Regente escrita por Jessy F
Notas iniciais do capítulo
Olá provincianos, estamos chegando à reta final da história de Hanna e do ano também. Quero agradecer a todos vocês que leram e me deram tanto apoio para continuar escrevendo. Sim, foi graças a você que não desisti de escrever todos os passos da esperançosa Hanna e os conflitos enfrentados pela realeza de Scident. Espero que gostem desse capítulo ele é o último capítulo da duologia Eleita, realmente espero que gostem. Talvez eu publique algum outro livro referente a algum dos personagens. Dia 6 de janeiro postarei o novo livro que estou escrevendo. E estou aberta para vocês dizerem se acham que devo fazer um terceiro livro ou se devo apenas contar a história do Phill ou do Aleksei. Em fim.
Mais uma vez, obrigada por tudo.
Boa leitura e feliz 2016!
– Majestade ninguém está autorizado a entrar na sala.
Respirei fundo e enchi os meus pulmões com o máximo de ar possível. Apesar de o medo tentar me levar de volta para o meu quarto, eu não podia recuar agora. Era tarde demais para retroceder.
–Como rainha regente, eu ordeno que os senhores abram a porta. – Falei com o tom mais autoritário que consegui.
–Sim majestade.
Eles se afastaram me olhando com pesar.
–Pretendo executá-los hoje ao cair do sol. – A voz de Aleksei ecoava por toda a sala enquanto falava com um guarda. – Preciso que os leve até a praça principal de Kor. – Ele parou de falar quando me viu.
O cedro de ouro e a minha vida estavam nas mãos de Aleksei. Inclinei-me diante dele e olhei para o chão. Senti meu coração acelerar ao notar que o cedro estava tocando o meu ombro.
–Obrigada majestade. – Respondi me levantando.
–O que quer minha rainha? – Ele disse arrumando o seu corpo no trono.
–Com licença. – O guarda que conversava com Aleksei antes de eu chegar disse se retirando.
–Eu gostaria que livrasse a família dos príncipes da P2 e da P7. – Os olhos de Aleksei me lançavam um olhar confuso. – Kaira, uma das filhas do príncipe da província 7, me pediu isso e não posso negar o ultimo pedido daquela que me ajudou a chegar até aqui.
Aleksei pareceu pensativo.
–Você tem um coração muito caridoso Hanna. – Ele cruzou as pernas. – Uma vez eu disse a você que tudo o que me pedisse eu te daria. – Ele tirou suas luvas. – Pois bem, farei isso por você minha rainha.
Inclinei-me sorrindo.
–Muito obrigada majestade.
–Não há de quê. – Ele sorriu.
–Irei até as celas pessoalmente falar com os guardas responsáveis.
–Leve Ariel com você.
–Sim senhor.
Senti vontade de sair daquela sala do trono saltitando e dançando, mas eu precisava manter a compostura. Fui até o salão de festas, era lá que as mulheres se reunirão para orar. Monique veio na minha direção sorrindo.
–Você está linda. – Ela falou pegando no meu rosto. – Sempre soube que esse vestido ficaria bem em você.
–Obrigada. – sorri.
–Acredito que tudo deu certo com Aleksei não é?
–Deu.- Abracei ela apertado. – Estou feliz com isso.
–Glorias! – Ela bradou.
Ouvi palmas e senti todas as mulheres me abraçando. Senti um carinho e uma paz no meu coração que pensei que nunca mais sentiria.
–Preciso ir até as celas. – cochichei para Monique.
–Viva a rainha Hanna! – As mulheres gritaram em uma só voz. - Viva ao nosso Deus!
–Viva! – gritei junto com elas rindo.
–A rainha precisará se ausentar um pouco. – Monique disse me abraçando de lado.
–Antes de ir, quero agradecer a vocês por terem vindo até aqui. Sem as orações de vocês nada disso teria sido possível. Muito obrigada.
Elas aplaudiram. Acenei e sai do salão com uma alma leve e tranquila. Ao chegar à ala das celas, falei com um dos guardas e eles me deixaram entrar no lugar onde as esposas e as filhas dos príncipes estavam.
–Olá. – Eu disse entrando na cela.
–Veio ver minha desgraça Hannawia. – Melanie disse com um tom frívolo.
