Coração De Seda escrita por Maria Fernanda Beorlegui


Capítulo 78
Capitulo 78


Notas iniciais do capítulo

Oi oi oi, gente! Vamos começar com um sonho que pode se tornar realidade...
Está cada vez mais próximo do nosso bebê nascer e de Anippe narrar a segunda parte da história..,



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Ouço o ungido dos leões no campo dourado da cidade, as aves riscam o céu com rapidez assim como eu tento andar por entre a multidão. Meus pés descalços estão machucados pela falta das sandálias, meu corpo já não pesa por que já não carrego meu filho em meu ventre. Ninguém nota minha presença, eu apenas ando até chegar na frente do palácio.

—E é com profunda tristeza que assumo o trono. —Ouço Amun falar no alto do palácio. —Infelizmente a vossa rainha, ainda com o filho no ventre, desistiu de sua própria vida ao ser tomada pela insanidade.

—Mas... —Falo assustada ao tocar em meu ventre.

—E o príncipe Djoser? —Ouço alguém perguntar. Amun então faz um gesto para os soldados que estão em frente ao palácio. Em questão de minutos vejo o corpo de Djoser ser jogado no chão como um animal qualquer.

—NÃO! MEU FILHO! —Grito, mas ninguém me escuta. Eu então abraço o corpo sem vida em frente ao palácio e choro todo o meu pranto. —Meu filho... —Choro ao ver que de fato meu filho está morto.

—Não! Não! —Ouço uma voz feminina e familiar negar.

 

—Hoje é um dia épico. —Amun fala e então eu vejo Anippe ser amarrada em um tronco com os olhos vendados. —Arqueiros... —Amun ordena e então eu grito desesperada.

Um quarteto de arqueiros se põem de frente para minha filha amordaçada e então Amun passa a sorrir enquanto as pessoas olham aterrorizadas.

—Hoje toda a descendência de Seti será morta. —Amun fala e então eu vejo as flechas irem em direção ao coração de Anippe. Fecho os olhos para não ver, mas nenhum grito de espanto é dado.

—Como isso é possível? —Amun indaga e então eu abro os olhos. As quatro flechas estão cravadas em minha filha, na região onde seria seu coração.

—Meu coração poderia ser de seda e assim eu não morreria. Mas minha mãe tinha um e veja o destino dela. —Anippe fala maliciosamente para Amun. —Vocês podem cravar inúmeras flechas em mim, espadas até. Mas não vão conseguir me matar! Nunca vão acertar o meu coração. —Minha filha fala bravamente. —Pelo fato de eu não ter um! —Ela esbraveja ao olhar para Amun. —Eu sou do sangue real, da verdadeira dinastia, princesa do Egito até Israel. Sou do sangue de leão de Ramsés I, vocês sabem de quem sou filha, então me salvem!

Meu próprio grito faz-me acordar assustada no meio da noite como estou fazendo nos últimos dias. Olho para todos os lados e vejo que tudo não passou de um pesadelo, por isso respiro fundo tentando me acalmar rapidamente. Amun e Gab em breve irão lutar pelo trono. Amun irá tentar roubar o que é meu. E Gab irá lutar por mim no campo de batalha tal como Djoser.

—Estamos perdidos. —Falo ao ver que será impossível vencer Amun. —O que eu faço, meu Deus? —Pergunto infeliz ao sentir precocemente o gosto da derrota. Ouço leves batidas na porta e então me levanto de minha cama lentamente para ver quem é. —Gab? —Indago incrédula ao ver meu irmão bastardo. —O que faz aqui a essa hora? —Pergunto.

—Não consigo dormir e por isso estou andando pelo palácio. —Gab fala e então abro a porta para que ele entre. —Fui até o harém ver como todos estão.

—Nenhuma criança está acordada? —Indago.

—Elas estão tranquilas porque seus pais pediram para elas virem. E eles fizeram isso por que confiam em você. —Gab fala orgulhoso e me faz rir. Meu sorriso se desfaz ao sentir uma leve pontada em meu ventre, com isso me apoio nos braços de Gab. —Por acaso chegou a hora?

—Não, mas está perto. —Falo ao tentar reprimir a dor com minha mão que desliza sobre o ventre onde meu filho se esconde. —Essa criança não pode nascer agora. Não pode nascer durante essa guerra.

—Ela não vai esperar a guerra terminar, Henutmire. Ela ou ele, seja o que for! —Gab fala nervoso e então me leva até a cama. —Pelo tamanho presumo que essa criança não será pequena.

—Não diga isso. —Falo. —Eu já nem sei se irei suportar a dor de trazer essa criança ao mundo!

—Vai aguentar. —Gab fala esperançoso. —Hoje você viu como aquelas crianças olhavam para você? —Ele pergunta orgulhoso. —Todos olhavam para você com esperança, Henutmire.

