I Love Charlie escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 14
Jas vs Cody.


Notas iniciais do capítulo

Olá...

Boa leitura! ❤

Desculpe se houver erros de ortografia.



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— Vocês o que? – Jeff parecia não acreditar em minhas palavras.

— Dançamos. – repeti depois de ter contado sobre minha dança com Tommy.

— Você nem sabe dançar! – Jeff riu. – Imagino a cena... – soltou mais uma gargalhada que dessa vez me irritou.

Jas não estava conosco, ela decidiu sentar com Cody, abandonado totalmente seus amigos.

— O mais estranho é que não trocamos mais uma palavra desde ontem. – falei para Jeff que me olhava com atenção.

— Se você estiver falando do Tommy, se acostume, ele é estranho...! – Katie chegou se sentando junto conosco. Eu olhei Jeff confusa e recebi o mesmo olhar de volta.

— O que você está fazendo aqui? – Jeff indagou um pouco grosso.

— Sentando-me e lanchando?! – Katie perguntou irônica.

— Isso nós estamos vendo, mas quem te chamou? – eu arregalei os olhos para Jeff.

— Jeff! – repreendi ele.

Katie jogou os cabelos para trás passando os dedos entre eles. Um garoto que passava perto de nossa mesa tropeçou.

— Charlie, posso me sentar junto com você? – Katie deu enfaên no “você”

— Pode. – olhei-a meio confusa. – Mas porque não vai sentar com seus amigos?

— Eles não são meus amigos! – falou olhando em direção a mesa dos “populares”. Onde estava Cody, Jas, Tommy, Lucy, Victória e Noah (que não sei se ainda são um casal).

— Mas a Lucy não era sua melhor amiga? – escutei a ironia vindo da voz de Jeff.

— “Era” quer dizer não é mais! – a loira bufou. – Lucy é uma falsa, Victória é uma bobinha e faz tudo o que a irmã quer. Noah não presta, seu irmão é legal mas depois da nossa transa ficou estranho e Tommy... bem a gente terminou de uma forma não muito boa.

— Você transou com o irmão dela? – Jeff apontava pra mim boquiaberto.

— Sim. – Katie respondeu naturalmente.

— Mas você namorava Tommy… – olhei para ela que encarava tudo naturalmente.

— Benefícios de um relacionamento aberto. – Jeff fez uma cara feia quando ela falou. – Mas foi antes dele começar a sair com a sua amiga. Relaxa que ele não “traiu” ela! – Katie fez aspas com as mãos

— E o que Tommy achou disso? – perguntei curiosa – Você sabe eles são amigos…

— Nada. – deu de ombros. – ele já ficou com Lucy e Victória, não tinha muito o direito de falar algo.

— Mas Victória namorava Noah, namora não sei direito… – Katie jogou sua cabeça para trás soltando uma gargalhada.

— E você acha que Tommy se importa? – seu tom de voz era divertido. – Ele e Noah continuam amigos e Tori ficou com a fama de vadia, Noah terminou com ela, como vocês devem saber.

— Uau! – falei boquiaberta.

Tommy me surpreendia cada vez mais. – E não era de um jeito positivo.

O sinal que anunciava o tertérm do intervalo havia acabado de bater. –Encontrei no meio daquele tumulto de pessoas apressadas para ir pra suas respectivas salas os olhos de Tommy. Ele me olhava fixamente. Sustentei seu olhar um pouco antes de abaixar a cabeça e caminhar para minha sala.

— Oi Srta Jas, que abandona os amigos! – falei sentando-me em meu lugar.

— Oi. – respondeu meio cabisbaixa.

— O que foi? 

— Tori perguntou para Cody hoje na hora do intervalo se nós tínhamos alguma coisa e ele respondeu que não... – revirei os olhos impaciente.

— É claro que ele vai responder que não Jas! – falei o obvio. – Até porque vocês não tem nada mesmo.

— Você fica do lado dele porque ele é seu irmão! – Jas ficou magoada com a minha resposta sincera e não falou comigo durante as próximas aulas.

Narrado por Tommy

Arrumava minha mochila para enfim ir embora. Coloquei a mesma nas costas e estava indo em direção a porta quando Lucy com a sua bela voz de vadia me chamou.

— Tom... – bufei virando-me em direção a ela.

— Fala logo Lucy! – falei impaciente.

