Waking Up - Aprendendo a Viver escrita por Soll, GrasiT


Capítulo 23
Capítulo 16 - Vamos Ficar Bem.


Notas iniciais do capítulo

Eeee demorou mas saiu! Boa leitura e contem lemons!



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Narração: Edward Cullen.

 

Em meus sonhos ela aparecia a todo o momento. Calma e me trazendo paz. Falando suave e suplicando para Deus que eu acordasse. Eu queria acordar. Já tinha me cansado de ouvir a voz dela e não poder tocá-la. Ela era apenas um borrão em minha mente. Não sabia o porquê meus olhos não se abriam. E quando eu já começava a ficar cansado de tentar lutar para acordar, eu simplesmente deslizava e via o negro preencher meus pensamentos, me levando para o vazio.

 

            E assim foi por horas. Eu não tinha idéia do que estava acontecendo comigo, só me sentia preso em meu próprio corpo. Lutando. Lutando para abrir meus olhos. A única coisa que me lembrava com clareza era da dor. Dois tipos distintos de dor: física e emocional. A primeira me feria muito menos. Depois de muito tentar, apenas relaxei em meus sonhos. Não tentei mais. Descansei. E comecei a ouvir e sentir que não estava só. Não ouvia somente a voz Dela. Meus pais e Alice sempre estavam ali. Carlisle usando sempre seu tom ético e firme, minha mãe usava poucas palavras, porém repletas de carinho e Alice sempre tagarelava demais em minha cabeça. E ela sempre ali me fazendo tremer com o som de sua voz.

 

De tempos em tempos eu “acordava” para um sonho, um anjo chamava por mim e sempre repetia as mesmas palavras e então meu corpo se aquecia. As palavras vagas começaram a se fazer presentes, mas elas se silenciavam por algum tempo e foi nesse tempo que eu comecei a despertar de uma maneira real. O primeiro som que identifiquei foi o gotejar do soro. Pingo por pingo. Lentamente. Senti meu corpo e junto com ele materiais intrusos em minha pele. Um som martelava o mesmo ritmo constante, era como um apito. Um monitor cardíaco, sem dúvidas. E eu me lembrei de tudo: A viagem, a dor do fim, o meu retorno solitário, o desespero, ventos intermináveis, a pior tempestade que já presenciei em Forks, a biblioteca, hospital e Bella. Mas ela era o único acontecimento que não tinha esquecido e jamais o faria.

 

Revirei meus olhos buscando que minhas pálpebras se abrissem. E elas me obedeceram. A luz clara penetrou em meus olhos e ardeu. Fitei ao redor e me deparei com meus pais em silêncio me assistindo. Minha vista ainda estava turva e pisquei algumas vezes para tudo ficar claro. Inclusive o que eu sentia. E o vazio ainda estava ali. Minha mãe se aproximou e beijou minha testa.

 

“É bom te ter de volta.” Ela sussurrou passando as mãos por meus cabelos.

 

“Como se sente filho?”

 

“Estranho.”

 

“Mas está sentindo alguma dor?”

 

“Apenas uma que você não pode curar pai.” Falei sincero.

 

“Talvez…” Ele deixou a frase pairar no ar e isso me intrigou. Um sorriso surgiu em seu rosto. “Tem muita gente que quer te visitar… Amber é uma delas.”

 

“Amber?” Eu adorava a amiga de Bella, mas sem dúvida ela já tinha tido sua cota de hospitais na vida e tenho certeza que ali não era um lugar que ela gostaria de estar.

 

“Sim, ela vem todos os dias… com Alice!” Minha mãe explicou.

 

“Achei que ela não queria mais saber de hospitais…” Eles pareciam um pouco nervosos.

 

“Ah meu bem, ela é amiga de você e B… vocês todos.” Certo, ela não queria pronunciar o nome Bella. Isso me deixou mais curioso ainda pra saber dela.

 

“E ela?”

 

“Amber? Está bem! Na verdade ela disse que não se importa em estar em hospitais.”

 

“Não pai… não quero saber de Amber. E a Bella?” Eles se silenciaram, trocando olhares sérios. Ela não tinha voltado. Isso doeu.

 

“Entendi.” Respirei fundo e tomei coragem para continuar. Eu tinha um nó em minha garganta. “Bom… que horas começarão as visitas?” Tentei parecer um pouco mais animado.

 

“Hoje, a partir das 15 horas. Estão todos no colégio agora… Só Emmet e Rose que estão em Port Angeles resolvendo algumas coisas para aquele bendito negócio deles… mas estarão aqui no início da tarde também.” Meu pai respondeu preciso.

 

“Então me resta aguardar.”

 

“Sim filho, descanse. Vou trazer um café da manhã descente para você!” Minha mãe declarou atenciosa.

 

As horas passaram lentas. Eu só queria ir para casa, mas Carlisle me garantiu que eu ainda estava sob cuidados. Estava bem o suficiente para ficar acordado, mas precisava permanecer no hospital. Tinha ficado por, praticamente, 5 dias dormindo. Queria ver o dia, sentir o ar e tentar respirar direito sem ela. Quando faltava apenas 15 minutos para as visitas aparecerem, Emmet, Rose e minha mãe entraram no quarto todos sorridentes. O Abelhudo era o mais empolgado sem sombra de dúvida. Ficaram por um tempo até Rose dizer que tinham que ir. Minha mãe saiu me prometendo que logo voltaria com algumas visitas importantes. Provavelmente o prefeito da cidade iria me fazer uma visita, já que Carlisle era a pessoa mais rica de Forks e a mais influente! Aquele homem era um idiota. Mas política é política. Carlisle não estava nem ai para isso. No entanto esperei quieto.

 

Já tinham me tirado os tubos e aparelhos. Eu estava livre de todas aquelas coisas irritantes. Me levantei e fui ao banheiro ver como eu estava. Meus machucados no rosto já estavam cicatrizando e no mais não sentia nada de anormal. Passei uma água no meu rosto porque tinha uma cara amassada. Ao trazer as mãos para minha face me deparei com o anel que era companheiro do de Bella. O tirei e li as letras que tinha pedido para a atendente da loja em New Orleans gravar entre as tiras de couro no metal.  B&E. Sempre carregaria aquele anel comigo. O coloquei novamente com orgulho de usá-lo.

 

Paramore - Only Exception

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Voltei para minha cama e deitei-me ficando completamente imóvel,

apenas brincava com o anel em meu dedo. Como eu a amava. Gostaria que ela voltasse, mas ela devia estar louca comigo. Ainda.

 

Escutei um clique na porta que me fez ficar mais quieto ainda. Talvez fosse alguém de minha família ou uma enfermeira, mas normalmente batiam na porta. Fosse quem fosse era um mal educado. Uma carga de energia pareceu dominar o ambiente. Eu podia sentir. A pessoa parecia estar parada, se não estivesse, já a teria visto.

 

“Oi para você seja lá quem for… não vou demorar nadinha. Só vou pegar minhas coisinhas.” A voz irrompeu o pequeno quarto. E era tão delicada. Provida de notas de música, amor e vergonha. Eu a reconheceria em baixo da água ou mesmo em cem anos sem ouvir seu som eu saberia de quem é a voz. Inconfundível e a melhor canção para mim: Bella.

 

Congelei sem reação. Seus passos rápidos a fizeram passar pela frente de meu leito sem nem olhar para o lado. A acompanhei com os olhos. Ela encarava os pés. Pegou a mochila vermelha que estava no sofá, que Emmet tinha me garantido que era de Alice. Nunca fui de reparar muito e minha mente podia estar confusa. Mas eu conhecia aquela mochila, sempre carregava em meus ombros, e não era de Alice, não mesmo! Na hora não me liguei na mentira que me contaram, só aceitei. Ao virar seu corpo para a saída, foi ela quem paralisou. Tão maravilhosa. Não evitei o sorriso que senti surgir em mim.

 

Seu rosto era pálido, cansado e assustado. Mas mesmo assim a beleza não lhe faltava. Ela tinha alguma expressão… tristeza? Provavelmente sim, e eu que causei mais um pouco de dor em seu coração. Seus pequenos lábios se abriram levemente e seus olhos marejaram. Por entre seus dedos a mochila escorregou e o som que ela emitiu ao atingir o chão me despertou. Bella estava ali, não poderia permitir que ela fosse embora novamente.

 

Em um passo curto ela se pôs ao lado da cama, se segurando firme na barra de proteção lateral. Eu mantinha meu olhar fixo no dela. E eu só conseguia me lembrar do amor que tinha pela minha Monstrenga. Gostaria que ela sentisse o quanto ele era grande. Ela parecia estar congelada, mas seus olhos transbordavam emoções. Com uma lágrima solitária tocando os lençóis, eu senti que ela não estava mais irritada com o que eu tinha feito. Será que eu estava perdoado?! Talvez, se eu tivesse sorte, descobriria logo.

 

“Você voltou.” Consegui dizer emocionado. Minha voz não era fraca minutos antes. Ela me deixava perdido, sem ar, sem chão. Toquei-lhe suavemente o rosto, sentindo sua pele delicada de pétala, secando sua face molhada e sorrindo tipo um bobo para ela. Bella me aqueceu e meu coração se fez gigante ao tocá-la. E como eu queria tocá-la mais e mais. Então, antes que eu pudesse falar ou fazer qualquer outra coisa ela segurou em minha mão e a levou até a boca, beijando com carinho minha palma. Ah Seus lábios! Como eram macios! Ela sorria ao segurar minha mão entre as suas.

