Waking Up - Aprendendo a Viver escrita por Soll, GrasiT


Capítulo 14
Capítulo 8 - REALIDADE ESCOLAR - PARTE 3


Notas iniciais do capítulo

E como eu falei, o Nyah me fez dividir o capitulo em 3 partes ¬¬ Comentem em todos os capitulos ok? Beijos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/66060/chapter/14

Narração: Edward Cullen.

 

            Dificuldades. Muitas dificuldades era o que eu estava encontrando na Base Militar da Península Olimpyc.

 

            SEGUNDA FEIRA 15h00min

 

            Assim que deixei Bella na sua turma de Química voei para fora do colégio rumo a Base onde Charlie tinha trabalhado anos atrás. Ser filho de quem era deveria valer alguma coisa. Afinal Carslile sempre auxiliava os médicos da base. Eu precisava de qualquer jeito descobrir um modo de falar com ele. De fazer Bella falar com ele. Ela se divertia, ria, mas ainda conseguia a ouvir chorando baixinho no banho ou falando com Alice sobre a falta que o pai fazia. Sem falar que durante as noites enquanto a via dormir, seu sono era meio turbulento, ela sonhava, e muito. Ela alternava chamando meu nome e o do pai. O de Charlie sempre vinha seguido de algum sussurro inteligível. Eram mais como resmungos de dor. Eu podia sentir a sua dor. Estávamos tão entregues e ligados um ao outro que algumas coisas pareciam mais mágica do que qualquer outra coisa. Eu a amava tinha absoluta certeza. Ela me dominava.

            Durante todo o percurso me lembrava de seu cheiro, seu toque, seus olhos. Eu viraria o mundo atrás de Charlie, mas o encontraria.

 

            “Boa tarde, eu sou Edward Cullen, filho do Dr. Carslile Cullen e preciso falar com o general de sua base.” Falei para o soldado que ficava de guarda na cancela do quartel.

 

            “Infelizmente o General não está. Volte outra hora sim?”

 

            “Não!”

 

            “Como?” Ele me olhou com cara de indignado. Não podia me esquecer de que o cara estava com uma arma na mão e tinha que controlar meu gênio.

 

            “Olhe Soldado…” Olhei em sua identificação. “Soldado Clearwater, eu preciso falar com ele! É um caso muito importante! Me deixe entrar e eu espero quieto, sem alardes”.

 

            “Desculpe Senhor, mas não posso liberar sua entrada.” Definitivamente ele não me deixaria entrar nem que eu o subornasse com o meu Maserati.

 

            Na terça feira foi exatamente a mesma coisa. Eu pedi por ele e nada. Começava a desconfiar que ele não estivesse nem aí para qualquer pessoa que desejasse falar com ele. Bella me pedia para eu contar logo o que eu tentava resolver, mas não queria deixá-la cheia de esperanças e depois quebrar o seu coração.

 

            QUARTA FEIRA 17h25min.

 

 

            “Olha Seth, você poderia, por favor, me deixar entrar e falar com ele! Eu sei que ele está aí! Nenhum General fica vagando por ai!” Eu até já chamava o soldado pelo primeiro nome. Já tinha contado toda a história e ele disse que entendia, mas ele tinha ordens a cumprir, era um “mero soldado raso”, como ele mesmo me disse.

 

            “Cullen eu não posso!”

 

            “Inferno!” Bati no volante com força. Ele me arregalou os olhos. Vi meu celular jogado no banco e uma idéia me veio a cabeça. Eu estaria entre a cruz e a espada por isso. “Será que então você poderia ao menos me dizer o nome do General?”

 

            “Claro, é General Churchill”.

 

            “Obrigada Seth!” Sai dali correndo, na primeira curva parei no acostamento. Liguei para Carslile.

 

            “Oi filho, como você está?”

 

            “DESESPERADO PAI, DESESPERADO!”

 

            “Nossa, fica calmo Edward! O que aconteceu assim de tão grave?”

 

            “Eu preciso falar com Charlie Swan!”

