I Love Charlie escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 12
Eu sei que você gosta.


Notas iniciais do capítulo

Olá...

Aproveitem o capítulo, desculpe se houver erros de ortografia.

Boa leitura! ❤



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/662204/chapter/12

 

Com a cabeça encostada no vidro da janela do carro do Cody, eu fitava a porta da casa do Tommy. A espera estava me deixando agitada, afinal não fazia ideia de como seria esse mês. – Ele abriu a porta com uma mala e sua mochila nas costas. Sua mãe apareceu no meu campo de visão e pude perceber que ela falava algo para ele. Depois beijou sua testa e Tommy a envolveu em um abraço apertado. Era diferente vê-lo tratar alguém com carinho…

Ele começou a andar em direção ao carro. Tinha os olhos fixos em mim. – Ele abriu o porta malas e jogou sua mala lá, literalmente. – Entrou no carro e se sentou do lado de Cody no banco do carona. Assim que meu irmão começou a dar a partida no carro. Sua mãe acenava da porta para nós, que acenamos de volta.

— Animados com a minha ida para casa de vocês? – Tommy perguntou, mas percebi que foi pra mim, pois me encarava pelo espelho do carro.

— Muito! – Cody respondeu rindo para o amigo.

— Demais. – meu irmão se surpreendeu com a minha resposta – Inclusive estamos fazendo uma festa em sua homenagem, acredita? – falei com sarcasmo e encarei seu olhar pelo espelho do carro.

(…)

— Chegamos. – Cody avisou, todo “felizinho”.

— Se você não avisasse eu nunca teria percebido! – falei irônica.

Meu irmão bufou e saiu do carro. Assim permanecendo somente eu e Tommy. Ele tirou o cinto de segurança e se virou para mim.

— Esse seu ótimo humor é por minha causa? – deu um sorriso sacana.

— Claro. – sorri falso – Porque meu mundo gira em torno de você!

— É bom saber disso. – ele piscou pra mim e continuava com aquele sorriso irritante.

— Vai se foder! – perdi a pouca paciência.

— Só se você vim comigo baby. — um sorriso malicioso inundou seus lábios. Eu corei rapidamente.

— Escroto. – bufei e sai do carro.

Pude escutar sua gargalhada o que me irritou mais ainda.

(…)

— Filha?! – minha mãe vinha descendo as escadas. – Tommy?! – me virei e dei de cara com Tommy atrás de mim. – Eu estou indo trabalhar... – voltei minha atenção para minha mãe. – Se comportem os dois, pelo amor de Deus! Não quero brigas, entendeu Charlie?

— Como se fosse eu que começasse ...! – resmunguei.

— O que? – minha mãe me lançou um olhar mortal.

— Eu disse que entendi! – sorri forçado.

— Prometo me comportar Sra Nilson. – olhei para ele que me deu um sorriso debochado.

— Estou indo então. – minha mãe foi em direção a porta e saiu, fechando-a.

— Eu prometi me comportar pra ela... – Tommy falou perto do meu ouvido me fazendo ficar arrepiada. – Mas não pra você! – senti seu hálito no meu pescoço.

— Tommy... – escutei Cody gritando de algum lugar da casa, o que me fez despertar.

— Você é ridículo! – falei me recuperando, tentando manter a voz firme.

Escutei sua gargalhada cheia de deboche e estava pronta para bater nele…

— Minha mãe disse que você vai ficar no quarto de hóspedes. – Cody vinha descendo as escadas. – vocês não estão se matando, estão?

— Por hora não. – respondi indo em direção as escadas.

Eu estava jogada na minha cama, com o traveseiro no rosto, definitivamente aquele seria o mês mais longo da minha vida!

Escutei batidas na porta, gritei para que entrasse, mas o som da minha voz saiu abafado por causa do travesseiro.

— Que bad em! – era voz de Jas – acho que já até sei o motivo… – tirei o travesseiro do rosto e me sentei na cama, olhando-a em pé perto da porta.

— Minha vida vai ser um inferno! – suspirei triste.

— Não fica assim... – Jas disse aproximando e sentando-se na minha cama. – pelo menos ele é gostoso!

— Ei! – protestei. – Deixa meu irmão ouvir você falando assim.

— Mas é verdade, Charlie – Jas riu. – apesar de eu preferir mil vezes o Cody! – ela parecia estar nas nuvens.

— Gente apaixonada é um saco! – revirei os olhos.

— Mas confessa vai... – Jas me empurrou de leve – Anda!

— Confessar o que? 

— Que você acha ele gostoso! – ela riu. – Você não me engana!

— Cala boca, Jas! – eu joguei meu travesseiro nela.

— Só calo quando você confessar. – ela jogou de volta.

— Tá bom... – bufei – Eu acho, acho ele gostoso. Ele é realmente bonito e tudo de bom... – ela deu um sorrisinho vitorioso. – Porém é irritante, um babaca de primeira! – revirei os olhos – Tudo nele me irrita!

— Vamos ver por quanto tempo... – Jas deu uma de sábia e eu perdi a paciência, batendo forte com o travesseiro nela.

— Você não disse que ia calar a boca? – lancei um olhar mortal pra ela.

— Grossa. – falou ofendida.

Eu estava deitada em um dos sofás com a cabeça no colo da Jas. Ela bagunçava meu cabelo enquanto Cody e Tommy jogavam videogame e se xingavam.

— Não querendo atrapalhar... – falou Jas, atraindo a atenção do meu irmão, que olhou diretamente para ela.

— Ganhei! – comemorou Tommy.

Cody bufou.

— É que eu queria saber quem vai lavar a louça do almoço... – Jas disse sem jeito.