 

“Voltei para você, por você… Eu não… não consigo viver sem você.” Ah meu amor! Eu também não! Quase me matei você não vê?! Lhe respondi em pensamento. Ela chorava de uma maneira calma, o som de sua voz conseguia ser mais baixo que a minha.

 

“Você entende agora que eu te amo?”

 

“Mais do que nunca… Você ainda acredita em meu amor?” Minha Bella, minha bobinha! Ela era delicada e estava se culpando. Eu sabia que estava pronto para derramar minhas lágrimas também, tentei me conter.

 

“Nunca duvidei. Sempre confiarei.”

 

“Me aceita de volta?” Sim, ela estava se culpando. Quem deveria estar perguntando isso era eu.

 

“Não há porque eu aceitar você de volta se eu nunca deixei você sair de mim.”

 

“Isso é um sim?”

 

“Para sempre sim, minha Bella.” Ela não falou mais nada, apenas se aproximou lentamente de meu rosto. Ela iria me beijar? Era isso? Meu coração parou por um instante e voltou a bater enlouquecido. Suspirei e fechei meus olhos esperando por ela. Ela que me guiasse, que tomasse conta de mim, que me conduzisse para o lugar que fosse. Eu iria desde que fosse com Bella. As memórias ainda eram vivas em minha mente, tudo sempre fora tão intenso que é difícil de esquecer qualquer detalhe, por menor que seja. Era o nosso novo primeiro beijo. Suas mãos se apoderaram de meu rosto e deixou que seu nariz deslizasse por minha face, me trazendo vontades sempre que sentia sua respiração bater em minha pele. Seu toque era divino.

 

“Você também quer?” Sorri totalmente feliz por ela lembrar tanto quanto eu.

 

“Você lembra?”

 

“Para sempre sim, meu Edward.” E o que estávamos esperando veio. Ela me beijou tranqüila, nossos corpos não tinham pressa de acabar com aquilo, nos aproveitamos com amor. E os sentimentos cresceram em mim. Cada desejo que eu já sentira por ela, só conseguia identificar como maior. Muito maior. Eram esmagadores. Sentia seu choro enquanto nos beijávamos e quando não podíamos mais negar, a nossa luta particular tornou-se um pouco mais feroz. Ela tinha gosto de café preto em sua boca o que a deixava mais saborosa. E as vontades começaram a vir à tona.

 

Então minha Bella havia voltado. Eu poderia respirar direito, enfim.

 

Quando precisamos de ar, apenas nos olhamos. Sorrindo que nem dois idiotas um para o outro.

 

“Eu te amo tanto.” Sussurrei para ela.

 

“Digo o mesmo para você, senhor Cullen.” E então o som de alguém limpando a garanta nos assustou. Olhamos para o lado e ali estavam todos da minha família, e junto deles Amber, nos olhando sorridentes. Bella riu e escondeu sua cabeça entre meu ombro e minha cabeça. Podia sentir suas bochechas corando. Afaguei sua cabeça com carinho.

 

“Oi intrusos.” Falei para eles em brincadeira.

 

“Oiiiii” Alice e Amber responderam em coro e todos riram.

 

“Bella, põe esse rosto para fora, sua boba! Eu quero ver você toda com vergonha!” Alice mandava e Bella negava com a cabeça em meu ombro. “Que criancice! Foi só um beijinho… em público, Bells!”

 

 “É Bebelildis, todo mundo sabe que vocês já fizeram coisas bem piores em público!” Olhei espantado para Emmet. Bella se levantou imediatamente, fuzilando o abelhudo com os olhos.

 

“EMMET!” Ela o repreendeu.

 

“Que história é essa crianças?!” Minha mãe olhou curiosa para nós.

 

“Só uma brincadeira idiota do Emmet, mãe!” Alice não sabia onde enfiar a cara ao responder para mamãe. O abelhudo não tinha juízo mesmo. 

 

“Aham… Está certo então. Bem, Edward e Bella, nós viemos aqui só para ver como as coisas estavam… E vejo que estão bem!” Esme falava calma, com um sorriso nos lábios. “Ah meus filhotes, eu fico tão feliz por vocês!”

 

“Obrigada Esme. Vocês me enganaram direitinho!”

 

“Ah Bells, se eu te dissesse que ele poderia acordar hoje você não iria fazer nada… e você precisa estudar. Charlie me mataria se soubesse que deixei você faltar muitas aulas.” Carlisle lhe respondeu com honestidade.

 

“Desde quando você está aqui, Bella?” Voltei minha atenção para ela.

 

“Desde segunda à noite, Ediotinha.” Ediotinha. Em sua voz era o melhor apelido para ser chamado. Eu iria lhe fazer mais alguma pergunta, mas meu pai nos chamou novamente.

 

“Eu tenho que voltar para meus pacientes e vocês para as vidas de vocês. Quem quiser ficar aqui com Edward até a noite, pode ficar. Mas a partir da sete horas somente uma pessoa no quarto…” Alice reclamou gemendo. “E acho que todos sabem quem ELE vai querer que fique.”

 

“Eu não vou embora hoje não, pai?” Poxa eu queria ir para casa! Detestava hospitais. Mesmo.

 

“Não filho, terá que ficar mais alguns dias de repouso.”

 

“Quando Carlisle?” Bella perguntou sem muita paciência.

 

“Acho que quinta ou sexta ele receberá alta… Certo então… Quem vai? Quem fica?” Meu pai encerrou a conversa daquele jeito, era o trabalho dele eu tinha que aceitar. Se ele dizia, eu entendia. Bella juntou sua mão com a minha enquanto minha mãe, Rose e Emm iam embora. Em seu dedo ainda estava nosso anel. Eu não conseguia parar de olhar para ela e ela fazia o mesmo, ficando constantemente envergonhada.

 

Ficamos conversando durante aquele resto de tarde com meus irmãos e Amber. Alice estava empolgada que eu estaria bem para ir ao baile de primavera no final de semana seguinte. Ela tentava de todas as maneiras convencer a todo mundo de ir. Amber não queria porque não tinha com quem ir. Alice por sua vez insistia que todos nós – irmãos Cullen – dançaríamos com ela quantas vezes ela quisesse. A nanica já tinha conseguido dobrar Rose e Emmet que queriam distância daquela escola, e acabaria por conseguir o que queria de Amber… mas eu tinha outros planos. Eu só pensava em eu e Bella. Sem baile e sem roupas. Ok. Meus hormônios estavam gritando em mim.

 

Quando eu já estava ficando cansado, todos resolveram partir, menos Bella. Ela ficaria. Meu coração se alegrou que eu pudesse ficar mais horas com ela.

 

Narração: Bella Swan. 

 

Olhei para ele de canto de olho enquanto fechava a porta. Ele sorria para mim, e só isso já iluminava a minha existência. Coloquei minhas mãos nos bolsos traseiros, sorrindo abertamente para ele ao me dirigir devagar para seu lado na cama.

 

“Enfim sós.” Disse em meio a um suspiro.

 

“Não via a hora.”

 

“É bom te ver acordado e sorrindo. E eu não via a hora que isso acontecesse.” Admiti sincera. Ele sorriu. “E então… o que vamos fazer agora?! Temos muitas opções! Podemos assistir ao canal de compras para o lar ou jogar paciência. Allie também nos deixou a possibilidade de revistas de celebridades! Muitas opções interessantes! E sem falar que elas são a nossa cara!”

 

“HAHAHA Bella! Você sempre me diverte! Mas eu tenho uma opção para nós…”

 

“Uhm… interessante. Eu ainda estou aberta a sugestões.” Disse enquanto aproximava meu corpo do seu e cerrava meus olhos em uma fenda. Ele fez um sinal com a mão apontando para sua orelha. Ele queria me falar ao pé do ouvido. Fosse o que fosse já tinha gostado. Me aproximei mais ainda e deixei minha orelha na altura de sua boca.

 

“Podemos matar as saudades.” Ele cochichou para mim. Eu sorri tímida. Ali ainda era um hospital.

 

“Edward, eu adoraria.” Devolvi a ele no mesmo tom e do mesmo jeito. “Mas aqui é um hospital… não podemos fazer isso aqui!” Ele riu para mim.

 

“Amor, eu não estou falando disso! Só quero ficar perto de você!” Ele virou seu rosto e beijou minha bochecha. “Só quero sentir seu cheiro e conversar um pouco antes de eu pegar no sono de novo!”

 

“Ah, se é assim tudo bem… ou não.” Choraminguei para ele as duas últimas palavras. Na realidade eu mal podia esperar pela hora que ele saísse dali e pudesse me tocar de todos os jeitos, com seus segredos e sussurros.

 

“Ou não?! Você está com um humor ótimo, Bella! Isso é bom. Podemos dar um jeitinho nisso, se você quer…”

 

“Não, não Edward, não! Nada de jeitinhos… só ficar perto. Deus me livre Carlisle estar de plantão e entrar aqui e… e… pegar a gente… Oh meu Deus! Já sinto vergonha só de imaginar!”

 

“Tudo bem amor… não vamos morrer por isso… eu acho!” Eu ri para ele. “Vem, deita aqui comigo, tem espaço nessa cama.” Olhei para ele e não pensei duas vezes. Ele me cobriu com a mantinha e eu tirei minhas botas com os pés mesmo. Ficamos de frente um para o outro. Seus braços me envolveram e eu me senti segura. “Você não está com fome?”

 

“Um pouco… mas Alice deixou alguma coisa no frigobar. E você como se sente?”

