A Escolhida escrita por Pharah


Capítulo 47
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

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Centralizado na Família Hyuga

Nova Era: um dia qualquer de 1529, Sábado.

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Assim que Sakura viu Hanabi pessoalmente em uma festa comemorativa de Konoha ela sabia que algo ia acontecer. A morena só tinha olhos para a rainha; e seus olhos diziam muita coisa. “Chegou a hora de pagar a dívida.” Sim, anos atrás, a Hyuga tinha ajudado a rainha, quando ainda era nada mais do que uma camponesa e candidata à ser esposa de Sasuke. Seus passos eram firmes e diretos, e Sakura procurou um local reservado para conversarem. Assim que Hanabi chegou ao seu lado, já isolada de toda conversa superficial dos participantes do evento, Sakura sentou em uma mesa do jardim ornamentado. Hanabi sorriu para a rainha, que sorriu cordialmente de volta.

— É uma honra encontrá-la a sós, Vossa Majestade. — a morena disse.

— Eu poderia dizer o mesmo — começou a rosada, com um sorriso audaz. — mas pelo seu sorriso, temo dizer que meu humor não é dos melhores. — Hanabi apenas riu.

Uma risada cheia de ânimo. Isso realmente não poderia significar algo bom. A morena sentou ao lado de Sakura, ainda com um bom humor não usual.

— Bem, posso cortar todo o falatório desnecessário e dizer o que interessa? — indagou a morena.

— Claro. — replicou Sakura, agora séria.

Hanabi retirou alguns fios de cabelo negros azulados de seu rosto e colocou de volta para trás. Ela não hesitou em tirar um envelope de seu kimono muito bem trabalhado no branco e roxo e estendeu para a rainha. Seus olhos brilhavam mais que a lua no céu. Isso tinha feito Sakura quase estremecer. Quase. Agora ela também tinha poder e muita confiança e não morreria de medo de ninguém. Pegou o envelope, ligeiramente curiosa.

— Você vai entregar esse envelope para a minha irmã. — ela disse com uma voz calma. — E nem pense em abrí-lo antes ou dizer a ela quem lhe entregou. Acredite, eu saberia. — sua voz tinha uma nuance de ameaça no final.

Seria algum ultimato para Hinata? Uma armadilha? Um encontro? Não poderia saber. Sakura não abriria a carta, assim como Hanabi pediu. Mas não deixaria de contar quem dera o bilhete. Não trairia a confiança da Uzumaki, ainda que isso pudesse desencadear em um problema para ela futuramente.

— Certamente. E o que mais? 

— Só isso. — disse a Hyuga.

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— Fico feliz por ter vindo. Sakura fez um bom trabalho, afinal. — Hanabi disse assim que vira sua irmã chegando no ponto de encontro.

Hinata não fica surpresa ao ver sua irmã. Sakura tinha dito que o bilhete era dela, então nada poderia surpreendê-la no momento. Hanabi podia ser um tanto quanto exótica em suas ideias e comportamentos.

— Ouso dizer que não compreendo tamanho sigilo em conversar com sua própria irmã. — Hinata disse e sorriu, afinal, para sua irmã mais nova. — Temos nossas diferenças, mas o nosso sangue ainda é o mesmo. Principalmente quando há uma revelação hoje no castelo de nossa família.

— Nossa ideia de família por certo é muito distinta. — Hanabi respondeu com uma expressão solene. — Mas tu ainda estás na minha.

As duas se abraçaram. Um abraço estranho, mas ainda verdadeiro por ambas as partes. Elas logo se recolheram e sentaram uma ao lado da outra. Hanabi a entregou uma xícara de chá, que foi aceita sem hesitar pela mais velha.

— Muito obrigada, Hanabi-neesama.

— Ora, sem honoríficos. — Hanabi respondeu com um sorriso triste. — Não hoje. Não na última vez.

— O que quer dizer com isso? — Hinata bebericou o chá pela segunda vez.

Mas antes que sequer Hanabi pudesse responder, a mais velha bambeou e só não caíra no chão por sua irmã a sustentar. A mais nova coloca gentilmente sua irmã no sofá do local, enquanto Hinata força seus olhos a ficarem abertos, mas sabia que em questões de segundos apagaria.

— Apenas leia a carta; você entenderá tudo.

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Querida Hinata,

Sei que pode parecer estranho, e até mesmo bizarro uma carta vinda de mim logo depois de eu apagá-la… Mas foi uma atitude necessária ao que eu tinha de fazer. Veja bem, ainda antes de contar o meu intuito, irei lhe contar uma história patética de anos atrás. Quando eu ainda era ingênua e esperançosa.