 

            “COMO?”

 

            “EU PRECISO FALAR COM CHARLIE SWAN… A BELLA PAI… A MINHA BELLA PRECISA FALAR COM ELE! ELA NÃO AGUENTA MAIS FICAR SEM NOTÍCIAS!”

           

            “EDWARD ANTHONY CULLEN! QUE HISTÓRIA É ESSA DE MINHA BELLA” Ele gritava no telefone. E essa era a parte que eu tinha me entregado.

 

            “PAI ESCUTA! Confie em mim, eu te conto assim que chegar em casa! Só me ajude agora pode ser?”

 

            “Tudo bem Edward, o que você precisa?”

 

            “Preciso que você ligue para o General Churchill da Base Olimpyc e peça para ele me receber! Por favor, me diga que tem o número dele!”

 

            “Tenho sim, mas Edward, você vai me contar, não adianta fugir… VOCÊ VAI CONTAR!”

 

            “Claro que vou contar pai!” E dez minutos depois disso eu já estava dentro do quartel falando com o General Churchill. Ele não estava acreditando muito em minha história, mas eu implorei a ele para me dar uma chance de provar que era verdade.

 

            “Ok garoto! Lembro-me perfeitamente de Charlie Swan e de sua menina de olhos cor de chocolate… Não deve ter mudado muito, e se mudou deve estar mais parecida com o pai. Essa historia é meio estranha sabe rapaz… Traga ela aqui amanhã após a aula. Quero ver se a informação procede!” O General tinha a voz altiva, em um tom rouco e grave. Ele tinha pulso firme, mas via em seus olhos algum tipo de loucura que me assustava.

 

            Tive sorte que Carslile teve que fazer plantão e não pode conversar comigo, antes queria falar com Bella que teríamos que contar a ele. Agora estávamos ali, na “sala de espera”, aguardando o General Churchill nos receber. Bella tremia levemente o corpo e apertava minha mão junto à sua, ela estava muito nervosa. Gostaria de poder beijá-la e a fazer esquecer-se disso até cruzar a porta da sala a nossa frente. Beijei o topo de sua cabeça e ela suspirou.

 

            “Fica tranqüila, nós vamos conseguir. Eu estou do seu lado… sempre, você nunca vai estar sozinha, se lembre disso.” Sussurrei em seu ouvido da forma mais suave que sabia.

 

            “Eu também… sempre estarei ao seu lado, não importa onde, nem como, eu vou estar com você.” Ela cantava baixinho para me deixar mais feliz do que eu estava. Ela estava certa, não importa onde estivéssemos sempre estaríamos juntos, sempre estaríamos unidos um ao outro, sempre seriamos um.

 

Narração: Bella Swan.

 

            Eu estava ali, aguardando ansiosa para falar com meu pai. Meu coração batia a mil. Edward me disse que estaria ao meu lado. Eu também. Estaria com ele onde quer que fosse. Eu sentia que não tinha forças para ficar longe dele. Acho que definharia. Parecia que o meu mundo girava ao redor dele. Como Esme dissera, ele me atraia como um imã. Fiquei parada em seu abraço até ver o trinco da porta à frente se mover lentamente. Quando vi a bolinha da maçaneta girar, meu coração palpitou como se fosse meu próprio pai a sair daquela sala. Mas não era Charlie, e sim um militar alto e forte, devia ter 1,80m de altura, tinha traços fortes e algumas linhas de expressão marcando a testa. Seu cabelo cortado no melhor estilo militar, igualzinho a Charlie, a única diferença era que ele tinha fios grisalhos aparentes, os de meu pai eram negros como a noite. Seu rosto não era totalmente estranho para mim, olhei em sua identificação: GENERAL CHURCHILL.

 

            “Ora, ora, ora… o que temos aqui? Você veio mesmo!”

 

            “Eu disse que viria senhor… General, essa é a Isabella. Isabella Swan, filha do General Swan.” Edward tomou a frente e explicou quem eu era.

 

            “Uhm…” Ele esfregou a mão no queixo, provavelmente avaliando se eu era quem dissera que era.