 

“Bem. Muito bem. Meu pai podia me liberar daqui que eu não ficaria bravo… E você está aqui comigo, isso é o que me faz ficar tão bem.”

 

“Oh! Você não sabe o susto que me deu! Eu vim correndo assim como uma louca!”

 

“Aposto que foi Alice que te avisou do acidente…”

 

“Não foi a Allie não. Foi a Amber… e ahm… Jacob.”

 

“Como assim?! Amber tinha seu telefone em New Orleans?”

 

“O que? Por que ela me ligaria em New Orleans, Edward?!”

 

“Porque você estava lá Bella e vol…” Ele hesitou em continuar e fiz um pequeno gesto com a cabeça para que ele continuasse. “Você voltou só por que eu estava aqui, não é?!” Ele estava inseguro, podia sentir o nervosismo de Edward em sua voz. O que eu tinha feito com ele? Iria ter que me virar em mil só para consertar as rachaduras que havia criado em seu peito.

 

“Não, não é. Eu voltei na segunda de manhã… Peguei um avião sem escalas para Seattle às onze horas da manhã.”

 

“E por que não me avisou que voltaria?! Você ainda estava irritada comigo, não é?! Amor, eu sei que eu te magoei, mas entenda…”

 

“Shiii, shiii. Edward, não! Não faça isso assim… Eu não te avisei porque eu estava nervosa demais e não tive tempo. Eu acordei naquela manhã com a dor trituradora de não ter você e com uma carta de Charlie. Ele pediu perdão, me contou sobre a conversa de vocês e meu coração ficou leve como uma pluma. Eu naquele instante já estava considerando voltar mesmo. Ao terminar de ler a carta, recebi sua mensagem. E você confirmou o que não precisava ser confirmado. Eu precisava estar aqui e ME desculpar por não ter confiado em você. Eram umas nove horas da manhã. Precisei correr e muito.”

 

“Então eu estou perdoado?!”

 

“Eu não tenho porque te perdoar, Edward. Já passou. Não vou carregar mágoas sobre isso. E só para te avisar que NÓS vamos ficar bem acima de tudo. Esquece isso meu sol.”

 

“Sol?”

 

“Sim. Você é meu sol, lembra?” Levantei minha mão e mostrei meu anel. Ele beijou minha mão onde a argola estava e em seguida uniu nossas palmas sem enlaçar os dedos.

 

“E você é o meu. Só com você eu o vejo brilhar… mesmo em Forks.”

 

“Hahaha, mesmo em Forks.” Apenas nos olhamos por alguns instantes. “Obrigada por acordar.” Confessei abobalhadamente.

 

“Obrigada por voltar.”

 

“Estamos quites, Ediota.”

 

“Sim, estamos quites Monstrenga.” Ele me beijou os lábios rapidamente, e de novo, mais uma vez e por diversas vezes apenas me dando selinhos roubados e carinhosos.

 

            Seguimos conversando e nos beijando por mais algumas horas. Ele me obrigou a comer quando a enfermeira foi levar a comida para ele. Ele não gostou daquela papa, e nem eu gostaria. Tinha cara de não ter gosto nenhum. Ele também não queria tomar os remédios, mas isso eu o obriguei a tomar. Ele precisava estar com a cabeça descansada. Não queria que ele ficasse mais tempo naquele hospital e seria ótimo se ele colaborasse.

 

            Nem percebemos a hora que dormimos. Conversamos e nos “aproveitamos” tanto que ficamos cansados. Ele pelos remédios e eu porque simplesmente relaxei em seus braços e por vê-lo bem.

 

            Acordar com o cheiro dele foi algo maravilhoso. Ele me olhava atento com seus olhos claros.

 

            “Bom dia Monstrenga!”

 

            “Uhm…” Gemi manhosa, me espreguiçando. “Bom dia Ediotinha!”

 

            “Como foi a noite?”

 

            “Posso te garantir que muito boa.”

 

            “Em uma cama de hospital deve ter sido maravilhosa mesmo!”

 

            “O que importa é a companhia, meu querido… Que hora é agora?!”

 

            “Quase dez. Meus pais já estiveram aqui e daqui um pouco devem voltar…”

 

            “Então eu vou levantar. Coitadinha da Esme, eu não a deixei passar nenhuma noite aqui…”

 

            “Não?!” – Ele parecia surpreso com isso.

 

            “Não. Eu durmo aqui desde segunda.”

 

            “Bella, você ficou todas essas noites aqui?”

 

            “Sim. Segurando sua mão e pedindo para Deus para você ficar bem. Com uma fé muito maior do que eu pensava que tinha.”

 

            “É bom ter fé.”

 

            “É sim Edward… Escuta, você pensa em ir nesse baile?! Alice está tão empolgada que você vá! Aliás, que nós vamos!”

 

            “Ah meu Deus Bella! Você está querendo ir?!”

 

            “Não é isso… mas pensa comigo... Falta quantos meses para a gente acabar o ensino médio? Cinco… quase quatro… acho que talvez seria legal.”

 

            “Eu tinha outras idéias para sábado que vem, Bella!”

 

            “O que?!”

 

            “Desculpe, não posso contar.”

 

            “Ah! Conta vai?!”

 

            “Não Bella.”

 

            “Desculpa se estou atrapalhando seus planos então!” Me levantei da maca com uma falsa irritação. Ele segurou meu pulso quando virei meu rosto para ele e o olhei com os olhos cerrados em uma pequena fenda.

 

            “Mulher, confia em mim! Não vou te decepcionar.” E piscou com um olho só. Safado. Mesmo em uma cama de hospital ele não perdia o jeito.

 

            “Homem, eu vou confiar então!”

 

            E confiei. Cegamente. O final e o início da semana passaram bem rápido. Mas na quinta foi um horror de tão lento. Tivemos que fazer um trabalho de última hora na escola e a dupla AA e eu ficamos enterradas em livros e poesias de Lord Byron durante toda a tarde. Aquele estilo gótico era bonito, mas às vezes as palavras doíam na alma. Era lindo, mas doía. E o cara entendia mesmo de amor. O professor pediu para que alguma de nós passasse o trabalho a Edward. Alice fugiu como louca, odiava coisas tristes e Amber tinha que dar a tal monitoria para o Black. Mesmo que as duas quisessem passar isso para ele, quem faria seria eu, de qualquer maneira. Naquela noite Esme dormiu com ele e eu fiquei apenas uma meia hora com ele. Carlisle avisou que na sexta-feira ele daria alta e tudo estaria de volta ao normal.

 

            E a sexta-feira chegou, mais devagar que o normal. Mais lenta ainda que a quinta. Pedi para Alice escolher uma roupa bonita. Eu não era de fazer isso, mas para mim, recebê-lo em casa novamente, era uma ocasião especial. Minhas coisas estavam na casa de Amber ainda. Alojei-me ali porque ficava mais próximo ao hospital e mesmo que Alice sempre estivesse por perto, não queria depender de ninguém para me locomover.

 

            Junto com as roupas ela se dedicou a me fazer uma trança nos cabelos. Me vestiu com aquele jeans justo que ela amava e que devia marcar até a minha alma e uma blusinha azul marinho de renda, um casaco de linha branco e uma sapatilha vermelha com um laço azul em cima. Me olhei dos pés a cabeça e me achei bonita. Gostava dessa combinação de azul e vermelho. Era como um casamento entre o certo e o errado. O divino e o pecaminoso. Tudo bem que era apenas uma roupa, mas era algo ousado para mim. E eu gostava. E gostava também do que vi em Amber. Olhos pintados levemente de escuro nos cantos. Alice estava nos fazendo de barbies e Amber adorava. Quando Rose não estava presente, ela estava maquiando minha amiga, e a beleza que ela já tinha só se destacava. Os olhos azuis pareciam maiores com o lápis preto.

 

            “Você está linda, Amber! Você tem que ir ver lentes de contato logo! Eles pesam em seu rosto!” Fui sincera com ela.

 

            “Na verdade eu já tenho! Só que elas me irritam demais!”

 

            “Que boba. Você fica mais linda do que já é sem óculos! Acho que é só uma questão de se acostumar!” Alice dizia enquanto juntava tudo em sua maleta cor de rosa.

 

            “Pode ser que seja mesmo, mas…”

 

            “Amm, você é cheia dos mas, MAS sem dramas… que tal começar hoje a se acostumar?!”

 

            “AH BELLA! TÁ… TUDO BEM…” Ela pegou a caixinha das lentes dentro da gaveta da cômoda. “Meninas eu esqueci! Tenho monitoria com o Jacob! A gente tinha desmarcado, mas como semana que vem ele tem prova, pediu para eu dar uma ajuda!”

 

            “Nossa, ele está tão empenhado assim?”

 

            “Ele está mais… uhm… interessado em aprender. Mas não é nada demais não, viu Bella!” Amber colocava com cuidado as lentes em seus olhos, em seguida piscou repetidas vezes para elas encaixarem direito.

 

            “Já é algum progresso! Você já está indo?!”

 

            “Sim… Essa droga me incomoda…” Ela ainda piscava os olhos. “Vocês podem ficar se quiserem. Bella, a chave reserva está na gaveta da cozinha!”

 

            “Não! Nós já estamos indo também. Só me ajudem a levar as malas para o carro!”

