Waking Up - Aprendendo a Viver escrita por Soll, GrasiT


Capítulo 13
Capítulo 8 - REALIDADE ESCOLAR - PARTE 2


Notas iniciais do capítulo

Sexo. Muito sexo nesse cap. E se o capitulo nao estiver bm formatado é pq o Nyah nao ta colaborando comigo hoje =x



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Narração: Edward Cullen.

 

 

“Bom, vamos não é?” Todos concordaram. Nos despedimos de Esme e fomos para nossos carros. Emmet e Rose no conversível vermelho, que teriam de usar coberto devido ao frio na estrada e Alice e Jasper quiseram porque quiseram ir de moto. São loucos aqueles dois. Até pensei em ir de Volvo, mas achei que poderia me dar o luxo de ir com o meu bebê, um Maserati preto com os bancos vermelhos. Só o carro já era um pecado, com Bella dentro aquilo ia ser tentador.

            Ela se dirigia para o Volvo. Colocando o cartão de Esme dentro do sutiã.

 

            “Ótimo lugar para guardar… Mas, aonde vai Monstrenga?”

 

            “Uhm, pro carro né?”

 

            “Mas esse é o carro errado, você vai nesse aqui!” E nisso puxei a capa que cobria a minha belezinha. Ela abriu a boca levemente.

 

            “Nossa!” Eu dei a volta no carro e abri a porta para ela.

 

            “Entra minha Bella.” Nós entramos e dei a partida seguindo os outros que já partiam rumo à estrada.

            Fomos conversando até Seattle, ela estava mais do que deliciosa dentro daquela roupa. Eu tinha vontade de parar o carro em qualquer entrada de floresta e ter ela para mim. Ela me olhava constantemente, abria a boca para falar, mas desistia e ria com o canto dos lábios. Eu queria descobrir o que ela pensava.

 

            “Noites intermináveis de prazer por seus pensamentos Isabella Swan!” Coloquei a mão em sua coxa apertando e a desejando. Ela riu alto.

 

            “Só prazer Edward Cullen?”

 

            “Exigente você! Mas não… dedicação, carinho, atenção e devoção total entram na jogada também.”

 

            “Uhm… dedicação, carinho, atenção e devoção total… eu mereço tanto?” Ela inclinou o corpo e beijou embaixo do meu queixo. Tive que ter muito autocontrole para não jogar o carro em alguma árvore.

 

            “Bella, você merece o mundo! Mas não desvie… o que você tanto pensa e não tem coragem de falar?”

 

            “Ah, jura não rir?”

 

            “Juro!”

 

            “Ok, primeiro que você está… uhm… muito gostoso!” Olhei para ela e não consegui deixar de rir. “Ah Ediota! Você jurou não rir!” Ela riu também.

 

            “Desculpe, mas não consegui evitar… devo dizer o mesmo de você! Só de te olhar. Ah Bella! Ah Bella!” Deixei as palavras suspensas no ar suspirando no final. Segurando firme o volante ainda com uma mão só. A outra alisava sua pele de veludo. “Você disse em primeiro… qual é seu segundo pensamento?”

 

            “Bom… isso é um pouco mais sério…”

 

            “Vem do coração?”

 

            “Isso é meu coração.”

 

            “Então diga. Alto e claro.” Lhe fitei ansioso.

 

            “Eu estou completamente apaixonada por você Edward Cullen” Ok, por essa declaração eu não esperava. Meu coração saltou no peito batendo forte, eu não conseguiria me segurar mais. Rapidamente guinei o carro para a direita e parei abruptamente no acostamento. Nem vi em que ponto da estrada nós estávamos. Ela me olhou assustada.

 

            “Isabella Swan, você não faz idéia de como essa sua declaração me faz feliz!”

 

            “Isso te faz… feliz?”

 

 

            “Muito, sabe por quê?” Ela balançou a cabeça em uma negativa. “Por que não há mais nada nessa vida que seja mais importante para mim do que você. EU também estou completamente apaixonado por você. EU também estou totalmente entregue a você. E o mais importante, o MEU coração é seu!”

                                         

Eu não tive muito tempo nem para respirar, quando vi eu e Bella já estávamos nos beijando arrasadoramente. Meu coração batia feliz. Podia sentir o seu coração batendo forte também, nossos corpos estavam tão colados que para sermos um só, faltava apenas um detalhe. Eu dentro dela. Cheguei a subir seu vestido e abaixar sua calcinha. Essa eu não iria rasgar. Nossas bocas não se desgrudavam nem para respiramos. Eu amava seu gosto. Não tinha nada comparado no mundo. Nossos lábios brigavam famintos. Puxei ela para cima de mim, a sentando em cima do volume que a calça apertava. Ela riu baixinho e me olhou sapeca e cuidou de abrir a calça com as mãos um pouco trêmulas, levantei um pouco meu quadril e ela logo as empurrou em direção aos meus joelhos. Ao invés de puxar a cueca vermelha que vestia, ela se limitou a sentar ali e esfregar seu sexo muito molhado no meu, me levando a delírios. Ela me beijava e mordia, eu lambia seu pescoço e descia mordendo até seus ombros. Bella continuava com aquele dança sacana em cima de mim. Não conseguia acreditar que até poucos dias atrás ela era virgem. A mulher mais pura e mais devassa ao mesmo tempo. Sabia me torturar, sabia me deixar louco, sabia usar das artimanhas que normalmente, vem com a experiência. Usava disso e ainda assim continuava a ver pureza em cada gesto seu. Por mais sedutor que eles fossem. Sim ela me tinha completamente. Eu queria entrar nela sem pedir licença. Eu queria penetrá-la ali mesmo.

 

            “Edward” Sua voz saiu sussurrada e arrastada. “Me completa.” E puxou a malha da minha cueca para baixo. Erguendo um pouco o corpo.

 

            “Sem dúvida.” A trouxe para cima de meu membro que pulsava insanamente. Quando ela ia sentar uma batida no vidro preto nos assusta.

 

            “OLHA SÓ EU NÃO QUERO SABER O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO. MAS GARANTO QUE POSSIVELMENTE SERÃO PRESOS POR ATENTADO AO PUDOR SE NÃO PARAREM!” Era a voz de Jasper. Rapidamente meu amor saiu de cima de mim e caiu para o banco ao lado subindo a calcinha, eu fiz o mesmo com as minhas peças. Abri o vidro furioso.

 

            “Isso não se faz Jasper!”

 

            “Se faz sim quando você está a 200 metros de um posto policial Edward! Acorda! Já estamos chegando a Seattle!”

 

            “Ah! Merda… valeu Jazz, vamos indo então!”

 

            “Beleza, nos encontramos na Luxury!” (n/a: Luxury é o nome da boate)

 

            Seguimos nosso caminho rindo cúmplices. Bella constantemente rubra. Chegamos ao lugar e aquilo estava transbordando de gente. Estacionei o carro em próximo a entrada da boate. Dei sorte que quando chegava, alguém ia saindo. Sai do carro correndo e indo abraçar a Bella. Estava frio. A trouxe bem junto ao meu corpo.

 

            “Não me deixe virar os pés!” Ela falou colocando a cabeça em meu peito enquanto íamos ao encontro dos outros que acenavam para nós. Eu ri.

 

            O lugar estava apinhado de gente! Mas dava para se mexer descentemente lá dentro. Conseguimos pegar um camarote para nós. A música era boa e as pessoas pareciam animadas. Quando vi já tínhamos uma garrafa de Whisky, uma de Tequila e algumas latas de energético para tomarmos. Emm já tinha um copo pronto para cada um de nós, o abelhudo era rápido. Onde eu estava nesse tempo? Bom, nos lábios de Bella, claro!          

