Waking Up - Aprendendo a Viver escrita por Soll, GrasiT


Capítulo 29
Capítulo 21 – O que acontece em Seattle... Será?!


Notas iniciais do capítulo

Amores, conversando com a minha querida Soll, ela me explicou que vocês não viram o último capítulo “TUDO SOBRE JANE – parte I e II”, ou não devem ter recebido o aviso de atualização. O Nyah da última vez comia metade do meu texto e eu tentei por diversas vezes postar… mas consegui só postando em duas partes. O que significa que se você está lendo esse aviso e não tem a mínima idéia do que seja TUDO SOBRE JANE, você terá que voltar e ler as duas partes do capítulo 20. Eu juro que a culpa não é minha eu nunca deixaria vocês na mão e peço desculpas pela demora! Se você já leu o capítulo 20 só espero que goste do capítulo. Eu me diverti com ele!



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Narração: Bella Swan.

    Eu estava paralisada. Não sabíamos o que fazer. Vê-la ali, caída e inconsciente, era assustador. Ela só podia estar tendo uma overdose. Nós três permanecíamos em silêncio, revezando olhares desesperados. Edward se mantinha atrás de mim, me segurando. Jacob estava na ponta do sofá com as mãos na cabeça. Os segundos passavam como se estivessem se arrastando para a morte. Morte. Jane e drogas. Santo Deus! Eu não desejava isso a ela.

    “Será que ela… morreu?” Minha voz saiu fina e extremamente baixa. Estava enforcada na minha garganta, presa pelo espanto. Mesmo assim, isso despertou a Edward e Jake.

    “Não, ela não pode ter morrido!” Jacob se abaixou com pressa e procurou por pulsação, apertando dois dedos em seu pescoço. “Ela ainda tem pulso! Edward… Carlisle! Chame seu pai!” Edward imediatamente largou meus braços e procurou pelo celular.

    “Eu estou sem meu celular!”

    “Usa o daqui!” Eu disse procurando ao redor.

    “Na sala ao lado, Bella!” Jake gritou e eu corri em direção a porta grande que dividia o ambiente em dois. Olhei por cima das mesas que tinham ali. O lugar parecia um escritório, talvez fosse do pai dela. Na mesa principal reparei em uma base de telefone, e fui apressada até lá, para encontrar um telefone em forma de sucata estraçalhado no chão.

    “MERDA! GENTE O TELEFONE ESTÁ QUEBRADO!” Disse exasperada quando retornei.  No mesmo instante em que eu entrei na sala gritando, Jasper, Alice e Amber entraram correndo.
   
    “Ah meu Deus!” Jasper falou jogando as mãos para a cabeça.

    “O que houve com ela?!” Alice disse apavorada.

    “Ligue para o papai Jazz! Acho que ela está tendo uma overdose.” Edward pediu e meu cunhado respondeu prontamente, ligando para Carlisle e saindo da sala com Alice. Amber parecia em choque.  Seus olhos azuis pareciam que iam saltar fora do rosto e sua pele branca estava quase transparente. Ela tinha a boca levemente aberta, e eu podia imaginar que seu coração estava batendo na garganta. O meu estava. Isso que ela não tinha visto o pior de Jane.

    “NÃO FAÇA ISSO, JACOB!” Amber gritou quando ele fez menção em pegá-la no colo. Penso que ele iria colocá-la no sofá. Aquela não era hora para ciúmes.

    “E por que não Amber?” Eu perguntei enquanto Jake apenas a encarava. Edward andava de um lado para outro. Louco.

    “Ela pode ter machucado alguma parte do corpo na queda! Olhem como ela está torta!” Ok. A queda tinha sido feia. E ela tinha batido a cabeça. Jacob se levantou.

    “Você está certa Amm…” Ele foi até ela e a beijou nos lábios suavemente. “Vamos, você não precisa ficar aqui e ver isso!”

    “Está tudo bem. Mas o que houve?”

    “Ela… ela está usando drogas há algum tempo.” Jake disse derrotado. “Eu tentei enfiar na cabeça dela por várias vezes que isso ia acabar com ela, mas olha só no que deu!”

    “Isso é desde que eu estava com ela.” Edward disse, e isso me surpreendeu. “Teve um dia que ela queria ir a todo custo a Seattle para um show. Eu fui à contra gosto. Certa hora ela disse que iria ao banheiro e demorou demais… a peguei comprando heroína de alguém.”

    “Você nunca me contou isso, Edward.” Eu disse baixinho.

    “Que diferença iria fazer?” Nenhuma. Respondi a mim mesmo.

    “O papai já está a caminho.” Alice disse entrando novamente na sala. “Gente, eu não quero ficar aqui… eu não gosto dela, mas vê-la assim é completamente torturante. Ela está respirando?”

     “Está sim Allie! O pulso está fraco, mas ainda está viva.” Eu disse indo até ela, e falei baixinho. “Alice, vão embora daqui. Não sei se a polícia não terá que vir aqui… vai depender de seu pai. Quanto menos gente aqui, melhor. Eu, Edward e Jake temos motivos para estarmos aqui, vocês não.”

    “Tudo bem. Eu não pretendia ficar mesmo.” Ela disse me olhando e então se virou para Amber. “Amm, eu não vou ficar aqui. Você deveria vir também.”

    “Não, eu vou ficar.” Ela alegou.

    “Não mesmo! Você vai, Amber.” Eu disse decidida.

    “Bella! Nem pensar! Eu vou ficar aqui! O que tem demais nisso?” Edward parou de andar um instante e olhou para Amber.

    “Amber, não era para ninguém além de nós três estarmos aqui, entendeu?! Isso pode ter complicações que não tem nada haver com você! Vai embora com Alice. Assim que nós tivermos alguma notícia, avisamos!” Ela bufou com as palavras de Edward, mas aquilo era a mais pura verdade.

    “Está certo… Jacob, preste atenção no que você diz, sim? Bella… faça o que você veio fazer. Não se esqueça.” Ela me lançou um olhar de ordem, assim como eu havia feito um minuto antes com ela.

    Os assistimos saírem apressados. Eu me joguei no sofá fitando Jane. Carlisle não poderia demorar. Não mesmo. Por mais tormento que ela tinha trazido a minha vida, por mais raiva e irritação que eu tinha sempre que ouvia seu nome, eu não desejava aquilo para ela. Jane era doente e precisava de ajuda, principalmente. Vendo sua casa e tudo que tinha dentro, não entendi como as coisas saíram do controle com ela. Possivelmente ela tinha tudo o que desejava, desde sempre. Mas ainda assim, ela estava perdida.

    “Bella, suba e faça o que Amber disse. Assim que meu pai chegar, nós sairemos os três daqui. Sei que ele não vai chamar a polícia.” Do que ele estava falando?

    “Fazer o que Edward? Eu vou ficar bem aqui esperando por Carlisle para saber o que vai ser dela.” Eu disse seca, o encarando. Edward ficou vermelho.

    “VAI SER QUE ELA VAI SER INTERNADA! VAI RECEBER REMÉDIOS ATÉ FICAR DESENTOXICADA, E NÃO HÁ NADA QUE NÓS POSSAMOS FAZER A RESPEITO! SÓ TORCER PARA QUE ESSA INFELIZ SAIA VIVA DESSA HISTÓRIA!”

    “POR QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ GRITANDO COMIGO EDWARD?!”

    “PORQUE TUDO QUE EU QUERO É UM POUCO DE PAZ E QUE ELA NÃO TRAGA MAIS PROBLEMAS PRA NOSSA VIDA! ESSA DESGRAÇA TINHA QUE TER UMA OVERDOSE BEM QUANDO NÓS ESTAMOS PERTO? EU SÓ QUERO QUE VOCÊ ENTENDA QUE EU ESTOU CANSADO DELA!”

    “NÃO É GRITANDO COMIGO QUE VOCÊ VAI CONSEGUIR ISSO!”

    “CALEM A BOCA VOCÊS DOIS!” Jacob gritou mais que nós dois juntos, e quando tinha nossa atenção, forçou a voz para sair mais baixa. “Vocês vão mesmo brigar por causa de Jane? Se sim, vocês só podem estar brincando com a minha cara! OLHEM BEM! ELA ESTÁ NO CHÃO! DESACORDADA! ESTÃO ME ENTENDENDO? QUE MERDA! Eu queria estar aqui tanto quanto vocês dois! Então Bella… não seja hipócrita! Levante essa sua bunda do sofá e vá atrás desse seu diário! Carlisle deve estar chegando em um minuto. Ele entra, nós contamos o que houve e vamos embora! E pronto! Acabou! Esqueçam Jane!”

    Todos nós estávamos cansados de Jane. Os três estressados, e no limite do nervosismo pela situação em que nos encontrávamos. Eu detestava tudo o que vinha de Jane. E mesmo ela tendo uma maldita overdose e estando desacordada, ela tinha o poder de desestabilizar minha relação com Edward. Eu tremi com raiva.

    “Onde é o quarto dessa infeliz?”

    “À esquerda no final do corredor. Tem uma placa na porta…” Jake disse sem emoção. Eu me levantei irritada. Com Jane, Edward e Jacob.

    Os dois podiam detestar ela. Mas se ela me detestava, era por causa dos dois. E quando eu ouvia gritos por estarem cansados dela, eu ficava irritada. Mesmo com todas as merdas que ela tinha inventado para mim, eu nunca havia gritado com Edward. Até apoiei suas atitudes imbecis, como tentar conversar com ela para recuperar meu diário. E quem ficou com o prejuízo? Eu. Uma mão bem dolorida por dias. Mas nem por isso eu gritei com Edward. Na ponta da escada olhei para os dois lados.

    “PARA ONDE MESMO… JACOB?” Eu não queria falar com Edward agora. Fiquei tão irritada que nem sequer gravei a informação de onde era o quarto dela.