 

            Assim que Amber foi para a escola, partimos para o lado oposto em direção aos bosques. Seria bom voltar à rotina e seguir a vida. No caminho passamos para pegar Edward. Carlisle nos pediu para que fizéssemos isso já que ele não poderia sair do hospital. Fiquei feliz em ver meu namorado com roupas descentes e não com aqueles roupões pálidos de hospital.  Saímos de lá os três abraçados. Ele no meio, Alice e eu uma de cada lado de seu corpo. Quando Edward viu o carro seus olhos brilharam e ele roubou a chave de Allie, nos obrigando a deixá-lo dirigir. E agradeci mentalmente por isso, Alice às vezes era pior que eu com um carro sob seu comando.

 

            Em quinze minutos estávamos chegando a grande casa branca. Nenhuma movimentação aparente. Alice disparou na nossa frente e ficou segurando o trinco da porta esperando. Edward segurou em minha mão e entrelaçou nossos dedos. Quando chegamos na entrada, Alice não se mexeu.

 

            “Prontos?”

 

            “Alice, nós só estamos voltando para casa.” Edward disse fazendo pouco caso da cara de animada da irmã.

 

            “Ah! Mas isso é um grande acontecimento!” E então abriu a porta. Eu ri e Edward ficou de boca aberta.

 

            A sala estava toda enfeitada de balões coloridos e com uma faixa bem grande localizada no centro que dizia: EDIOTA E MONSTRENGA, BEM VINDOS AO LAR!  Aquele era um dos gestos mais fofos que eu já recebera em minha vida. Todos nos encaravam com olhos brilhantes e contentes.

 

            “Meu deus, eu fiquei tão pouco tempo fora! E volto com uma festa?!” Edward estava incrédulo. Todos riram.

 

            “Meu bem, é para comemorar que você e Bella estão bem e voltando para nós. Por um momento eu cheguei a pensar que isso não aconteceria!” Esme declarou de forma acolhedora. “E então? Querem cookies?!

 

            “Yeah cookies! Eu quero os com cereja mãe!” Emmet exclamou todo infantil. E eu me senti em casa novamente.

 

            Apenas Carlisle não estava ali. Ficamos comendo os biscoitinhos deliciosos e conversando como uma família faz. Eu estava feliz como jamais estive antes. E dessa vez não sentia que tempestades ou terremotos abalariam a minha vida novamente. Tudo parecia caminhar no rumo certo e em paz. Isso me tranqüilizava. De todos, a menos contente era Rose, ela tinha os olhos inchados e pela primeira vez desde que a conhecera não usava maquiagem. Podia jurar que isso tinha a ver com Emmet e que ela estava muito triste. Ver que Rose tinha chorado era algo surpreendentemente novo para mim.

 

            Quando eram 19h30min Amber chegou. E lá se foram mais algumas horas de conversa e diversão. Emmet chegou a sugerir que assistíssemos alguns filmes, e como se tratava do gosto do Abelhudo para isso, preferimos jogar Imagem & Ação (n/a: jogo de cartas com mímica e desenhos).  Era engraçado ver como Esme se divertia com aquilo. Alice era hilária, usava de todas as suas caras e bocas para ganhar um pontinho que fosse. Jasper não fazia muita questão de se esforçar, mas ver ele imitando uma pantera negra foi impagável. A única que assistia a tudo emburrada em um canto da sala era Rose. Sempre Rose, se não era de um jeito era de outro que ela conseguia se excluir.

 

(***)

 

            “Sim Edward!”

 

            “Não Bella!”

 

            “Sem essa, Edward! Você vai sim fazer isso! E agora! Vem logo!”

 

            “Não Bella! Eu ainda estou de atestado médico.”

 

            “Edward, você está fugindo de suas responsabilidades?!” Ele riu alto.

           

            “Nossa! Você está parecendo minha mãe, Bella!”

 

            “E isso é ruim?! Não… e além do mais você está parecendo uma criança birrenta. Poxa, o que é que custa fazermos hoje?!”

 

            “Uhmm…” Ele gemeu se sentando na cama e me olhando com olhos de pidão. “Eu estou dodói… cuida de mim?!” Minha vez de rir, e muito.

 

            “Edward…” Comecei. Pousei minha mão em seu rosto e fiz um carinho. “Eu cuido sim… mas só se você fizer esse trabalho! É apenas Lord Byron!”

 

            “É Lord Byron, não é? Escute o que eu tenho a dizer sobre esse talzinho!” Ele parou por um instante, respirou fundo e fechou seus olhos por um momento. Quando os abriu, um brilho diferente estava ali. Reluzia e me contagiava. Com um suspiro breve, ele falou suave.

 

“Ela caminha em beleza como a noite de clima sem nuvens e céu estrelado;

E toda a perfeição da escuridão e da luz encontra-se em seus olhos:

Dessa forma enternecida até esta luz suave que os céus ao dia fúlgido negam.

Uma sombra a mais, um raio a menos

Teria parcialmente danificado a indescritível beleza

Que ondula em cada negra trança de seu cabelo

E ternamente brilha em seu rosto;

Onde os pensamentos serenamente expressam quão puro,

Quão querido é o lugar que habitam.

E nessa face, e sobre essa fronte, tão gentil,

Tão suave, contudo eloqüente, jazem o sorriso que conquista,

As cores que dardejam e que falam de dias em benevolência passados,

Uma mente em paz com tudo,

Um coração cujo amor é inocente.”

 

E eu fiquei muda apenas deixando suas palavras ecoarem por minha cabeça. Possivelmente eu estava de boca aberta, olhando em seus olhos claros e sentindo o peso dos sentimentos que nos rodeavam. Por um breve momento eu achei que ficaria em transe por horas, apenas o admirando e enlouquecendo com sua voz em minha mente. Mas seus lábios me despertaram e me aqueceram. Um beijo rápido e roubado me fez piscar.

 

“Acho que já fiz meu trabalho sobre Lord Byron…” Edward cantou para mim, a centímetros de minha face. Eu apenas movi minha cabeça concordando. “E será que podíamos, então, pular para a parte em que você cuida de mim?”

 

“O que você quer que eu faça?” O empurrei contra a cama, o fazendo deitar novamente.

 

“Primeiro um beijo.” Imediatamente inclinei meu corpo sobre o seu, o vi fechar os olhos e o beijei demorando em seus lábios, mas não passando mais do que isso. Edward abriu um olho só. “Ok, me expressei mal. Eu quero O beijo.”

 

“Certo.” E sem mais o beijei forçando nossos lábios a se abrirem e darem passagem para o encontro delicioso de nossas línguas. Comecei o beijando com calma, mas suas mãos na base de minha coluna me puxaram para perto de seu corpo e me fizeram acelerar o processo. Me movi em sua boca com mais vontade e ele não foi diferente. Na mesma sincronia, eu para um lado, ele para outro. Indo e vindo naquela dança saborosa. Quando ele passou a sua língua pelo céu de minha boca meu corpo tremeu. Gemi baixo e joguei minha perna por cima de seu corpo. Eu estava acesa e em poucos segundos, mais que pronta. Quando precisamos recuperar o fôlego, lhe fitei.

 

“E agora, como posso cuidar de você?”

 

“Uhm…” Ele inverteu nossas colocações, se pondo em cima de mim. Aproximou seu rosto do meu e rolou os lábios por minha pele. Embaixo dele eu já deslizava minhas pernas a fim de afastá-las. Edward pousou uma de suas mãos no cós de minha calça, deixando apenas as pontas de seus dedos para dentro e sua boca em minha orelha. “Que tal você matar essa saudade que eu sinto?! Isso iria ser algo muito, muito, muito cuidadoso de sua parte, Bella. Mesmo.” Ele puxou a minha calça e abriu o botão. Eu sorri sacana para ele, iria responder da forma mais manhosa que podia.

 

“AHHHHHHHHHHHH QUE MERDA! EU JÁ PEDI QUANTAS VEZES PARA VOCÊS FECHAREM ESSA MALDITA PORTA?!” Alice entrou em um rompante no quarto me assustando. Bati com a minha testa na de Edward e ele tombou para o lado bufando. Passei minha mão para amortecer um pouco a dor que surgia em minha testa.

 

“E quantas vezes eu já te falei para bater na MALDITA PORTA ANTES DE ENTRAR, ALICE?!” Ele declarou nitidamente irritado.

 

“Ah, uma porção delas… mas como são vocês dois, eu não escuto! Agora me abram espaço.” Ela se jogou na cama e se colocou entre nós.

 

“Você não tem jeito Allie!” Sentei na cama cruzando minhas pernas, fechei o botão da calça discretamente e a olhei. “O que você quer nanica?”

 

“Sim, eu quero algo.”

 

“Então diga!” Edward falava seco com a irmã. Eu e ela o olhamos de cara feia. “O que?! O que foi?!”

 

“Edward! Não trate a Allie assim… eu não gosto.”

 

“É, ela não gosta!” Alice mostrou a língua para ele.

 

“Bella! Ela não está na sec…” Ele parou para pensar um momento. “Ela está bem… com Jazz… entende?! E nós… sabe? A gente não… ah você sabe. FAZ SEMANAS!” Tenho certeza que nunca tinha visto Edward tão enrolado assim. Eu ri de sua cara de bobo.

 

“Tá, eu acho que a gente entendeu né, Bella?!”

 

“Eu melhor que você Allie, e concordo com o Edward, então fala logo!”

 

“Vamos no baile?! Ah por favor, por favor, por favor?!”

 

“Alice eu não estou a fim de ir ao baile!”

 

“Está sim, Edward!”

 

“Não mesmo nanica!” Ele replicou. Eles começariam em dois toques a bater boca se eu não me metesse no assunto.

 

“Ei você dois, não é hora para discutir sobre isso! Eu decido.”