— É que eu reparei você olhando pra ruivinha sem sal hoje... – quem ela pensava que era pra falar assim da Charlie? Uma vadiazinha qualquer. – E eu não gostei nem um pouquinho! – dei uma gargalhada cheia de deboche. Lucy me fitava irritada.

— Você não gostou Lucy? – perguntei entre risos. – Problema seu! Os olhos são meus e eu olho pra quem eu bem entender.

— É mesmo? – Lucy fingiu magoa. – Mas sabe o que eu acho?

— O que? – perguntei sem interesse.

— Que o irmãozinho dela, que por incrível que pareça é seu melhor amigo não ia gostar nada nada de ver você secando a irmã preciosa dele! – travei o maxilar. Lucy estava me fazendo perder a paciência que eu já não tinha. – Porque ele sabe muito bem que o amigo não presta e não iria gostar de ver você partindo o coração da pequena Charlie. – peguei em seu braço com força, fazendo a vadia soltar um gritinho.

— Cala essa boca sua vadia! – apertei mais seu braço entre meus dedos.

— Me solta Tommy...! – pediu, mas eu estava com raiva dela, pois sabia que tudo o que ela tinha me falado era verdade. Se Cody descobrisse sobre essa aposta ele nunca iria me perdoar – Você está me machucando. – choramingou.

— Some da minha frente! – soltei seu braço, Lucy saiu apressada da sala, onde permaneceu somente eu. Dei um soco na parede, cortando meus punhos.

(…)

— Cara o que aconteceu com você? – Noah perguntou olhando para minha mão suja de sangue.

— Nada. – falei frio.

— Hum. – Noah voltou a olhar para minha mão machucada, mas pareceu não se importar muito. – Como está indo com a aposta? Já quer desistir?

— Claro que não. – minha voz saiu exasperada.

— Eu acho que vou ganhar dessa vez! – Noah tinha um sorriso divertido e doentio nos lábios.

— Vai sonhando! – dei um sorriso debochado pra ele, que retribuiu.

— Vai ficar mais fácil já que você se enfiou na casa dela não é?! – ele estava me provocando.

— Quem te disse isso? 

— Cody comentou hoje comigo. – Cody também não sabia ficar com a boca fechada. Parecia essas mulheres fofoqueiras que tomam conta da vida dos outros. – Mas mudando de assunto, vai na festinha que eu vou dar hoje não é?!

— Claro! – sorri imaginando quantas garotas eu iria consegui pegar em uma só noite.

— Olha só quem tá vindo ali… – Noah apontou discretamente na direção em que Charlie vinha caminhando apressada. Ela parecia irritada e ficava linda assim…

— Posso ir pra casa com você? – seus cabelos estavam bagunçados e pareciam pegar fogo com o sol batendo neles.

— Primeiramente oi, esqueceu a educação lá dentro? – perguntei apontando para a escola. Noah soltou um risinho irritando claramente Charlie.

— Não, só uso com quem merece! – dessa vez o idiota soltou uma gargalhada.

— Vocês dois são hilários juntos. – eu o olhei debochado. Charlie nem se deu o trabalho de responde-lo e só revirou os olhos. Eu já disse que odeio quando ela faz isso?

— Eu já vou indo Tommy. – eu assenti com a cabeça e ele foi sei lá pra onde.

— O que aconteceu com a sua mão? – seu olhar parecia preocupado.

— Nada! – falei querendo cortar o assunto.

— Mas ela tá sangrando... – Charlie puxou minha mão e viu meus punhos cortados – O que você fez?

— Nada! – falei impaciente. – Vamos embora ou você quer ficar aqui?

— Você não pode dirigir com a mão sangrando. – olhei seus pequenos dedos tocando delicadamente no meu punho. Charlie levantou seu olhar e eu a olhava fixamente. Seu ar de inocente me fascinava. – Eu vou com certeza me arrepender de fazer isso...! – ela soltou minha mão e pegou uma tesoura dentro de sua mochila. Eu olhava seus movimentos atentamente. Ela levou a tesoura até sua blusa. Cortando uma das mangas. – Me da sua mão! – ela pegou minha mão e enrolou o pedaço cortado da blusa. – da pra quebrar um galho até em casa.

— Obrigado ruivinha  – sorri sincero pra ela, vendo-a corar levemente.