    “NA ESQU…” Edward começou.

    “EU DISSE JACOB!” Um segundo de silêncio.

    “ÚLTIMA PORTA A ESQUERDA. TEM UMA PLACA!” Caminhei.

    Nunca vi tanto rosa em minha vida. Jane poderia ser a garota dos sonhos de qualquer um. Era linda, loira e de boa família. Talvez um dia ela já tenha sido delicada… contando pelos tons suaves de rosa que decoravam seu quarto. Porém, na porta a placa dizia “CUIDADO, CÃO RAIVOSO.” Eu ri. Aquilo definia bem Jane. Olhei ao redor, analisando as coisas. Sua cama estava desfeita, roupas jogadas por todos os lados. Algum dinheiro em cima de sua mesinha de cabeceira. Uma garrafa de cerveja importada pela metade. Uma mesa para estudos com muitos papéis. Um mural de fotos e recados na parede acima da mesa. Ouvi as sirenes da ambulância na rua.

    Meu diário devia estar por ali. Fui até lá e fitei por um momento o mural e as fotos. Ela era doente por meu namorado e pelo passado deles. Eu tive pena dela. Pena porque ela nunca teria o amor de alguém como eu tinha o de Edward. Eu tinha o amor dele, mas ainda estava irritada. Mesmo que só esse pensamento já me derretesse. Peguei todas as fotos que ela tinha com ele e alguns bilhetes com a letra de Edward. Se ela não esquecia por conta própria, eu a ajudaria. Olhei para os cadernos e o meu estava ali, aberto e tinha uma das primeiras fotos minhas com o Ediota repousando no papel. Nós estávamos tão felizes. Sorri olhando para a imagem. Quem sabe eu estivesse sendo uma verdadeira idiota ficando braba com ele por ter extravasado comigo?! Eu estava sendo uma completa ignorante. Até porque, quantos choros meus ele havia secado? Incontáveis.

    Arrecadei tudo o que era meu e que estava espalhado por ali. Peguei as fotos antigas dela com Edward e enfiei tudo dentro do meu diário.  Enquanto descia as escadas, ouvi Carlisle na sala conversando com os meninos.

    “Então pai?”

    “Ela vai ficar hospitalizada a base de sedativos até a droga sair do organismo. Vou ligar para os pais dela no hospital.”

    “Onde ela está?” Eu disse chegando à sala.

    “Oi Bella. Ela já está na ambulância.” Carlisle me disse. “Crianças, saiam daqui sim? Não quero vocês no meio dessa sujeira. Aliás, o que vocês estavam fazendo aqui?! Achei que a história dos dois com Jane já havia passado.”

    “E passou Carlisle.” Eu falei prontamente. “Na verdade é por minha causa que estamos aqui.” Balancei meu diário. “Viemos buscar meu diário que ela tinha roubado há um tempo. E quando chegamos, ela estava totalmente fora de si. Jacob a tentou parar, mas ela ameaçou fincar a seringa nele.” Meu padrinho balançou a cabeça.

    “É triste ver como essa garota se perdeu. Os pais dela são incríveis e deram tudo de melhor para ela. Eu sinto como se fosse um de vocês… agora vão.”

    No caminho de volta eu permaneci quieta, assim como Edward. Eu não sabia como falar com ele depois de tudo. Eu ainda estava com meus nervos estourando e não queria dizer nada que pudesse se transformar em uma briga. Mas eu não agüentava aquele silêncio entre nós. Não era justo conosco ela ter esse poder de nos fazer brigar. Isso nunca tinha acontecido, não seria agora. Fitei as minhas mãos que seguravam o diário junto de minhas pernas. Talvez uma palavra não fosse um bom começo para uma conversa, mas um pequeno gesto sim.     Abri o caderno, retirei minha foto com ele, e abaixei o corta sol do lado dele. Ele não olhou para mim.

    “Não tem sol Bella. Acho que isso não é necessário.”

    “É preciso sim.” Inclinei-me e coloquei a foto presa no elástico. “É preciso que você olhe para isso também.” Ele olhou para mim sério. “Não para mim. Para o corta sol.” Seus olhos seguiram para onde tinha indicado. Um singelo sorriso surgiu. Ele guiou o carro para o acostamento.

    “Ok. Vamos conversar.” Disse ele.

    “Certo. Posso começar?” Ele concordou. “Um: eu tenho meu diário de volta. Dois: eu não gostei que você gritou comigo. Três: eu achei essa nossa foto. Fazia um mês que estávamos jutos. Você lembra? E eu olho para ela no meio dessa tempestade que foi essa última hora e vejo que eu sou estúpida ficando irritada que você tenha gritado comigo uma única vez. Vê Edward, isso…” Apontei para foto. “Essa foto. Isso é o que somos. Desde sempre. Então por quê? Por que deixamos Jane nos influenciar?” Seus olhos verdes brilhavam divinos.

    “Um: Eu fico feliz que você tem seu diário de volta. Para mim, isso era algo muito importante mesmo. Dois: eu não fico feliz quando desconto a minha raiva em você. Três: eu sempre me perguntei o que fazia nós sermos assim. Eu não sei até hoje como nós dois nos tornamos isso, mas eu agradeço a Deus por ter você. Quando você chegou, você fez a maior revolução na minha vida. E eu olho para essa foto e fico feliz que você tenha me deixado entrar. Porque isso… isso é o que somos. Sabe o que somos? Somos um do outro e isso é o que basta.” Eu suspirei, ele respirou fundo.

    “Desculpa?” Falamos junto. Sorrimos em harmonia. Seus olhos eram tão sinceros quanto podiam ser.

    “Vem cá.” O peguei suave pela camiseta e o trouxe para um beijo delicioso.
   
    “Mmm. Você sabe como me acalmar!” Eu ri baixinho. Ele pausou um segundo. “Sabe o que eu estive pensando?”

    “Isso depende… deve passar um milhão de coisas pela sua cabeça.”

    “Você não faz idéia mesmo. É algo que deixamos de lado há um tempo.”

    “Deixamos de lado? O que nós deixamos de lado?”

    “Bom… você ainda quer aprender a dirigir?” Ele falou com a voz arteira. Eu saltei no banco do carro, empolgada.

    “Você está brincando comigo?!”

    “Não! Não estou brincando, Bella. Eu penso que naquele tempo que tentamos, nós estávamos meio conturbados e de humores alterados. Podemos tentar de novo… caso você queira, claro.”
   
    “É claro que eu quero Edward! Quero muito! Quando começamos?!” Ele riu com a minha animação.

    “Amanhã. Hoje foi muito cansativo.” Ele disse acelerando de volta para a estrada.

    “Amanhã está perfeito!”

    (***)

    De fato o que nos faltava meses atrás era um pouco de paciência e alinhamento. No domingo eu consegui efetivamente dirigir o Volvo. Ele me sugeriu que eu tentasse com o Maserati, mas isso nem sequer fez cócegas em minha mente. Não me tentou em nada. Eu tinha entendido, e bem, como aquele carro era o xodó dele. Não queria fazer nenhuma “arte” que ele pudesse vir a se arrepender de me dar lições. Além do mais, o volvo era muito mais usado por nós, seria bom que eu aprendesse direito com ele. Nós fomos a uma estrada secundária no caminho a La Push, que era totalmente tranqüilo, e não tinha problemas de caminhões ou qualquer coisa assim que eu pudesse me assustar. Paciência e um pouco menos de afobamento foi o que bastou para nossa primeira aula ser um completo sucesso.

    Naquela noite falei com meu pai. Ele me trouxe boas notícias quanto à nova expedição para os campos em que Josh foi. O governo tinha vetado algumas bases, e a de New Orleans estava entre elas. Ele respirava aliviado agora. Contou-me que Renée agora dormia sem usar remédios e que estava se adaptando bem ao local. Ele ia todos os finais de semana visitá-la. Talvez ainda houvesse uma possibilidade para meus pais serem felizes. Eu esperava que sim. Minha mãe agora fazia terapia e isso, pelo que meu pai me contou, era o que mais estava fazendo diferença.

    Eu sempre soube que o que nós precisávamos depois que meu irmão partiu era nos escutarmos e partilharmos o que tínhamos em mente e nossos sentimentos. Todos sofríamos, e conversar não custaria nada. Porém, nós só sabíamos nos fechar e culpar um ao outro. Mas é difícil o caminho para a aceitação da dor e da perda. Eu sei bem. Em alguns meses faria três anos que ele tinha saído de casa para nunca mais voltar, e apenas hoje eu podia dizer que me sentia bem o suficiente sem a presença de Josh. Claro que a vida seria muito melhor com ele por perto. Mas quem podia me garantir que ele não estaria sempre por perto? Eu acreditava e sentia que ele sempre estaria me mostrando os melhores caminhos, uma vez que tinha achado a estrada certa a seguir.
   
    Antes de dormir também iria ligar para Amber, para saber como as coisas estavam entre ela e Jake. Ele tinha nos prometido conversar com calma com ela, e eu exigi um pequeno favor devido aos medos que ela havia me dito durante a semana. Eu sabia que isso poderia demorar algum tempo, mas não custava nada conversar para por as cartas na mesa e deixar as coisas claras para ambos.

    Narração: Amber Moore.

    Eu ainda estava meio estupefata com a situação com Jane. Pouco tempo depois que saímos da casa dela, meu telefone residencial tocou. Era Jake, que me avisou que estava voltando para casa em La Push, que tudo havia ido bem, na medida do possível, e que Carlisle a tinha levado para o hospital e que a manteria sedada.

    Para mim isso foi um completo alívio. Sinceramente? Por mim ela que se explodisse. Eu só queria um pouco de paz. Jacob prometeu que voltaria a minha casa somente no domingo, com pelo menos três filmes e bolo de chocolate. Ele era viciado em bolo de chocolate. Eu não me importava com esse vício. Tínhamos bons momentos comendo alguns pedaços de bolo.