 

“Ae! Vocês vão ao baile!” Alice bateu palminhas cantando vitória.

 

“Bella! Eu te disse que eu tenho outros planos!” Eu virei meu rosto para ele e pisquei com um olho só.

 

“Nós vamos ao baile. E NÃO QUERO MAIS DISCUSSÕES. Allie… agora, sem querer ser grossa, você atrapalhou algo importante aqui... então se puder dar licença…”

 

“O que?! Nem pensar! Pode levantar essa sua bunda gostosa daí, garota! Hoje você é minha! Vocês que se entendam depois! Temos que ver qual vestido ficará melhor em você!”

 

“Alice, é quase meia noite, não acredito que haja alguma loja aberta em Forks!”

 

“Você não me conhece mesmo! Hum! Os vestidos estão no quarto! Amber vai dormir aqui hoje! E não quero homens batendo em nossa porta… ouviu bem, Edward?!”

 

“SOME DA MINHA FRENTE NANICA!”

 

“Não sem a Bella!” E assim fui arrastada pela pessoa mais magra e baixa que conheço na face da terra. A anã me puxou pelos pulsos e me levou para seu quarto trancando a porta com duas voltas. E nesse momento eu vi que não tinha escapatória.

 

(***)

 

“Cadê ele?!”

 

“Eu não sei! Ele saiu faz umas duas horas! Vai estar aqui a tempo, Bella!”

 

“Espero Alice… Não acabou ainda?!”

 

“Não, ela não acabou ainda! E nem vai acabar se você não parar de tremer, Bella!” Rose, delicada como sempre, comentou.

 

“Mas ela está ficando maravilhosa, Allie!” Amber comentou com a voz bem perto de meu rosto.

 

“Gente, como eu vou parar de tremer se em meu primeiro baile o meu namorado some?!”

 

“Se conforme… eu nem tenho um!” Amber riu enquanto falava.

 

“Bella! Eu vou pintar sua boca com carvão se você não sossegar!”

 

“Ok! Calei!” Diante de uma ameaça como aquela e de uma Alice irritada, com Rosalie e Amber de “seguranças”, possivelmente eu sairia, não só com minha boca, mas com minha cara inteira pintada com carvão.

 

Alice e Rose ficaram em cima de mim mais uma meia hora. Quando terminaram, eu me olhei no espelho e me vi mais bonita do que nunca. Na verdade eu não me reconhecia. Prenderam meus cabelos em uma trança embutida e solta, a deixando mais elevada no topo de minha cabeça. Minhas maças do rosto estavam marcadas com um blush cor de pêssego. Meus olhos estavam marcados com tons de preto, cinza e um rosa bem clarinho. Fazendo o contorno perfeito de minhas pálpebras, um risco fino de delineador que ficava levemente mais espesso na parte externa. Em meus lábios, um batom coral deixava tudo em harmonia.

 

Alice conseguia operar milagres em mim. Não podia negar que ela tinha o dom para aquele tipo de coisa. Olhando nós quatro produzidas e dignas de estar na capa da Vogue Itália, eu me achei linda. Coisa que não correspondia à verdade.

 

Amber estava linda em um vestido azul que deixava a mostra suas pernas. Marcava seu busto e descia dali, até metade de suas coxas, diversas camadas de tecido que ondulavam leves. Seus cabelos loiros avermelhados eram destacados por cachos que desciam pesando até a altura de seu busto, presos na lateral de sua cabeça.  Alice usava um vestido cinza muito escuro, ousado, que era cheio de babados e apliques que começavam logo abaixo de seu umbigo, seus saltos eram enormes e ela estava relativamente mais alta. Rosalie vestia um vermelho escarlate, como sempre, era cheio de volumes e drapeados, ela estava deslumbrante, iria chamar a atenção de todos. E eu… ah meu Deus, eu… eu estava lutando para me deixarem sair de casa com outra roupa. 

 

Elas tinham decidido que eu vestiria uma roupa rosa com preto, só que eu bati o pé que queria um preto. O rosa era maravilhoso, justo no corpo e tinha um laço de cetim em minha cintura e era todo bordado de pedras pretas em uma faixa em forma de meia lua. Um luxo, só que era rosa e me sentiria como a Barbie. Naquela tarde fiz Alice correr atrás de outro e que fosse preto. E eu me ferrei. Ela me fez vestir aqueles pedaços de panos rendados. E que tristeza… eu me sentia um pouco nua. Se Rose chamaria atenção, eu chamaria muito mais.

 

“Não! Vocês estão loucas? Eu estou usando um maiô com saias!”

 

“Bella! O preto ficou muito melhor em você! Vamos logo! Já está quase na hora!”

 

“EU NÃO VOU COM ESSE VESTIDO, ALICE!”

 

“Isabella, chega de drama! A gente bem sabe que um vestido desses não quer dizer nada! Você vai estar com Edward! E no fim, provavelmente, essas rendas vão acabar rasgadas nos dentes dele!”

 

“Rose! Não encha minha cabeça com essas coisas! Ele não vai rasgar nada!”

 

“Ah! Tá bom então Bells! Você por um acaso ainda tem alguma calcinha de renda?!”

 

“Alice até você?!” Elas estavam de complô para cima de mim. A única que não se manifestava era Amber. “E eu tenho algumas ainda se quer saber!”

 

“Só estou falando a verdade, Bella!”

 

“Gente, vocês vão ficar brigando por mais quanto tempo?” Amber nos olhou impaciente. “Se vocês não decidem, eu decido.” Ela saiu do banheiro de Allie e entrou no quarto indo para o closet. Ficou menos de dois minutos e voltou com uma das roupas mais lindas que já tinha visto.

 

“Põe esse e sem choro!” Em uma mão ela carregava o vestido. Era branco e justo no corpo. Pedras de diversos tamanhos e tons de prata o faziam brilhar. E ele fez meus olhos faiscarem. Em sua outra mão estava algo que parecia uma saia feita de tule de noiva com um cinto. E definitivamente eu amei aquele. Vesti-me com cuidado. Amber contava enquanto me vestia que aquele vestido a mãe dela tinha comprado para ela em seus quinze anos. Mas que nunca gostou porque era “mulherão” demais para ela e porque durante todo o ano de seus quinze anos ela estava definhando no hospital.

 

Alice logo tratou de fazer alguma gracinha no mesmo instante em que fechou meu zíper, para dissipar qualquer tristeza que se estabelecesse ali. E então estávamos prontas. Rose programou a máquina e nos posicionamos com pressa para uma foto. Eu estava feliz, mas…

 

“PÁRA TUDO!” Gritei quando caminhávamos em direção a porta. As três me olharam assustadas. “Onde está o Ediota?!” Alice riu como uma louca e as duas acompanharam.

 

“Ele já está em casa, Bella! Não se preocupe.” Amm que era a mais controlada nas risadas me respondeu.

 

“Como não me avisaram?!”

 

“Eu estava terminando de te maquiar e ai você ia tremer mais ainda! Agora vamos, vamos logo!” Alice deu um tapa na bunda de cada uma. “Vamos minhas pervas! Vamos arrasar os corações de nossos homens! E para quem ainda não tem um homem, no caso você Docinha… Vai arrasar o coração do homem da vaca louca loura!”

 

“É, vamos tentar.” Amber respondeu mexendo os ombros e piscando para nós. Ela estava diferente ultimamente. Mais confiante, eu diria.

 

Na sala os garotos nos aguardavam. Lindos e perfeitos. Descemos as escadas com cuidado e todas sorridentes para eles. Quando chegamos lá, achamos que eles nos dariam a mão ou nos abraçariam. Mas pelo contrário, eles foram até Amber e fizeram isso com ela. Nós ficamos congeladas. Rose foi a primeira a gritar.

 

“EMMET CULLEN! VOCÊ QUER MORRER?!” Eu entendia o que eles estavam fazendo. Ela não tinha um parceiro para o baile, então eles todos seriam seus companheiros. Foi legal da parte deles. Mas Rose pelo visto não entendia nada!

 

“Não anja! Eu não quero! Só estamos sendo amigos dela!” Ele falou tentando pegar na mão dela.

 

“Não me toque, Emmet!” O Abelhudo não sabia onde colocar a cara.

 

“Desculpa?!” Ele pediu baixinho.

 

“Vou pensar… Bom, vamos logo… Edward você vai de Volvo?!”

 

“Não Rose… vou com o Maserati, por quê?!”

 

“Eu vendi meu carro na quarta… Me empresta?” Aquela era nova para mim. Rose era doida por aquele carro dela!

 

“Tudo bem, sabe onde está a chave… Amber vai com quem? Desculpa Docinha, mas só tenho 2 lugares.”

 

“Ahaha sem problemas, Edward. Vou com a Allie e o Jazz, pode ser?”

 

“Pode sim Amber, nós vamos com o carro de Esme… Alice acha o outro grande demais!” Jazz respondeu simpático.

 

“Então chega de conversa! O ginásio da Forks High School nos espera!” Esfreguei minhas mãos e chamei todos.

 

Saímos rapidamente do bosque onde nossa casa ficava. Edward fez questão de sair depois de todos. Ele usava um terno grafite ajustado ao corpo e uma camisa branca. Estava com a barba perfeitamente feita e irresistivelmente… gostoso. Ele acelerou com vontade fazendo o motor turbo gritar. Ele dirigia com uma mão no volante e a outra na minha perna, apertando minha carne sem pudor. Me inclinei para ele e comecei a beijar seu pescoço, apoiando minha mão em sua coxa, deixando ela deslizar mais para a parte interna. Edward gemeu baixinho e começou a diminuir a velocidade e eu deixei de beijá-lo, para não distraí-lo.