 

            Narração: Bella Swan.

           

            Nunca tinha visto um lugar tão cheio de gente na minha vida. Edward estava delicioso dentro daquela camiseta vermelha cor de sangue e com aquela jaqueta que eu ainda roubaria para mim. As pessoas dançavam e cantavam. Estava tocando uma música legal, não legal não era a palavra certa… acho que sexy cabia melhor. Olhei ao redor e vi pessoas se pegando contra as paredes. Como diria a Alice, “pegas fortes”.  De repente me sinto ser puxada para o lado com força. Era Edward. Nossos lábios se encontravam violentos. Se a noite inteira fosse assim, seria perfeita. Nunca me senti tão livre como me sentia ali. Parecia que tudo era possível.

 

 

            Emmet me deu um copo com bebida. De início achei super forte, mas depois fui me habituando, era Wisky com energético, definitivamente melhor do que Vodka, muito melhor. E a noite foi passando, aos poucos deixava de sentir minhas bochechas. Eu ria abobalhadamente. Edward me pegava forte e me prensava contra as paredes e as grades do tal camarote. Aquilo me lembrava uma gaiola. Mas não estávamos presos ali, estávamos livres. Eu estava me sentindo livre. Quando me nos vi eu tava dançando com Alice em cima da mesa. O Ediota me olhava bobo de baixo e alisava minhas pernas, na verdade me segurando, eu perdia constantemente o equilíbrio. Eu sentia que estava completamente solta e sem vergonha de nada! Ele me beijava as pernas e eu rebolava. Rose e Emmet tinham sumido há horas! Vi eles entrando em uma sala que tinha um letreiro escrito: LUXURY PLACE. Bom, eu acho que estava escrito isso, porque minha visão já não era mais a mesma!

 

            Alice me puxou pelo braço e gritou no meu ouvido.

 

            “BELLA GOSTOSA! TIRA O EDWARD… TIRA O EDZÃO... GATA! EU QUERO DAR ... NO JAZZUDO!”

 

            “O QUE?” A música era alta demais.

 

            “GOSTOSA TIRA O SEU HOMEM DAQUI! LEVA ELE PARA QUAL-QUALQUER LUGAR! EU QUERO DAR UNS PEGAS NO JAZZUDO!”

 

            “AHHHH! BELEZA ALLIE!” Sem pensar em meus movimentos afastei as pernas e desci até o chão deixando elas bem abertas na cara de Edward, sinceramente isso era um convite ao sexo, se o Ediota não fizesse nada eu teria que dar algum outro jeito. Acho que foi isso, mas não me lembro direito. Ele ficou me olhando com a boca aberta e me puxou de cima da mesa.

 

            “AINDA BEM QUE VOCE É MINHA!” Não precisei fazer mais nada. Ele me tirou da gaiolinha e me levou para um canto mais retirado da boate. Não entramos em sala nenhuma e só me jogou contra uma parede e me pegou com vontade. Eu sabia que tinha gente olhando, mas não estava nem aí para os outros. Eu só queria saber do gostoso que estava me pegando. Só queria saber das mãos de Edward que passavam desejosas por meu corpo. Espremia meus seios, abraçava a minha cintura, apertava minhas coxas. Puxava meus cabelos e me fazia gemer quando beijava meu pescoço. Puxou minha perna esquerda para cima e encaixou seu corpo melhor no meu.

 

She Wants Revenge - Tear you Apart.

http://www.youtube.com/watch?v=G2rcq14x4bc

 

Podia sentir minha calcinha já toda molhada. Extremamente molhada. Meu corpo estava dormente, nunca pensei que ficar bêbada por diversão era algo tão diferente. Meu corpo não agia conforme eu pensava. Minha mente dizia que era vergonhoso estar tão exposta como estava com Edward, mas eu queria mais e fazia mais. Ouvia as pessoas passando e falando qualquer coisa, mas só conseguia me concentrar no rasto de fogo que as mãos de Edward deixavam em minha pele. Senti ele colocar a mão em minha entrada começando a me masturbar. Ele era preciso, sabia exatamente onde tocar. Uma mão em meu sexo, a outra apertando meu seio. Ele sussurrava as palavras da música que tocava ao fundo. Parecia estar no refrão ou coisa assim, eu estava dominada por sua voz. Ele me fazia ficar mais molhada do que já estava.

 

 

“I want to hold you close

(Eu quero segura-la perto) Skin pressed against me tight (Pele precionada bem forte contra mim)

Lie still, and close your eyes girl

(Continue deitada, e feche seus olhos garota) So lovely, it feels so right (Tão amavel, me sinto tão excitado)”

 

 

          Coloquei minha mão na cintura da sua calça e abri rápido o botão. Pecisava dele, e muito! Eu latejava de desejo por ele. Eu só sentia a sua boca no meu ouvido cantando e lambendo e dois de seus dedos dentro de mim me levando a um estado de loucura.

“I want to hold you close (Eu quero segura-la perto)”

 

Ele me prensou mais contra a parede quando libertei o seu pênis e o pus junto de minha entrada.

 

“Soft breasts, beating heart (Seios macios, batidas de coração) As I whisper in your ear (E eu sussuro em seu ouvido)”

 

A música deu uma parada e ele retirou os dedos de dentro de mim e subiu um pouco meu quadril me elevando pela bunda.

“I want to fucking tear you apart (Eu quero fazer sexo dividindo você em pedaços)”

 

Sussurrou em meu ouvido e entrou em mim me fazendo abrir os olhos e rir. Rir de prazer. Ele entrava firme dentro de mim. Eu via as pessoas ao redor, elas não nos olhavam, estavam tão envolvidas quanto eu. Mas nem sequer quis saber. Eu não me dominava. Me deixei levar por tanto tesão que sentia por ele. Ele entrando em mim com força eu rebolando e implorando por mais em seu ouvido. Minhas costas batiam contra a parede da boate. Eu não sentia dor por isso. Eu estava dormente. Edward me mordia no pescoço e eu agarrei seus cabelos. Lambi sua orelha e retribui as mordidas que recebia. Eu queria devorá-lo assim como estava sendo devorada. Estocava forte e curto. Era tentador. Fechei meus olhos e respirei o cheiro dele misturado com fumaça e álcool. Ainda assim era delicioso. Conforme ele me estocava eu empurrava meu quadril para frente, ele segurou minha perna ao lado de seu corpo.

 

            “Edward não pára… mais… ahh!” Eu gemia, mas queria gritar.

 

            “Mais? Eu quero mais… Mas… ahh… vamos ter que ir a outro … uhmn… lugar Isabella…” Ele falava enquanto estocava com mais velocidade em mim. Adorei ouvir meu nome em sua voz rouca.

 

            “Ahhh… repete Edward… uuuh… repete meu nome até…eu … eu …ahh gozar.”

 

            “Isabella… Minha Bella vem comigo… uuhm Bella… aaah… mais forte?”

 

“Siiim Edward, vem com tudo!” Eu estava ficando mole e sentia os espasmos em meu corpo me dominando. O ritmo da música alta e nossos corpos era alucinante. Ele gemia meu nome de diferentes formas quando estocou forte e fundo me beijando os lábios e fazendo atingir meu orgasmo junto com ele. Edward saiu de mim, se ajeitou, um brilho perverso em seu olhar. Eu sorri para ele que me prensou mais uma vez na parede e puxou meu vestido para baixo. Eu estava tonta e com as pernas bambas, nao conseguia andar direito, eu estava nas nuvens. Me segurou pela cintura e começou a caminhar atrás de mim me dando equilíbrio. Não tínhamos tempo pra romance.

