Remember me escrita por J S Dumont


Capítulo 18
Capitulo 17 - Confusão


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE! Eu voltei... Sim, eu dei um tempo, acho que vocês perceberam porque apesar de alguns capitulos eu demorar para postar, eram mais frequentes do que esse, até cheguei a receber mensagens perguntando se tudo estava bem, agradeço pelo carinho de quem enviou, e bom, posso dar a noticia de que estou de volta, já faz uma semana mais estou postando devagar capitulo por capitulo, para não me sobrecarregar e acabar tendo bloqueios.
Vamos lá, vou explicar o que aconteceu, eu dei um tempo, alguns sabem que tenho outras fics além dessas e bem, eu estava muito mal na época que abandonei tudo, eu tenho 24 anos quase 25, tenho uma filha, sou casada, trabalho e estou quase fazendo outra faculdade minha primeira formação é pedagogia mais não exerci, não gostei da area, então, vi que minha vontade é de fazer biomedicina e pretendo começar em agosto. E bem eu tentava dividir o tempo para tudo, trabalho em um emprego super estressante, entrei em um projeto onde sou muito cobrada, e as vezes eu chegava em casa estressada demais, desde que entrei nesse projeto comecei a ter muitos bloqueios, comecei demorar mais tempo do que demoro para fazer um capitulo, tudo estava ficando ruim, odiei o capitulo anterior que postei nessa fic, e embora em minha mente ela esteja completamente completa aonde a história vai andar, no papel ela não estava saindo mais. E nao era só essa, outras fics minhas estavam acontecendo a mesma coisa. E bem, sou perfeccionista, quando isso acontece como alguém como eu me dá um desespero e desanimo que mandei tudo para os ares.
Perdi meu parceiro de fanfic, ele não poderá postar mais até agosto e postava umas tres fics com ele, e agora estou sozinha completamente e ainda peguei a dele para cuidar, então haja imaginação para manter tudo, e ainda, meu tempo é curto, e quem escreve sabe quando não tempo tempo para ler nada anda, porque necessitamos de leitura para escrever bem.
Então, precisei clarear minhas ideias, foi bom porque estou conseguindo melhorar a qualidade de algumas fics, achei que esse capitulo saiu melhor, pretendo continuar porque recebi muitos comentários carinhosos de leitores, mensagens, e sei que é chato deixar as coisas pela metade, é falta de consideração com quem acompanha, eu quando era leitora de fanfics, odiava quando o autor não concluia a história.
Essa fic ela é muito especial porque eu sei o que acontecerá do começo ao fim e é dificil eu ter ideias assim inteiras, a maioria eu sei como começa mais nem faço ideia como vou terminar e essa eu sei como vai terminar. Então peço desculpas pelo meu afastamento, mas foi necessário como expliquei, pretendo não demorar mais assim, porque eu costumo ter responsabilidade com postagens só demoro quando fico doente, ou acontece algum problema mesmo. Então, vou tentar ir mais rápido com as que já atualizei, essa é a terceira atualização minha desde minha volta. Então, pretendo tentar continuar com as atualizações semanais.

Espero que gostem, espero que não tenha sumido também, espero receber comentários, porque necessito deles para animar-me já que estou um pouco desanimada, principalmente com os meus problemas pessoas o que interfere na escrita também, então, espero a compreensão de todos e que me deixem comentários para eu levantar e continuar até terminar a história, "Remember me" tem um caminho ainda muito grande pela frente, esperem porque no próximo capitulo a visão de Peeta já vai voltar, e muitas coisas vocês irão descobrir ;)



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Confusão

Ele me beijou. Demorou algum tempo para eu digerir a ideia, para eu me dar conta de que realmente a boca dele estava grudada na minha. Senti a minha cabeça girar, e meu coração disparava tanto que por alguns segundos acreditei que iria parar. Ele estava mesmo me beijando? Isso estava mesmo acontecendo?

Lembrei-me de quantas vezes eu sonhei com esse momento, quantas vezes eu desejei, quantas vezes eu imaginei o que eu sentiria se um dia isso acontecesse, imaginei quais as sensações que seriam quando os lábios deles se encostassem nos meus. Eles seriam macios? O que eu faria quando a língua dele adentrasse em minha boca? E se eu beijasse mal? O que eu faria quando o beijo acabasse?