 

“Não, não! Continua Bella…” Ele pediu com a voz baixa.

 

“Não, você vai se distrair.”

 

“Não vou não. Sabe… hoje eu não vou te dar muitas escolhas.” Ele disse enquanto parava o carro no acostamento desligando os faróis. Vi os outros carros desaparecerem.

 

“Como assim, Edward?!” Ele não me respondeu, apenas pegou seu celular e começou a digitar. Estiquei meus olhos para ver e ele afastou o visor de meus olhos.

 

“Eu te disse que tinha outros planos, Bella. Nós não vamos a esse baile.” Ele falava calmo.

 

“Como não?! Eu passei por três horas de tortura para que?!”

 

“Bella, eu te avisei que eu tinha outros planos e que era para confiar em mim.”

 

“Tá! Tudo bem!” Cruzei os braços emburrada, voltando para meu banco longe dele. Poxa, eu tinha ficado linda e passado pelas torturas de Alice para não ir ao baile?! Isso me deixou meio frustrada!

           

            “Prontinho Monstrenga…” Ele fechou o celular e pôs no bolso. “Bella olha para mim?!” Eu não olhei. “Olha para mim.”

 

            “Não.”

 

            “Pára de ser teimosa!”

 

            “Não.” Ele riu baixinho.

 

            “Alice sabia.” Ahm?! Olhei para ele não resistindo com aquela afirmação. Ele viu a curiosidade. “Ela sabia que não íamos ao baile.”

 

            “Seu tratante!” Eu estava curiosa para saber o que ele iria fazer.

 

            “Bella…” Ele deu partida no carro, indo para o lado de que vínhamos.

 

            “O que?”

 

            “Não te passa pela cabeça quais eram meus planos?!” Ele se ajeitou no banco e pisou fundo. Em menos de dez segundos ele estava a quase 200 km por hora. Não sei porque razão eu relaxei no banco. Suspirei.

 

Joan Jett - Do You Wanna Touch Me

http://www.youtube.com/watch?v=pdLPJDYDJ_c&feature=related

 

“Não passa nadinha mesmo?!” Ele reforçou com a voz sussurrada mediante meu silêncio. Está certo. Eu não sou burra e nem sirvo para isso. É claro que algo passava por minha cabeça. Edward ligou o rádio e a música gritou em meus ouvidos.

 

            “Nadinha.” Murmurei. “Mas eu confio em você e vou de olhos fechados para qualquer lugar.” E como afirmei que faria, fechei meus olhos. Coloquei meus pés no painel, passei as mãos por minhas pernas e o ouvi acelerar mais.

 

Sentia a breve vibração do carro voando pelo asfalto. Eu não tinha medo da velocidade em que estávamos. Aquilo me deixava louca, era uma combinação que me fazia querer o céu, no melhor sentido da palavra. Edward, curiosidade, tensão, velocidade e música forte. Pronto, ele podia fazer de mim o que quisesse.  Seus dedos percorreram minha face e desceram para o pescoço. Ele pegou minha nuca e apertou.

 

“Você está… gostosa.” Abri um olho para lhe ver. Ele fitava a estrada e olhava para mim rapidamente. Um olho lá, um olho cá. Eu cantava o refrão junto com Joan Jett.

 

“Estou?!” Batia meus joelhos um no outro, abrindo e fechando as pernas, me envolvendo com a música. Ele sorria malicioso enquanto olhava meus movimentos.

 

“Mais do que o normal.”

 

“Vai ver que são os seus hormônios.” Levei uma mão e bati em sua coxa com força, apertando a pele em seguida. Já tinha os dois olhos bem abertos. O fitei.

 

“Ou os seus.” Ele colocou sua mão junto a minha e apertou comigo. Aproximei-me e sussurrei em seu ouvido. O clima dentro do carro começava a ser tingido de tensão. Uma tensão que me arrepiava o corpo e me deixava quente.

 

“Ou os nossos. Onde você está indo?”

 

            “Te fazer minha.” Mordi seu lóbulo da orelha.

 

            “Seja mais objetivo.”

 

            “Te fazer minha de todos os jeitos possíveis.” Concedi diversos beijos por sua mandíbula até seu queixo.

 

            “Uhm…” Gemi enquanto deslizei minha mão em direção a sua virilha devagar. “E onde… onde você vai fazer isso?”

 

            “Em uma cama.” Eu ri contra sua pele.

 

            “Eu espero mais.” Pousei meus dedos sob seu membro. Ele devia estar apertado naquela calça.

 

            “Na cama, no sofá, no chão… onde você quiser.”

 

            “Aham… mas não era eu quem não poderia escolher hoje?!” Apalpei o volume em minhas mãos. Eu não tinha espaço para colocar minhas mãos dentro de sua calça e mesmo que tivesse não o faria. Não queria morrer em um acidente.

 

            “Ahhh Bella! Você pode tudo…” Sua voz saiu tremula e enrouquecida. Ele ainda mantinha a sua mão livre junto a minha. Eu virei a minha palma e encaixei nossos dedos.

                                             

            “Então eu quero não ter escolha… Faça tudo de seu jeito.”

 

            “Dez minutos Edward, dez minutos…” Ele falou para si mesmo. Então eu tinha dez minutos para agüentar ainda.

 

Podia, mesmo no escuro, reconhecer o caminho. E a tensão só aumentava. Eu sabia o que seria feito em dez minutos e a vontade só crescia. Há quanto tempo eu estava sem ele?! Duas semanas?! Não me lembrava ao certo, mas para mim era uma eternidade. Mantínhamos as mãos juntas, e a cada pouco ele me apertava os dedos e suspirava. Estávamos em silêncio e eu não desgrudava meus olhos dele. Ele estava concentrado em manter o autocontrole tanto quanto eu. 

 

“Bella?” Ele me chamou quando entrava na estrada de chão batido que levava a nossa cabana. Eu o incentivei a continuar. “Por que você não veio com o vestido preto?”

 

“AH EU NÃO ACREDITO NISSO! VOCÊ ESTAVA NESSA TAMBÉM?”

 

“Bom… eu achei… sexy!”

 

“E eu achei que você iria querer me matar se eu resolvesse sair com ele… acho que me enganei.”

 

“Dessa vez sim.” Ele olhou para mim. “Vamos logo. Vamos matar essa saudade.” Ele parou o carro e eu tirei o cinto que mantinha a saia extra no vestido, e joguei para trás. Ele pegou na maçaneta da porta a abrindo um pouco, e fui mais rápida. Me deitei sobre ele e fechei, sentindo a breve lufada de ar gélido entrar no carro. Me levantei devagar até ficar cara a cara com ele.

 

“O que você quer primeiro?” Parecia que meu estomago acabava de sair de um freezer. Tinha tantas expectativas que chegou a me lembrar nossa primeira noite.

 

“Como assim?!” Eu beijei seus lábios quentes.

 

“Eu não posso escolher. Você pode. Me diga que eu faço.” Ele oscilou olhares para meu rosto e meus seios. “Você quer que eu fique quietinha e deixe você fazer coisas em mim?”

 

“Sim. Senta nas minhas pernas.” Edward mandou. Me afastei dele e me coloquei sentada nele. “Abre o vestido.” Estiquei meus braços para trás e abri o zíper até embaixo. Ele puxou o pano delicado até minha cintura, olhou para mim por poucos segundos e correu com sua palma aberta por minha pele, desde meu umbigo, passando por minha barriga, esbarrando em meus peitos e pousando em meu pescoço. Com suavidade empurrou minha cabeça para trás e junto com ela meu corpo. Meu apoio era a direção do carro. Olhei para o céu pelo vidro e entre as árvores o brilho da lua cheia nos iluminava. Ele se mexeu em baixo de meu corpo.

 

            A boca dele encostou-se a minha barriga e começou a sugar. Beijos e mordidas, subindo por minha pele. Suas mãos alisavam meus braços soltos enquanto eu aproveitava suas caricias e o sentia crescer embaixo de mim. Com uma mordida em meu seio ele me arrancou um gemido e um movimento de quadril. O pano delicado que tampava meu sexo já estava molhado. Ele abocanhou meu seio esquerdo, lambendo e sugando com vontade, e o outro ele apertou com seus dedos e brincou fazendo círculos com o polegar.

 

Eu não resistia ficar impassível daquele jeito, e eu estava queimando entre as pernas. Suas duas mãos estavam ocupadas, uma em meu seio e a outra em minha boca, e eu lambia seus dedos enquanto ele mexia com meus lábios. As minhas estavam completamente soltas no ar, mas lhes daria uma utilidade. Achando uma fresta entre nossos corpos, entrei pela barra de meu vestido e achei o elástico da calcinha. Era estranho serem meus dedos ali, normalmente eram os dele. Mas como estava bom demais do jeito que estava, comecei a me satisfazer enquanto ele me deixava louca com sua boca.

 

“Nossa…” Ouvi ele murmurar quando sentiu o que eu fazia. Em meio aos movimentos de meus dedos, meu corpo andava junto, esfregando involuntariamente a bunda em seu pau que já gritava por liberdade. Continuei brincando com meu sexo enquanto ele continuou chupando meus peitos. Só gemíamos. Sem aviso ele parou de fazer o que estava fazendo e enfiou a sua mão dentro da calcinha me parando também.

 

“O que? Eu tava quase lá!” Me queixei manhosa.