    Já que era final da tarde de domingo, e minha casa estava devidamente bonita como eu gostava de deixar, e minhas tarefas feitas, tomei um banho tranqüila. Lavei meus cabelos e me deixei relaxar sob a água, sentindo que com ela escorrendo em minha pele, ela levava junto toda a tensão que eu ainda carregava do dia anterior. Os pensamentos sobre Jane, sendo substituídos por pensamentos com Jacob Black.

    Nossa relação estava em um patamar que eu acredito que nem a pessoa mais experiente poderia dizer. Nós simplesmente não tocávamos no assunto “o que nós realmente somos”. Era estranho. Para mim pelo menos, que nunca tive outro relacionamento para poder comparar e dizer com certeza se nós constituíamos um casal de namorados, um par de ficantes ou apenas dois amigos retardados que gostavam de se beijar entre um capítulo e outro dos livros de Inglês e Trigonometria.

    Depois que ele chegou, nós apenas nos sentamos na sala e assistimos a um filme. Ele não tinha um bom gosto para filmes normalmente, mas naquele dia ele havia trazido uma comédia romântica, bastante envolvente. Sim, nós já havíamos assistido alguns juntos, afinal, ali era Forks. A CAPITAL INTERNACIONAL DA DIVERSÃO… em família!

 Revirei meus olhos pensando nisso. Eu não tinha nem opções para convidá-lo para fazer qualquer outra coisa. Talvez Bella e Edward me dessem alguma ajuda. Poderíamos ir a alguma boate em Seattle qualquer noite. Na verdade Forks estava um tédio. Eu sentia saudade de minha mãe e ela vivia em Manhattan. Aquilo nunca dormia. Acho que até meus anos nos hospitais eram mais divertidos.

“O que você tem Amm? Está tão quieta garota! Não vai me dizer que Teressa devorou sua língua?!” Ele disse apertando-me em seus braços e pausando o filme.

“Só estou pensando em um milhão de coisas fúteis… nada de mais. Apenas coisas voando por aí.” Suspirei. Jake esperou um segundo.

“Ok. Eu não gostei desse seu suspiro. Me parece triste. Fale para mim.” Endireite-me no sofá e o fitei.

“Não é nada. Acredite. Vamos voltar ao filme.” Eu não gostava de me abrir com Jacob. Era estranho. Habitualmente era eu quem questionava, era eu quem dava o suporte e tentava ajudar. E principalmente, se eu abrisse meus medos a ele, eu não sabia o que poderia vir. Enfim, eu tinha medo. Meu rebelde me olhou um instante e deu play. O filme voltou a passar, e eu não olhava para tela. Por alguma razão meus olhos se pregaram ao relógio no aparelho de DVD. Dois minutos. Apenas dois minutos foi o que houve de tempo até ele pausar novamente o filme.
   
“Bom, se você não tem nada o que falar, eu tenho!” Ele disse se levantando. Acendeu a luz e a claridade me cegou um segundo. Pisquei me adaptando.

“Pois diga. Você sabe que não gosto que me enrolem.” Eu já me preparei para o pior. O nervosismo dele era bem real em sua voz.

“Amber! Você tem amigos incríveis e que realmente querem seu bem. Sabem do valor que você tem!” Eu olhei confusa.

“Onde você quer chegar com isso Jacob? Quer me dizer que é para eu ficar com meus amigos e te deixar em paz? É isso?”

“NÃO! SUA CABEÇA DE VENTO!” Jake bateu com um dedo na minha testa. “É ÓBVIO QUE NÃO É ISSO!” Cabeça de vento? Se eu era oca, ele era um bloco de concreto.

“Então o que é, seu cabeça de cimento?!”
   
    “É que Bella… bom, Bella consegue ser uma pessoa bastante envolvida com você e com seus sentimentos. E, bem, eu não sei se você percebe, mas ela me ameaça. E é serio!”

    “E você gostaria que não fosse? Você quer que eu faça o que? Bella foi minha primeira amiga aqui! Não queira me afastar dela!”

    “Amber, por que diabos você nunca deixa eu falar antes de tirar conclusões? Uma vez era eu o mal educado e impaciente aqui! E veja só você! Toda na defensiva!”

    “Talvez eu tenha motivos para estar na defensiva, não é Black?!”

    “Black?” Ele perguntou descrente. Ele não gostava quando as pessoas o chamavam assim.

    “Sim. Black.” Ele estreitou os olhos.

    “Olha só Amm. Você não queria que eu enrolasse você, então vamos lá…”

    Então foi nessa hora que meu coração pulou no peito, já sentindo dor e angústia. Provavelmente ele iria querer me dar o fora. Talvez ele ainda gostasse da loira cheira-cheira.

    “Bella me disse sobre algumas coisas que eu não tinha me atentado. E que na minha cabeça era claro aos olhos de todos. Mas como sempre tem uma mulher para me provar que eu estou errado, devo te perguntar: o que você acha que somos? Sabe… como homem e mulher!”

    “SOMOS DOIS IDIOTAS!” Eu gritei. “Como você quer que eu saiba a resposta só por mim, se somos dois? E pelo visto um pensa diferente do outro. O que nos faz dois completos fracassados, em um relacionamento que obviamente não tem uma denominação. É isso que somos.”

    “Você está me dizendo que para você somos um homem e mulher fracassados por não terem um status para poder dizer o que somos?” Cocei a cabeça. Aquilo estava ficando confuso. Ele me olhou descrente e balançou as mãos no ar. “Eu não te entendo!”

    “Nem eu. Acredite! Jacob, do que você está me falando?! Desembucha antes que eu tenha que usar de cabos elétricos e te fazer choques!”

    “Eu estou falando que eu não quero ser a porra de um fracassado. Eu não quero isso para nós dois. Isso é desde o começo! Eu achei que isso estava claro para você, Amber!”

    “MEU DEUS JACOB! QUE MERDA VOCÊ ACHA QUE ESTAVA CLARA PARA MIM? VOCÊ SÓ ESTÁ ME ENROLANDO!”

    “EU E VOCÊ, AMBER MOORE! EU E VOCÊ! NOSSO RELACIONAMENTO! EU SOU SEU NAMORADO E VOCÊ É MINHA NAMORADA! É ASSIM QUE EU VEJO DROGA! MAS VOCÊ ME VÊ COMO UM FRACASSADO. VOCÊ NOS ACHA FRACASSADOS!”

    “IDIOTA! EU ME SINTO UMA PERDEDORA! AFINAL, QUANDO FALAMOS SOBRE O QUE ÉRAMOS OU NÃO?! NUNCA! EU DESEJARIA PODER OUVIR QUE SOMOS NAMORADOS LONGE DE GRITOS E SABER QUE ISSO É VERDADE!”

    “VOCÊ QUEM ESTÁ GRITANDO, MOORE!”

    “VOCÊ NÃO SABE O QUE QUER, BLACK! E FOI VOCÊ QUEM COMEÇOU A GRITAR!”

    “VOCÊ É LOUCA! VOCÊ É UMA LOUCA SURDA! POR DEUS! EU TE DIGO O QUE SINTO E VOCÊ GRITA DESCONTROLADA!”

    “NÃO! LOUCA É A JANE! ALIÁS, VÁ E FIQUE COM ELA! EU NÃO PRECISO QUE VOCÊ FIQUE AQUI, ME ATURANDO E FINGINDO GOSTAR DE MIM!”

    Me joguei para o lado oposto do sofá, longe dele, olhando para o teto. O silêncio dominou tudo. Jake bufava como um touro irritado. Senti-o se levantando e com passos firmes, o ouvi fechando a porta de minha casa quando saiu. Eu não acreditei que ele tinha saído mesmo. Provavelmente tinha se cansado de mim, ou realmente gostava de Jane. Me levantei e fui correndo até a porta, e não sabia o que fazer. Eu não queria ter tantas incertezas. Tinha que respirar um instante para clarear minha mente.

    Inspire.
    Expire.
    Inspire.

    MERDA! Ele tinha dito que era meu namorado?! E eu tinha gritado com ele?!

    Não consegui libertar minha respiração. Meu ar ficou preso na garganta, me criando um nó de dor e espanto. Eu tinha que sair dali e ir atrás dele, que já devia ter acelerado com o carro para longe. Em um jorro de adrenalina, peguei a chave de meu carro no gancho que tinha próximo a porta. Eu não podia perder tempo. Tremendo, abri a porta com coragem e ansiedade.

    Estagnei no lugar. Jacob estava apoiado em um braço na madeira da abertura da porta, de cabeça baixa e de frente para mim. Sua expressão era de angústia. E eu tive certeza que era uma completa idiota, que tinha feito uma enorme idiotice com ele. Um suspiro curto saiu dele.

    “Você pensa mesmo que eu estou perto por que finjo que gosto de você?” Sua voz soava magoada. Eu não soube o que responder. Todo e qualquer pensamento que tinha pareciam ficar amarrados ao nó em minha garganta. “Amber você é absurda! De onde você tira essas conclusões infantis e descabidas?” Eu levantei meus olhos para ele.

    “Eu… eu… você… simplesmente não… Ah!” Deixei o ar escapar. “Eu realmente não sei.” Falei não fazendo o menor sentido.

    “Agora sem gritos me diga: você realmente pensa que somos dois fracassados nisso que temos?”

    “Não.” Ele esperou pela explicação que demorou alguns segundos para vir. “Eu penso que eu gosto muito mais de você do que você de mim e isso me deixa…” Abaixei meus olhos para nossos pés mais uma vez. “Com um medo absurdo.” Falei rendida. “Me sinto tão incapaz às vezes.”  Ele tocou a minha bochecha descendo seus dedos até meu queixo, o elevando e fazendo nossos rostos ficarem próximos.