Sim, sentia-me uma completa idiota, com falta total de experiência, tudo era novo para mim e principalmente mágico, completamente mágico, as sensações eram tão intensas, o corpo dele embora molhado conseguia esquentar o meu corpo, embora as mãos dele estivessem frias e molhadas pareciam quentes quando tocava em minha pele. Sim mesmo estando frio, mesmo a água da chuva esteja gelada e caindo com violência em nossos corpos, eu estava quente. Totalmente quente. Somente com o toque dos lábios dele, com suas mãos frias alisando minhas costas, com os braços fortes apertando o meu corpo, meu corpo conseguia se aquecer.

Senti como se tudo tivesse parado, não conseguia calcular quanto tempo aquilo durou, mas por alguns segundos pensei que no mundo existissem somente nós dois, quando nossas respirações se aceleraram devido a perda de folego, Peeta parou, olhou-me e notei uma certa confusão em sua expressão, a respiração dele estava acelerada e ele olhava-me com a boca entreaberta.

Só então comecei a cair em mim, quando ele parou e vi a confusão em seu rosto eu percebi o quanto deveria tá sendo difícil para ele. Ele namora, acabamos de ter uma discussão, com certeza o que ele fez foi agido por um impulso, tudo bem ele deve sentir algo se não ele não me beijaria, mas com certeza o que ele fez foi motivado por um momento de desespero. Isso eu tinha que estar ciente, e tive uma certeza maior disso quando percebi que com o passar dos segundos sua expressão não mudava.

Ele continuava olhando-me, com uma expressão perfeita de confusão, a respiração a cada segundo estava mais acelerada e seu olhar era tão profundo, que dava a impressão que ele conseguia enxergar até mesmo a minha alma.

E uma crise de consciência começou a me atingir. Ele tem namorada, ela não é uma garota doce e amável, não acredito que sirva para ele, mas ele tem uma namorada. Eu estava agindo como uma amante, e ainda confundindo ele, como ele deveria estar sofrendo internamente por isso.

— Peeta... – eu sussurrei enquanto olhava-o nos olhos, tentei falar alguma coisa, tentei dizer para ele não se preocupar e esquecer o que aconteceu, mas nada saiu, ele ainda ficou alguns segundos em silencio, parecia ainda estar digerindo o que havia acontecido. Havia sido também tão rápido, até para mim estava difícil de digerir, imagina para ele.

— Eu... – ele sussurrou, soltando um suspiro, colocou a mão em meu rosto e aproximou-se um pouco mais, tanto que achei que ele ia me beijar novamente, entretanto ele pareceu desistir, tanto que deu alguns passos para trás. – Me desculpe... – ele sussurrou e depois afastou-se e então foi embora, muito rápido, tanto que em poucos segundos ele já tinha sumido de minha visão.

Ele tinha ido mesmo embora... Sim, demorou para eu cair em mim e ver que isso tinha mesmo acontecido, soltei um longo suspiro e permiti que minhas costas escorregasse pela parede, até eu cair sentada no chão. Mais algumas lágrimas caíram dos meus olhos e permiti que ela rolasse por minha face, peguei o óculos que estava caído no chão ao meu lado, coloquei em meu rosto.

Ele estava embaçado, mas desisti de tentar limpar, continuei parada no mesmo local e por algum tempo perdi a noção do tempo, fiquei ali sem saber o que fazer e nem o que pensar, mas ainda um pouco abobalhada. Apesar de tudo, ele tinha me dado um beijo.

Depois de um tempo decidi ir para o dormitório, não poderia ficar parada na chuva a noite inteira, foi uma atitude idiota afinal agora que seria ainda mais difícil de me explicar para Annie. Como eu iria explicar para ela que estou toda molhada? Que estou nervosa e ainda que eu demorei tanto para ir para o dormitório?

Parei na porta meio receosa, e contei até três para abrir a porta, deparei-me com Annie deitada em sua cama, ela demorou alguns segundos para notar minha presença e quando me viu olhou-me com as sobrancelhas franzidas, sentou rapidamente na cama e me observou com aquela expressão que ela sempre me olha quando está desconfiada.

— Katniss, o que aconteceu com você? – ela perguntou.

— Eu... É, fui a biblioteca e acabei perdendo a noção do tempo, começou a chover e ai a caminho para cá eu me molhei... – respondi, desviando rapidamente o olhar para ela não notar que eu estava mentindo, virei-me e fui até o guarda-roupa, peguei a toalha e meu pijama, depois fui rapidamente em direção ao banheiro, tranquei-me nele antes que Annie pudesse falar qualquer coisa.