 

            “Olá General Churchill, como vai?” Falei tímida e ainda assim firme, demonstrando todo o respeito que Charlie havia me ensinado a usar com militares de alta escala.

 

            “Vou bem filha… Mas vejo que você não mudou nada! E está cada vez mais parecida com seu pai! É inegável que seja você a pequena de Charlie.” Senti Edward relaxar ao meu lado. Eu também fiquei menos tensa. Porém mais ansiosa. “Impossível esquecer esses olhos!” Fiquei vermelha de vergonha. Parecia que o homem me conhecia há anos.

 

            “Ahm… obrigada.”

 

            “Agora… vejo que está procurando seu pai?”

 

            “Ah sim General, faz exato um mês que não tenho notícias do meu pai! Já não tenho para onde correr.”

 

            “Venham então, vou ajudar.”

 

            “Oh, muito, muito obrigada mesmo senhor!” Respondi sincera.

 

            “Não querida, não agradeça a mim, mas a este rapaz ao seu lado, que me convenceu de recebê-los. Eu não estou fazendo nada demais, e acredito que meu amigo tenha bons motivos para não ter dado notícias. Entrem, por favor?” Ele indicou para adentrarmos a sala dele. Edward veio logo atrás de mim. A sala era bem parecida com a de Charlie em New Orleans. Algumas medalhas penduradas nas paredes, uma bandeira nacional em um porta-bandeira, uma pilha de papéis sob a mesa, e tinha uma estante no canto esquerdo do local com algumas fotos. Fotos de família. Aproximei-me com calma do móvel. Eram fotos de família. General Churchill tinha uma família maravilhosa. Um triste sentimento de inveja me tomou. Corri meus olhos pelos pequenos objetos retangulares, uma foto prendeu minha atenção. E eu não acreditei em que meus olhos viam.

 

            “Essa… essa sou eu e Josh?”

 

            “Sim é você e Joshua, Charlie é o que está no tanque e esse homem que te carrega nos ombros sou eu.” Eu vestia um vestido branco, um casaquinho de lã com flores desenhadas, uma boininha vermelha e duas pequenas tranças caiam uma de cada lado em meus ombros. Eu devia ter no máximo três anos. Era a mesma base militar em que estávamos naquele mesmo instante. Eu esticava meus braços para Charlie de cima dos ombros do General Churchill que segurava meu irmão pela mão, que tinha cara de criança assustada, mesmo sendo mais velho que eu. Meu pai fazia o mesmo, esticando os braços para me pegar. Senti uma lágrima escorrer por meu rosto. Sequei rapidamente. Eu precisava muito falar com meu pai. A saudade doeu em meu peito. Eu era tão feliz naquela foto.

 

            “Realmente, seus olhos não mudaram nada, e nem suas bochechas rubras!” O Ediota me disse, trazendo-me de volta a realidade. Não me lembrava daquele dia da foto. Um barulho forte na mesa de madeira me fez saltar no lugar.

 

            “Bom, você era uma menina sapeca Isabella! E quase uma filha para mim também, já que só tive garotos… Charlie gostava de te trazer aqui!”

 

            “Ah sim, eu me lembro de algumas vindas aqui!” Ele se sentou em sua grande cadeira preta giratória e foliava aquele livro que parecia ter milhares de telefones e endereços. Eu estava muito perto de conseguir falar com meu pai.

 

            “Se sentem crianças” Eu segui para a cadeira, podia sentir minhas pernas tremerem.

 

            “Eu prefiro ficar de pé se me permite senhor.” Edward falou.