    “Medo e incapaz de que?” Ele disse com olhos suaves e voz calma. Meu coração pareceu cair dando-se por vencido de tentar esconder o que eu realmente sentia por ele.

    “De te perder, acima de tudo… perder você! Perder em todos os seus aspectos. Sua presença física. Seu espírito… perder esse Jacob mais leve que foi desenterrado de algum lugar de sua mente!” Ele fez uma cara de compreensão.

    “Certo. E quanto ao fato de você achar que gosta mais de mim do que eu de você? Isso não tem lógica! Você não sabe que esse tipo de coisa não se compara Amm?” Balancei a cabeça em um não. “Amber, o que eu sinto por você não é amizade. Isso eu posso te garantir, mas ninguém pode garantir o quanto isso corresponde ao seu sentimento. Se é maior ou menor, quem pode dizer?!”

    “Ninguém.” Disse em um fio de voz. Ele ainda mantinha meu rosto elevado em sua mão.

    “Como eu disse.” Ele sorriu torto. Eu pisquei.

“De onde… de onde você tirou todo esse conhecimento?” Eu disse hesitante. “Não se ofenda, mas você faz eu me sentir uma verdadeira otária. Não sou eu que te ensino as coisas por aqui?”

    “Meu bem.” Ele disse com ternura, agora me segurando em suas duas mãos. “Eu já tive mãe um dia.” Eu ri baixinho.

    “Ela fez um bom trabalho com você.” Toquei seu nariz com a ponta do dedo.

    “Fez mesmo… na verdade ela fez um excelente trabalho! Isso só estava guardado para quem merece!” Jake me enviou uma piscadela, safado. Lhe dei um tapa no ombro sem força alguma.

    “Para quantas você já deve ter falado isso?!”

    “Apenas para uma.” Ele admitiu com um sorriso maroto nos lábios. “Uma namorada.” Lhe fitei com olhos cerrados.

    “Posso até imaginar quem seja! Belo tipo você!” Só passava o maldito nome da loira cheira-cheira.

    “Claro que pode imaginar!” Ele deu um passo para dentro de minha casa e me virou para o espelho que tinha no hall da entrada. “Você está olhando para ela agora. Ela tem cabelos loiros avermelhados, e olhos azuis da cor do céu mais claro. E eles brilham como espelhos embaixo d’água. E ela é simplesmente perfeita. E sem falar, delicada… bom, isso apenas quando quer.” Eu sorri. Jake estava atrás de mim e me deu um beijo suave no pescoço e inspirou fundo em minha pele. “E Deus! Ela tem cheiro de primavera!”

    “Quer dizer então, que essa garota meio ruiva, meio loira, que está com os cabelos embolados em um coque desajeitado, e vestindo um abrigo largo de moletom com o Mickey estampado, é a sua namorada perfeita?”

    “Bom, se ela aceitar essa nova condição… sim. Se não, eu vou ter que avisá-la que não posso me contentar em ser seu… bom, seu amante de final de semana.” Eu tive que rir alto. Nós nos olhávamos pelo espelho.

    “Você vê nos olhos dela? Vê que ela não quer mais nada que seja escondido? Que ela quer pegar na sua mão na frente de todos?” Eu enlacei meus dedos nos dele com a mão direita. “E vê também que ela quer um abraço e um beijo na nuca enquanto ri de alguma das suas piadas mais idiotas e sem graça no corredor da escola?” Ele me deu um beijo na nuca.

    “Minhas piadas não são sem graça!”

    “São sim! Mas ainda assim a garota do espelho ri e se diverte com elas.”

    “Eu vejo tudo isso na minha garota perfeita. Inclusive que ela fica muito mais sensual quando usa aqueles óculos do tempo de sua avó!”

    “Ei eles não são do tempo de minha vózinha!”

    “E sabe o que mais?” Sinalizei um não. “Eu vejo tanto ela e tanto de seus desejos e sonhos, que não poderia negar andar de mãos dadas, um beijo na nuca e piadas sem graça para ela. Nunca nessa vida.”

    “Então se é assim ela disse que está bem.”

    “Está bem o que?” Ele me faria falar.

    “A ruivinha ali… aceita a condição de namorada.”

    Narração: Edward Cullen.

    Estava preparando minhas coisas para a manhã de segunda-feira e pensando em tudo o que tinha acontecido na última semana. Jake sendo meu amigo novamente, o Abelhudo e a Miss Futilidade. Jane. As aulas de direção com Bella. Bom, isso era algo que eu tinha que trabalhar ainda, principalmente em sua confiança, e de todo o jeito eu e ela iríamos até uma auto-escola para Bella ter uma licença.

    Ela estava no quarto com Charlie no telefone, eu não gostava de presenciar suas conversas. Ainda me sentia mal por tudo o que havia ocorrido pouco tempo atrás. Eu evitava falar com ele de todo jeito, e quando fazia, ela sempre estava presente ao meu redor. Não por uma exigência dela ou minha. Eu simplesmente preferia.

    O pensamento sobre o que eu preferia fez minhas idéias voarem para uma semana antes. Para ser mais exato na madrugada do domingo anterior quando eu e Bella tivemos… uh, bom, vocês sabem, uma noite totalmente quente e com algumas marcas de dentes e chupões. Marcas essas, que eu tive todo o cuidado para que nenhuma ficasse a mostra. Era apavorante ver a cara de Esme sempre que Bella despreocupadamente erguia os cabelos e alguma mancha vermelha arroxeada aparecia em sua pele. Era nessas horas que eu ficava com vergonha.

    Eu tinha feito uma promessa a Bella naquela noite, mas eu realmente não sabia como lidar com aquilo. Era tão novo para ela quanto era para mim. Não que eu nunca tivesse pensado em coisas daquele tipo. Claro que sim… com as minhas antigas namoradas! Só que eu penso que duas pessoas têm que querer o mesmo para dar certo, e como nenhuma delas nunca comentou nada, eu me sentia receoso. Com Bella eu nunca havia sequer pensado em qualquer fantasia ou jogo para deixar tudo mais divertido. Sempre era tão fodidamente perfeito. Ela era tão deliciosa por si só, que para mim já bastava. Mas se ela queria, quem seria eu para negar? E além do mais tudo poderia realmente ficar melhor do que já era.

Tive um pequeno lampejo de Bella com as mãos amarradas na cabeceira de nossa cama na cabana e com os olhos vendados. Uhm… eu poderia fazer qualquer coisa com aquele corpo que só era meu. Meu pau reagiu dentro de minha calça. Sim. Aquilo só melhoraria a nossa situação.

    Porém, eu precisava de instruções. Não queria machucar ela de forma alguma. Se ela quisesse mesmo os chicotes, eu teria medo de bater. Ela queria que eu batesse, certo?! Ou… Ah meu Deus! Será que ela queria bater em mim?! Whow! Eu poderia ficar louco agora! Não sabia se isso seria legal. Definitivamente eu precisava de algum auxílio antes de qualquer coisa.

Durante a semana todos iríamos passar um dia em Seattle. Tínhamos um feriado municipal na quinta-feira e minha mãe tinha nos proposto renovar algumas coisas em casa. Queria a opinião de todos. Antes que fossemos e eu não tivesse escapatória de dar uma fugidinha para um sexshop em Seattle com Bella, eu necessitava conversar com outro homem sobre isso. E não havia pessoa melhor para isso do que Emmet.

Isso seria o inferno.

    (***)

    “Posso falar contigo Abelhudo?” Perguntei invadindo o quarto no final da tarde de segunda. Por sorte Rose estava envolvida com as meninas, que fofocavam alegres sobre o namoro, agora oficial, de Amber e Jake.

    “Fala aí Ediotão! Já está aqui dentro, né?!”

    “Emmet… eu preciso de ajuda com um pequeno problema.”

    “E o que é Mané?” Respirei fundo.

    “É Bella.”

    “Ela está te metendo uma guampa maneira?”

    “Não! É CLARO QUE NÃO!” O anta só podia estar perdendo a sanidade.

    “Então não há problema! Fica de boa!” Ele pôs a mão em meu ombro. “Se não tem guampa, não tem drama.”

    “Cara! Esquece! Tu é muito asno pra entender!” Tirei a mão dele do meu ombro.

    “Ai ai ai , ui ui ui! Qual é Ediotão?! Vai ficar brabinha e não vai me contar o que é então?”

    “Se você fosse um pouco menos retardado eu contaria!”

    “Ok.” Ele passou a mão no rosto e quando a deixou cair, ele assumiu uma feição séria, tentando dar uma de inteligente. “Certo caro irmão, conte-me seus problemas! Eu te ouvirei e de forma alguma te respeitarei.” Eu revirei os olhos e me sentei na cama.

    “Cara, a Bella quer fazer algumas coisas estranhas.”

    “Cara é a MONSTRENGA! Dãããã! Ela é estranha!”

    “EU VOU TE MATAR SE TU NÃO PARAR DE IRONIZAR, SEU BURRO!” Ameacei com um dedo na sua cara. Emmet abanou a mão não dando importância. Eu esperei pra continuar. “Ela quer usar… sei lá, algemas e coisas assim. Ela falou em chicotes!” Ele me olhou com a melhor cara de paisagem por um instante e então gargalhou alto, batendo os pés no chão. Fiquei parado tentando acalmar a raiva que me dominava.

    “Cara! Onde tem… problema… nisso?!” Ele dizia entre os risos. Emm parecia um porco fanho rindo.

    “Eu não sei! Pára de rir infeliz!” Dei um tapa na cabeça dele.

    “Ai seu pamonhão!” Ele alisou onde eu tinha batido. “Olha só! Eu acho, acho mesmo, que você virou uma bichona! Isso sim!” Disse ele caindo na risada.