            “Edward... eu preciso de uma bebida!" Só assim eu conseguiria andar com a cara e a coragem pela casa noturna. Dei mais uma olhada ao redor e vi que eu e o Ediota não éramos os únicos loucos que faziam sexo em público. “E urgente!"

 

            Fomos andando e passamos por um corredor preto e estreito que eu nem me lembrava de ter passado por ele instantes antes, quando vi estávamos de volta a pista de dança central. Ali as pessoas somente se beijavam e se abraçam nada demais. Comecei a beber novamente e, sinceramente, não demorou para tudo começar ser um grande borrão. Meu corpo estava amortecido completamente. Minha mente girava, dentro daquela gaiola onde estávamos. Emmete fazia palhaçadas, completamente bêbado como todos nós. Lembro de Rose dançando em um cano e brigando por alguma besteira com o abelhudo. Jasper e Alice tinham sumido. Edward e eu dançávamos de um jeito que nunca pensei ser capaz. Nada era nítido pra mim.

 

            “DÁ UM SOOOORRISO BEBELILDIS!” Lembro de Emm gritando para charmar a minha atenção. Me virei e uma luz me cegou e ai começou uma sessão de flashs intermináveis. Tirei uma foto de Emmet, Jasper (que naquele momento não sabia de onde tinha surgido) e Edward com as calças abaixadas e com as bundas empinadas. Eu só me lembro de rir. Rir muito. A noite parecia interminável. Eu não parava de beber, sempre queria mais e mais. Edward me dava mais e mais: mais beijos, mais bebidas, mais pegas, mais apertões, mais desejos. Eu era livre e despudorada. Absolutamente despudorada.

 

            “MONSTRENGA GOSTOSONAAAAAAAAA! BEBE ESSE AQUI!” Edward me deu uma taça com um liquido verde brilhante dentro e mordeu minha orelha.

 

            “EDIOTA O QUE É ESSA COISA VERDE?”

 

            “ABSINTO BABY! ABSINTO! BEBE TUDINHO!” Foi a última coisa que realmente me lembro com clareza depois de beber aquele tal absinto.

 

            Só alguns flashs me invadiam a cabeça: eu em um banheiro encostada num canto com Alice que chorava. Rose caída no chão e rindo compulsivamente quando foi levantada por Emmet e jogada em seus ombros. Jasper dançando MACHO MAN enlouquecidamente. Eu e Edward em cima do palco dançando uma música latina e depois eu caindo no chão. Um cara tentando me agarrar e Emmet e Jasper segurando o meu homem para ele não bater no cara. Alice pressionando o Jazz contra as grades da gaiola. A saia de Rosalie rasgando depois de ter ficado enganchada em um arame que tinha soltado das grades. E eu vomitando dentro de um balde de gelo tudo que tinha colocado para dentro e me sentindo mal, muito mal, sentada no chão com o Ediota do meu lado segurando meus cabelos. Depois disso comecei a recobrar um pouco da consciência.

 

            “Vem Bella, vem amor levanta…” Ele tentava me levantar do chão, só balançava a cabeça. Se eu levantasse eu iria cair mais uma vez. Ele tirou o balde de minhas mãos e me pegou por debaixo dos braços como se eu fosse um bebê. Me abracei em seu pescoço e tombei a cabeça para o lado e ele colocou minhas pernas ao redor de seu corpo. Senti o vento frio bater em meu rosto. Vi que já estávamos do lado de fora, parecia que eu estava pulando no colo de Edward. Não entendia como ele conseguia me carregar porque ele estava tão bêbado quanto eu.

 

            “ALICE!” Ouvi ele gritar. Ele deu uma cambaleada para o lado que fez eu sentir meu estomago! “VEM AQUI! CADE O ABELHUDO E A LOIRA?”

 

            “DEVEM ESTAR SE PEGANDO AINDA!”

 

            “ACHA ELEEEEES AGORA! VAMOS EMBORA!”

 

            “AHHH PORQUE MANINHOOO OHOHOHO?” Conseguia distinguir a risada de uma Alice totalmente descontrolada.

 

            “PORQUE… PORRRRRRRQUE JÁ TÁ AMANHECENDO!” Eu abri meu olho, que nem sequer lembrava de ter fechado e vi alguma claridade surgindo.

 

            “Boooom diaaaaaaaa vidaaaaaaa” Eu falei arrastado no ombro de Edward.

 

            “AHAHAHAHAHAHA BOM DIA VIDA!” Ele repetiu em meu ouvido. “Olha ali eles. ABELHUDOOO! OHHH ABELHUDOOO! VAMOS EMBORA! TRAZ A ROSALINA ESFARRAPADA! AHAHAHA ! OPAAAA!” O Ediota gritava  para o irmão e quase perdeu o equilíbrio.

 

            “Cade o Jasper nanica?”

 

            “Foi ver se acha a motoquinha! EUUU TO COM FRIO EDIOTAAAAAA!” Alice gritava.

 

            “Ele não sabe onde tá a moto?” Eu queria dormir eles poderiam fazer um pouco menos de barulho.

 

            “Não ohohohoh, não lembra! Edward, larga a Bella no chão seu cachaceiro! Vão cair os dois daqui um pouuuco!”

 

            “Nããão, eu não querooo, me deixa aqui! BEM AQUI! Eu quero dormiiiiiiir. BOOOOOOM DIA DIAAA AHAHAHAHAHA” Achei graça em falar aquilo.

 

            “Não você não pode dormir Bella!” Edward me puxou pra baixo e me segurou na cintura. “Abre o olho Bella! ABRE O OLHO!” Sentia alguma coisa fazendo cócegas na minha cara. Abri um olho e vi algo parecido com desespero nos olhos de Edward. Ele pegou e abriu o outro olho com dois dedos. “JASPER ME DÁ ESSA ÁGUA! AQUI!” Eu tinha fechado meus olhos de novo, que me deixassem dormir. Ouvi alguns barulhos ao redor, me lembravam gritos até que senti algo gelado, muito gelado bater no meu rosto e escorrer por minha pele.

 

            “AHHHHHHH!” Aquilo dispersou a letargia que sentia. Um pouco. “O que é isso? Porque você tá me molhando?”

 

            “Bebe!” Me enfiou uma garrafa na boca, não tinha gosto nenhum, era um alivio. Era só água. O líquido foi descendo suave por minha garganta e assim que chegou ao meu estomago senti tudo voltar e mais uma vez fui vomitar. Aquilo estava sendo muito chato.

 

            “SAÍ EDWARD! SAÍ DAQUI!”

 

            “NÃO SAIO NÃO!” E ele segurava minha testa enquanto eu me apoiava emum carro qualquer.  Depois de alguns minutos daquela degradação eu me sentia um pouco melhor.

 

            “A CARA, eu não lembro onde eu coloquei a moto veio!” Jasper falava com Edward, balançando os braços.

 

            “E o MALDITO estacionamento onde eu deixei o carro já fechou irmão! BANDO DE MALANDRO!” Emmet falava indignado.

 

            “GENTE NÃO CABE TODO MUNDO NO MEU CARRO!” O Ediota estava indignado.

 

            “Então vamos a pé!” Eu resmunguei mas Rose ouviu.

 

            “COMO A PÉ? NÓS VAMOS A PÉ PARA FORKS BELLA?”

