Mamãe, eu sou gay escrita por Caroline Dos Santos


Capítulo 11
10 — Lado colorido da força


Notas iniciais do capítulo

Oi gentinha ♥ Demorei, não foi? Peço desculpas por isso, mas é que a vida não tá fácil do lado que cá, sério -_- E por isso as atualizações podem demorar um pouco mais do que o planejado. Tipo... Fora doze dias! Mias de uma semana :/ Mas finalmente estou aqui ♥

E graças a quem? Graças aos meu leitores maravilhosos ♥ Eu amo vocês e amo esses comentários ♥ E quanto aos fantasmas... Inês Brasil tá vendo você acompanhando e não comentando, viu? u.ú

HUEHUEHUEHUEHUE, brincadeiras (...ou não) a parte, vamos ao capítulo de hoje ♥ Finalmente contando que é o pai do neném da Thainara :3 Nos vemos lá em baixo ♥



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Mamãe, eu sou gay

Lado colorido da força

 

18 de Abril de 2016

12h37

Estava chovendo um pouco na hora da saída, então resolvi por esperar um pouco mais na escola antes, porque inteligente como eu seu, acabei por esquecer o guarda-chuva em casa. Meus parabéns, caro Gabriel. Você merecia um prêmio nobel por tanta idiotice, e também por não ouvir sua mãe quando ela lhe diz que vai chover.

Prestem bem a atenção, crianças: se sua mãe diz que vai chover, é porque vai chover. Nem adianta argumentar, elas controlam o tempo.

Enfim, fiquei sentado em um dos bancos do pátio, sozinho com outros alunos que resolveram por esperar estiar, ou ao maenos as gotas ficarem mais fracas. Um bando de recalcados que me copiaram, isso sim. Thalita estava no banheiro, tirando sua maquiagem. Segundo minha cacheada, ale não iria esperar a chuva passar, ia encarar de frente já que não era de açúcar.

Mas seu cabelo é, né bem?

Bom, não vamos discutir sobre isso, sim? Vamos descutir sobre o fato de terem alguns garotos idiotas implicando com o fato de que eu uso base, e me chamando de gay. Tudo bem gente, tá certo que eu gosto de piroca, mas passar base não tem n-a-d-a a ver com isso. É só para proteger a unha e deixa-la mais bonita, o que de homossexual tem nisso?

Segundo o Arthur é porque é coisa de mulher. Amor, tu nasceu de uma MULHER e nem por isso é gay, então te aquieta aí, antes que eu chame meu boy magia para resolver isso. Só não sei se aquele filho de uma chocadeira vai ou não. Aliás, não sem nem aonde esse viado — ah, doce irônia — se meteu — hmmm... Meteu —.

Respirei fundo um tanto quando irritado, e andei um pouco até um dos portões da escola, olhando se a chuva havia afinado ou não. Minha resposta foi um sonoro "Não" caindo como grossas gotas que deviam congelas até a minha doce e brilhante alma. Então, me vi obrigado a voltar onde estava, mas alguém resolveu entrar no meu caminho, segurando com força o meu braço.

Nem precisava perguntar quem era o abusado, já que estava na cara. Uma das pessoas que mais me odeia nessa vida, por conta do irmãozinho amado dele. Leandro, o caçula da família do Leo, que não vai com a minha carinha linda. Pois é, ele tem um péssimo gosto.

— Dá pra soltar? Eu estou ocupado. — pedi, encarando a pessoa de fios loiros. Ele se parece com o meu namorado, mas não é o gostoso quanto. Até porque, raramente eu vou encontrar um rapaz tão delicioso quanto o meu boy magia.

— Ocupado com o que? Que eu saiba me irmão não está aqui pra você ficar babando os ovos dele. — já falei que não vou muito com a cara desse chato metido a homofóbico que tem um amor sobrenatural pelo irmão? Tu por acaso quer praticar incesto com o meu homem, é?

— Como, mesmo tendo a mesma idade que a minha pessoa, você consegue agir como uma criancinha sem a chupeta? — perguntei e precisei me controlar para não mostrar a língua a pessoa em minha frente. Não podia chamá-lo de criança e agir como uma também, né gente? — E caso seja isso que está pensando, a culpa não é minha se o Leonardo curte fazer um oral em mim.

Existem momento na vida em que você tem certeza de que vai apanhar, e muito. E esse foi um dos meus momentos, quando ele apertou ainda mais forte o meu braço e me puxou para perto. Está saindo do armário, queridinho? Desculpe, mas já sou comprometido, bem.

Agora me solte, não quero pegar seus germes carregados de ignorância. Vai que eu fico com a mesma cara de idiota que você? Não, obrigado, mas não obrigado. Gosto do meu rostinho lindo.

— Você fez meu irmão virar gay.