           

            “Chega disso. Eu quero ter você inteira. Te sentir em cada canto, em cada pedaço de pele. Sentir você se encaixando em mim e te ouvir pedindo aos sussurros por mais. Sempre mais. Quero explodir dentro de você mulher, e te fazer gozar aos gritos, me entendeu? Eu quero chegar lá junto com você.” Ele falou com fúria. Eu só consegui mover minha cabeça concordando com ele. Eu até que estava gostando desse jeito mandão dele. Edward passou as mãos por minhas coxas.

 

“Linda e só minha.” Sorri para ele e abri a porta. Saí meio torta do carro e fraca de desejo. A noite era bonita e fria, dei um passo para frente do carro. Senti a brisa com cheiro de mar a minha volta. Levei meus braços para fechar o zíper do vestido que estava em minha cintura sem olhar para Edward que estava atrás de mim. Suas mãos fortes pegaram repentinamente em minha cintura e me puxaram com força contra seu corpo. Ele me abraçou por trás arrastando as palmas para minha barriga e adentrando com elas na parte que ainda vestia.

 

            “Não quer fechar para mim, não é?” Ele tinha os lábios grudados em meu pescoço. Podia jurar que estava com frio devido estar seminua, mas ele me esquentava.

 

            “Por que fechar o que já vai sair?” Ele afundou mais a mão encontrando a minha calcinha. “Ande.” Entrou mais um pouco e estava lá. Ah! Minhas pernas fraquejaram.

 

            “Eu vou cair, Ediota.” Caminhar com ele segurando em mim, pelo sexo, sem dúvida não seria fácil.

 

            “Eu estou aqui para não deixar que isso aconteça.” Gemi para ele. “Vamos. Se não eu vou ter um ataque aqui…” E assim andamos até dentro da casa. Quando vi o interior não acreditei e ri. Ele tinha pendurado uma faixa de letras recortadas em papel brilhante vermelho, que estava escrito: BAILE DE PRIMAVERA.

 

            “Nosso baile particular?!”

 

            “Pode ter certeza que a nossa dança vai ser bem melhor que a deles!” Me pegou pelos pulsos e me girou completamente até ficar de frente para ele. Perdi o ar quando vi seus olhos verdes cheios de desejo. “Então, qual vai ser? Uma música, uma dança, uma bebida ou uma transa?” Empurrei ele com as mãos para trás. Me virei de costas para ele e empurrei o vestido para baixo, o deixando com uma vista bem privilegiada de minha bunda. Juntei meu vestido no chão e o joguei no sofá, e sem olhar para ele caminhei até a estante onde estava o aparelho de som. Podia sentir seus olhos me seguindo.

 

            “Vamos fazer nessa ordem: Uma música.” Peguei um cd com diversas músicas que ele havia gravado, e ergui, ainda de costas para ele.

 

            “Faixa 7.” Ele mandou. Programei para repetir só aquela e apertei o pause e segurei o controle comigo.

 

            “Certo. Agora: Uma bebida.” Olhei ao redor e para ele, ainda totalmente vestido. “Onde estão as bebidas, Edward?” Ele apontou para a mesinha que ficava no canto da sala. Só tinha uísque. “Sem muitas escolhas.” Me conformei, era melhor que vodka. Andei até lá e agora o enxergava pela minha visão periférica, olhos grudados em mim. Peguei a garrafa, abri o lacre e tomei um gole no bico mesmo, enquanto ficava de frente para ele. A bebida ardeu em minha garganta assim como eu ardia inteira.

 

            “Meu Deus! Ela vai acabar comigo!” Gargalhei para ele. Ele estava de boca aberta.

 

            “Seguindo o roteiro…” Dei uma olhada para ele o medindo. “Mas espere, algo está errado com você, meu Ediota. Você está muito longe de mim e completamente vestido… isso é injusto.”

 

            “Você está certa… e muito, muito gostosa.” Joguei meus braços do lado do corpo como quem diz: O que está fazendo ai parado então?! Edward de imediato tirou o casaco, abriu apenas dois botões da camisa, a tirando pela cabeça mesmo e afrouxou o cinto o deixando aberto. Enquanto assistia, coloquei a garrafa de volta na mesinha. Pulou o sofá e com dois passos largos me colocou prensada contra a parede. “Qual o roteiro mesmo?!”

                                             

            “Ainda estou em dúvida… tem uma coisa que eu posso fazer para ter certeza. Se afaste um pouco.” Ele me olhou com cara de louco, mas ainda assim se afastou. Sem delicadeza alguma, abaixei suas calças e olhei para o que eu mais queria naquele instante. E estava pronto e preso dentro de suas cuecas pretas. “Certo… tenho boas notícias para você, homem.” Ainda longe dele o olhei dos pés a cabeça e encaixei meu polegar na tira de elástico e puxei soltando contra minha pele. Ele riu e chegou junto. Ele me envolveu pela cintura e eu pulei no colo dele agarrando em seu pescoço e soltando a música, jogando o controle em cima do sofá.

 

 

AC/DC - You Shook Me All Night Long.

http://www.youtube.com/watch?v=Bomv-6CJSfM

 

            “A dança vai ficar por último… meu homem.” Ele não me deu mais tempo de joguinhos. Apossou-se de minha boca com uma vontade feroz, me beijando como um louco e eu respondendo com o mesmo desejo. Todas as sensações se multiplicavam a cada momento. Nós brigávamos com nossas línguas arduamente, querendo nunca parar com aquilo. Mas um de seus movimentos de quadril contra mim, me fez ver que tinha coisas muito mais divertidas e prazerosas para fazermos.

 

            “Se segura amor.” Eu me segurei mais forte em seu pescoço e ele me largou a cintura. Soube que ele estava se livrando daquele paninho fino quando vi que ele puxava minha calcinha para a lateral. “Como eu senti sua falta, minha Bella.” Com sua voz suave anunciou. Senti encostar-se ao meu instinto apenas tocando seu penis em mim. O raspou em mim algumas vezes me instigando mais, eu podia gozar fácil naquela brincadeira dele. Mordi meus lábios e o senti forçando em meu centro, entrando em mim e me fazendo sorrir.

 

            “Aaaahh” Gemi aliviada quando ele com calma foi até o fim. Contra a madeira da parede ele começou a estocar em mim. Era tão bom sentir sua força, ver o prazer que estampava seu rosto e gemer seu nome. Minhas costas batiam no áspero da parede e meu corpo era projetado para cima a cada movimento dele. Suas mãos seguravam em minha bunda e seus lábios beijavam meu pescoço. Eu estava agarrada a seus cabelos e chamava por ele entre suas investidas dentro de mim.

 

            “Edward… ahhhh”

 

            “Ahhh… Tá bom assim?” E sua velocidade se tornou maior.

 

            “Uhum… aaaaa… mais… vem… uhm”

 

            “Ahha…” Ele começou a cantar a música em meus ouvidos. E ah meu Deus. Foi o que bastou. Ele parecia se mover no ritmo louco daquele rock em mim. E eu queria fazer ele o homem com mais prazer no mundo. Arranhei suas costas com força. Ele amava isso. Apertei minhas pernas nele. Com uma mão puxei seus cabelos com força e arranquei sua boca de minha carne e o beijei com gana. Sua reação foi grotesca; girou rápido e me tirou da parede, caindo por cima de mim no tapete ofegando em meu rosto. Eu nem sabia direito o que era respirar. Edward com toda aquela delicadeza tentou arrancar minha calcinha, mas o elástico bateu de volta em minha pele. Eu tive que rir, mas doeu. Então ele a tirou com tranqüilidade depois de meu riso que ficou meio chorado no final.

 

            Ele beijou o local onde a tira tinha deixado marca e no pêlo macio ele deu tudo de si. Entrando com muita vontade. Minhas pernas nunca estiveram tão afastadas. Meu corpo tremia nos momentos em que ele cantava que eu o sacudia durante toda a noite e era ele quem me devorava. Era insano o sexo. O melhor.

 

            Suas mãos percorreram um caminho desde minhas coxas até meus seios. Brincaram ali por um momento, mas logo estavam segurando em meu rosto enquanto ele me beijava. Meu corpo reagia com prazer a todas as suas entradas. Empurrava meus quadris contra os dele e minha garganta lhe dava sussurros miados de que eu queria mais. Ele rolou comigo nos deixando deitados de lado por um momento, sem sair de dentro de mim. Minha perna ficou por cima de seu corpo para ele conseguir ficar encaixado direito, mas eu não gostava assim, fiz força e consegui ficar por cima.

 

“Minha vez de brincar com você!”  

 

            “Sou todo, todo, uhmm… todo seu… ahhh.”

 

            Rebolei em seu membro com vontade. Eu podia me soltar totalmente em cima dele que o sentiria tocando no fundo. Ele tinha a melhor cara de prazer que uma mulher poderia ver. Seu peito nu tinha um leve brilho molhado devido ao suor. Seus olhos verdes cintilavam para mim e seu sorriso que se misturava com suas expressões sérias quando eu forçava mais nele me incentivavam a continuar. Meus dedos percorreram seus músculos e quando estava cansada de estar longe de seus beijos o puxei pelos braços o fazendo se sentar. Assim, sentados, nós dois nos amávamos juntos. Ele rompendo, eu dançando. Nos beijando. As respirações eram irregulares e o ofegar era constante. Ele aumentou a força e a velocidade, meu corpo tremia junto ao seu. Os amortecimentos começaram quando ele chamava por mim.

 

            ‘“Uhmm Bella… ah… vai… mexe amor.”

