Second Chances escrita por Mares on Mars


Capítulo 2
Healing


Notas iniciais do capítulo

Pras moças lindas que me convenceram a postar um segundo capítulo no mesmo dia que o primeiro.



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75 segundos depois, estavam todos jogados na rampa de carga do avião que agora decolava sozinho. Ofegantes e estrupiados, levantaram-se lentamente e quando a rampa fechou-se por inteiro, respiraram fundo e olharam-se. Phil estava em uma situação deplorável, desacordado no chão, e a garotinha mais velha estava sentada encolhida no chão, enquanto o bebê no colo da chinesa chorava a plenos pulmões.

— Que bom que você as encontrou - Skye disse aliviada e respirou fundo.

— Afinal, o que vocês faziam lá? - Mack perguntou para a menina que agora soluçava.

— Eles examinavam a gente o dia todo - disse simplesmente e todos entenderam que não era uma boa hora para falar sobre isso. Não antes de concertaram a perna da menina.

— Você poderia nos dizer os seus nomes - Melinda pediu e recebeu uma careta em resposta.

— Não temos - declarou e recebeu olhares confusos - Me chamam de Zero, e minha irmã é Três.

— Onde estão Um e Dois? - Skye perguntou com curiosidade.

— Eu não sei, nunca ouvi falar deles - explicou e todos no avião se entreolharam.

— Certo, mas nós não podemos chamar você de Zero e nem sua irmã de Três, não é um nome de verdade - a hacker disse como se fosse óbvio.

— Podemos pensar em nomes mais tarde, por enquanto isso basta - May disse um pouco desesperada, enquanto tentava acalmar o bebê em seu colo - Ligue pra Simmons e peça que prepare a baia médica. Zero precisa de um curativo bem feito na perna, e leve as meninas lá pra cima, talvez elas queiram dormir um pouco - ordenou para a hacker, que assentiu e ajeitou as meninas no braços mais ou menos como May havia as trazido - Mack, leve o Coulson pra dentro do laboratório. Eu mesma cuido desse idiota - pediu e o homem pegou o diretor nos ombros e levou-o para o local indicado. A chinesa foi na frente, abrindo espaço em cima da maca para colocá-lo.

— Precisa de ajuda? - perguntou e ela negou - Certo, eu vou subir e ajustar o piloto automático para a base - e saiu rapidamente, deixando-a a sós com o homem desacordado.

Seu rosto estava ensanguentado, e agora havia um grande inchaço em sua bochecha direita. Pegou algumas bolas de algodão e um antisséptico e começou a esfregar o sangue pra fora do rosto do diretor. Quando estava limpo, a mulher pôde perceber a gravidade do corte na testa do homem, e estremeceu ao perceber que precisaria suturá-lo.

—Merda Phil, por que você tinha que apanhar? - perguntou irritada e começou a revirar gavetas em busca de linha, agulha e tesoura.

— Porque se não fosse eu, Skye teria apanhado no meu lugar - a voz fraca de Coulson fez-se ouvir e Melinda o olhou furiosa.

— Não é desculpa, você deveria ter me chamado - rebateu enquanto tentava alcançar um vidrinho de anestésico na prateleira superior.

— Precisa de ajuda aí? - perguntou com uma risada e ela teve que morder o lábio para não rir junto. Mesmo arrebentado e atordoado, Phil ainda fazia piada ridículas sobre sua altura.

— Eu me viro - respondeu e pegou um banquinho no canto da sala. Colocou-o em baixo da prateleira e subiu para pegar o vidrinho - Além da sua cara, tem mais alguma parte do seu corpo que está machucada? - perguntou ao descer e caminhou até a mesa.

— Um ou dois cortes no peito e no ombro - relatou enquanto observava a chinesa colocar o conteúdo anestésico no tubo de uma injeção.

— Eu já fiz isso antes, então não se desespera - pediu com as mãos trêmulas, aproximando-se do rosto de Phil com a injeção.

— Eu não vou - respondeu com apreensão. Confiava na amiga, mas odiava o incômodo de ser costurado.

— Essa anestesia é fraca, vai durar só vinte minutes e você vai estar acordado, então por favor não se mexa - explicou e quando o homem fechou os olhos, ela entendeu que era o sinal para enfiar a ponta da agulha ao lado do ferimento sobre a sobrancelha de Phil. Ao fazê-lo, recebeu um silvo em resposta e teve que respirar fundo antes de pressionar ampola pra baixo, enviando o conteúdo anestésico pra dentro de Coulson. Quando retirou-a, voltou para a mesa e pegou a agulha já preparada com linha e furou-o, começando lentamente a fechar o corte de sua testa. Tremendo e agoniada com a cena, May demorou mais do que os vinte minutos previstos para suturá-lo, e ao terminar, ambos soltaram suspiros aliviados - Próximo - avisou-o e com uma tesoura, rasgou o tecido ensanguentado e estrupiado do que antes era uma apresentável camisa social. Se a testa estava ruim, o ombro estava um pouco pior. A única diferença é que sangrava livremente. Amaldiçoando mentalmente o homem que estava no armazém, apanhou diversas gases em todas as gavetas que abriu e começou a fazer uma manta sobre o ombro de Phil para conter o sangramento.

— Acha que eu vou precisar de uma transfusão? - brincou e um tapa desceu sobre seu abdomen - Ouch, não precisa me agredir, eu já apanhei demais hoje.

— Você não deveria fazer piada com o seu espancamento - disse seriamente e jogou o peso de seu corpo sobre o ombro ferido para manter o sangue lá dentro.

— Talvez se você pisasse em cima do meu ombro o sangramento parasse - sugeriu com um tom irônico, e Melinda segurou-se para não batê-lo.

— Eu tô fazendo o que eu posso - defendeu-se e tentou usar mais força, sentindo que o sangue parava de vazar pra fora da ferida

— Brigada Mel - agradeceu com um sorriso e segurou-se para não mexer o ombro.

Quando o sangramento parou por inteiro, Melinda repetiu o processo que fora feito na testa de Phil. Aplicou uma nova anestesia - dessa vez sobre o ombro machucado - e sem tremer tanto quando antes, remendou-o. Demorou mais que a outra ferida, afinal, era um corte muito maior, mas quando encerrou, não ouve suspiro de alívio, somente um gemido de dor da parte do ferido.

—Você quer um remédio pra dor? - ela perguntou preocupada e ele negou - Phil, eu não quero que você passe as próximas 5 horas até chegarmos em casa sentindo dor.

— Eu não tô com dor - afirmou e recebeu um revirar de olhos em resposta.

— Tá bem, eu vou lá em cima ver como as meninas estão - disse e começou a arrumar o laboratório.

— Meninas? - repetiu confuso e a chinesa se deu conta que ele estava desacordado na hora do resgate.

— Zero e Três. Bem, não são nomes reais, mas é o temos por enquanto. Elas estavam escondidas no armazém. Zero deve ter 4 ou 5 anos, Três é um bebê ainda - explicou e a expressão de Phil aliviou-se.

— Estamos levando elas pra base? - perguntou e a mulher assentiu - Ok, isso é ótimo - comemorou e dessa vez o olhar confuso veio da parte de May.

— Crianças são sempre uma alegria - disse como se fosse óbvio e por segundos, Melinda pensou em nocauteá-lo com um chute da cara. Ao invés disso, com um movimento ágil, aplicou-lhe um sedativo - Isso não é justo Mel - reclamou e no instante seguinte, estava apagado.


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Notas finais do capítulo

Digam o que acharam



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