—Eles fazem isso sendo que eu estou incrédula. —Falo magoada. —Gab, não vamos ganhar essa guerra. Sabemos que há outros traidores, sabemos disso!

—Sabemos também que Deus está com você. —Gab fala deixando claro a sua fé. —Você precisa se mostrar firme para todos.

—Disso eu sei. —Falo fracassada. —O que eu não sei é o que vai ser de mim quando tudo isso acabar.

—Henutmire, você é a Rainha. O poder está em suas mãos, mas o alvo está pregado em suas costas assim como o peso da coroa é sentido em sua cabeça. —Gab fala deixando ainda mais claro que apenas eu posso comandar tudo. —Você é a Rainha-Mãe, a tutora do príncipe herdeiro, única senhora do Egito, por que diabos você está com medo?

—Você tem razão. —Falo firme fazendo-o sorrir. —Pela segunda vez sou obrigada a concordar com você.

—Somos irmãos, algo devemos ter em comum. —Gab fala risonho e então eu faço um sinal para ele se sentar ao meu lado.

—Eu sempre invejei Anippe pelo fato dela ter três irmãos mais velhos enquanto eu queria ter apenas um. —Falo nostalgica ao me lembrar do meu desejo de criança.

Flash Back On

—Uri? Djoser? —Indago incrédula ao entrar nos aposentos de Anippe ao lado de Hur e me deparar com tal cena.

—O que você está fazendo com seus irmãos? —Hur indaga ao ver que Uri e Djoser estão sendo parcialmente obrigados a brincarem de algo que Anippe pede. —Bezalel? Até você? —Meu marido pergunta incrédulo.

—Eles estão brincando de chá de tarde comigo, papai. —Anippe responde ingênua e então eu olho incrédula para Hur.

—Mas, Anippe... —Tento explicar o inexplicável para minha filha de sete anos.

—Está tudo bem, princesa. —Uri fala risonho. —Mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer.

—A gente já pode ir embora? —Bezalel pergunta curioso. Anippe então se entristece.

—Vão, eu fico com Anippe. —As palavras de Djoser fizeram Anippe voltar a sorrir. Antes de Uri sair com seu filho, Anippe vai até ele o abraça.

—Isso é um "eu te amo". —Hur sussurra baixo ao ver tal cena. —Ela não sabe falar o que sente, penas demonstra sem sequer notar.

—Chata! —Djoser fala ao brincar com Anippe. Minha filha acaba se aborrecendo e então se senta assim que vê Uri sair. —Vamos jogar Senet.

—Eu não sei. —Anippe responde docilmente e então olha para Hur como se pedisse ajuda.

—Eu te ensino. —Djoser fala incentivador e então entrega o tabuleiro para Anippe. —A mamãe me ensinou. Ela sabe jogar melhor que o papai.

—Tem muitas coisas que sua mãe sabe fazer melhor que eu, Djoser. —Hur fala me deixando sem graça. —Outras somente eu posso fazer por ela.

—Convencido. —Falo risonha enquanto as duas crianças nos olham.

—Abusada. —Anippe fala ao meu respeito.

—Atrevida. —Djoser rebate ao sentir que Anippe me ofendeu.

—Crocodilo. —Anippe rebate.

—Chega. —Hur fala ao levantar Anippe do chão e fazê-la gritar. —Como está pesada! —Hur reclama enquanto vou até Djoser.

—Ela é gorda demais. —Djoser fala e então abafo o riso. Anippe se debate nos braços de Hur tentando se soltar das cócegas de Hur.

—Papai! Pai! —Anippe clama entre doces risadas. —Djoser! —Ela pede a ajuda do irmão.

Djoser então joga seu corpo contra as costas de Hur e o faz rir da situação. Agora são dois contra um, não nego que não consigo abafar o riso. No entanto meu marido me olha de forma estranha assim como nossos filhos.

—Cócegas na mamãe! —Djoser fala no exato momento em que os três vem até mim. Eu tento escapar, mas Hur acaba me segurando e fazendo por onde facilitar Anippe e Djoser.

—Pelo amor de Ísis! Parem com isso! —Peço ao chorar de rir com as cócegas que sinto em meu corpo. —Hur, você sabe que eu não gosto disso! —Falo ao chorar de rir ao sentir os toques de meus filhos e de Hur.

—Ela tá ficando vermelha! —Anippe fala assustada. As cócegas então cessam e quando vejo estou no colo de Hur.

—Não chora, mãe. —Djoser pede ao ver que choro de tanto rir.

—Estou chorando de alegria, Djoser. —Falo ao enxugar minhas lágrimas e sentir o beijo de Hur em meu pescoço. Djoser então estranha a ação do pai e o empurra. —Djoser!

—Djoser! —Hur exclama ao ver que Djoser está enciumado.