 

            “QUE FORKS ESFARRAPADA?” Mesmo um pouco tonta eu ainda tinha algum juízo. Enfiei a mão dentro do meu vestido procurando o cartão que a mãe, opa, Esme, tinha me dado. Me desesperei quando não vi ele ali! “AHHH MERDA CADE O CARTÃO?”

 

            “O CARTÃO!” Os paspalhos exclamaram juntos. Edward totalmente sem vergonha puxou o decote do meu vestido para frente junto com meu sutiã. Todos os outros vieram ver se o cartão estava ali.

 

            “OOO DIABEDO SAÍ DE PERTO! SÃO OS MEUS PEITOS AQUI!” Gritei e eles saíram inclusive Edward. Olhei mais uma vez e nada. Passei a mão por meu corpo me apertando vendo se eu achava o cartão. Senti o plástico duro no centro de minha barriga.

 

            “ACHEI!”

 

            “ONDE?” Edward perguntou aflito.

 

            “AQUI!” Afastei o vestido do corpo e o cartão caiu em meus pés. Me abaixei rapidamente para pegar e quando fui levantar cai de bunda no chão, eles começaram a rir.

 

            “EU TENHO O CARTÂO!” Falei furiosa balançando o cartão. Eles se calaram imediatamente. “Então pra onde vamos?” Perguntei enquanto me levantava com a ajuda de Jasper e Edward.

 

            “Me lembro de um hotel a duas quadras daqui! Eu acho…” Rose nos deu alguma esperança. “Mas vamos de carro!”

 

            “Não vou enfiar todo mundo dentro do meu carro! Vamos a pé! Você tá gorda Rosalie precisa emagrecer!” Vi a Rosalie vir correndo na direção de Edward, pronta para arrancar a sua cabeça! Se não fosse pelo brutamontes de seu namorado, acho que teria conseguido. O maricas do MEU namorado veio parar atrás de mim, rindo feito um bobo. Eu ri também. Ficamos discutindo por mais algum tempo até que vi Alice sair andando dali tranquilamente.

 

            “Hey onde você vai ALLIE?” Eu gritei.

 

            “VOCÊS SÃO UM BANDO DE BEBADOS! EU TO CANSADA E SEI ONDE O HOTEL FICA, SE QUISEREM FICAR AI DISCUTINDO POR IDIOTICES FIQUEM! MINHA NOITE FOI PÉSSIMA O SUFICIENTE PARA EU QUERER O MINÍMO DE PAZ!” Nossa por aquela reação ninguém esperava. Ficamos estáticos vendo uma Alice triste sumir no horizonte. Até o momento em que eu achei força e corri atrás dela. Quando vi Edward estava bem do meu lado me segurando pela mão, correndo junto comigo.

 

            “Alice!”

 

            “ALLIE!”

 

            “NANIQUINHA ESPERA A GENTE!”

 

            “ALLIEEEEEEE EU VOU CAIR ME ESPERA!”

 

            “AMOOOR ESPERA A GENTE! DESCULPA!” Jasper gritou isso e Alice parou, ele passou voando por nós e alcançou ela em um segundo a beijando imediatamente. Eu parei de correr. De duas uma ou isso iria dar uma grande dor de cabeça ou uma enorme dor de cabeça.

 

            “O que?” A voz de Edward saiu fininha.

 

            A adrenalina começou a correr em minhas veias, me fazendo ficar totalmente alerta para aquela situação. Segurei forte na mão de Edward que começava a tremer ao meu lado.

 

            “Edward fica calmo, fica calmo!” Alice e Jazz ainda estavam agarrados. Era lindo ver aquilo. Ambos queriam gritar para o mundo que se amavam, mas algumas regras familiares os impediam. Eu tinha que me concentrar em meu namorado que estava ficando vermelho. “Ediota, por favor, me escuta…”

 

            “Escutar o que Bella? Escutar o que? É Alice e Jasper ali! Eles não podem fazer isso! SÃO IRMÃOS!”

 

            “Ih maninho, eu to muito bêbado mesmo! Olha lá anjinha… o lesado e a naniquinha tão se dando uns amasso! Só pode que é uma desilusão de óptica!” Emmet achava que era efeito do álcool.

 

            “NÃO SEU MACACO! NÃO É UMA DESILUSÃO DE ÓPTICA! ELES ESTAO SE AMASSANDO MESMO!” A esfarrapada respondeu braba! Nesse momento senti um puxão em meu braço e quase fui mais uma vez ao chão quando Edward retirou sua mão da minha correndo em direção ao casal a nossa frente.

 

            “EDWARD ESPERA!” Eu fui atrás dele, amaldiçoando aqueles malditos saltos. “EMMET ME AJUDA AQUI!” Gritei para o abelhudo que veio correndo torto até mim seguido de Rose. Edward separou Jasper e Alice com violência. Não gostei daquilo. Ele não podia fazer isso com os dois!  Ele partiu para cima de Jazz pronto pra bater no próprio irmão. Eu e Emm conseguimos segurar ele antes do primeiro soco ser dado.

 

            “O QUE VOCÊS DOIS ESTÃO PENSANDO? EM MATAR NOSSO PAI?”

 

            “EDWARD ME ESCUTA MANO!”

 

            “ESCUTAR O QUE ALICE? VAI DIZER QUE NÃO É O QUE PARECE SER? EU TO BEBADO, MAS NÃO TO LOUCO!”

 

            “NÃO EU NÃO VOU DIZER ISSO, MAS ESCUTA A GENTE POR FAVOR?!”

 

            “EU NÃO VOU ESCUTAR NADA! VOCÊS SÃO DOIS PERVERTIDOS! VOCÊS SÃO IRMÃOS! IRMÃS! O QUE CARSLILE VAI DIZER? ELE VAI TER UM TRECO QUANDO DESCOBRIR! VOCÊS NÃO TÊM NENHUM AMOR A ELE! MEU DEUS! VOCÊS SÃO IRMÃOS! ME LARGA BELLA, ME SOLTA EMMET, ESSES DOIS TEM QUE SE TOCAR DA MERDA QUE ESTÃO FAZENDO!”

 

            “EU E ALICE NÃO SOMOS IRMÃOS EDWARD!” Jasper gritou apontando um dedo na cara dele.

 

            “SÃO SIM! VOCÊS ESTÃO FAZENDO UMA GRANDE MERDA AQUI!”

 

            “NÃO EDIOTA! VOCÊ QUE ESTÁ FAZENDO UMA GRANDE MERDA AQUI!” Falei me colocando em sua frente e o empurrando para trás com força. “VOCÊ NÃO QUER NEM ESCUTAR OS DOIS! ISSO É INJUSTO! ESCUTE JASPER, ESCUTE ALICE! VOCÊ NÃO SABE O QUE ELE TEM PARA FALAR! PARE DE JULGAR ELES! PARE EDWARD!”

 

            “BELLA! ELES SÃO IRMÃOS! VOCÊ NÃO ENTENDE ISSO?”

 

            “EDWARD! ELES NÃO SÃO IRMÃOS DE SANGUE! SÓ VOCÊ E JASPER SÃO! VOCÊ NÃO PENSA NÃO? PARE COM ISSO! ISSO ESTÁ MAGOANDO ALICE! E TENHO CERTEZA QUE A JASPER TAMBÉM!”

 

            “E A MÁGOA QUE NOSSO PAI VAI SENTIR QUANDO DESCOBRIR?”

 

            “ELE NÃO PRECISA SABER AGORA!”

 

            “PRECISA SIM!”