 

            “Fique a vontade Cullen… bom, vejamos… aqui está: base militar de New Orleans… um minuto filha.” Eu tremia violentamente minha perna direita em um movimento involuntário. Ele discou o número com cautela e calma, eu estava prestes a arrancar aquele telefone da mão do General. “Boa tarde recruta, aqui é o General Churchill da base militar da Península Olimpyc, eu preciso falar urgentemente com o General Swan. Pode me chamar ele?” Ele ouviu a resposta e seu rosto se suavizou um pouco. “Ah claro, aguardarei.” Cerca de dois minutos se passaram, eu fiquei muda olhando para o homem a minha frente, como se esse meu gesto fosse adiantar alguma coisa. “AHHH CHARLIE SWAN, MEU AMIGO! QUANTO TEMPO NÃO FALO COM VOCÊ! COMO ANDA A VIDA… AH SIM, INDO?” Ele ouvia meu pai. Eu já sentia as lágrimas em meu rosto e Edward segurando meus ombros e se mantendo ao meu lado.

“Ah sério que Bella está em Forks?” Será que ele podia parar de enrolar? “Bom, eu vou indo bem… mas estou com um caso sério aqui…” E isso lá era hora de matar a saudade e falar sobre o trabalho? “É muito sério… preciso que fale com uma pessoa, provavelmente você tenha uma solução melhor mais fácil que eu… Tchau meu amigo!” Ele me estendeu o telefone e eu o peguei tremula.

 

            “Pai?” Foi a única coisa que consegui proferir antes de desabar a chorar.

 

            “A Bells! Minha Bells… Filha…” Ele também chorava. “Me… desculpa?”

 

            “Pai… ah pai… você me descu-culpa?” Eu falava entre soluços.

 

            “Não tenho pelo o que te desculpar filha… Não chore mais meu amor…”

 

            “Pai eu tenho tantas saudades! Porque você não me ligou? Eu tentei tanto falar com você! Porque nunca me atendia?” Eu tinha meus olhos embaçados de tantas lágrimas.

           

            "Ah amor, é a Renée! Me desculpa! Ela está fora de si! Faz uma semana que não a vejo!”

 

            “Pai, agora eu não quero saber de Renée! Como você está? Ah queria tanto te abraçar!”

 

            “Agora, falando com você, eu estou bem… Mas não, as coisas não estão tão bem. Sinto muito sua falta aqui… e você como está? Seja sincera!”

 

            “Ah Charlie, eu estou bem, apesar da preocupação com você… todo esse mês tentei falar com você pai, isso me machucou, me deixou ansiosa! Eu estou vivendo pai. Lutando pelo o que amo!”

 

            “Isso inclui a mim Bells?”

 

            “Foi você General Swan que me fez ver isso… como poderia não lutar por você?”

 

            “Oh, meu bem! Isso lute por seus sonhos! Mas me conte como está a escola? E os Cullens como estão? E os filhos novos de Carslile como são?”

 

            “Ah pai, na escola está tudo bem, aqui as pessoas não me humilham…”

 

            “Mas que bom! As pessoas de Forks sempre foram muito acolhedoras!”

 

            “Não pai, não tem a ver com ter sido acolhida e bem recebida, pelo contrário, a maioria das meninas me detestam… tem mais a ver com quem você anda!”

 

            “Filhos de Carslile?”

 

            “Exatamente! Eles são muito legais! Pai precisa ver o Emmet! Nem parece aquele magrelo que a gente conheceu! Ele está um urso! A Alice continua a mesma louquinha e carente de sempre… amo ela! Ah e tem os meninos novos deles! São excelentes! São Jasper e Edward! Nossa! São muito atenciosos!”

 

            "Ah! Atenciosos? Espero que esteja se dando bem com eles!”

                 

            “Bastante!” Na verdade pai, você nem imagina como me dou bem com Edward. Completei em pensamento. Olhei para o Ediota que me fitava abobalhadamente.

 

            “Que bom Bells, que bom!”

 

            “Pai… e Renée, o que aconteceu com ela?”

 

            "Ela surtou completamente. Destruiu com a casa, em um dia que você ligou. Ela está totalmente fora de si filha! Tive que sair de casa! Faz uma  semana e meia que não a vejo!”

 

            “O QUE? ELA DESTRUIU COM A CASA? COMO ASSIM CHARLIE?” Renée devia estar mesmo fora do normal. Eu queria pegar ela pelo pescoço.

