou por mim, muito envergonhada, quando se virou de costas para abrir a porta eu sorri e falei em seguida…

— Você não deveria esconder algo tão delicioso, Charlie! – minha voz maliciosa deve ter feito ela corar  ainda mais.

— Se-e-eu... – ela mal conseguia falar – Tarado! – abriu a porta do quarto e fechou a mesma bem rápido.

Fui em direção as escadas e desci, abri a porta de casa e sai. Logo depois fiz o caminho para pista de skate.

Cheguei na pista rápido e vi os garotos de longe.

Ficamos andando e fazendo manobras durante um bom tempo. Até que eu resolvi me sentar em um dos bancos.

Eu estava com um dos garotos que se chamava Dylan. – De frente para nós havia algumas garotas, elas sempre passavam por aqui pra tentar “pegar” alguém.

— Olha cara... – Dylan falou, chamando minha atenção. – Tem alguém interessada em você…

Ele se referia a uma garota loira que estava me encarando junto ao um grupo de amigas.

— Se ela tiver interessada que venha até aqui! – falei fazendo-o rir.

A garota só poderia ter escutado – mesmo de longe – pois veio caminhando em minha direção.

Ela usava um short um tanto curto, e exibia um decote em “v” deixando seus seios bem amostra. Na hora me lembrei da Charlie e como ela era diferente. A garota era vulgar, Charlie não, ela conseguiu ser sexy apenas marcando os seios na blusa.

Mas porque eu estava lembrando dela?

— Olá garotos. – além do decote vulgar, ela tinha cara de vadia.

— Oi... – Dylan cumprimentou ela sorrindo e olhando para os seus peitos. Ela não pareceu se incomodar.

— E ai. – falei sem animação.

Seus olhos imediatamente focaram em mim. Ela me deu um sorriso malicioso e eu fiz questão de devolver.

— Eu acho que já vou indo. – Dylan falou sem obter respostas de ninguém.

Eu não estava afim de conversar e a garota também não parecia querer papo. – Precisava me distrair, depois de ver Charlie daquela forma, eu tinha que tira-lá um pouco da cabeça. Então puxei-a pela cintura e ela caiu no meu colo.

Rapidamente envolveu seus braços no meu pescoço e eu a beijei.

Aqueles lábios macios e carnudos vieram a minha mente. Eu não queria beijar outros lábios, eu queria o dela, eu queria a Charlie.

Parei de beijar a garota estranha, ela me olhou confusa quando a tirei do meu colo e sai andando de Skate.

Só um beijo e ela já estava me enlouquecendo? Logo ela?

(…)

— Katie? – perguntei surpreso ao ver ela sentada no sofá da sala.

— Oi Tommy. – respondeu meio desanimada.

Eu sabia quando ela estava triste, nós namoramos por muito tempo e já eramos amigos, eu a conhecia bem.

— O que houve? – perguntei deixando meu skate na sala.

— Nada. – deu de ombros. Obvio que ela estava mentindo, mas não insisti.

Fui caminhando até a cozinha, eu ia pegar um copo d'água.

Assim que entrei no comodo, algo me disse que Charlie estava disposta a me enlouquecer.

Ela estava com um short de pano, não era tão curto, mas marcava sua bunda. Ela não tinha uma bunda enorme, só era na medida certa…

Ela estava de costas para mim e mexia uma panela no fogão, que eu deduzi ser brigadeiro pela cheiro.

Mas isso não era a única coisa, ela estava rebolando de um lado para o outro, como no dia da festa de Noah, só que mais comportada. – O rádio que sua mãe sempre escutava quando cozinhava estava ligado em cima do balcão.

Eu fiquei admirando aquela visão por alguns minutos, mordia os lábios tentando me controlar pra não dar um tapa na bunda dela.

Charlie se virou com a panela na mão e deu um grito.

— Você…? O que está fazendo aqui? – seu rosto estava totalmente corado.

— Admirando! – sorri malicioso pra ela.

— Quanto tempo você esta parado aqui? – ela perguntou se virando e deixando a panela em cima do balcão da pia. E eu olhei mais uma vez sua bunda.

— Alguns minutos... – ela se virou e me viu mordendo os lábios. – Gostei do jeito que você rebola…

Ela abriu a boca para falar mas fechou de novo.

— Eu vou te processar por assédio! – passou por mim envergonhada.

— Mas eu ainda não fiz nada. – soltei uma risada debochada.

Fui beber um copo d'água, eu ia precisar… Esfriar.

Narrado por Charlie

— Por que seu rosto está vermelho? – Katie perguntou quando eu entreguei o pote com pipoca e deixei a panela de brigadeiro esfriando em cima da mesa de centro.

— Adivinha? –  me sentei ao seu lado no sofá.

— Tommy! – ela riu. – O que ele fez?

— Me irritou, como sempre! – respondi. – Agora vamos assistir o filme ou não?

— Ta bom, senhorita mandona! – começamos a assistir o filme e Katie se segurava pra não chorar, isso porque era muito mais comédia do que romance…

Depois de um tempo, Tommy apareceu na sala e se sentou na poltrona. O filme já estava quase no fim.

Olhei pelo canto dos olhos e vi seu olhar intenso sobre mim. – De certa forma estava ficando incomodada, eu era tímida e ter alguém me olhando sem disfarçar me deixava nervosa.

Katie estava com a atenção voltada para o filme, segurando as lágrimas.

Eu não sei o que me deixava com mais vergonha, ele ter visto meus seios marcando na blusa ou eu rebolando na cozinha, só de lembrar eu já sinto meu rosto corar.

(…)

Ditada na minha cama fitando o teto eu não conseguia parar de pensar no beijo dele. – Mas eu não iria pedir para ele me beijar de novo de jeito nenhum!


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Notas finais do capítulo

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