 

 

            “EDWARD PARE! VOCÊ ESTÁ ME MAGOANDO TAMBÉM! ESTÁ AGINDO DA MESMA FORMA QUE AGIU QUANDO ME CONHECEU! ESTÁ SENDO UM IGNORANTE!” Seus olhos verdes se encheram de culpa, e a raiva que tinha ali deu lugar à dor. Eu tinha pegado pesado com ele, mas ele não me deu chances. Ele não deu chances aos irmãos.

 

            “Bella, não faz isso comigo…” Ele pediu baixinho para mim.

 

            “Então, não faça isso com eles Edward, os escute. Eles se amam… Você sabe o que é amar alguém não sabe?” Ele tinha que saber, se não me amava, já devia ter amado alguém assim como os dois se amavam. Eu amava Edward e entendia o que Allie e Jazz sentiam um pelo outro.

 

            “Sei o que é amar alguém…” Ele passou a mão em meu rosto carinhosamente, aquelas palavras era para mim, eu as sentia em meu coração. Eu segurei sua mão junto a meu rosto e lhe olhei com todo amor que tinha.

 

            “Então você vai entendê-los. Apenas os dê uma chance assim como deu a mim.” Ele suspirou e eu beijei sua mão. Vi que todos assistiam a cena entre nós. Emmet já não o segurava mais. Jasper e Alice estavam abraçados.

 

            “Ok! Me desculpem… agora quem vai me explicar essa história?” Sorri para ele e peguei em sua mão.

 

            “Nós dois podemos te explicar Edward, mas vamos para o hotel! Eu realmente estou com frio!” Alice disse abraçando Jasper. Andamos mais uma quadra até o hotel. Chegamos lá e só tinha apenas um quarto disponível. Não tivemos coragem de sair para procurar outro. Ainda estávamos bêbados e meu estomago começava a reclamar mais uma vez. O quarto ficava no 5º andar, o burro do Emmet apertou o botão do elevador e nos levou para o 8º, ficamos por alguns minutos naqueles corredores procurando pelo quarto número 508. Até eu grudar minha cara em uma porta e ver que o número que vinha antes do zero era o oito e não o cinco. Quando finalmente achamos o quarto Rose e Emmet se jogaram na cama, ele parecia uma menina dormindo, exceto pelo ronco, estava encolhido na posição fetal com as mãos no meio das pernas. Rose já mais parecia uma ogra. Se deitou de qualquer jeito, com os braços jogados para cima da cabeça e as pernas afastadas. Me perguntei naquele instante quem era o homem da relação! Edward, Alice e Jasper se sentaram à mesa do quarto que não era tão pequeno. Eu liguei o aquecedor e senti meu estomago dar voltas.

 

            “Vou tomar um banho, eu estou toda suja, cinco minutos e eu estou de volta… E, por favor, não se matem na minha ausência!” Eles riram. Edward me puxou e beijou suavemente meus lábios. Não me demorei no banho. Estava ansiosa demais para perder a conversa dos três, e cansada além da conta para me manter em pé. Minha cabeça ainda girava. Meus dedos ainda estavam amortecidos. Sai de baixo da água quente me secando com uma toalha branca que tinha no banheiro. Queria algo pra tirar aquele cheiro de álcool que tinha na boca, mas não tinha nada. Me coloquei dentro de um roupão felpudo e aconchegante que tinha ali também e fui me juntar aos outros. Me sentia uma pessoa um pouco mais descente.

 

            “Tá Jasper, mas como você queria que eu reagisse? Ficando feliz e dando pulinhos de alegria?”

 

            “Não é pra tanto também Edward, mas um pouco de calma teria sido bem vinda! Eu e Alice não somos mais crianças. E a gente se ama.” Eles conversavam de forma pacifica quando voltei. Me sentei no colo de Edward abraçando seu pescoço e beijando sua bochecha.

 

            “Viu Ediota eu falei que eles se amavam!”

 

            “Ham, eu sei!” Ele retribuiu o meu beijo no rosto.

 

            “Edward, você vê o que está fazendo com a Bella agora?” Alice perguntou.

 

            “Estou com ela no meu colo e dando um carinho para ela, o que tem demais nisso Allie?” Ele acariciava meus cabelos.

 

            “Não tem nada demais. É que esse tipo de carinho eu não posso ter com o Jasper na frente das pessoas que eu mais amo. Você imagina como isso me tortura? Eu não tenho medo por papai, sei que no fim ele irá aceitar, ele sempre só quer o nosso bem. Quer que sejamos felizes Ed. Eu tinha medo de sua reação. Que você não aceitasse. Você sabe que eu te amo meu irmão. E que foi sempre você que esteve do meu lado quando precisei! Até quando eu virei mocinha, foi você quem me ajudou! Eu não quero te magoar! Mas eu preciso de Jazz ao meu lado. Eu amo ele há anos e não agüento mais ter que guardar isso!” Alice tinha os olhos marejados. Podia sentir o alivio que ela tinha ao falar aquilo para Edward.

 

            “Alice, eu te amo também, e eu sei o que é amar… Não é Monstrenga?” Eu concordei com a cabeça em seu ombro e o beijei mais uma vez. Ele dizia em meias palavras, pela segunda vez, que me amava. Não podia ficar mais feliz. “HAHA viu só… Não vou ficar contra vocês. Desculpem-me por antes, mas foi um choque. Só quero saber a quanto tempo vocês estão juntos, apesar de eu desconfiar…”

 

            “Quatro meses.” Os dois falaram juntos.

 

            “Rá, bem isso mesmo que eu imaginava. Mas e agora? Vamos contar a Esme e Carslile? Não importa o que vocês decidam eu vou apoiar.”

 

            Dor de cabeça. Muita dor de cabeça. Isso se chama ressaca. Acordamos era final da tarde já. Eu estava torta no sofá com Edward agarrado forte em mim e respirando tranqüilo em meu cabelo. Amava o cheiro de homem que ele exalava. Eu precisava de água. Levantei e fui tonta até o frigobar do quarto. Dei uma analisada no local e ri comigo mesma, Emm e Rose agarrados um em cima do outro, ela tinha uma perna por cima do corpo dele e ele por sua vez abraçado nela com um braço só. Alice e Jazz estavam em uma poltrona, ela em seu colo dormindo feliz. Eles eram fofos. Me olhei em um espelho que tinha em uma parede e eu estava um lixo. Meu cabelo era um nó só e eu tinha olheiras. Peguei a garrafinha de água que tinha e bebi em um gole só. Algumas imagens vieram a minha cabeça. A boate, a dança latina em cima do palco, eu vomitando, eu e Edward nos devorando contra uma parede. AH MEU DEUS! Eu não podia ter feito aquilo de verdade. Aquilo não podia ter sido real. Minha cabeça parecia que ia explodir. Corri até Edward e balancei-o até ele acordar sorrindo manhoso pra mim.

 

            “Edward, Edward…” Falei baixinho.

 

            “Bom dia vida!”

 

            “Haha que bonitinho… mas é de tarde já lindo! Agora me diz que não é verdade…”

 

            “O que não é verdade?”

 

            “Que nós fizemos… sabe… coisinhas… na boate?”

 

            “Que coisinhas Bella?”

 

            “Edward! Sexo…” Falei cochichando, eu estava com muita vergonha.

 

            “Ah! Sim!”

           

            “E você fala assim com essa calma?” Desmoronei e me sentei no chão virada de costas para ele, apoiando minha cabeça nos joelhos. “Ai que ressaca!” Declarei baixinho.