 

            “Ah Isabella, é uma longa historia, mas resumindo, você ligou, ela falou com você, e acho que isso não a agradou e ela destruiu a casa me culpando e culpando você. Ela quebrou a televisão, destruiu com os telefones, queimou a agenda e cortou os fios da linha telefônica e me cortou com uma tesoura e eu a deixei sozinha com uma verdade: Ela nunca mereceu nenhum de nós três.”

 

            “Pai, você deixou aquela louca sozinha? Ela vai se matar! Meu Deus pai, isso não pode acontecer!”

 

            “Bella ela não vai fazer nada, ela gosta de sofrer. Sempre preferiu ir pelo caminho mais difícil, e Luzia está lá, me manda notícias diariamente, não se preocupe com ela. Acho que você não precisa se importar com ela Bella. Cuide de você!”

 

            “Difícil não me importar, principalmente, depois que você me conta isso! Mas eu estou bem, e me cuido, não se preocupe pai. Graças a Deus eu vim para Forks. Não sinto mais tanta dor… Tenho me adaptado bem por aqui, me sinto bem aqui… não sei o que acontece!” Falei olhando para Edward, era óbvio que eu sabia o que acontecia. “Pai, me deixe um telefone para eu ligar, eu estou no escritório do General Churchill e não quero incomodá-lo mais!” O general fez um gesto que identifiquei como um não me importo.

 

            Ah claro meu bem…” Ele me passou o número da base e salvei em meu celular. E eu dei o número de casa.

 

            “Pai, eu não quero desligar, mas eu e Edward precisamos ir…”

 

            "Edward? Ele está ai com você?"

 

            “Uhm…” Droga, o que eu diria… “Tá sim pai, ele virou um grande amigo!”

 

            “Que ótimo Bells! É excelente que tenha novos amigos!"

 

            "É excelente mesmo pai!” E você nem sabe como... “Charlie, não esquece de mim ok?! Me liga assim que conseguir… e, por favor, não deixe aquela louca sozinha… por mais que ela mereça isso, ela precisa de cuidados. Beijos e tenho saudade.”

 

            “Beijos Bells. Se cuida filha, e pode deixar que eu irei ver como Renée está! Tchau!”

 

            “Tchau pai!” Desliguei o telefone hesitante. Agradeci ao General e ele se ofereceu para ajudar-me sempre que precisasse e Edward e eu saímos dali.

 

            Eu estava mais do que feliz. Há anos não me sentia assim. Eu tinha Edward, Alice, meu pai de novo. Me sentia a pessoa mais sortuda do mundo. Eu olhei para Edward que dirigia sorridente.

 

            “Por que você está rindo Ediota?”

                 

            “Haha, deveria estar sério?”

 

            “Não, mas eu quero saber…”

 

            “Por que consegui te fazer feliz mais uma vez. Agora me diz que você está feliz mesmo! Por que se não…”

 

            “Se não?”

 

            “Você vai pagar!”

 

            “Uhm eu vou pagar… e posso saber como Ediota?”

 

            “Você quer ir pra cabana?” Ele me olhou com os olhos safados e uma sobrancelha erguida. Entendi o que ele queria.

 

            “HAHAHAHA, é assim que eu vou pagar?” É claro que eu estava mais do que feliz, mas sinceramente, era tentador… entrei naquela brincadeira de dois sacanas.

 

            “E caro. Muito caro.”

 

            “Não vejo a hora de pagar então, por que estou morrendo de tanta infelicidade.”

 

            Edward pareceu voar para a cabana. Eu olhava para o meu namorado e ria bobamente. E pensar que há um mês eu gostaria de estar morta. Tudo o que menos queria era isso agora. Como fui tola em imaginar que não haveria uma vida para mim. Charlie me falou que eu tive minha segunda chance, e que muitas pessoas procuram por isso, mas nunca encontram. Eu não iria deixar a minha segunda chance passar, eu iria aproveitar. Eu viveria. Estava decidido, não iria mais sofrer. Josh, eu superaria. Renée eu buscaria evitar. Charlie eu o traria para perto de mim se possível. Nada e nem ninguém conseguiria tirar a minha vontade de continuar respirando. E meu ar é Edward Cullen. Eu sabia que era ele que me inspirava a continuar viva. Quem me mantinha acordada. Era ele quem me fazia ver quão bonita a vida pode ser mesmo com tantos problemas.