    “EMMET VAI A MERDA!” Seria mais fácil de conversar com meu pai! Levantei e caminhei para a porta.

    “Ei ei ei! Não irmão! Calminha aí! Volta aqui! Eu prometo não rir mais!” Lhe olhei desconfiado, eu não podia confiar, mas aquele era Emmet, por bem ou mal, meu irmão mais velho.

    “Se tu me chamar de bicha mais uma vez, eu esqueço que tenho namorada e faço a TUA namorada se esquecer de você!”

    “Ah Edward! Não me faça rir, Zé ruela! Tu não tem cacife para agüentar a Rosinha gostosinha! Agora me diz…” Ele abraçou meus ombros. “A Bebelildis quer usar chicotinhos, é?!”

    “É, ela quer!”
   
    “Whow! Quem diria ein?! A filha do General gosta de umas palmadas!” Eu só olhei para ele irritado.

     “Eu não sei se posso fazer isso!” Disse me referindo a conversa. Ele iria acabar morto.

    “Pode sim! Todo macho que gosta de jogar um bom ping-pong pode fazer isso! Sabe ping-pong, não é? Bolinha vai, bolinha vem! Ahn?! Ahn?!” Ele mexia as sobrancelhas e eu não acreditava que estava ouvindo aquilo.

    “Emmet… eu não quero bater na Bella!”

    “Mas quem falou em bater?! Eu tava falando de apanhar!”

    “Que merda! Apanhar?!” Eu saltei longe dele.

    “Claro! Eu gosto de levar uns tapas! E Rose sabe usar todas aquelas coisas diferentes em mim. Gelzinhos de morango, dadinhos e tanguinhas e…” Eu não podia maus agüentar aquilo.

    “CHEGA! Eu já entendi Emmet! Já entendi! Agora eu vou para o meu quarto… e você não se atreva a tocar nesse assunto na frente de Bella!” Ele me olhou com cara de paspalho e mexeu a cabeça em um sim. Me dirigi a porta.

    “Ei cara!” Eu o fitei quando saía do quarto. “Tapa de amor não dói nadinha!”

    (***)

    Todos já tínhamos tido um bom tempo juntos em Seattle. Escolhemos algumas coisas com Esme para nossos quartos pela manhã e acabávamos de almoçar em um restaurante italiano. Alice insistia em ir comprar roupas em uma nova loja badalada na cidade. Emmet queria ir comprar tacos de hockey novos e Jasper… Jasper estava entediado. Bella me lançava olhares furtivos e Rose estava de cochicho com Alice.

    Eu estava ficando nervoso se eu e a Monstrenga conseguiríamos fazer o que havíamos programado, quando ela me chamou em um canto na saída do restaurante.

    “Ediota! Eu não quero ir com elas!”

    “E eu não quero ir com eles!” Ela riu baixinho.

    “Sabe o que eu penso?” Balancei a cabeça para os lados. “Que não devemos explicações a ninguém! Vamos fugir! Vamos dar uma olhada em tudo que queremos ver e depois nos divertir!”

    Narração: Emmet Cullen.

    Eu não iria perder por nada aquilo! O Ediotão e a Bebelildis estavam saindo de fininho, e se meus instintos de macho estiverem certos, eles estavam planejando coisas sujas. Enquanto eles cochichavam empolgadinhos em um canto, mamãe decidiu que cada um deveria fazer o que tinha planejado. Como só eu queria ir à loja de esportes, meu caminho ficaria livre para registrar aquele momento dos esquisitões.

    Coloquei um boné e um óculos escuro e fiquei de moita analisando os pombinhos andarem de mãos dadas pelas ruas de Seattle. Meu irmão era uma biba! Era todo melosinho com a Generala Swan. Ela ia dar uma surra nele qualquer hora dessas! Ele tinha que ser um touro… como eu!

    Não, não, não! Touro não! Touro tem chifres e não estou afim de ter enfeites na minha cabeça! Não mesmo! Sem chance! Nunca mais deixaria Rose me chamar de touro brabo! Como nunca tinha me ligado disso?! Será que Rose…? Não! Eu era muito gostoso pra ela tentar fazer isso! Balancei minha cabeça tentando afastar aqueles pensamentos. Deu certo. Senti a brisa no meu cérebro.

    Caminhei no encalço daqueles dois pervertidos. Eles riam como dois idiotas de qualquer coisa e eu reconheci o caminho que eles estavam fazendo. Era de um trajeto decorado por mim e Rose. Interessante. Mas tudo bem, eles podiam estar indo fazer qualquer outra coisa, afinal Edward era mulherzinha demais para ter coragem de entrar em um lugar daqueles. No entanto, Bella, o macho da relação, estava junto e ela tinha uma mente devassa! Querendo bater no meu irmãozinho! Talvez assim ele virasse macho.

     Eles pararam em frente à galeria com lojas alternativas e conversaram umas poucas palavras. Muito conhecida minha aquela galeria. Então eles estavam mesmo planejando fazer um amorzinho com brinquedinhos. Esperei entrarem e fui atrás deles na malandragem, todo me disfarçando. Era hoje que eu ia ter história para contar por dois anos!

    Narração: Bella Swan.   

    “Você está muito nervoso, Ediota. Estou sentindo suas mãos suarem!” Eu disse em frente à galeria antes de entrarmos.

    “Ahn… é que… bom, sabe como é não sabe? Eu fico…”

    “Ah você está constrangido, amor?!” Eu sorri para ele que assentiu. “Oh! Lindo! Não fique assim. Se você não quer fazer isso tudo bem. Não tem problema! Tudo está bem como está!”

    “Não! Eu realmente quero fazer isso! Me parece… tentador. Mas eu acho que vai ser estranho.”

    “Então eu tenho uma idéia. O que você acha de nos dividirmos. Eu acho as coisas que penso que vão me agradar, e você as que você imagina. Então, nos encontramos no final. Eu também vou ficar mais livre. Pode ser?!”

    “Pode sim!”

    “Ótimo! Então pare de tremer! Isso vai ser… delicioso no final das contas.” Ele piscou os olhos verdes todo safado para mim. Aquilo não tinha jeito.

    Caminhamos pelo corredor da galeria antiga, onde se via loja de discos, alguns brechós, uma de caça e pesca, algumas de suplementos para informática e no final do corredor, descendo uma escada de quatro degraus, o letreiro rosa piscando chamava atenção. Bem, era ali nosso lugar.

    O lugar estava com pouco movimento e assim que entramos Edward me comunicou que o lugar tinha três andares. Aquele que estávamos, um abaixo e um acima. Ele se despediu com um beijo singelo e foi para o andar superior. Eu não sabia se ficava ali ou se descia. O ambiente era rústico e antigo. O chão ainda era de madeira, porém tinha uma excelente iluminação. Bom, naquele piso em que eu estava.

    Já no andar de baixo, as paredes eram super brancas, porém a luz negra deixava tudo roxo fluorescente. Isso era legal. Passei meus olhos minuciosamente pelos produtos. Alguns exigiam muito de minha atenção. Uma infinidade de coisas que seriam de bom uso.
   
    “Precisa de ajuda moça?!” A atendente falou atrás de mim me fazendo saltar de susto.

    “É… uhm… bom, eu não sei.” Disse com a voz baixa. Existiam dois homens escolhendo alguns produtos e riam abobalhadamente. Pela postura dos dois e pelas roupas extravagantes, formavam um casal nada convencional.

    “É nova nisso tudo, não é?” Ela disse descontraída. “Vem, deixa te mostrar algumas coisas interessantes para se divertir!” Ela pegou pela minha mão e me arrastou pelo ambiente. Fiquei tímida. “Olha esse! É um vibrador giratório! É incrível! Segure!” Ela colocou o negócio na minha mão, e eu segurei.

    “Eu estive pensando em algo mais… rústico.” Disse a ela, roxa de vergonha.

    “O que mais precisamente garota? Esse vibrador é ÓTIMO para se divertir sozinha.” Sozinha?! De alguma forma aquilo me irritou e eu libertei a pequena fração de mim bastante confiante de si.

    “Meu bem! E quem disse que eu me divirto sozinha?! Rá! Eu tenho um bom homem que faz muito melhor o papel do que esse vibrador giratório! Agora, por favor, onde estão os chicotes de camurça?!” Eu disse apontando o objeto em minha mão para ela. Acho que eu tinha falado alto demais, o casal de homens riu para mim.

    “Ui me apresenta seu bofe escândalo, amiga!” Um deles disse com a mão na cintura. O outro deu um tapinha no ombro do que havia se manifestado. Abaixei minha mão encabulada.
 
    “Certo! Os chicotes estão no andar de cima.” A atendente disse alto.

    “Se divirta criança!” Um dos dois que estavam ali falou enquanto eu subia as escadas.

    Eu ainda segurava o tal do vibrador e sozinha, em um dos corredores, resolvi dar uma boa olhada para ele. Nunca que aquilo ia ser bom o suficiente, era menor que Edward. Eu o examinei um instante e quando desci de perto de meus olhos, não sei como aconteceu, ele começou a vibrar e se contorcer em minha mão. E meu Deus! Eu não sabia o que fazer! Eu olhei apavorada para o negócio se tremelicando todo perto de mim. Virei para os lados e parecia que eu ia ser pega fazendo algo muito errado a qualquer instante. Eu tentei pará-lo nos botões que tinha, mas nada resolvia. O bicho estava descontrolado!

    Me abaixei morrendo de vergonha, segurando o tal vibrador em uma mão no meu colo e cobrindo meu rosto com a outra. Eu só queria me esconder. Mas não consegui.

    “Garota… se você quiser tem quartos aqui para você fazer isso!” Disse uma garota toda cheia de tatuagens e piercings.