Soltei um suspiro e fechei os olhos, logo a imagem do beijo voltou em minha mente. Ele foi embora... Talvez ele vai começar a me evitar, talvez ele não vai mais falar comigo. É eu tenho que estar preparada para tudo, se eu não quiser mais ser pega desprevenida e me decepcionar, decepcionar-me muito.

Tomei um longo banho, na realidade eu não queria sair do banheiro, eu já ficava me perguntando, se Annie fizesse uma sessão de perguntas, com certeza eu me enrolaria. Quando eu vi que não daria mais para ficar embaixo do chuveiro, sai, sequei-me, vesti o pijama e escovei os dentes.

Quando sai do banheiro, vi que Annie ainda estava acordada, ela me olhava ainda com aquele olhar desconfiado.

— Está acontecendo alguma coisa? – ela me perguntou. Virei de costas novamente, para não precisar olhá-la.

Estendi a toalha na cabeceira de minha cama e deitei, parei o olhar no teto. Quanto menos olhasse para ela melhor.

— Não... Só estou cansada! – respondi.

— Você ficou no centro com o Gale? – ela perguntou, cruzando os braços e aproximando de mim, bem lentamente. Olhei para ela por poucos segundos, depois voltei a olhar para o teto, disfarçando novamente o nervosismo.

— Er... Sim... – respondi, depois virei para o lado oposto.

— Você não quer falar não é? – ela perguntou, eu não a respondi, afinal, eu não sabia o que falar. – Tá bom eu espero até amanhã...

Escutei então os passos dela se afastarem, soltei então um suspiro de alivio, eu não gostava de tratar Annie assim, principalmente esconder as coisas dela, mas definitivamente naquele momento a ultima coisa que eu queria é falar.

###

Quando abri os olhos no dia seguinte, minha vontade era de não sair da cama, mas com a insistência de Annie eu levantei-me para o café da manhã.

Fiquei receosa para ir para o refeitório, afinal, provavelmente eu me encontraria com Peeta e olhar para ele seria um tanto complicado, já que eu sabia que só de olhá-lo já conseguiria algumas pistas, ou seja, eu já poderia imaginar como vai ficar nossa relação nos próximos dias.

Annie não comentou nada da noite anterior, o que me deu um grande alivio, afinal, eu já imaginava que ela deveria estar fazendo um grande esforço para me dar esse tempo, ela sempre foi de ficar me rodando, fazendo milhares de perguntas, e eu sabia que ficaria mais nervosa se eu tivesse que falar desse assunto.

Eu havia tido dificuldades para dormir, a razão era um tanto obvia. Havia acontecido aquilo que tanto desejei, entretanto era algo que eu já não tinha mais esperanças de que acontecesse, e isso mexeu com minha cabeça de uma forma que me deixou tanto assustada como confusa.

Era mais fácil mesmo que doesse aceitar a ideia de que Peeta é impossível para mim, desde que eu tinha aceitado isso, ainda meio que me machucando, eu me machucava menos do que quando tinha esperanças de que ele fosse me ver de outra forma algum dia.

Agora depois do beijo, surgiu aquela pequena luz, mesmo que muito pequena, mas era uma luz de esperança de que eu estivesse errada e que sim minha intuição de inicio é verdadeira. Peeta gosta de mim, só que tem medo e não quer aceitar a ideia. Só que essa pequena luz me assustava, e muito.

Depois de se sentar á mesa e evitar olhar a minha volta por alguns minutos, algo dentro de mim implorou para que eu procurasse Peeta, outra parte não queria procura-lo, mas claro, por ser a mais fraca perdeu.

Levantei a cabeça bem devagar, e meus olhos ligeiramente já foram passando mesa por mesa, até então parar em uma. Nele, ele estava sentado com Thomas, e afastado de Gabbe, que estava sentada na outra ponta da mesa.

Meus olhos passaram por ela, depois voltaram para ele. Ele estava quieto, distante, enquanto Thomas falava sem parar, não demorou mais do que poucos segundos para os seus olhos procurarem os meus.

Nossos olhares se encontraram, e eu engoli um seco, enquanto sentia meu estomago revirar de uma forma estranha. Ele me olhou profundamente, entretanto, por mais que eu quisesse não consegui descobrir o que aquele olhar significava.