— Os dois! – Cody apontou para Tommy e depois para mim.

— O que? – eu protestei – Porque?

— Porque eu e a Jas fizemos toda a comida. – Cody disse calmamente – Enquanto vocês dois discutiam sobre qualquer besteira.

— A culpa é da sua irmã! – Tommy falou apontando pra mim.

— Cala boca, você que é um idiota! – disse levantando minha cabeça do colo da Jas e sentando-me.

— Vocês dois vão ter muito tempo pra discutir enquanto lavam a louça... – Cody riu. – Jas vamos ali fora comigo? – Jas fez que sim com a cabeça e levantou-se do sofá, seguindo meu irmão porta fora.

— Que saco! – resmunguei me levantando do sofá. – Se você tá achando que eu vou lavar tudo sozinha, tá enganado! – falei indo em direção a cozinha, sendo seguida por Tommy.

— Você lava e eu... – ele fez uma pausa quando me virei de costas e fiquei de frente para pia, começando a lavar um copo – Eu seco e guardo.

— Ta bom. – concordei pegando uma panela para lavar, comecei a lava-lá.

— Você está fazendo isso errado...! – bufei e virei para encara-lo. – Vai ficar cheia de gordura.

— Eu sei lavar louça tá bom?! – voltei minha atenção e continuei a lava-la.

— Deixa que eu lavo vai! – ele se aproximou e me empurrou com seu corpo – Vai mais pra lá.

— Você não vai lavar! – eu tentei empurra-lo de volta, mas não consegui e isso fez ele ri.

— Você não tem a menor chance contra mim! – ele começou a gargalhar, e o som da sua risada cheia de deboche me irritou, eu peguei um copo que estava cheio de água na pia e joguei em sua camisa. Ele se afastou da pia me olhando irritado foi a minha vez de rir alto.

— E agora? Eu tenho chances? – continuei a rir da cara dele.

Quando eu ia me virar ele tirou sua camisa molhada e a jogou no balcão da cozinha. Meu olhar que era fixo em seu rosto desceu para seu corpo. Eu encarei seu tórax, abdómen definido, sua barriga tanquinho, os gominhos da mesma e fui descendo meu olhar para uma gota que escorria por sua barriga, ela ia em direção a sua bermuda, ela ia entrar por dentro da mesma... Sai do meu transe quando vi ele se movendo em minha direção, eu dei um passo para trás e meu corpo se encostou na pia. – Ele sorriu cafajeste ao ver que eu não tinha por onde escapar. – Seu corpo estava a centímetros do meu, seu olhar negro penetrou profundamente em meus olhos verdes. Eu sentia seu hálito no meu rosto, minha respiração estava desregulada e meu peito subida e descia sem parar. – Procurei a pia com as minhas mãos e apertei o mármore gelado.

— Suas chances continuam sendo zero! – ele sussurrou perto do meu ouvido, sua voz rouca me fez arrepiar. – Ruivinha... – eu fechei os olhos quando senti ele chupando o lóbulo da minha orelha, me arrepiei toda e desse vez ele percebeu. Escutei o som da sua risada vitoriosa. Sai daquele transe e o empurrei tirando forças não sei de onde.

— Seu… seu… – bufei irritada e estava indo em direção a porta da cozinha.

— Ei... – ele me chamou. – Você ainda tem que me ajudar aqui!

— Se vira sozinho! – respondi de costas e sai dali.

Depois do acontecimento na cozinha, eu me tranquei no quarto e me recusei a sair quando minha mãe me chamou. Já se passavam das dez horas da noite e eu ainda não havia comido nada desde o almoço. Decidi então ir até a cozinha, de preferência sem ninguém me ver. Notei que o quarto do meu irmão estava com a porta entreaberta e escutei sua risada, fui espiar e o vi no telefone, já sabia com quem ele falava: Jas! O quarto da minha mãe estava com a porta fechada, ela só podia estar descansando. Não olhei o “quarto” do Tommy que era de frente para o meu, a porta parecia fechada. Desci as escadas e a sala estava vazia. Entrei na cozinha parando no batente da porta, me lembrei da cena de mais cedo, levei a minha mão até minha orelha onde Tommy havia chupado. Suspirei baixinho. Fui até a geladeira peguei alguns ingredientes para preparar um sanduíche que eu devorei rapidamente. Lavei a louça que havia usado.

Eu estava quase subindo as escadas, quando notei que a televisão estava ligada, fui até ela e abaixei-me para desligar. Assim fiz e me virei para ir em direção as escadas. Tommy estava parado um pouco atrás de mim. Ele usava apenas uma calça moletom cinza e seus braços estavam cruzados, ele mordia o seu lábio inferior e parou tal movimento quando me virei. Eu tive a pequena impressão de que ele olhava para minha bunda.

— Bela camisola. – disse me olhando de cima a baixo. Eu obvio fiquei sem graça e resolvi ignora-lo, passei por ele. – Ela te deixa sexy... – completou sua frase quando eu estava subindo as escadas. – Charlie?! – ele me chamou, e eu virei para olha-lo. – Como estou me saindo no primeiro dia morando junto com você?

— Péssimo! – virei-me de costas e voltei a subir as escadas. Escutei sua risada de deboche.

— Assim tá bom, mas você podia rebolar mais um pouquinho.

— Você não presta! – falei no topo das escadas.

— Eu sei que você gosta. – sua risada ecoou por toda sala, mas dessa vez sem deboche, era uma risada limpa, divertida. – Um sorriso de canto apareceu em meus lábios, escutando o som da sua gargalhada


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixe seu comentário!! ❤

Beijos ❤