 

            “Ahhhh Edw-ard… assim… uhn.”

 

            “Mais forte?”

 

            “Sim… ahhh… sempre.”

 

            E foi nesse vai e vem cadenciado que senti o meu corpo começar a me dizer que estávamos quase lá. Com a força certa ele foi até o fim, me levando as alturas e me fazendo sua, como prometera. Em instantes eu e ele não agüentamos e gritávamos um no ouvido do outro. Ele explodiu em mim quando sentia as contrações em torno de seu sexo ainda dentro de mim. Os espasmos e os tremores me amoleceram e me relaxaram e já não me dominava. Mesmo já esgotados, ele permanecia em mim. Apenas deitado com sua cabeça entre meu ombro e meus cabelos. Tentávamos respirar direito, tomar fôlego. Eu queria rir. Estava completamente no céu.

 

            “Eu não quero sair daqui…” Ele se referia a meu corpo.

 

            “Eu não vou fugir.”

 

            “Eu sei… mas eu queria passar a noite inteira… sem parar nenhum momento de fazer amor com você.”

 

            “O corpo é fraco amor, diferente do desejo!”

 

            “E como eu te desejo, e como eu te amo.” Lhe acariciei o rosto e o beijei com calma.

 

            “Me lembre de nunca mais passar tanto tempo longe… de novo… E nós que achamos que dois dias eram demais desde a última vez!” Constatei lembrando da última vez que tínhamos estado naquela cabana.

 

            “Parece que faz um ano.” Ele me beijou dessa vez.

 

            “Parece mesmo… mas as coisas só parecem estar melhores.”

 

            “E a minha dança?”

 

            “Ah… tenho que dançar?”

 

            “Está no nosso roteiro… aliás, quando o roteiro acabar o que fazemos?”

 

            “Simples. Repetimos, e de novo, e mais uma vez, e quantas mais agüentarmos. Ou até o uísque nos derrubar!”

 

            “Fechado!” Ele rolou para o lado me fitando. “Pronta para a dança?”

 

            “Me dê mais um momento para eu encontrar as minhas pernas e minhas moléculas, sim?! Você acabou comigo!”

 

            “Você me enlouquece.”

 

            “Ah sim… você me põe louca também e, aliás, eu te amo.”

           

            Depois de alguns minutos, eu levantei e lhe ofereci a mão. Ele aceitou. Sorri, por incrível que pareça tímida para ele.

 

            “Vamos dançar nus?”

 

            “Não quer se vestir, não é?” Pensei por um momento.

 

            “Nããããão! Fica muito mais fácil de seguir o roteiro assim!”

 

Ele escolheu uma música calma e nós dançamos juntos. Movendo para esquerda e direita, sem grandes rodopios ou giros. Apenas abraçados ouvindo a melodia suave nos envolvendo. Apoiei minha cabeça em seu peito e escutei seu coração bater compassado e calmo. Ele pousou a sua em meu ombro e suspirou. Ele murmurava a música junto comigo. Podia o mundo desabar e eu estaria feliz. Estava em paz e tranqüila. Eu não tinha mais medos de perdê-lo ou que algo pudesse nos separar. Estava convicta de meus sentimentos e de seu amor por mim, que era tão grande quanto o meu. Eu podia sentir isso a cada olhar, a cada gesto.

 

Quando a música acabou começamos o nosso roteiro novamente. Só que dessa vez aproveitamos um pouco mais a bebida e teimamos um com o outro em relação à música. Ele queria rock e eu queria jazz. No fim deixamos rodando um cd de Alice e fizemos amor rindo ao som de Party in the USA. Era bem divertida, mas não combinava com a gente. Para finalizar dançamos uma música qualquer.

 

O nosso roteiro se repetiu algumas vezes. Ele me dizia que eu tinha que ficar acordada. Ele queria me mostrar algo pela manhã, mas eu não poderia dormir. E sua tática foi boa. Foram horas fazendo sexo. Eu já estava meio embriagada e ele também. Conversamos por algum tempo quando eu pedi por um descanso. Minhas pernas não agüentavam muito mais e eu estava com sono depois de certa altura da madrugada. Porém era inútil eu querer dormir, toda vez que ele me tocava eu despertava e lá íamos nós novamente para a cama, ou o sofá, ou no chão mesmo. Para resolver o problema do sono quando eu disse que não agüentaria mais dar nenhum gemido, ele me fez vestir um moletom que ele tinha lá e me levou para fora na varanda do chalé. Nos sentamos nos degraus de entrada, sentindo o vento gelado e de fato aquilo me acordou. A garrafa de uísque já estava na metade e nós riamos feito loucos de qualquer coisa que dizíamos. E o tempo passou.

 

Quando eram umas cinco horas da manhã ele me pegou no colo, me levou para dentro, pediu para que eu vestisse minhas roupas que iríamos a um lugar. Mantive seu moletom em mim por cima do vestido que brilhava. E era tão quentinho! Ele dirigiu com calma na estrada que descia para a primeira praia. Contornou a encosta e me olhou com cara de cansado quando parou o carro.

 

“Que noite, não é Monstrenga?”

 

“Foi incrível Ediota.”

 

“Foi mesmo… Você quer que seu dia seja incrível também?”

 

“Eu quero que sempre seja incrível assim.” Disse sincera. Ele sorriu e desceu do carro abrindo a porta para mim assim que deu a volta. Segurou em minha mão e pegou no porta-malas um cobertor.

 

“Vem, vamos ver o dia surgir incrível.” E caminhamos para a praia. A areia grossa e escura era úmida e pesada. Ainda era escuro, mas não tanto como era a madrugada. Em silêncio o segui abraçada em sua cintura. Ele estendeu o cobertor no chão e sentou-se ali esperando por mim. Coloquei-me a seu lado, com minha cabeça em seu ombro, olhando as ondas quebrarem na praia frente a nós. Bocejei. “Amor, só mais dez minutos.” Concordei com a cabeça e ele conversou comigo para me manter acordada.

 

            Ele apontou para um ponto no horizonte entre as rochas que ficavam no oceano. O céu começava a se tingir de um tom alaranjado muito claro naquela região. As nuvens típicas de Forks estavam ali ainda, mas naquele local eu conseguia ver o sol nascer.

 

            “Veja, hoje o dia nasce incrível para nós.”

 

            “É lindo.”

 

            “Eu te trouxe aqui só para te mostrar Bella, que não importa o quão escura esteja a noite, ou quantas nuvens cobrem os céus, o sol sempre, sempre brilha.” Eu olhei para ele com lágrimas nos olhos. “Sol, brilha para mim?” Ele pediu, passando os dedos por meu rosto, me dando um beijo nos lábios.

 

            “Ah meu Deus! Você escutou!” Fiquei atordoada.

 

            “O que amor?”

 

            “Enquanto você dormia, toda noite, quando tocava em suas mãos eu pedia: Sol, brilha para mim? Na esperança que você acordasse.”

 

            “Eu escutava uma voz longe em meus sonhos pedindo, e tudo ficava quente.”

 

            “Era eu…” O abracei. “Você me faz feliz.”

 

            “Só dou o que eu recebo… agora durma minha Monstrenga. O sol vai continuar aqui quando você acordar.”

 

Então eu fechei meus olhos. E mais do que nunca eu tinha a clara certeza de que nós ficaríamos bem.

 

Continua…

 

(***)

 

N/a: Ahh! Eu consegui acabar esse capítulo! Nem acredito ainda! Hahaha. Bom o que vocês acharam? Preciso saber, preciso de seus comentários!

            Eu gostei dele… não é daqueles que eu amei, mas criei um carinho especial por ele… Algumas de vocês sabem o que tem acontecido em minha vida ultimamente, e por isso esse capítulo foi tão sofrido de sair. Eu quero animar essa fic e fazer ela estar em uma fase completamente feliz. Não quero por muitos dramas nela, até porque sofrimento demais acaba com o ser humano. E comigo! Ahahahha Eu tenho meus problemas e graças a essa fic eu estou conseguindo achar algum motivo para me alegrar. E vocês, minhas leitoras amadas, fazem parte dessa alegria! Obrigada.

            Quero pedir que comentem o que leram. Para mim é muito importante mesmo saber o que estão achando e pensando da história.

            Bom, eu não tenho previsão de quando sairá o próximo capitulo… mas na comunidade sempre terá avisos!

            Muito obrigada sempre!

            Ah! E não deixem de conferir Kansas Revenge, quem ainda não foi tá perdendo tempo! Hahaha (modesta nada!)

 

Kansas Revenge:

http://fanfiction.nyah.com.br/historia/77845/Kansas_Revenge

 

Comunidade Waking Up.

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=98855211

 

Beijos Grasi. 

 

N/b (Mari): Ahhh Santo Deus! O que dizer desse capítulo?! Eu mais uma vez amei, achei perfo demais e fiquei toda viada com os momentos fofos desses dois! Principalmente com esse final! QUE COISA MAIS LINDA DE SE DIZER E SE FAZER PRA PESSOA QUE VOCÊ AMA! E claro...sem esquecer da nossa querida e amada LEMON! *-----*

Posso dizer que foi bem...quente! Intensa! Coisa de louco! Hahaha Deu pra perder o ar com a Monstrenga e o Ediota, certo?! Hahahahaha

Enfim...mais uma vez (só pra não perder o costume!) nossa autora ARRASOU! Teve drama, diversão e tesão na medida certa! FODÁÁÁSTICO DEMAIS, OK?!


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Notas finais do capítulo

COMENTEM MUITO! :*