            Ele estacionou bem a frente da casa. Eu arranquei as chaves de sua mão e o puxei pela camiseta para dentro da casa. Fechei a porta e o coloquei contra parede, exatamente como ele fez comigo na primeira vez que tinha ido ali.

 

            “Sabe… esse lugar me inspira a pagar minhas dívidas. Quando vai cobrá-las?” Perguntei o provocando bem próxima a sua boca.

 

            “Ahm… se você quer pagar… eu posso cobrá-las agora mesmo.” Fiquei na ponta dos pés e comecei a beijar em baixo do seu queixo, pequenos e suaves beijos molhados.

 

            “As cobre, eu tenho o que você quer…” Falei em um fio de voz em seu ouvido dando uma mordidinha para atiçá-lo mais ainda. Em um movimento rápido ele colocou meus braços em seu pescoço e me puxou para o seu colo, me fazendo o abraçar com minhas pernas em sua cintura. Ele procurou minha boca com seus lábios quentes, pediu passagem e começamos a nossa dança favorita. Ele segurava firme em minha cintura por debaixo de minhas roupas, só suas mãos me faziam cobiçar mais seu corpo junto ao meu. Ele caminhou comigo no colo esbarrando na mesa e em alguns outros móveis. Edward atrapalhado me fez rir entre nossos beijos. Mantinha meus olhos fechados. Não nos largávamos nem por um segundo, o beijo se tornou exigente. Ele brincava com meu céu da boca e eu comecei a gemer baixo quando ele me prensou contra uma parede violentamente. Adorava quando ele fazia esse tipo de coisa. Me excitava muito. Ele beijou meu rosto em diversos lugares, mordeu minha orelha e sussurrou com a voz rouca.

 

            “Você me faz feliz garota, você me faz feliz”

                 

            “Você me mostrou o que é felicidade”.

 

            E nos jogamos aos beijos e abraços na cama. Ele arrancou minhas roupas em um segundo. Eu não hesitei em tirar as dele também. Estávamos ainda com nossas peças íntimas nos beijando e brincando com nossos corpos. Eu me deliciei em cada parte de Edward. Meus lábios percorriam seu corpo, meus dentes apertavam sua carne. Minha língua saboreava seu gosto. Só um lugar que eu não tinha provado. Ah! Mas aquilo me chamava. Fui percorrendo um caminho reto desde seu queixo até o final de sua barriga. Quando ele sentiu minhas mãos em sua cueca ele as segurou.

 

            “Bella… Isso não está nas suas dívidas… não precisa, se não quer.” Ele falou suave se sentando na cama. Me posicionei sentando em suas coxas e abraçando seu pescoço.

 

            “Vamos considerar os juros?” Olhei seus olhos verdes, em um tom mais escuro do que o normal, podia sentir o desejo ardendo ali. Deixei nossos corpos mais unidos e falei de maneira sussurrada “Edward, meu homem, você quer, eu quero… deixa eu tentar”

 

            “Repete… o que eu sou seu?”

 

            “MEU. HOMEM. SÓ. MEU.”