Completamente nervosa eu desviei rapidamente o olhar, soltei o ar e parei meus olhos pararam em minha xícara de chá. Eu estava completamente sem fome.

###

Assistir as aulas naquele dia seria um tanto desconfortável, ainda mais as aulas que Peeta também frequentava, seria realmente uma luta interna para não olhá-lo. Evitar seria o melhor, afinal, eu estava decidida a não procura-lo, isso eu deixaria por conta dele, caso ele quisesse falar comigo ele me procuraria.

Foi então que me dei conta de como as coisas mudaram com o passar do tempo, apesar de que não fazia tanto tempo que eu perseguia ele feito louca, lembro-me de que eu corria, abraçava-o, comprava presentes sempre na tentativa de agradá-lo, e naquela época ele não precisava de muito para me deixar feliz, bastava somente um sorriso, um olhar, sim isso já era o máximo para me encher de esperanças, de sonhos, sempre lá estava eu esperando pacientemente ele se der conta de seus sentimentos.

 Até que escutei ele falar de mim para Thomas, aquelas palavras doeram tanto que senti como se meu coração fosse tão frágil que somente aquelas palavras fizesse metade dele se despedaçar em milhares de pedaços, imaginei-me vários cacos de vidro como meu coração, quebrando-se. Doeu, e muito, entretanto a outra parte ficou ali, até vê-lo com Gabbe e a outra metade também quebrar-se.

As esperanças haviam acabado e o que eu tinha conseguido concertar com muito esforço, era na realidade a tentativa de continuar minha vida sem ele, depois de continuar com ele mais como meu amigo, e agora lá estava eu sentindo-me uma patética por estar pensando novamente na possibilidade de ele sentir o mesmo que eu, de ele me amar. Eu iria me machucar de novo.

Fechei os olhos por alguns segundos e lembrei-me da cena, cena da qual nunca mais conseguirei apagar da minha memoria, ela aparecia tão intensamente em minha mente, que era como se eu pudesse sentir novamente aqueles lábios molhados e macios encostados novamente no meu. Aquilo me fez sentir-me quente por dentro, como na noite anterior. Aquele beijo continuava muito vivo em minha mente e dentro de mim.

 Coloquei a mão em meus lábios e soltei um longo suspiro, abri novamente os olhos, sobressaltada com a impressão de que algo aconteceu, olhei em volta da sala, até parar o olhar na a carteira de trás. Peeta estava sentado atrás de mim e me olhava fixamente.

Mordi fortemente os lábios num gesto nervoso e rapidamente olhei para frente.

— Me desculpe... – escutei ele falar num tom baixo, olhei rapidamente para ele novamente.

— Como? – perguntei.

— Eu não deveria ter ido embora, não daquele jeito... – ele respondeu.

— Você também não era obrigado a ficar... – respondi. Afinal, foi bem melhor ele ter ido embora do que ter ficado e dito: “Katniss, desculpe-me o beijo foi um erro”. Como eu estava tentando dizer, seria bem mais doloroso.

— Eu queria ter ficado, eu... – ele iniciou, mas calou-se rapidamente quando uma garota começou a se aproximar. Meu coração apertou, quando avistei Gabbe, ela se aproximou, sentou ao lado de Peeta e olhou diretamente para mim.

— Oi Katniss! – ela cumprimentou, com aquele sorriso falso.

Sorri forçadamente para ela e depois me virei para frente, sem falar uma única palavra. Evitei olhar para eles, por sorte o professor entrou logo na sala, começando a aula e tentei concentrar-me nele o máximo possível, tentando não pensar que atrás de mim estava sentado Peeta... Com ela.

Em vinte minutos de aula, o professor estava passando um texto da lousa, da qual eu copiava rapidamente. Por estar sentada mais no fundo, eu as vezes tinha que espichar o pescoço para conseguir olhar o que estava escrito no final da lousa.

— Heii querida... – escutei a voz de Gabbe falando, fazendo com que no mesmo momento meu coração disparasse acelerado.

Virei rapidamente para ela para olhá-la.

— O que? – perguntei.

— Teria como você prender um pouco o cabelo? Ele está atrapalhando a minha visão... – ela respondeu, fazendo-me encará-la com a boca entreaberta.

Olhei para Peeta, e vi que ele também não estava mais copiando e sim olhando diretamente para ela.

— Por que você não troca de lugar? – eu sugeri.