—Ele é seu pai. —Falo ao ver que meu filho está emburrado com o pai.

—Mas ele está certo, Henutmire. Ele não pode deixar que nenhuma pessoa faça isso o que fiz com você. —Hur fala me fazendo rir. Então o abraço a contra gosto de Anippe. —Venha cá, Anippe! —Ele pede ao puxar nossa filha e fazê-la rir.

Flash Back Off

—Eu era feliz e não sabia. —Falo com a imensa vontade de chorar. —Hur amava Anippe, amava-a mais que a mim mesma.

—E isso era ruim? —Gab pergunta.

—Não. —Falo. —Anippe teve um pai amoroso, que lhe deu atenção até mesmo quando devia.

—Não é isso que os pais fazem? Amar incondicionalmente seus filhos? —Gab pergunta com um certo brilho no olhar. Vejo a curiosidade no olhar dele, vejo por que sei que Gab não sabe o que é ser um filho.

—Sim, é exatamente isso. —Falo. —Você não teve isso.

—Sempre fui o rejeitado mesmo tendo o mesmo sangue que Jahi e Radina. —Gab fala nostálgico. —Meu sonho era me tornar o único príncipe da Núbia e depois vir ao Egito. Mas nunca me deixaram sair de lá.

—Talvez fosse por medo de você descobrir tudo. —Falo. —Talvez fosse melhor.

—Assim eu não teria me apaixonado pela minha própria irmã. —Gab fala e eu volto a ficar tensa ao saber disso.

—Mas você já não é mais. —Falo ao acariciar meu ventre.

—Como tem certeza disso? —Ele indaga e então ganha minha atenção. —Como pode saber o que sinto?

—Gab! Que horror! —Falo escandalizada e então ele vem até mim. —Você é meu irmão!

—Eu passei toda uma vida amando você. —Gab fala tranquilo. —Sei que é errado, mas eu amo você. Você não tem ideia do quanto eu me sinto sujo por isso. Mas você é a única coisa que eu tenho. —Ele fala ao segurar minhas mãos. —Me perdoe por tê-la agredido. Não foi uma atitude apropriada, mesmo que você tivesse me tirado toda a paciência. —Ele pede ao olhar bem nos meus olhos. —Mas eu não quero ver você sofrer, Henutmire. Eu faço qualquer coisa para te manter segura, até realizar o maior sacrifico.

—Gab...

—Eu mataria por você. —Gab me interrompe, e também me assusta. —Mesmo sabendo que nunca vou ter você para mim. Pelo miserável fato de sermos irmãos. —Ele fala com uma certa revolta.  —Até isso ele me roubou! —Gab fala enfurecido sobre nosso pai. —Eu não tive um lar porque sua mãe me tirou nisso, não tive uma família porque Seti foi covarde ao me assumir!

—Eu sinto muito por isso! Eu de fato sinto muito! —Falo assustada ao ver o sofrimento de Gab. —Mas você deveria ter seguido em frente. Deveria ter construído uma família.

—Como? Eu passei toda uma vida amando a minha irmã. Pensei que ao saber que ela ficou viúva, poderia correr ao seu encontro e me casar. —Gab fala infeliz. É duro demais para ele, eu sei. —Mas você estava noiva de Hur. Imagina o quanto eu odiei ele? Eu desejei sua morte. Desejei que morresse dias antes de se casar com você, desejei tudo de mal que poderia desejar para um homem. —Ele fala. —Mas ele não tinha culpa, você também não. —Ele fala com pesar. —Na verdade, eu acho que Seti teve quatro filhos, um para cada traço seu.

—E quais são?

—Eu para a desgraça, você para o sofrimento, Kamés para a tragédia, e Ramsés para a insanidade. —As palavras de Gab fazem com que meu filho se agite dentro de mim. —Os mais novos já morreram.

—Eu serei a próxima. —Falo ao voltar minhas atenções para o meu ventre. —Não estou tão saudável como pensam, não sou tão forte. Isso me leva a crer que não irei ver essa criança crescer.

—E acha que Djoser vai saber cuidar do irmão? Ou irmã? —Gab pergunta preocupado.

—Eu não sei, devo estar morta. —Falo infeliz. —Ultimamente eu só desejo a morte, nada mais que ela. —Falo ao ver Gab me servir alguma bebida de minha jarra, talvez seja suco de tâmaras. Rapidamente volto minhas atenções para o meu ventre.

—Você não quer morrer, você quer aliviar essa dor. —Gab fala enquanto eu bebo. —E é isso o que estou fazendo por você. —Ele fala no exato momento em que me sinto sonolenta. Ouço o barulho das portas de meus aposentos deixando claro que alguém entra, mas não olho para o lugar, estou me sentindo fraca.

