Parecia uma boa ideia, a Rainha Branca foi logo a procura do McTwisp, que aceitou ir à procura da menina.

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Mais um dia entediante como todos os outros, Alice trabalhava duro na China, onde tinha passado 1 ano como aprendiz da empresa, depois resolveu ficar mais um tempo por lá. Nunca deixava de pensar no País das Maravilhas, o mundo perfeito, o seu mundo, lá ela podia ser feliz. Afinal, aqui não existiam rainhas brancas, coelhos falantes, lembres esquizofrênicas, Jaguadartes, e... Oh, ele, ele não estava aqui, o seu gentil e amado Chapeleiro Maluco estava completamente distante.


In Wonderland

– Não podemos comentar nada com o Chapeleiro, se a procura der errado, será muito doloroso decepcioná-lo. Não devemos piorar ainda mais a situação. – Comentou a Rainha.
– Sim, sim. Então ficará apenas estre nós. E também será uma ótima surpresa para ele e para todos do Mundo Subterrâneo. – Respondeu McTwisp, que logo saiu correndo apressado, olhando para o relógio, rumo ao mundo de Alice, e então sumiu da vista da Rainha.

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Semanas haviam se passado, o mundo exterior era, de fato, enorme, nenhum sinal da menina de cabelos loiros cacheados.

Alice havia decidido voltar para Londres, se sentia um pouco solitária, apesar de que o trabalho a impedia até de pensar direto. Queria voltar para a companhia de sua mãe e sua irmã.

Após longas horas de viagem, ali estava ela, em sua antiga casa, que trazia imensa nostalgia.

– Alice! – Gritaram sua mãe e sua irmã, que logo vieram ao seu encontro.
– Oi mãe, que saudades – respondeu a menina abraçando a mãe. – Margaret! – foi ao encontro da irmã e a abraçou. – que saudades daqui.
– Como vai no trabalho? – Perguntou Margaret.
– Oh, muito puxado, mal tenho tempo para descansar – sorriu
– Imagino, então descanse por hoje, deve ter sido uma viagem bem cansativa. – Sugeriu a irmã.

Alice seguiu o conselho de Margaret, e resolveu andar pelo jardim. Passou algumas horas sentada tentado descansar, mas sua mente não a deixava. Como pode deixar o País das Maravilhas? Como pode deixar o único homem que amou? As lembranças daquele lugar incrível nunca a deixaram, mesmo após os dois longos e cansativos anos que estivera aqui.
A menina já estava prestes a ir embora, quando por um momento, achou ter visto McTwisp correndo apressado. “Oh, claro, agora começo a delirar de vez” pensou. Mas não era um delírio, logo ela o viu de novo, apontando para o relógio, e saindo correndo.

“Oh meu Deus, não pode ser!” Alice pensava animada, animada por saber o que aquilo significava. E saiu correndo desesperadamente atrás do Coelho Branco. Passou por árvores, arbustos, espinhos, até que encontrou a árvore com o buraco, não pensou duas vezes e se jogou com toda a sua vontade.
Passou por objetos estranhos, pianos, e coisas exóticas. Até que caiu em uma sala, com várias portas, e avistou um líquido escrito “beba-me” e o bolo escrito “coma-me”.
Como já esteve ali antes, e se lembrava de tudo. A menina colocou o bolo no bolso, pegou a chave e bebeu do líquido. Logo atravessou a pequena porta e comeu o bolo para voltar ao seu tamanho normal.
Oh, e aí estava ele, o magnífico País das Maravilhas! O lugar perfeito que ela nunca havia esquecido. Alice sorriu, sorriu verdadeiramente, como ha tempos não fazia. Viu aqueles animais estranhos, as flores falantes, todos alegres, já que o reinado da Rainha Vermelha havia acabado. Andou pelos lugares que conhecia, e viu a velha placa “ao sul pra Snud e ao leste pra Quest”. Andou até ver aquela floresta escura.
Quando se deparou com um imenso sorriso sendo formado no ar.

– Olá Cheshire! – Falou entusiasmada.
– Olá menina, há quanto tempo.
– Como vão as coisas por aqui?
– Bem, tudo voltou como antes. A Rainha continua resolvendo os problemas que Iracebeth causou à todos, e todos estão muito felizes e festejam sem parar. Bom, menos ele...
– Ele quem? – Perguntou a menina, embora já tivesse uma noção de quem seria.
– Você sabe. O único que foi louco o suficiente pra matar o tempo apenas esperando o seu retorno. O único que foi louco o suficiente para acreditar que você voltaria.