    “Ah não! Não! Pelo amor de… merda! Isso não para!” Eu balancei produto em minhas mãos. Ela riu.

    “Definitivamente, use o quarto!” Ela saiu. Juntei o resto de dignidade que tinha e fui atrás da maluca que tinha posto aquele treco desgovernado em minha mão! Eu nem queria vibradores! Caminhei afobada pelo corredor estreito e quando virei uma das prateleiras, me esbarrei com um garoto e caí por cima dele! Santo Cristo! Edward ia me matar se visse aquilo! Na queda tentei me proteger com os braços e o vibrador maluco ficou entre eu e cara. Batendo no meu peito e no dele.

    “Whow! Você vai comprar isso gata, ou quer já usar?”

    “NÃO!” Eu me levantei com pressa. “NÃO! ISSO NÃO PARA!”

    “Ah linda… eu posso fazer parar.” Eu bufei e saí correndo dali. Aquilo não iria funcionar sem Edward.

    Narração: Edward Cullen.

    Será que tudo era comestível ali? Eu podia imaginar Bella naquelas calcinhas minúsculas. Seria fácil de arrancar com os dentes, bem como eu gostava! Agora com essa história de calcinhas sem renda e mais fortes porque ela tinha que estar renovando seu estoque de calcinhas constantemente, pensei que seria uma boa idéia eu lhe dar algumas lingeries novas. E pequenas. E com muitas rendinhas fáceis de rasgar. Um arrepio percorreu minha espinha.

    O cheiro das tais calcinhas era muito bom e se sentia de longe. Uma vermelha escura exalava canela. Será que essa coisa de comestível era mesmo verdade? Peguei uma olhando para os lados e como não via ninguém, mordi na lateral puxando e tentando mastigar.

    “Tem gente doente nesse mundo mesmo!” Um homem que carregava uma pilha com uns seis filmes pornôs disse indignado olhando para mim.

    “É… ahn… bem… tem mesmo senhor!” Falei ainda com a calcinha na boca.

    “É tu é um deles! Tá maluco mastigando calcinha?!”

    “Só estou experimentando aqui! Dá licença?!”

    “Tu é doido meu amigo!” O cara resmungou saindo. Sim, eu me sentia um maluco, porque a merda da calcinha não tinha nada de comestível! Tudo que eu via ali de comestível era uns chocolates em formatos bem peculiares. Cheguei perto do “balcão de doces.” Fiquei com a calcinha na mão, compraria para Bella de qualquer forma.

    “Oi qual você deseja?” Disse a garota que atendia ali.

    “Sei lá! Todos são chocolates mesmo.”

    “Mas todos têm diferenças. Algumas vaginas, por exemplo, umas maiores, outras são lisas, outras não. Há aquelas que sejam mais cheinhas, se é que você me entende, essas são como trufas! São as mais deliciosas!” Eu estava com a boca aberta.

    “Você come… vaginas?” Perguntei na maior intimidade com a vendedora que sorriu safada.

    “Prefiro os pênis, garotão!” Eu engoli em seco. Aquilo estava sendo um desastre. “Qual você vai querer?”

    “Tanto faz.”

    “Tanto faz não existe aqui… aliás, se você estiver precisando de uma vagina, talvez uma de verdade seja melhor que as de chocolate!” Ah ok. Agora a vendedora pervertida do Sexshop estava dando em cima de mim. E merda! Ela piscou. Esfreguei a mão no rosto.

    “Quer saber? Eu tenho uma… uma dessas me esperando no andar de baixo! Não quero nada. Obrigada.” Saí rápido da frente daquela maníaca sexual antes que eu fosse atacado. Tudo aquilo não estava funcionando de nenhuma maneira. Não sem a Monstrenga.

    Decidi ir atrás dela. Caminhei pelos corredores de lingeries com passos nem tão calmos. Eu estava explodindo de vergonha por estar sozinho ali. Eu me sentia um pouco ninfomaníaco demais. Porém, quando eu ia saindo para as escadas, um par estranho de algemas e com um tipo de coleira chamou minha atenção. Torci meu pescoço enquanto eu continuava andando. Senti meu corpo colidindo com outro. Assustei-me.

    Narração: Bella Swan.

    “Ediota!”

    “Monstrenga!” Nós dissemos juntos quando vimos que nos batemos.

    “Ah amor!” Eu o abracei ainda com o maldito aparelho vibrando e girando em minhas mãos. Eu tentava desligar quando bati em Edward. “Que bom que eu te achei.”

    “Que diabo é isso nas minhas costas?!”

    “Uh!” Eu me afastei e mostrei. Edward arregalou os olhos. “Ele ligou sozinho! E não quer desligar! O que eu faço?!”

    “Primeiro se acalme e tente baixar essa cor vermelha do seu rosto! Você fica linda demais assim e não quero os pervertidos solteirões desse lugar olhando para você!”

    “Ótima hora para ciúme!”

    “Bobinha! Agora vem comigo. Vou te dizer o que fazer.”

    Ele me encaminhou até a sessão das lingeries comestíveis que não eram comestíveis, e me mostrou a baranga mal amada no balcão com os chocolates eróticos que tinha tentado dar em cima dele. Eu sabia o que eu ia fazer com aquela coisa que não parava. Bati meus cabelos para os lados dona de mim e marchei segurando aquela coisa giratória enlouquecida em minhas mãos.

    “Olá, para a senhorita?” Ela disse em tom amigável.

    “Eu fiquei sabendo que a senhorita tem algumas partes íntimas a disposição aí… E que as andou oferecendo para alguns clientes!”

    “Sim. Eu tenho pênis e vaginas de todos os tamanhos e com diversos sabores.”

    “Um de seus clientes… acho que o último que a senhorita atendeu. Um rapaz alto, corpo delicioso, cabelos bagunçados, me disse que a senhorita lhe ofereceu uma em especial. Você se lembra dele?”

    “Oh! Sem dúvida! Muito gato.”

    “É você tem dessa aí para me oferecer também?”

    “Olha moça eu não gosto muito de garotas, mas você é bem interessante… se quiser!” Ela deu de ombros.

    “Não queridinha. Eu só queria saber mesmo se ainda estava disponível para te oferecer isso!” Joguei o vibrador maluco no balcão dela. “Sabe, talvez ele possa te ajudar com a sua carência. Porque o gato de antes já tem uma de verdade, não precisa da sua amiguinha e nem de seus chocolatinhos.” Edward gargalhou alto. Eu olhei para ele e novamente para ela, que estava estática. Sussurrei, me curvando no balcão. “Ele é lindo não é?! E garota, ele é maior que seu novo amiguinho giratório! Faça bom proveito!”
   
    (***)

    “Edward, precisa mesmo disso? Vestida não tem o menor cabimento!”

    “Amor, nós já estamos acabando. Falta só esse. Já escolhemos o que queríamos e temos que voltar logo.” Ele me explicou tranqüilo. Tínhamos perdido muito tempo quando encontramos com o casal purpurinado que estavam comigo no andar inferior. Eles atacaram Edward, e queriam me amarrar em um canto e levar meu homem para um quarto, o chamando de PANTERA COR DE ROSA 22! Aquilo não teve lógica.

    “Certo, ajuste em meu pescoço. Não quero nada me apertando. Só você!” Eu disse enquanto ele fechava os cadeados. Nós estávamos provando as algemas que ele tinha gostado e que imobilizavam meus braços para trás, me impedindo de fazer qualquer contato com o meu corpo. Isso significava acesso livre para ele. Gostei da idéia. Ele mexeu na coleira em meu pescoço mais uma vez.

    “Prontinho. Como você se sente Bella?” Tentei me mover com os braços. Só conseguia movimentar meus dedos livremente nas costas. Não conseguia mexer nada de meus membros superiores.

    “Incapacitada. Eu me sinto incapacitada.” Falei sincera.

    “E isso quer dizer que…?”

    “É bom nossos cartões agüentarem tudo o que vamos comprar!” Edward deu a volta ao meu redor e parou em minha frente. Corpo junto ao meu. Suas mãos em meu rosto. Seu hálito adocicado de canela bateu em minha face.

    “Deus que te ajude Bella! Porque eu já posso te imaginar nua, vestindo somente aqueles pregadores em seus seios, e essa algema em seus punhos e pescoço.” Pronto. A mágica estava feita. Meu corpo já estava queimando. “Você gostou disso também, não é?”

    “Inferno Edward! Pelo menos me beija para dar uma aliviada aqui!” E assim ele fez com desejo e devoção. Eu já estava contando os segundos para termos um tempo na cabana.

    “Ok. Agora vamos embora. Já deu o horário, infelizmente, para irmos ao encontro de todos.” Eu disse relutante assim que paramos de nos beijar. “Me tire dessas algemas.”

    “Sim. Então… onde estão as chaves?!” Ele me perguntou sério. Desespero. Meu coração já pulou para batimentos acelerados.

    “Não me diga que você… PERDEU ELAS, EDWARD?!”   

    “Brincadeirinha!” Ele disse com cara de paspalho e balançou as pequenas chaves de metal em frente a meu rosto. Assim que tivesse minhas mãos livres ele iria levar um bom soco.

    Narração: Emmet Cullen.

    Bem feito Cullen burro! Bem feito! Vai espiar a vida dos outros e acaba nas mãos de duas baitolas enlouquecidas! Aquilo não podia ter acontecido comigo! Que inferno! Eu tinha ido atrás da Swan para espiar o que o General ia comprar para a sua mulherzinha. Edward me decepcionava às vezes! Até parece que não sabia que mulher sozinha em Sexshop é isca pra gavião! Decidi cuidar dela para ele. Vai que alguém tentava enfeitar a cabeça desmiolada do pamonhão?! Eu defenderia a honra de macho do meu irmão.

