A Vingança II escrita por mazu


Capítulo 8
Escolha?


Notas iniciais do capítulo

Yooooooo abigos!
Temo dizer mas... Tá chegando o final ;-; sim, isso mesmo. O essedois até dói só de pensar. Mas é isso ai, curtam o tempo que nos resta.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/661793/chapter/8

Arrastamos a estante e passamos para o outro lado. Miya não estava mais alí então fico tranquilo.
–Certo, precisamos de uma estratégia para não acabarmos a encontrando. Alguma idéia? -Shinji me pergunta.
–Vamos primeiro na cozinha. Não custa tentar, né? Vamos com cautela e sempre atentos à sons.
–Ok.
Nós atravessamos a biblioteca e abrimos lentamente a porta que leva ao salão. Eu olho para todos os lados mas não havia ninguém.
–Hiroshi, acho que para irmos mais rápido é melhor nos separarmos. -Shinji sugere baixinho.
–Acha seguro?
–Não sei, mas sei que quando acharmos esse sal estaremos mais.
–Certo, então irei para a cozinha.
–Ok, é eu irei olhar no salão do palco e aqui. É pra procurar direito, viu?
–Pode deixar comigo.
Ele vai em direção a porta que leva ao palco e eu sigo na direção da que leva à cozinha.
Abro a porta e começo a andar por aquele corredor claustrofóbico. Depois que ultrapasso a porta que leva ao quartinho do gerador eu vejo uma folha de papel grudada numa das paredes.

"Hiroshi,
Aqui vai nosso segundo joguinho.
Espero que goste.
Nesse jogo você vai ter que fazer uma escolha.
Eu estou com o seu filho e com sua esposa. Victoria está a uns passos de você, na cozinha. Já seu filho está no comodo junto com o gerador.
Você tem que escolher um, apenas um. O outro... Bom, só escolha um. E rápido."

Fico alguns segundos encarando aquele papel sem conseguir acreditar. Victoria... Ryo... PORQUE?
Minha cabeça começa a doer e eu caio de joelhos.
Porque? Porque comigo?
Eu realmente mereço isso?
Fui uma pessoa tão ruim assim?
Sinto vontade de chorar mas me seguro para as lágrimas não saírem.
Ela está usando meu maior medo contra mim. Quando alguém muito próximo a mim morre eu não sei o que fazer, choro e fico perdido. Foi assim com meu pai, minha mãe, meu tio Takashi e também com Miya, a mesma Miya que agora está querendo me fazer passar por isso de novo.
Dou um grito tão alto que até mesmo eu fico um pouco surdo. Não quero chorar mas nada me impede de gritar, e é um grito sofrido, que faz a minha garganta doer e a dor psicológica diminuir um pouco.
Eu não sei se vou aguentar isso, não tenho forças.
Escuto passos e quando olho pra trás vejo Shinji correndo na minha direção.
–O que foi Hiroshi? Ela te machucou?
–Não... Olha isso. -Digo e entrego a folha pra ele.
Ele a lê rapidamente e depois me encara.
–TÁ ESPERANDO O QUE? VAI SALVAR RYO! EU SALVO A VICTORIA. -Shinji grita e corre em direção a cozinha.
Me levanto apressadamente, corro até a porta do comodo onde fica o gerador e abro a porta.
Ryo está encolhido num canto, abraçando as próprias pernas e de cabeça baixa. Me aproximo dele e o abraço.
–Filho... Sou eu. Eu tô aqui.
–Papai? -Ele pergunta e começa a chorar.
–Não, não chora. Eu tô aqui, não vou deixar ela te machucar.
–Papai... Por que a tia Liz tá fazendo isso?
–Alguma coisa aconteceu e ela ficou assim. Mas Ryo, quero que você entenda uma coisa. Aquela ali NÃO é sua tia.
–Mas como?
–Não sei te explicar, mas não é ela.
Escuto gritos do lado de fora e o abraço mais forte.
–Não precisa ter medo. Eu tô aqui.
Os gritos param e eu o solto.
–Precisamos ir. Eu vou te levar pra um lugar seguro.
Ryo segura a minha mão e nós saímos do comodo. Não vejo nem Shinji e nem Victoria, acho que eles já foram.
Seguimos correndo para a biblioteca sem nem olhar para trás. Quando chegamos vejo Shinji e Victoria prontos para entrarem na capela. Me aproximo e Victoria abraça Ryo.
–Filho, você está bem? -Ela pergunta.
–Sim, mamãe.
–Que bom. -Ela sorri, o solta e se vira pra mim. Victoria me dá um tapa forte na cara mas depois me abraça.
–Que merda Hiroshi, você me deixou preocupada!
–Desculpa.
–Você sempre pedindo desculpas... Dessa vez eu aceito.
–Olha... Vocês poderiam por favor continuar a conversa lá dentro? Estamos meio que numa situação de risco aqui.
–Certo, desculpe Hasegawa. -Vic diz, nós atravessamos a linha de sal e entramos na capela.
Shinji vem andando devagarzinho mas do nada ele arregala os olhos.
–O que foi Shin? -Pergunto.
Vejo uma mão repousando sobre seu ombro... Miya está atrás dele.
–SHINJI CORRE! -Grito mas é tarde demais, Miya começa a arrastá-lo enquanto ele grita.
Estou prestes a sair da capela e ir ajudá-lo mas Victoria segura meu ombro.
–POR FAVOR HIROSHI! Não...
–Eu tenho que ir...
–NÃO, NÃO VEM! -Shinji grita e logo logo ele some do meu campo de visão...

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Vingança II" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.