 

            “Você quer vomitar de novo Bella? Quer algum remédio?” Ele se sentou preocupado ao meu lado me abraçando nos ombros. Eu olhei para ele e vi todo o carinho em seus olhos. Pela primeira vez na vida eu tive vontade de falar “eu te amo” para alguém. Respirei fundo sentindo minha cabeça.

 

            “É ressaca moral.” Ele riu.

 

            “Bella, não se preocupe… nos deixamos levar. Foi isso. E foi bom. Você não gostou?”

 

            “Eu gosto sempre… mas era uma boate Edward… tinha mais gente lá!”

 

            “Tinha mais gente fazendo a mesma coisa que nós! Em um lugar que foi feito para pessoas fazerem exatamente o que nós fizemos.”

 

            “Tá brincando?” Perguntei incrédula.

 

            “Não… ou você teria algum outro motivo para a casa se chamar Luxury?”

 

            “Ah ótimo! Agora sim que minha ressaca piora… Mas deixa pra lá. O que está feito está feito! Vem! Vamos chamar os outros. Esme deve estar LOUCA que nós ainda nem demos sinal de vida!”

 

            “Verdade!”

 

            Acordamos os outros com alguma dificuldade e depois de uma hora saímos de Seattle rumo a Forks. Foi difícil achar a moto de Jasper e por sorte o carro de Edward ainda estava no mesmo lugar. Esme quase morreu de alegria quando viu a gente chegando. Mas se apavorou com estado em que estávamos, chegou a perguntar se tínhamos sido assaltados. Como Edward tinha combinado com Allie e Jazz nada foi falado sobre o relacionamento. Nós iríamos apoiá-los em qualquer decisão que tomassem. Emmet também jurou ficar de boca fechada. Devolvi o cartão a Esme e disse que gastamos só com a pernoite do hotel. Carslile estava em casa o que era uma milagre aos domingos. Foi atencioso comigo e perguntou como estava. Ele era muito carinhoso.

 

            Eu e Edward fomos os últimos a sair da sala. Ficamos conversando com Esme. Carslile foi à cozinha preparar o jantar, teríamos comida italiana aquela noite. Eu amava macarrão! Nesse instante lembrei-me das palavras de Esme antes de sairmos na noite anterior “SE DIVIRTA COM O SEU EDWARD”. O meu Edward. Ela sem dúvida desconfiava de nós. A sua frase que seguiu meu pensamento só confirmou, que ela não tinha dúvidas e sim certezas.

 

            “Vejo que vocês dois estão se dando muito bem!”

 

            “Mãe…”

 

            “Edward, dá pra ver… Não pense que sua mãe é tola.”

 

            “Esme eu… eu…” Tentei falar alguma coisa. Tinha medo que ela não gostasse da idéia.

 

            “Bella e Edward, eu entendo vocês. Mas só gostaria de saber o porque não nos contam a verdade? Vocês parecem dois imãs. Se atraem! Conforme Edward se mexe você se mexe Bella. E você Edward a mesma coisa! Meus filhos você estão namorando?” Nós nos olhamos. Já que ela sabia não vi motivos para esconder.

 

            “SIM” Respondemos juntos.

 

            “Ótimo… sei que vocês são honestos. E por que vocês não me contaram antes?”

 

            “Bom, primeiro porque você chegou sexta mãe, e eu e Bella temos medo da reação de Charlie…”

 

            “Como assim?”

 

            “Sabe Carslile daria um jeito de contar a ele, eu acho Esme, não sei se ele gostaria disso… sabe, descobrir, que eu estou namorando Edward…”

 

            “Meus amores, até parece que vocês não conhecem Carslile! Mas tudo bem… se vocês acham que não é a hora de contar eu apoio. Eu sabia que isso ia acontecer, mais cedo ou mais tarde. Era inegável a atração entre vocês desde seu primeiro dia aqui Isabella… meus anjos fico muito feliz por vocês, mas Bella assim que seu quarto estiver pronto você volta!”

 

            “Uhm… tudo bem!”

 

            “Obrigada mãe, você é um anjo em nossas vidas!”

 

            “Não filho… são vocês que me dão mais alegrias do que eu mereço!”

 

           

            A semana começou e no colégio os olhares sob Jasper e Alice desviaram um pouco da atenção sob Edward e eu. Eles viam os dois como irmãos. Gente preconceituosa. Jacob Black provocava Jazz com algumas piadinhas sobre os dois. Aquilo começava a me irritar, afinal o problema dele era comigo e o Ediota. Edward estava sério e me disse que estava resolvendo um problema que não podia ser mais adiado, tentei extrair dele o que era, mas ele me assegurou de que logo eu saberia.

            Tentava diariamente falar com Charlie. Mas agora para o meu desespero o telefone dava como número inexistente. Eu cogitei a idéia de voltar a New Orleans, só para saber como as coisas estavam e depois voltaria. Na quinta feira resolvi abrir meu coração pro Ediota.

 

            “Ediota, eu preciso de uma opinião sua.” Nós íamos para a nossa aula de biologia.

 

            “Uhm… o que você precisa?”

 

            “O que acha de irmos a New Orleans?”

 

            “Pra que?”

 

            “Ah pra eu ver como Charlie está! Estou preocupada! Eu sinto muita saudade dele Edward!”

 

            “Bom, vamos fazer assim: hoje à tarde assim que sairmos daqui eu vou te levar a um lugar. Vamos ver o que conseguimos lá, caso sairmos de mãos abanando vamos a New Orleans esse final de semana mesmo.”

 

            “Onde você vai me levar Edward? E que papo é esse de sair de mãos abanando?”

 

            “Bom, é o problema que eu estava resolvendo. Mas fica tranqüila, não é nada de muito concreto e é surpresa!” Já estávamos dentro da sala de aula e nos sentando.

 

            “OK! Vou confiar em você!”

 

            “Acho bom mesmo!” Sorriu e beijou meu rosto rápido. Fazendo as pessoas nos olharem, principalmente a vaca da Jane, que tinha conseguido, sabe Deus como, um horário na turma de biologia conosco.

 

            Saímos dali após a aula, eu estava super ansiosa, fomos em direção a La Push. No inicio achei que me levaria para a cabana. Estava com saudade de lá. Acabou que passamos da entrada para o nosso lugar e continuamos andando rápido na estrada, o Volvo parecia voar.

 

            “Vai me dizer onde vamos já que estou aqui confiando em você?”

 

            “Ok… nós estamos indo a base militar da Península Olimpyc…”

 

            “Meu pai trabalhou lá quando era pequena, me levou uma vez para conhecer onde ele trabalhava… EDWARD! VOCÊ CONSEGUIU CONTATO COM ELE EDWARD? CONSEGUIU?  É ISSO?”

 

            “Acho que sim Bella. O comandante pediu pra eu te levar ali, já que ele disse que te conheceu quando criança, ele disse: QUERO VER SE A INFORMAÇÃO PROCEDE!” Ele falou imitando a suposta voz do general!

 

            “Edward você não existe! Você é incrível! Muito obrigada! Mesmo! Não sei o que seria de mim sem você aqui!”

 

            “Bella, linda, é você que não existe. Não há nada mais importante que você agora! Tudo pra você e por você!”

 

 

            Narração: Charlie Swan.

 

           

Um mês.