Tá aí duas coisas que eu odeio. A primeira, que falem cuspindo na minha cara. Controla essa baba aí, pelo seu Deus. E a segunda, é que digam "fez", "virar", e "gay" na mesma frase. Esses idiotas precisam aprender que gostar de piupiu não é uma escolha — assim como a deles, de gostar de pepeca também não foi — e que nascemos assim. Deveriam ensinar isso na escolas.

— Olha, até o ponto que eu sei, não botei uma arma na cabeça dele e o obriguei a vir para o lado colorido da força. — pensei em dizer "lado purpurina", mas a única purpurina aqui sou eu, amiguinhos.

E novamente achei que aquele recalcado iria me bater. O que — felizmente! — não aconteceu, ou seja, meu rostinho lindo ficou intacto. Pelo menos por agora. Com raiva, ele simplesmente me soltou... Ou melhor, me derrubou no chão, para a felicidade do grupinho do Arthur.

Gente... Vão cuidar das suas vidas e deixem o homossexual aqui quieto.

— Posso saber que putaria é essa aqui, monamu? — pronto, chegou a travesti escandalosa. E graças ao céus! Só não gostei do pequeno plágio d aminha Deusa. — Ei carinha, por que não vem mexer com alguém que te peita, hein? — devo ressaltar que: Thalita se assumiu como mulher, mas tem mais força que muito homem por aí. Falo sério.

Bom, nem preciso dizer que a escola inteira ficou olhando pra gente, né? Bando de curiosos sem vida própria. Por que tantos assim, meu Senhor? Ao menos foi bom ver o Arthur dar uma risadinha disfarçada e vazar dali junto com os amiguinhos. Também não vi o Leandro de novo, e apenas fiz me levantar e sentar num dos bancos encostados na parede.

Eu já deveria estar acostumado a ser tratado dessa forma simplesmente ser gay, e parar de levar a sério. Mas se bem me conheço, vou chorar muito quando chegar em casa, depois dessa chuva infernal.

 

 

18 de Abril de 2016

13h16

Realmente me surpreendi ao encontrar minha mãe em casa quando cheguei da escola, todo molhado pois as gotas lá fora não me dava trégua. Mulher, se tu tá em casa por que não levantou desse sofá e foi me buscar de carro? Eu não sou de açúcar, mas meu creme de pele é. E é bem caro, diga-se de passagem.

Mas voltando ao foco, a Thainá também estava em casa, ajudando-a na cozinha. E foi neste ponto que vi uma boa oportunidade para saber quem era o pai da criança que ela carregava, já que puta que pariu, alguém engravidou a Thainara. Nada contra minha irmã, mas ela é tão fechada que não imagino um cara chegando nela ou ela chegando num cara — se bem que eu tenho certeza de que ela cola velcro e ainda não contou para ninguém da família.

Cheguei a passos calmos naquele lugar de onde saem aos coisas que eu como. E não me perguntem o processo até chegar ao meu prato, que não faço a mínima ideia. Pois é, nem todo o gay faz "coisas de mulher" — eca, que machismo — lidem com isso. E foi só chegar que a mais velha olhou para mim, como se adivinhasse o que eu ia perguntar.

— Foi numa festa de faculdade... — disse, dando de ombros e voltando a cortar uma cenoura. Credo gente, que não sou um coelho. — O nome dele é Maurício, mas chamam de Júnior, não quer saber de ter filhos então vou criar o Ricardo sozinha. Pronto, feliz?

Mamãe apenas riu com a resposta dela, sem dizer mais nada, e nem se exaltar pela filha ser uma futura mãe solteira. Até porque, ela mesma é uma. E a melhor mãe do mundo para esse viado que aqui vos fala — ui, que chique.

— Mas... Você transou como ele? — Pelo amor da Inês Brasil, que pergunta idiota é essa, Gabriel? As duas cachedas ainda me encararam como se tivesse dito uma grande asneira. E realmente disse. — Você não era lésbica?

— Não. Quem te disse isso? — respondeu e perguntou ao mesmo tempo. Clama mulher, você tem um bebê aí dentro.

— É que... — Murmurei. — Você nunca trouxe nenhuma homem pra casa — por isso as tias vivem fococando que ela corta para o lado "luta de aranhas" da força. — e nem falou de um namorado.

Ela arqueou uma sobrancelha, ahco que vou apanhar.

— Segundo essa sua "lógica" — falou calmamente, e isso me deu mais medo ainda. "Thainara" e "calma" na mesma situação na da certo. — O Vitor seria gay porque nunca nos apresentou ninguém antes da Sara. Gabriel, que opinião retardada.

É, pior que ela tem razão.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥ Comentários e recomendações são muito bem aceitos, viu? :3


SPOILER: Próximo será um especial, e vai contar como começou o relacionamento do Gabe com o Leo :3
Beijos e até o próximo ♥



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