— Ué... É mais fácil você prender o cabelo do que eu trocar de lugar... – ela respondeu com desdém. – Além do mais eu quero ficar perto do meu namorado... – ela fez ênfase novamente na palavra “meu”.

— Ela não é obrigada a prender o cabelo Gabbe! – ele respondeu, sim, pela primeira vez vi Peeta falar alguma coisa, responder Gabbe.

Respirei fundo tentando me acalmar.

— O que custa ela fazer isso? Ficaria até mais bonito para ela, se você ver até ajudaria a...

— Gabbe, cala a boca! – ele a cortou.

Discordei com a cabeça e comecei a rapidamente ajuntar os materiais de cima da carteira, enfiei-os na mochila com violência e sai apressadamente de dentro da sala de aula. Acredito que o professor tenha ficado um tanto confuso com a minha atitude, mas não me importei, não olhei para ninguém e muito menos para ele, a única coisa que eu queria era sair dali.

Gabbe estava fazendo tudo de proposito, estava claro que ela me odiava, e mesmo que Peeta tentasse me defender não seria o bastante, mas é claro que ela iria me odiar, ela teria razões suficientes para isso. Eu era um utensilio, sentia-me como uma amante atrapalhando a vida dela, e ainda com uma aparência fora do comum para ser sua rival, imagina o ódio que uma garota superficial e bonita como ela deve estar sentindo, em ver seu namorado se afastando pouco a pouco, defendendo outra garota, atrapalhando sua vida que deveria antes de me conhecer ser perfeita.

Suspirei, encostei-me na parede e passei a mão no cabelo. Tentei não me importar, tentei fingir que isso não me incomodava, não iria mais ter a crise de ontem, não iria mais chorar por ela. Não depois do que aconteceu, não poderia mais jogar na cara de Peeta nada, ele não tinha culpa, pelo contrario ele até tentou me defender. Eu sabia que poderia acontecer isso, eu estava ciente desde o momento em que aceitei continuar sendo amiga dele.

Fui para a biblioteca, tentar ler um pouco e esquecer o que aconteceu, entretanto, com o passar das páginas, ás vezes tudo voltava em minha mente, lembrava da vergonha que senti ontem quando discuti com Peeta, depois vem a imagem do beijo, em seguida a leve discussão de hoje, as provocações de Gabbe.

Sacudi a cabeça e fechei rapidamente o livro, senti uma sensação estranha percorrer por meu estomago. Olhei a hora no meu relógio de pulso, já estava perto da minha próxima aula e eu teria que fazer o possível para assistir.

Peguei a mochila, coloquei-a nas costas e sai da biblioteca em passos largos, comecei a andar pelos corredores, dobrei um e outro, a caminho dos armários, quando ao passar ao lado de uma sala vazia, eu senti algo me puxar. Ou melhor, alguém puxou-me.

Meu coração disparou, tudo foi tão rápido que em poucos segundos eu já estava dentro da sala de aula.

Ele fechou a porta, puxou-me em direção a ela e então em poucos segundos seu corpo estava prensando o meu, completamente colados, enquanto nossos rostos novamente estavam muito próximos.

Eu estava tonta, sim, completamente tonta, impressionada, sem entender e muito menos sem saber o que fazer ou dizer. Peeta, sim era ele, parecia que eu estava dormindo e nada daquilo era real. O que ele estava fazendo? O que ele estava querendo? Abri a boca varias vezes e nem um som saiu, porque sim, era ele que tinha que falar e não eu.

— Não dá mais Katniss, não consigo mais fingir... – ele iniciou e tudo ficou ainda mais confuso.

— Como? – perguntei, numa voz fraca, que saiu meio com dificuldade.

— Eu tento me segurar, mas a única coisa que eu quero é tocar em você, ficar perto de você, principalmente... – seus olhos desceram para minha boca. – Te beijar... – ele finalizou em sussurros, enquanto tocava em meu rosto. – Essa vontade está ficando incontrolável, por isso que te beijei ontem...

— Você estava com dó de mim, foi desespero, foi pelo que eu disse... – eu falei, tentei me afastar, mas estava tão bom estar perto dele que eu não consegui.

— Não... Eu não tenho pena de você Katniss, porque eu teria? – ele perguntou e senti sua respiração acelerar. – Se você é a garota mais incrível que eu já conheci... – e seu rosto aproximou-se mais do meu, e sim, a única ideia que venho na minha mente que aquilo era um sonho. – Eu estou completamente apaixonado por você Katniss Everdeen...

Continua...


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