–Não. – rodei os meus anéis de falange. – Na verdade eu vim aqui para comunicar que o rei está dando liberdade a vocês.
Vi as esposas sorrindo aliviadas.
–O meu papai também? – Uma garotinha com cabelos escuros disse animada.
–Infelizmente não. – falei me abaixando para olhar nos olhos dela. – Mas se você quiser você pode dormir no castelo hoje, como uma verdadeira princesa.
Eu sabia que aquilo não iria aliviar nenhum pouco a dor que todas sentiriam, mas era pesado demais para uma criança receber o peso de uma realidade sangrenta em seus ombros.
–Obrigada. – ela disse sorrindo.
Quando estava perto de sair da cela senti alguém segurando no meu braço. Era Melanie.
–Desculpe por tudo Hanna.
–Está tudo bem Melanie. – sorri. Olhei novamente para todas elas e vi que estavam sujas e pareciam abatidas. - Vocês querem subir para tomar banho e comer?
Elas sorriram. Passei a tarde dando atenção para elas, mas apesar dos sorrisos eu sabia que ao cair do sol elas chorariam pela perda dos homens de sua família. E assim foi. Ao cair do sol, ouvimos gritos e aplausos. A guerra tinha acabado.
****
26 anos depois
– Acabou a história papai?
O jovem de cabelos ruivos sorriu para a garotinha de grandes olhos azuis.
–Não querida, a história ainda não acabou.
–E o que aconteceu depois que a rainha salvou a família dos prisioneiros?
–Ela viveu feliz para sempre com o rei e o seu filho.
–Que história linda papai. – Ela abraçou o ruivo e deu um beijo em seu rosto.
–Davi, seus pais estão chamando você para começar a festa da redenção.
–Estou a caminho tio Phill.
–Phill! – A pequena Anne pulou no colo de Phill e em seus braços seguiu até o salão de festas sorridente com o seu vestido da cor de mostarda.
Davi levantou e respirou a brisa que soprava dentro da estufa. Seu olfato era apurado como o da sua mãe e seu apego com o passado era como o de seu pai. Ele nunca se esqueceu do dia em que sua mãe contou toda a história da eleição e de como conseguiu salvar a todos. Da mesma maneira ele nunca vai tirar de sua mente o dia em que perdeu sua esposa, mas aquele não era o momento para ficar remoendo o passado. Era dia de festa, era o dia da redenção. O dia em que Hannawia Kringer Kroening livrou o reino de Scindet com a ajuda dos judeus de um banho de sangue.
–Você não deveria ser tão teimoso como eu. – A voz de seu pai o assustou.
–Desculpe pai, eu já estou indo.
–Claro Davi. – Aleksei disse sorrindo.
Apesar dos seus 58 anos, Aleksei continuava com a sua beleza da juventude, seus cabelos e olhos claros agora tinham algumas marcas do tempo, mas sua força e honra continuava intacta.
–É verdade pai. – O garoto de olhos azuis acinzentados sorriu.
–Vou garantir que seja.
Os dois entraram na sala de estar e abraçaram Hanna. Todos aplaudiram quando Anne levou flores até a sua avó.
–Phill vem aqui! – Hanna disse chamando seu primo para a foto.
A noite caiu rápido e logo toda a impressa e as pessoas se foram do castelo. Anne foi com sua avó até o quarto conhecer as joias reais enquanto Phill e Davi conversavam no jardim.
–Sua mãe é muito forte Davi, acredito que tudo correrá bem.
–Eu confio tio.
–Estou atrapalhando a conversa? – Aleksei disse se aproximando com uma taça de vinho na mão.
–Não pai pode vir.
Aleksei se juntou a eles e sentado de frente para o jovem de cabelos de fogo bebeu um gole da bebida cor purpura e ficou serio.
–Precisamos organizar a eleição da sua esposa.
–Não pretendo casar tão cedo novamente pai, Alexandra morreu faz três anos e Anne sente muita falta da mãe ainda.
–Eu sei filho, mas é necessário.
Davi olhou para Phill e sentiu que realmente era o correto a se fazer.
–Façamos como quiser pai. – Ele levantou. – Organizaremos a eleição o mais rápido possível.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que acharam? Posso aguardar vocês no próximo livro?