    Quase me molhei segurando a risada quando a vendedora entregou um vibrador para ela. Coitadinha, ficou mais vermelha que todas as calcinhas de Rose junto! Ela fez uma ceninha com a vendedora e saiu com piadinhas das bibas que estavam ali. Eu fui seguindo seu caminho até que meu celular tocou.

    SEX BOMB, SEX BOMB, YOU’RE MY SEX BOMB AND BABY YOU CAN TURN ME ON!

    Me assustei com o toque estridente gritando pros quatro ventos, mas foi só por um instante. Aí eu comecei a curtir a música um pouquinho. Balancei minha cabeça seguindo ritmo da batida, e me esqueci de olhar quem era.

    “MEU DEUSINHO DAS MONAS INRRUSTIDAS! SALVE ESSE ADONES!” Pulei com o grito fino de um dos bibas que estavam ali e joguei meu celular para o alto, que caiu se espatifando em três pedaços no chão.

    “SAÍ CAPETA!” Eu disse me esquivando quando, um de camiseta rosa da Madonna, cheia de glitter, colocou a mão no meu ombro. Elas, ou melhor, eles, ou seria mesmo elas? Enfim, aqueles seres purpurinados sorriam sorrisos diabólicos para mim.

“Ui ui ui que a bicha é braba, John-John!” John-John? Mas que porra de nome é esse?

    “Sim ele é muito brabinho! Um gatinho selvagem” O loiro oxigenado de calça de couro branco disse emitindo um grunhido, tentando imitar um felino, enquanto fazia uma garra em minha direção. “Veja como ele é forte, grande e robusto, Pink Thyto! Nossa senhora das monas solteiraças, dá-me esse bofe!” Eu caminhava para trás conforme os dois vinham na minha direção. Eu estava encurralado! Não! Encurralado não é uma boa palavra! Eu estava… estava… deixa pra lá.

     “Eu vi primeiro John-John! Pode tirar seus olhos de cílios postiços dele! Me diga cara panterinha solitária… quer caçar duas gazelinhas pro seu jantar?” Disse o tal Pink Thyto com uma mão na cintura e a outra balançando uma peninha vermelha na minha direção.

Eu senti tocar a parede enquanto recuava, e então eu não tinha para onde fugir. Olhei ao redor desesperado. Aquelas bichas iriam me atacar?! Eu estava com medo! Queria a Rosinha do meu lado pra me proteger. Em um reflexo a um passo que o queima-rosca John-John deu vindo até mim, peguei a primeira coisa das prateleiras de produtos a minha esquerda.

“PARADO SE NÃO EU ATIRO EM VOCÊS SUAS… SEUS… SUAS… PESSOAS!”

    “AH AHAHAHUHUHU ATIRA! ATIRA BEM AQUI, PANTERINHA!” O fã cintilante da Madonna virou de bunda para mim. Aí que fui ver que tinha um tubo de gel lubrificante na mão. Era de cereja.

    “Mmm, esse é bom… eu já usei com a Rose!” Eu disse meio que para mim mesmo.

    “UIIIII! ELE JÁ USOU PINK!” O afeminado deu um grito toda assanhada pondo a mão no peito. “Passa em mim? Passa meu gatinho selvagem?!” Eu tinha que pensar rápido. Eu tinha que prezar meu lado macho a todo custo… Minha anaconda não precisava ficar ouvindo esses absurdos! Foi então que eu tive a luz!

    “Ei, sabem a garota que estava aqui antes?!” Eles balançaram a cabeça em um sim. “Então! Ela está tentando corrigir um cara aí! E dizem que não tem jeito… o cara tem 22 centímetros! Ele sim é uma panterinha! BEM COR DE ROSINHA!”

    “AH! VOCÊ TÁ BRINCANDO QUE AQUELA RAXADA TEM UM BRINQUEDINHO DE 22 CENTIMETROS SÓ PRA ELA?!” Pink Thyto disse chocada.

    “Quanta gulosidade!” A outra disse ofendida.

    “Não tô brincando, não.” Disse largando o lubrificante na mão de um deles e colocando as mãos no bolso. Então sussurrei. “E é 22 em repouso…”

    Nunca vi duas bichas correrem tão rápido. Elas saíram se estapeando e gritando.

    “Quem ver primeiro cai matando!”

    “Larga de ser essa bicha egoísta, John-John! Uma surubinha também cai bem!”

    Eu ri das libélulas enlouquecidas! E iria rir mais ainda de Edward se eles o encontrassem. Ainda bem que eu iria sair dali voando pra não ter que ver mais aquelas duas malucas perto de mim. Juntei os pedaços do meu celular pelo chão, e ia saindo, quando decidi que já que estava ali, não ia perder a viagem.

    Três tubos de lubrificante. Ice Menta, Cereja e Amora. Rose ia ficar louquinha! Montei meu celular e busquei a ligação perdida. Era da anjinha. Sim ela ia ficar louquinha… louquinha de vontade de me matar.

    Narração: Bella Swan.

    Naquela sexta-feira não houve recesso do feriado do dia anterior, tivemos que voltar para a escola só para termos a excelente notícia que Jane já estava de volta! Carlisle estava de plantão e não nos avisou que ela estaria presente. Levamos um susto quando a vimos. Jake e Amber ficaram congelados. Eles não sabiam o que fazer com as mãos que estavam entrelaçadas. Eu simplesmente disse: ignore-a. E assim eles fizeram.

    Jane estava quieta demais. Apenas falando com suas amigas, baixo, sem escândalos e com a cara cheia de maquiagem. Ouvi no corredor ela falando que havia ido para a Philadelphia com os pais e que tinha voltado apenas na quinta-feira. Ela não deixaria ninguém saber daquilo. Se fosse ela a descobrir aquilo, já estaria na boca do colégio inteiro, quem sabe até de toda Forks. Eu não sentia pena de Jane. Ela procurava por sua destruição e sofrimento. Ela tinha todo o suporte para se levantar e ser alguém melhor, porém eu nunca acreditaria em uma melhora, por menor que fosse. Aos meus olhos, isso era impossível.

    Sempre que eu não ouvia sua voz eu ficava inquieta. Era irritante não ter um sinal que fosse do que estava por vir. Ela simplesmente nos ignorou. Ignorou a mim e Edward, e a Jacob e Amber. Aquela altura ela já tinha consciência que suas fotos e bilhetes de Edward não estavam mais em sua casa, bem como meu diário. Isso deve ter a irritado.

Eu precisei sair da aula de História para ir ao banheiro. Jacob e Jane eram meus colegas nesse período. Ela não estava presente. Caminhei pelos corredores até meu destino. Eu estava estranhamente com calor. Talvez fosse porque o dia tinha amanhecido com ventos fortes, e durante a manhã o clima se tornou menos frio e mais abafado pelas nuvens pesadas de chuva, e eu estava com muitas peças de roupa. Na verdade eu estava suando e nervosa, com uma forte cólica, que me chegava a causar calafrios e tremores. Precisava jogar uma água em meu rosto para aliviar a tensão.

Entrei sozinha no banheiro e, de imediato, já liguei a torneira e primeiro molhei meus punhos, logo após atrás de minhas orelhas e em seguida enchi minhas mãos em concha e deixei a água banhar meu rosto, seguindo com as mãos úmidas para nuca, aliviando o calor sob os cabelos. Aos poucos eu parei de tremer e me senti um pouco mais aliviada, porém esse acalme no meu corpo veio carregado junto com uma antiga sensação. Quando tudo está muito quieto, desconfie… Jane estava muito quieta.

Como se ela seguisse algum tipo de chamado mental, assim que pensei em seu nome, a porta do banheiro abriu e lá estava ela com a expressão derrotada. Assim que me fitou as feições se transformaram em pura ira.

“Isabella.” Ela me cumprimentou indiferente.

“Jane.” Usei o mesmo tom. Não iria ficar muito tempo ali. Peguei três folhas para secar-me. Ela se sentou em um local seco na pia de mármore do banheiro feminino.

“Não está bem, querida?” Falou ela claramente, forçando-se a uma simpatia. “Está suada e tremendo?! Tão branca quanto uma vela…” Eu a ouvia enquanto me secava.

“Não é nada para se preocupar Jane! Minha saúde está em perfeito estado. E a sua?” Ela estreitou os olhos me desafiando. Eu cruzei meus braços a encarando.

“A minha está melhor ainda! Sempre bem! Mas eu fico pensando o que realmente anda acontecendo. Não é a primeira vez que você sai da aula para ter algum socorro!”

“Oh Jane! Não está acontecendo nada!” Eu dei uma breve pausa me aproximando dela. “Nada que seja do seu maldito interesse! Nada que possa te fazer feliz ou infeliz! Nada que interfira nessa sua vida medíocre e doente!”

“Quantas armas Isabella!” Ela ergueu as mãos debochada.

“Apenas as que você incumbiu a mim. E não tente adivinhar o que não existe. Você não sabe com quem está lidando Jane. Eu não tenho dó de você, não tenho pena por você ser tão ignorante, ou por ser uma louca viciada em cocaína e outras merdas desse tipo! Ou nem mesmo por três de seus EX-machos terem te trocado por mulheres que não são vadias como você é garota!”

    “Oh querida amiga! Assim você me ofende! Profundamente!” Sua cara de dissimulada era incrivelmente hilária.

    “Não vejo nenhum problema nisso desde que vejo que você não tem um coração.” Virei para ir embora, mas me travei falando por cima do ombro. “Até logo Jane, e espero que depois que salvamos você da morte, você aprenda a ser gente.” Ela riu aquela risada ridícula dela. Eu puxei a porta, Jane trouxe-me de volta para dentro pelo punho. Prensou-me nos azulejos frios da parede do banheiro e meteu-me um dedo na cara. Sua feição parecia conter mil demônios. Ainda assim não tive medo.