 

            “AHHHH SOU TODO SEU, TRAGA AS ALGEMAS… EU ME RENDO!” E se jogou para trás me levando com ele. Comecei de novo a percorrer seu corpo e quando cheguei ao meu objeto de desejo eu não sabia como fazer, mas tinha alguma noção. Não devia ser difícil. Removi o pano fino que cobria o seu membro já enrijecido. Eu só queria provar mais dele, assim como ele tinha me provado inteira. Deixei qualquer resquício de vergonha e receio de lado e literalmente cai de boca. E era delicioso. Comecei lambendo seu sexo, e depois beijei com selinhos molhados, chupava assim como se chupa um sorvete, leves mordidinhas com os lábios. Ele gemia e se remexia. Ah, era delicioso. Tão bom quanto receber. Ouvir seus suspiros de prazer me fazia ficar mais molhada. Ele pegou na minha cabeça e me conduziu em movimentos de vai e vem com a boca. Aquilo estava me deixando louca. Eu queria ele em mim, mas não daquele jeito delicioso. Eu queria do melhor jeito possível. Eu queria ele matando o vazio no fundo de meu útero. Eu queria ele entrando forte em mim como sempre fazia. Eu queria senti-lo em cada centímetro do meu corpo. E esses pensamentos só me impeliram a continuar a chupá-lo da melhor forma que poderia. Ele sussurrava meu nome e pedia por mais. Até que vi que ele não agüentaria por muito tempo e gozaria. Mas como ele mesmo prefere, ele tinha que estar dentro de mim. Eu sentia meu sexo queimar por de baixo do pano ensopado da calcinha. Larguei com tristeza o membro delicioso de Edward.

 

            “Senta e olha pra mim.” Eu mandei. Ele obedeceu prontamente. “Arranca minhas roupas e me faz tua mulher.” Como uma criança sedenta por um refresco ele atirou em cima de mim e arrancou as duas únicas peças que restavam com brutalidade. Rolei na cama com ele sentindo nossos corpos atritarem e a corrente elétrica me dominar. Até que paramos comigo por cima.

 

            “Faça o que quiser de mim. Sou seu escravo.” Ele falou com os olhos ardendo em meu corpo. Trouxe suas mãos para minha cintura e me sentei nele. Nos encaixando perfeitamente. Comecei a me mover em seu corpo passando minhas mãos em seu abdômen. Ele alisava minha pele e sussurrava para eu continuar. Rebolava gostoso sentindo ele fundo dentro de mim. Ele também se mexia em mim. Era alucinante o ritmo que adquiríamos. Aquela dança me deixava louca. Meu coração batia forte. Meu desejo e prazer eram maiores a cada segundo. Curvei meu corpo para trás e aquilo ficou melhor ainda. Dançava nele com mais tesão. Ele pegou meus seios e senti ele sentar. Ele beijou meu pescoço, pegou meus cabelos com força e chupou meus mamilos me fazendo sentir reações por todo meu corpo. Eu rebolava freneticamente quando senti meu orgasmo chegar. Meu corpo tremeu levemente meus gemidos já não eram meros gemidos de prazer, eu urrava, sem medo nem pudor.

 

            “EDWARD AHHHH” E logo em seguida o senti chegando ao seu ápice chamando meu nome. Ficamos quietos. Um abraçado ao outro, respirando forte, buscando nos olhos as palavras que não precisavam ser ditas. Edward me levava ao paraíso todos os dias. Quando nossas respirações já não eram mais tão difíceis eu o beijei, um beijo calmo e sem exigências. Nossas línguas brincavam contentes por todos os lados. E ali ficamos nos aproveitando por um bom tempo. Nos sentindo. Nos amando.

 

            Ficamos lá até o crepúsculo. Edward me levou conhecer o penhasco onde a cabana ficava. Era um lugar maravilhoso. Ela ficava dentro da floresta, mas atrás da pequena casa tinha uma trilha de cerca de um quilometro que levava até uma clareira que ficava a beira do penhasco. Era lindo ver no horizonte, depois da grossa camada de nuvens que cobria a região, o sol se pondo e o oceano se estendendo a nossa frente. Ouvíamos em silêncio as ondas quebrando nas rochas do penhasco Eu me senti tão pequena diante daquela imensidão e ainda assim tão em paz.

           

            “Hoje é aniversário de Joshua, Edward.” Falei enquanto admirávamos o mar cinzento a nossa frente.

 

            “Ah Bella… E você, está… bem?”