— Mas uma que você está me devendo! – falou meio convencida. – Agora vamos logo e nada de dirigir feito louco. – dei um sorriso debochado pra ela que bufou – E você me deve uma blusa.

Narrado por Charlie

— Minha mãe sempre deixa um kit de primeiro socorros aqui... – Falei subindo as escadas. – Deve está no quarto dela, vou pegar! – entrei no quarto da minha mãe, pensei o que sera que Tommy fez pra conseguir se machucar?

Desci as escadas apressada, encontrando-o sentado no sofá, ele parecia não está preocupado como eu com o seu machucado.

— Achou? – perguntou sem desgrudar os olhos da TV.

— Sim. – me aproximei do sofá, sentando ao seu lado. Ele se virou para mim. – Preciso da sua mão... – Tommy estendeu sua mão para mim, coloquei ela em meu colo em cima das minha coxas. Corei com a proximidade e seu olhar. Ele me intimidava – Dói?

— Não. – ele olhava atento os meus movimentos.

Depois de passar alguns remédios em seu machucado fiz um curativo.

— Pronto. – levantei meu olhar encontrando o seu.

— Obrigado Charlie.

Seus olhos não desgrudavam dos meus nem por um segundo. – Ele se aproximou de mim, ficando a centímetros de distância. – Fechei os meus olhos sentindo que ele já estava bem próximo de mim. – Mas um momento de lucidez me fez ver o que aconteceria em seguida. –  Me levantei bruscamente do sofá, peguei o Kit que estava na mesinha de centro e subi as escadas apressada, sem dizer qualquer palavra.

Escutei gritos femininos vindo da sala, já se passavam das oito horas da noite. A voz era conhecida, eu só não acreditava que poderia ser ela gritando.

Desci as escadas na ponta dos pés sem fazer barulho. Me sentei em um dos degraus, tentei me “esconder”. – Eu sei que não é certo escutar a conversa alheia, mas ela estava gritando.

— VOCÊ QUER IR? QUE VÁ CODY! – Jas gritou para meu irmão que parecia cansado de discutir com ela.

— Eu já disse que VOCÊ pode vim junto! – Cody falou.

Vi Tommy sentado no sofá com uma cara de impaciente.

— Você mesmo fez questão de dizer que eu não fui convidada! – seu tom de voz era mais baixo, mas nem um pouco mais calmo.

— Para com isso Jas...! – Cody se aproximou dela que cruzou os braços com uma cara feia. Ele puxou ela pela cintura, mas Jas tirou suas mãos dali.

— Vai pra sua festinha com seus amigos! – manteve sua voz firme. – Já que nós não temos nada, como você mesmo disse!

— Então é isso? – Cody olhou com cara de tédio pra ela, que pareceu se irritar ainda mais.

— Não é hora pra discutir a relação o casal. – Tommy falou impaciente.

— Nós. Não. Somos. Um. Casal! – Jas disse pausadamente.

Logo depois de virar de costas e subi as escadas correndo, ela parou quando me viu. Me levantei envergonhada, atraindo a atenção dos garotos.

— Que feio escutando a briga dos outros... – Tommy disse debochado.

— Mas feio é escutar e se intrometer – revirei os olhos.

— Vai pra sua festinha, Cody! – Jas passou por mim, me arrastando escada a cima junto com ela. Assim que entramos no meu quarto ela bateu a porta com força.

— Ei. – protestei – Eu preciso dessa porta, sabia?

— Desculpa. – Jas sentou-se na minha cama. Apoiou seus cotovelos nas coxas e escondeu seu rosto nas mãos. – Que raiva!

— Porque mandou ele ir então? – abaixei em sua frente tirando suas mãos de seu rosto. Seus olhos merejavam.

— Achei que ele ficaria. – Jas baixou seu olhar.

— Nada de ficar triste! – falei levantando do chão e puxando Jas pelo braço, fazendo-a ficar de pé. – Nós temos uma festa pra ir.

— O que? – me olhou surpresa. – Nós nem fomos convidadas e não falamos com Noah.

— Mas eu sei de alguém que foi e que com certeza fala com ele. – dei um sorrisinho pra Jas.

— Quem? – Jas pareceu ficar interessada.

Peguei meu celular e disquei o numero de Jeff.

— Alô Jeff? – Jas balançou a cabeça e riu .– Você tem o numero da Katie?


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Notas finais do capítulo

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Beijos e abraços! ❤



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