    “Eu não gostei que você roubou algumas coisas de minha casa, Isabella! Sei que foi você quem pegou as fotos com o MEU CULLEN. Eu lembro de vocês lá! Você vai pagar caro por isso, sua cachorra mal amada de bosta!” Ela cuspiu as palavras em minha cara.

    “Olho por olho, dente por dente.” Abaixei o dedo dela com violência. “Você roubou a história da minha vida. Eu roubei um pedaço da sua. Esqueça Edward, esqueça Jacob. ME ESQUEÇA. Esqueça todos os Cullen e qualquer pessoa que está ao nosso redor!”

    “Ao nosso redor?! Ahahahaha! Me poupe Isabella! Você não faz parte daquela família de bastardos! E nunca irá fazer! Você não se adéqua e nem combina com nada que seja deles!”

    “Ah não?! Não mesmo Jane?! É você quem faz parte de lá, não é?! Porque até onde eu sei, eu nasci pelas mãos do meu… oh! Olha só a ironia: SOGRO E PADRINHO. E o mais engraçado de tudo isso é que eu tenho meu próprio quarto, mas sabe onde eu durmo?” Não esperei por sua resposta. “Na cama do NÃO TÃO SEU CULLEN… ele alguma vez deixou você dormir na cama dele?! Ah! Acho que não!”

    Tinha destilado todo o meu deboche, fúria e ironia sobre ela. Eu não a agüentava chamando Edward de seu e muito menos quando ela dizia que eu não era parte dos Cullen. Eu era tão da família quanto qualquer um deles. Cheguei à família muito antes de Edward! Ela não sabia de nada mesmo! A fitei dentro dos olhos os vendo pegar fogo em vermelho. Ela estava furiosa. Pois que venha! Ainda estava guardando o soco que quis dar nela no sábado anterior. Ela respirou profundamente e fechou os olhos.

    “Isso não vai ficar barato, Isabella Swan!” Ela disse entre dentes.

    “Muito obrigada.” Disse saindo de perto dela e esbarrando em seu ombro.

    “Obrigada?”

    “Sim, por me deixar de olhos bem abertos. Agora sei que você está tramando… até logo… minha amiga.”

    Saí do banheiro o mais rápido que pude para voltar à sala. Eu tinha que desabafar e minha única opção naquele instante era Jake. Nunca pensei que estaria conversando abertamente com ele sem receios ou raiva. Mas isso acontecia bem naturalmente. E até me atrevia a dizer que eu e ele tínhamos alguns aspectos em comum para sermos bons amigos.
   
    Quando cheguei na porta da sala avistei o Diretor Green se aproximando com aquela carranca braba e sobrancelhas grossas. Já me apressei para falar antes de levar uma advertência.

    “Olá Diretor Green, eu tinha autorização para ir ao banheiro. Já estou voltando para a aula.”

    “Muito bem Isabella. Ficou muito tempo fora da sala?”

    “Não, apenas um minuto ou dois… senhor Green? Tem uma garota cabulando aulas no banheiro.”

    “Que garota?!” Ele disse, sua voz subiu duas oitavas.

    “Jane… ela tem esse período comigo senhor!” Falei o mais calma e inocente que podia.

    “Volte para a aula Swan. Eu resolvo isso.”

    Entrei para a classe com um sorriso vitorioso.
   
    O restante do dia foi agradável. Não tive o desprazer de ver a cara de Jane ao longo da tarde. Na aula de biologia, foi no mínimo tentador quando Edward começou a enviar-me bilhetes por de baixo da mesa. Pondo sempre no centro de minha mão e deslizando seus dedos para onde conseguia sentir o ritmo do meu coração nos punhos.

De início me mandou um bilhete dizendo que me amava e no verso eu lhe respondi que ele era a minha vida. O segundo me fez ficar um pouco mais esperta para sua brincadeira. Ele escreveu em outro pedaço de folha. “Eu te amo. E te amo ainda mais nua.” Eu apenas olhei de canto de olho e escrevi. “Eu te amo, mas te odeio quando faz esse tipo de coisa.” Ele riu baixinho e respondeu-me rápido. “O que eu fiz?! Só estou dizendo que quero ter você logo para poder te colocar naquelas algemas e te ouvir gemer!” Meu coração saltou para a boca e disparou descontrolado. Meu corpo todo respondeu com calor. Ele riu baixinho pressionando o dedo em meu pulso. Amassei o bilhete e minhas bochechas queimaram. Não respondi e ele me enviou mais dois bilhetes abusados, sempre medindo meu nervosismo pelo pulso. Isso teria troco.

Antes de voltarmos para casa, fomos até a de Amm e ficamos por um tempo. Alice e Jasper foram com o Volvo e nos deixaram com a carona de Jacob. Eu ainda não tinha dissipado aquela sensação de que alguma coisa estava por vir, mas meu coração estava quieto, logo decidi que não era algo muito terrível. Talvez, dessa vez, fosse algo de minha cabeça. Ficamos apenas conversando e rindo sobre qualquer coisa que nos vinha à cabeça. Amizade era isso, afinal.

Quando era próximo às 20 horas, Jake nos levou para casa. Chegamos e pelo lado de fora tudo estava calmo como sempre. Edward me deu um beijo apaixonado antes de entrarmos. Ao irmos para dentro, Alice nos atacou e cochichou apreensiva que era melhor a gente ter um pensamento rápido e boas desculpas. Eu não entendi nada. Continuamos avançando pela casa até encontramos Esme saindo do quarto de Edward com uma cara irritadíssima.

“Os dois no escritório de Carlisle. Agora.” Ela disse totalmente autoritária. Eu e Edward nos encaramos, largamos nossas mochilas no chão de meu quarto e seguimos Esme. Quando entramos na sala, parecia que Carlisle iria explodir. Ele nos olhou possesso e parece que eu e Edward vimos a mesma coisa no mesmo instante. Aquele pacote na mesa era nosso conhecido. Apertei a mão de Edward, já sentindo o medo correr por meu estômago. Meu sogro nos fitou por dois segundos antes de começar.

“Que diabos vocês dois pensam que estão fazendo?! QUEREM MATAR A MIM E A ESME DO CORAÇÃO?!”

Eu e Edward desabamos nas cadeiras fronte a mesa ainda de mãos dadas. Será que aquilo era tão estranho assim?!

Continua…


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Notas finais do capítulo

N/a: Oi meus amores delicinhas! Como vocês estão?! Eu to legal e ando super cansada. Bem, eu ainda não me mudei – culpa da greve dos bancos – mas minha vida tá corrida, porém como eu sempre acho uma brechinha ou outra pra escrever consegui aprontar o capítulo para vocês. Agora quero os comentários de vocês sobre o capítulo, é a primeira vez que eu realmente escrevo comédia. Eu me diverti editando e quero saber se vocês também se divertiram. Às vezes as coisas ficam sérias demais por aqui e uma risada ou outra sempre cai bem. Espero ter conseguido por algumas risadas no seu dia.

Agora o recado que tenho a dar não tem nada a ver com WU… ou tem. NA VERDAD ESSE É MAIS PARA AS MNHAS LEITORAS QUE ACOMPANHAM TAMBÉM KANSAS REVENGE. Enfim, eu estou com um projeto de uma nova fic. É uma short-fic na verdade. 3 capítulos apenas. Eu estou escrevendo em paralelo Kansas e ela. Só que Kansas chegou em um momento que eu realmente tenho que ter minha cabeça limpa e totalmente vazia de qlq outra coisa. E essa história não para de martelar na minha mente, o que está atrapalhando no andamento de KANSAS REVENGE. Faz uma semana que eu consegui escrever apenas um parágrafo de KR e realmente eu não saio do lugar. Então possivelmente eu darei um tempo. Escreverei o que está em minha mente e aí Kansas voltará com força total. Vou fazer o máximo para aprontar o cap 10 de KR o mais rápido possível... ele está na metade. Enfim, é muito Edward e Bella pra uma cabeça só. Hahaha

Comentem, indiquem e dêem estrelinhas! Saibam que estou sempre à disposição. Não consegui responder aos seus reviews anteriores, mas nunca deixo de lê-los.

Beijos do tamanho do Universo!

Grasi.

N/b: O LOCO, DOUTOR DELÍCIA! Pra que tudo isso?! Vai dizer que vc e sua senhora nunca fizeram uso dessas coisas! Bem, bem, bem...pais! Aprontam todas quando são jovens, e depois criam caso com os filhos! ou seja, nós, seres sofredores! Gente...eu não consigo parar de rir! Simplesmente não dá! Mesmo com a Jane da tribo Paunocu aprontando as dela e azarando a vida dos nossos casais delicinhas, é impossível não se entregar a toda a alegria desse capítulo! Ficou tão leve, tão gostoso de ler! não que os outros não sejam! Mas esse foi mais, bem mais!Teve uma pitadinha de drama aqui, uma pitadinha de suspense ali, uma provocaçãozinha HOT acolá... enfim, teve de tudo um pouco! Mas no quesito humor, esse foi o melhor! Bom meninas...por hj acho que é isso! Meu cérebro está rindo demais pra elaborar coisas complexas! Hahahahaha
Amo que amo que amo que amo toooodas vocês! E nem preciso dizer que é sempre um prazer, né?!

PS1: Edward e Bella, usem logo os utensílios do Sexshop, sim?! Eu, em nome de todas as pervas, digo que nos será de muitíssimo bom grado saber como serão os momentos na cabana!
PS2: Jake e Amber... Ownnnnti lindo vcs dois! Tão namorando, tão namorando, tão namorando! finalmente!
PS3: Jane, minha cara... volte pra sua tribo e dê sossego a todos, sim?! OBRIGADA!
PS4: e mais importante :D: Graaaasi eu te amo! VOCÊ É FODIDAMENTE DEMAIS!
PS5pela autora: Eu sei. Sou demais…