 

            “Eu estou sim, só estou contando porque acho que deva saber… Ele faz falta em minha vida, mas não posso mudar o que aconteceu. E falar com meu pai hoje, fez ver que existem momentos que devemos deixar no passado. Não posso viver assim Edward. Eu não quero viver chorando por ele. Eu tenho que superar… e tenho medo de não conseguir.”

 

            “Entendo Monstrenga, mas esse é seu maior medo?”

 

            “Não, não é meu maior medo, só temo não conseguir superar… Hoje eu tenho medo de morrer… e morrer sozinha… como as coisas mudam não? Há um mês eu só sabia pensar em minha própria morte, hoje eu sei o quão idiota fui.”

 

            “Meu bem… não se preocupe com a morte. Não se preocupe em ficar sozinha Bella. Isso é algo que está distante. Não virá tão cedo para nenhum de nós. Por mais certo que isso seja, eu e você temos muita vida pela frente. Temos coisas a construir. Um mundo a nossa frente para conquistar.” Eu ouvia suas palavras, elas me soavam tão carregadas de certeza. Não quanto a questão [i]morte[/i], mas quanto a questão [i]nós[/i].

 

            “Ediota, você fala sobre nós dois, com tanta certeza… uma certeza incrível de que isso que temos vai durar para sempre. Você realmente sente isso?”

 

            “Bella, olhe para mim…” Ele girou meu corpo para ficar frente ao seu, já que ele me abraçava por trás. Fitei firme em seus olhos. Eram brilhantes e cheios de ternura. “Eu sinto. Sinto muito fundo em meu peito. Um homem sabe quando encontra a mulher que vai seguir com ele em todo o seu caminho. Sabe fundo em seu coração. Eu posso ver em seus olhos Isabella que é você. E eu vejo você. Eu vejo seus desejos e seus medos. Eu vejo que você também sabe que encontrou quem vai caminhar com você.”

 

            “Você falou como Joshua agora…” Meus olhos estavam marejados. Ele sorriu sereno e torto para mim. Eu amava aquele homem a minha frente mais que tudo. Mais do que o ar que eu respiro. Mais do que a minha própria vida. Eu queria gritar para o mundo que o amava. Parecia que meu velho preconceito sobre dizer eu te amo não existia mais. Queria entregar minha vida para ele.

 

Firehouse- When I look into Your Eyes. 

http://www.youtube.com/watch?v=wZRQlqH4flk

 

 

           “Isabella, você sente isso?” Ele pegou uma mão minha e a trouxe junto ao seu coração que batia forte. “Sente meu coração?” Posou sua mão esquerda em meu peito. Batidas descompassadas e aceleradas estavam em meu peito. “Eu sinto o seu. Bella, você é a minha mulher. É a mulher que estará sempre ao meu lado. Esse coração que bate em sua mão é o que me faz ter certeza de que é você. Me diga Bella… você sente o mesmo?” Ele deixou escapar uma lágrima. Me coloquei nas pontas os pés e beijei sua lágrima secando seu rosto.

 

            “Edward, esse coração que bate em sua mão, só bate porque você está aqui. Eu também sinto que é você. Desde o primeiro toque entre nós. Desde o primeiro olhar. Desde o primeiro momento em que ouvi seu nome eu soube. Meu coração sabe que é você. Que você é o homem que vai caminhar ao meu lado. Que vai me fazer mais e mais feliz a cada dia. E eu vejo você em mim. Eu também vejo suas vontades, também sei de seus receios. Eu estou incondicionalmente ligada a você. Eu sei, eu sinto que isso vai ser para sempre. Edward… meu coração é seu.”

 

            “Isabella, minha vida é sua e eu… simplesmente… eu te…”

 

            “Eu te amo Edward.”

 

            “Eu te amo Isabella.” E nos encontramos em um beijo calmo, puro e mais verdadeiro do que todos os que trocamos. Entre lágrimas e sorrisos, nós sabíamos que nos amávamos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Agora depois desse momento lindo quero seus comentarios. Encham meu tanque, coloquem combustivel para essa autora que hoje está carente!

Beijo da Grasi.