—O que você vai fazer comigo? —Pergunto assustada ao tentar me manter acordada. Tento me levantar, mas acabo caindo nos braços de Gab. Vou adormecendo em seus braços aos poucos...

(...)

—Ela precisava dormir. —Ouço Gab falar enquanto eu me acordo aos poucos. —Henutmire está adoecendo.

—Quem era? —Indago. —Quem entrou no meu quarto quando você me envenenou?

—Ele não envenenou a senhora. —Djoser fala ao vir ao meu lado. —Ele fez o certo.

—O que fizeram? —Indago. —Eu sinto como se tivessem dormido por um século.

—Você precisava. —Gab fala ao olhar para meu ventre. —Você está adoecendo com tamanho fardo.

—Mãe? —Djoser chama por mim ao acariciar o meu rosto. —Como se sente?

—Acho que me sinto bem. —Falo ao me sentar na cama. —Por quê?

—Não é nada. —Ele fala e em seguida olha para Gab.

—Preciso ir. —Gab fala como.se quisesse me deixar sozinha com Djoser.

—Não me ignore. —Meu filho pede ao lembrar que estive o tratando mal. —Me perdoe por tudo o que fiz e falei. A senhora precisa entender que estou muito magoado.

—Eu também estou. —Falo. —Foi você que entrou quando Gab me embebedou?

—S-sim. —Responde nervoso. —Eu já tinha planejado.

—Não precisavam disso. Bastava pedir para que eu bebesse a fórmula para dormir. —Falo. —Mas eu estou bem. Parece que fui envolvida pela paz enquanto dormi.

—De verdade? —Djoser indaga curioso.

—Sim. —Respondo e então faço por onde meu filho se sentar ao meu lado. —Vamos deixar tudo de lado. Eu não preciso disso para com você. —Falo ao segurar suas mãos. —Você sabe que eu te amo e que tudo o que mais quero é que você se torne uma pessoa boa e digna. Que se torne um homem de palavra e honrado como seu pai foi.

—Eu sei. —Djoser fala com lágrimas nos olhos.

—Não, não sabe. —Falo risonha ao ver que meu filho sente o mesmo que eu. —Vai saber quando tiver filhos. —Falo pensativa. —E entender o que sinto por você. Eu amo você mais do que a mim mesma, Djoser. Para mim você está acima de qualquer rei, de qualquer coisa. Você e Anippe são tudo o que tenho, assim como essa criança. —Falo e então olho para o meu ventre. —Mas acima de tudo são meus. Meus filhos, meu sangue. —Em seguida abraço Djoser e afogo meu rosto em seu pescoço. —Meu príncipe. Meu amado príncipe. —Falo ao sentir o perfume de Djoser enquanto o abraço forte. —Eu te amo.

—Eu também, mãe. E eu faço qualquer coisa pela senhora. —Meu filho fala ao me abraçar ainda mais forte. —Me abraça, não me solta. —Ele pede e assim faço.

—Soberana. —Ikeni fala ao entrar em meu quarto. —Não quero interromper, mas o que tenho para falar é urgente.

—Pois então fale. —Ordeno.

—O exército rebelde de Amun marcha para os portões da cidade. —Ikeni revela. —Ele chegou antes do previsto.

—É guerra. —Djoser fala raivoso. —Chegou a hora.

—Não vá na linha de frente. —Peço atordoada. Agora que eu e meu filho fizemos as pazes, não posso perdê-lo. —Não me deixe sozinha nesse mundo. —Peço novamente.

—Eu volto, eu sempre volto. Um príncipe egípcio sempre volta com a glória. —Djoser fala antes de depositar um beijo em meu rosto e outro em meu ventre. —Vá para o harém com as crianças. Khalid perguntou pela senhora...

(...)

—Todos estão assustados. —Karoma fala assim que entro no harém e me deparo com as crianças.

—Mhysa. —Falo ao vê-la com Khalid. —Como está?

—Com medo. —Mhysa fala. —O príncipe Djoser já partiu?

—Bebê. —Khalid fala ao apontar para o meu ventre. —Brincar. —Ela pede e me faz rir.

—Ele já se foi. —Falo risonha e olho para Khalid que sorri para mim. Mas subitamente eu sinto uma dor aguda em meu ventre me fazendo perder as forças.

—Soberana! —Karoma chama por mim ao me ver tonta. Rapidamente sou auxiliada por ela e Mhysa.

—Não sei o que me deu. —Falo ofegante. —Estou muito mal.

—Beba um pouco de água. —Mhysa pede preocupada, mas logo fica assustada ao me ver gritar de dor. —Vai nascer!

—Oba! —Khalid fala risonha.

—Não, não vai. Mas está perto. —Falo ao respirar fundo. —A guerra... —Falo ao ouvir os gritos enquanto os homens lutam. —Começou.


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Notas finais do capítulo

Vamos pra guerra? Vamos.



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