 

Um mês sem a Bella aqui. Resultado: minha vida está um verdadeiro inferno. Não, Renée não me encheu mais a cabeça com bobagens, não na última semana pelo menos. Desde que Isabella foi para Forks essa casa é habitada por fantasmas. Renée passa os dias e as noites no quarto de Joshua. Isso me fere, ela não me deixa entrar ali dentro. Não que eu gostaria de entrar lá, isso só me faria sofrer mais. Eu estava preocupado com minha menina. A última vez que falei com ela foi no dia em que nos despedimos. Depois disso nunca mais. Renée enlouqueceu, definitivamente, após a partida de Bells.

 

[FLASHBACK ON]

 

            “Você está me dizendo que ela fugiu CHARLIE?”

 

            “SIM, ESTOU DIZENDO QUE ELA FUGIU! ELA SUMIU RENÉE!”

 

            “Ora ora ora, já não era sem tempo! Aquela garota não merecia estar aqui! Nunca desejei ela! Por mim Joshua teria sido o ÚNICO, está me entendendo? O ÚNICO!” Ela falava com raiva de Bella, como se a minha menina fosse uma leprosa ou a assassina do irmão. Aquilo me deixava a ponto de cometer uma loucura.

 

            “CALE A BOCA RENÉE! JÁ NÃO BASTA TER PERDIDO UM FILHO! VOCÊ DESEJA COM TODAS AS SUAS FORÇAS PERDER O OUTRO? VOCÊ É UM MONSTRO MULHER! UM MONSTRO!”

 

            “EU. NÃO. VEJO. ELA. COMO. MINHA. FILHA. CHARLIE. SWAN!” Ela falou pausadamente.

 

            “MAS. ELA. É. SUA. FILHA. RENÉE. SWAN. QUEIRA VOCÊ OU NÃO. ELA AINDA É SUA FILHA E FOI VOCÊ…VOCÊ… QUEM A FEZ TENTAR COMETER SUÍCIDIO! FOI VOCÊ SUA LUNÁTICA QUEM A FEZ IR EMBORA DAQUI!”

 

“EU? NOSSA! COMO SE EU ME IMPORTASSE! POR MIM QUE ELA DESAPAREÇA NO MUNDO! QUE ALGUÉM DE FIM NA VIDA DELA! É APENAS UMA A MENOS PRA RESPIRAR O MESMO AR QUE EU!” Tive que reunir todas as forças que tinha dentro de mim para não jogar Renée contra uma parede. Respirei fundo até me acalmar, um pouco.

 

“Você é doente. E se quer saber… não se dê tanta importância assim. Quer a verdade? Ela foi embora porque quis! Porque não queria mais ter VOCÊ COMO MÃE DELA! Ela não merece você como mãe! Ela é boa demais para você! Ela foi embora daqui comigo! Eu vou manter ela longe de você o máximo que eu puder! O mais longe que eu conseguir. SABE POR QUÊ? PORQUE VOCÊ É UMA LOUCA DOENTE QUE PRECISA SER INTERNADA E COLOCADA EM UMA CAMISA DE FORÇA! VOCÊ NÃO MERECE ISABELLA, VOCÊ NÃO MERECE A MIM, E PRINCIPALMENTE, VOCÊ NÃO MERECEU JOSHUA! NUNCA MERECEU NENHUM DE NÓS!” Fui bastante cruel. Mas era o que eu podia fazer para atingi-la. Essa era a hora da verdade em minha família. Eu teria que fazer essa mulher ver as conseqüências dos atos dela de uma maneira ou de outra. E foi assim, contando que Isabella tinha nos deixado, que ela se calou.

Mas não perdurou muito o silêncio de Renée. De fato, não ouvia a voz dela a algumas semanas. Primeiro: eu a abandonei. Se quisesse surtar, que surtasse sozinha. Eu não iria ficar ali para ela me atirar no mesmo buraco em que ela se encontrava. Segundo: ela gritava em cada gesto e em cada olhar.

Na noite em que Bella chegou a Forks, falei com um dos filhos de Carslile que não conhecia. Ele parecia ser inseguro. A imagem que tive desse tal Edward, foi de um garoto franzino e feioso. Sei lá, ele até gaguejava ao telefone. Não tinha perigo para a minha Bells. E ele me deu informações sinceras. Não pude evitar em pedir que ele cuidasse dela. Eu não iria colocar um marmanjo espertalhão, aproveitador e cheio de confiança para ficar ao lado da minha pequena. Ela já tinha sofrido muito com a morte de Josh e com o tratamento recebido por Renée nesses últimos anos. Achei que aquele rapaz inseguro poderia ajudá-la. Amigos lhe fariam bem.

Para meu completo azar Renée me ouviu ao telefone com o garoto e durante a noite deu sumiço no celular. Foi o meu primeiro erro. Tentar falar com Bella dentro de casa. Eu ainda tinha o telefone da casa dos Cullens. Tentei ligar algumas vezes, sempre em horários alternados, mas nunca havia ninguém em casa. Parecia que as coisas conspiravam contra mim.

Depois de duas semanas decidi comprar um celular novo. Quando cheguei em casa Renée não estava. Nos últimos dias ela costumava sumir. Deixei a caixa do aparelho em cima da mesa da sala. Subi para um banho. Tentava relaxar. As coisas não estavam bem também no meu quartel. Algumas ordens do comando superior me preocupavam. Algo com uma ocupação no mesmo lugar em que perdi Joshua. Queriam que montasse uma equipe para fazer isso. Eu estava me negando, tentando negociar. Isso acabaria comigo. Mandar mais jovens para aquele inferno… isso era errado. Aquela era uma guerra em vão. Não havia fundamentos naquilo.

Perdi a conta dos minutos que deixei os jatos de água bater quente em minha pele. Relaxou meus músculos e minha mente ficou um pouco mais tranqüila. Bom, até o instante em que eu desci as escadas.

Quando cheguei ao andar de baixo. Renée estava lá, parada, ao lado da mesa da sala, com cara de assassina e um taco de baseball na mão direita. Eu temi por minha vida.

 

“Você acha que eu deixaria você falar com sua amada filha retardadinha?”

 

“Renée fica calma”. Falei com o máximo de cautela que pude colocando minhas mãos a frente do corpo.

 

“Mas quem disse que eu estou nervosa?” E nisso ela bateu com toda a força que tinha sob a mesa acertando em cheio a caixa do celular, com o aparelho dentro.

 

“MERDA SUA DOIDA!” Isso só a motivou mais. Eu não soube como reagir sem machucar ela nos minutos seguintes. Eu não queria machucá-la. Ela estava completamente descontrolada. Quebrou a mesa que tínhamos na sala espalhando vidros por todos os lados. Destruiu com os vasos e os porta-retratos que tinham fotos de toda a família, incluindo Joshua. A mulher estava tendo um ataque. Ela chegava a rosnar.

 

“Sabe por que Charlie Swan… sabe por que você merece isso? Porque você protege aquela estúpida! Protege ISABELLA! VOCÊ É OUTRO QUE MERECE SOFRER. E MUITO! VOCÊ MANDOU ELE PRA GUERRA! DEFENDE E PROTEGE AQUELE SER DOS INFERNOS! AMA ELA E NÃO ME AMA! ESQUECE DAQUELA GAROTA! NÃO ME AMA! MATOU ELE! POR QUE NÃO MATOU ELA?” Ela falava enfurecida e continuava seu caminho de destruição. Ela quebrou a televisão e saiu da sala atingindo as paredes com o taco. Aquilo me assustava. Eu teria que fazer uma ótima reforma. Eu agradeci a Deus que Bells não estava mais ali para presenciar aquela cena. Mesmo com toda a saudade que eu sentia dela, ela não merecia ter mais essa dor e culpa pra carregar, porque mesmo que não fosse culpa dela, e não era ela carregaria o fardo como se fosse.

