– Sabe meu amor. – Gil disse em um sorriso meio acanhado enquanto beijava minhas coxas uma de cada vez intercalando-as. – Confesso que não sei ser tão autoritário quanto você durante o sexo. – Sabia o quando doía para ele admitir isso.

– Verdade? – Saiu um pouco mais cínico que eu imaginava. – Por que não tenta. Já que é para fazer me esquecer dos problemas. – De algum modo me ofereci a ele, e tentei realmente esquecer-me de tudo que rondava minha cabeça.

– Tentar não custa nada. – Ele disse enquanto puxava o short que eu vestia, ele foi escorrendo pelas minhas pernas bem lentamente.

Fiquei olhando como ele fitava meu corpo, o desejava, e eu o desejava. Creio que pudesse passar mil anos, sempre iríamos nos amar. Mordi meu lábio inferior de modo sexy, chamando-o para mim.

– Tire a roupa. - Ele mandou.

– Não. – Disse desafiadora. Queria que ele se impusesse mais sobre mim. Gil sempre fora submisso a mãe, a família, aos problemas, e inclusive a mim, queria que ele se sentisse no controle somente uma vez na vida, para saber como isso era interessante. Eu não estava nem um pouco preocupada em seguir as ordens dele, isso se ele soubesse realmente mandar.

– Tire a roupa agora. – Falou tão autoritário quanto uma sardinha.

Caímos na gargalhada.

– Amor, eu quero ver fogo nestes olhos, mãos firmes e voz de comando. Faça-me sentir vontade de fazer o que você manda.

– Como você quer que eu faça? – Gil fitou-me e eu não pude deixar de cair na gargalhada.

– É isso que você não entende, não é o que eu quero, é o que você quer. – Virei os olhos. – Se quiser me virar me vire, me amarrar, amarre e se quiser que eu faça algo mande... Não é tão difícil.

Ficamos olho no olho por alguns minutos. Logo ambos caímos na gargalhada.

– Deixa eu te mostrar como faz. – Fitei-o com olhar malicioso, e joguei-o brutalmente contra cama ficando por cima dele em seguida.

Para mim, como dona de minha própria vida desde o começo isso era muito mais fácil. Era mais fácil manter-me no controle, era mais fácil mandar. Tanto que era eu, e não Gil, quem colocava limite nas crianças. Fazíamos uma boa dupla, tudo que faltava em um o outro tinha.

Porém, apesar de tudo, achava que Gil tinha que sentir o gosto de controle, eu sempre achei que isso faltava na vida dele. E se algum dia quisesse ocupar um cargo de chefia ou mandar em seu próprio negócio, como sempre disse ser seu sonho, ele teria que começar a dominar. Se tivesse de começar pelo sexo, que fosse. Estava plenamente disposta a ensiná-lo. Não que fosse a favor de chicotes, correntes, e dor. Muito longe disto. Porém, o fato de mandar e conseguir persuadir os outros a fazer o que queira era algo importante, dentro ou fora de quatro paredes.

Eu já tinha minha autoconfiança. E tenho de confessar que sentir Gil fazendo o que quisesse comigo sem reservas e sem pedir permissão me deixava completamente úmida.