             Ela seguiu pra o hall de entrada da nossa casa. Eu a segui correndo. Não conseguia pensar claramente pra parar Renée. Ela parou ao lado do telefone principal.

 

            “VOCÊ SABE QUEM ACABOU DE LIGAR?”

 

            “QUEM RENÉE?” Eu pensei por um segundo. Para algo ter despertado tanta raiva em Renée, só poderia que ela tinha falado com…

 

            “SUA QUERIDA ISABELLA MARIE SWAN! E ADIVINHA? ELA TEM UM AMIGUINHO QUE DEFENDE ELA! OHN OLHE QUE LINDO! ELA PRECISA DE DEFESA! UM AMIGUINHO UM TANTO MAL EDUCADO! ELE DESLIGOU O TELEFONE NA CARA DE UMA DAMA!”

 

            “VOCÊ É TUDO, MENOS UMA DAMA RENÉE! AGORA CHEGA! ME PASSA ESSE TACO PRA CÁ INFELIZ! ME DÁ ISSO!” Podia imaginar as grosserias que ela tinha falado pra Bella.

 

            “INFELIZ? INFELIZ É VOCÊ!” Estreitou os olhos em fendas e acertou o aparelho de telefone. Seus pedaços voaram para todos os lados. Nesse momento entendi o que ela realmente queria: acabar com qualquer chance de contato com Bella. “O QUE? O QUE VOCÊ TÁ ME OLHANDO COM ESSA CARA DE PASPALHO? AHH SIM… EU TINHA ME ESQUECIDO VOCÊ É UM PASPALHO!”

 

            “CHEGA RENÉE, VOCÊ PODE DESTRUIR TODA ESSA CASA! VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR ME IMPEDIR DE FALAR COM A ISABELLA! NÃO VAI!”

 

            “VOU SIM… PODE APOSTAR QUE VOU! E MAIS EU VOU FAZER DE SUA VIDA UM VERDADEIRO INFERNO!”

 

            “VOCÊ É UMA PSICOPATA! LOUCA! MANÍACA! RENÉE A MINHA VIDA JÁ É UM INFERNO DESDE QUE ME CASEI COM VOCÊ! NUNCA NADA TE AGRADOU! VOCÊ NÃO CONSEGUE MAIS ME ATINGIR!”

 

            “NÃO CONSIGO? VEREMOS!” Ela saiu pisando firme em direção a cozinha. Resolvi cruzar meus braços e esperar, eu já não tinha paciência para aquela bobagem. Só conseguia me perguntar como ela podia ter se tornado aquele monstro que era hoje. Ela fez um tremendo barulho na cozinha e voltou dois minutos depois, seus olhos ferviam de raiva, com uma vasilha de alumínio, uma garrafa de álcool, um isqueiro e uma tesoura. Ela iria por fogo na casa?

 

            “O que você vai fazer agora sua maluca?” Ela riu sinicamente para mim, pegou a agenda do telefone e picotou em milhões de pedaços. Foi aí que eu me desesperei. Ali eu tinha os números de contato com Carslie! Corri para segurar ela. Se debateu em meus braços, mas eu não iria soltá-la. Tentava se livrar de meu aperto, mas eu a segurava forte. Não, não a deixaria destruir mais minhas possibilidades. Lutamos por alguns minutos. Ela jogava as pernas para todos os lados. Como aquela mulher era forte! Até que eu senti a pele de meu braço ser rasgada e vi o sangue cair.

 

            “RENÉE!” A soltei. Com a tesoura afiada ela cortou meu braço profundamente no lado interno, o sangue jorrava sem parar. Tive medo de que tivesse rompido alguma veia. Quando ergui meus olhos do ferimento ela tinha tesoura apontada para minha cara.

 

            “VOCÊ NÃO ME CONHECE CHARLIE SWAN!” E com uma mão ela abriu a garrafa de álcool, juntou os pedaços de papel jogou tudo dentro da vasilha, inclusive a capa preta de couro da agenda que não tinha conseguido cortar, despejou álcool em uma quantidade exorbitante e ateou fogo. Vendo as chamas laranjadas estalar no papel meu coração foi se desfazendo em dois. Senti lágrimas correndo por meu rosto. Ela chorava e ria ao mesmo tempo, totalmente descontrolada. Assisti ela cair de joelhos e chorar como uma criança enquanto o cheiro de papel queimado se espalhava pela casa. Eu tentava estancar o sangue com a mão. Não tinha o que pensar. Só que minhas possibilidades estavam quase reduzidas a cinzas, assim como as páginas que me davam o único contato com Bella. Eu não tinha decorado seu número, menos ainda o de Carslile, quem dirá tinha pegado o do tal Edward. Eu estava perdido. Reunindo minhas forças e minha dignidade eu me abaixei até seu ouvido.

 

            “Nunca vou esquecer-me disso que você fez hoje, e nunca vou te deixar esquecer que quem quis realmente que Joshua fosse naquela missão foi você.” A ouviela segurar a respiração, sem dúvida sentindo toda a dor que poderia sentir. Se eu merecia sofrer, se Bella merecia sofrer, Renée merecia mais depois de tudo que nos fez passar.

            Fui as pressas para o hospital ver meu corte no braço, os médicos me asseguraram de que nenhuma veia ou artéria tinha sido rompida. Levei duas dúzias de pontos. Quanto voltei para encarar Renée, a encontrei dedicada a cortar os fios da linha telefônica do lado de fora da nossa casa. Alguns vizinhos perguntaram curiosos sobre o que ela tinha. Eu evitei responde-los. Aquilo era degradação demais. Olhei ao redor e os restos dos porta-retratos e algumas roupas de minha filha estavam na lixeira, e em monte ao lado os destroços do computador que mantinhos. Não podia fazer mais nada. Minhas mãos estavam atadas e só era ódio por dentro. Ódio por Renée.

 

[FLASHBACK OFF]

 

            Depois de todo esse drama eu me reservei ao trabalho. Minhas esperanças estavam destruídas, não conseguia pensar em uma saída. Houve dias e noites que passei em claro trabalhando, e outras que fui para algum hotel ao invés de voltar para casa. O pentágono ainda insistia em mandar mais garotos para campo no Afeganistão. Eu tentava enrolar, conseguir mais tempo. E foi em um dia que eu tinha minha cara metida em papéis de negociação, relatórios e formulários de soldados rasos loucos pra ir guerrear que pude sentir um pouco de alegria na minha vida.

 

            “SENHOR GENERAL SWAN SENHOR!” Um soldado entrou em minha sala batendo continência.

 

            “Descansar Soldado… O que deseja Tyler?”

 

            “Senhor temos uma ligação na base central Senhor!”

 

            “E de QG é recruta?” Falei desinteressado ainda olhando os papéis.

 

            “Senhor é da Base Militar Da Península Olimpyc Senhor!”

 

            “AH MEU DEUS!” Saí a mil por hora de minha sala, voando mais rápido que um caça. Só podia ser minha menina. Minha filhinha. Só podia ser a minha Isabella.

 

Continua...

 


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Notas finais do capítulo

Gentem Foi bonitinho o capitulo nao?

AMores comentem por favor e comentem no capitulo anterior tb.

Agora eu nao sei se volto a postar essa semana. Hoje o Nyah me estressou porfundamente. Estou a exata uma hora tentando postar esses capitulo. Ele simplesmente nao grava o capitulo! Vamos ver se agora vai! To cruzando os dedos aqui!

Beijoooooos da Grasi.



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