Houve um dia em que eu acreditei no amor. Teve um certo momento que eu pensava que se acreditarmos e nos esforçarmos, poderíamos fazer tudo que quisermos, e nada no mundo poderia nos parar. Oh, como eu estava errada. O quão tola uma pessoa pode ser? Acho que você se lembra de uma velha amiga minha. Seu nome era Chi, e ela era a filha da governanta do castelo dos Hyuga. Ela era mais velha que eu, e mais nova que você. Seus cabelos eram tão brilhantes quanto o sol, e seus olhos em um castanho tão comum, mas ao mesmo tempo tão especial. Nos apaixonamos em uma primavera; fizemos um juramento de amor em uma noite fria de inverno. Mas nosso romance não durou muito tempo. Nosso pai havia descoberto. E ele a matou sem piedade. Jogou a única pessoa que amei em uma vala; a soterrou com pedras. Ninguém ouvira suas palavras finais, ninguém de sua família ficou sabendo de sua morte, dada a garota como desaparecida. A única coisa que há de certeza de seus momentos finais é que ela me olhou com ódio, acreditando que eu a havia traído. Mas a verdade é que nosso pai me traiu. E fez a minha amada pensar que eu tinha a vendido em troco de perdão.

Nunca fui uma pessoa bondosa como você. Jamais pensei muito nas pessoas em volta antes de mim. Mas não existe nenhuma situação que eu venderia Chi. Mas ela nunca saberá disso. Sua família nunca saberá seu triste destino.

Pedi desculpas ao nosso pai, engolindo qualquer sentimento. Guardei todo rancor dentro de mim e me transformei em uma fortaleza de falsidade e malícia. Tudo para um dia exterminar essa crueldade que se iniciou com os Hyuga. Chi não foi a primeira morte; e certamente não foi a última. Mas eu irei acabar com tudo isso. Vou exterminar todos os Hyuga do mapa hoje. Exatamente hoje, onde apenas terão Hyuga e a nobreza patética que os apoia e os instiga a fazer essas crueldades. Seria o anúncio do meu casamento com um homem, mas eu jamais daria esse gosto ao nosso pai.

Sei que quando ler isso vai se apressar e tentar salvar a nossa família, mas será tarde demais. Sei também que irá odiar a minha última atitude, já que eu irei queimar junto a essa família podre (eu faço parte desse nojo, afinal). Mas você será a única salva, e sinto muito por colocar tamanho peso em você.

Está tudo bem em me odiar; francamente, depois de tudo, como eu não entenderia? Mas está tudo bem uma parte sua ainda amar a mim e a nossa família, ainda que tenhamos feito coisas tão horrendas.

O seu coração é puro e ingênuo, e isso é a única esperança que o País do Arroz pode se agarrar.

Adeus, irmã. Eu sempre pensei em você, e sempre te protegi das sombras. Não guarde rancor de ninguém. Apenas seja você mesma.

Hanabi.”

Lágrimas teimam em sair dos olhos da Hyuga mais velha. A garota tremia e chorava copiosamente enquanto corria em direção ao castelo dos Hyuga. Isso não era verdade. Isso é uma pegadinha. Essas eram as palavras que pairavam em sua mente. Mas estava claro que ela chegou tarde demais. O castelo queimava. As chamas já haviam engolido qualquer esperança de qualquer pessoa que estivesse dentro dele. O silêncio era assustador.

Boatos dizem que Hanabi ria copiosamente e dançava ao redor das chamas enquanto todos os seus alvos gritavam, implorando ajuda e salvação. Outros dizem que ela chorou, esperando que, quem sabe, Chi pudesse ver o seu lado e a perdoar na vida após a morte. Outros dizem que ela observou seu pai queimar, esboçando um sorriso sinistro. Mas, na realidade, ninguém sabia o que realmente aconteceu lá, apenas o que Hinata havia relatado.

Só que Hanabi não era perfeita. Seu cálculo não foi preciso, não havia sobrado apenas Hinata. Hyuga Neji, filho do rei atual, havia escapado desse encontro minutos antes do fogo criar vida, encontrando com sua amante provinda de Konoha. Ele, e não Hinata, teria de reconstruir a família.

Hinata entendia os motivos da irmã, embora não os aceitasse. Mas havia jurado a si mesma que a vida da mais nova faria sentido. E fez de tudo para Neji não ser podre como o resto da família, o ameaçando como podia. E assim os Hyuga foram “purificados”.


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Notas finais do capítulo

cara... seis anos.
seis anos com essa história. Eu deveria dizer muita coisa, mas são tantos sentimentos que não sei nem como demonstrá-los na escrita. eu agradeço à todos que leram minha história, todos que acompanharam minha aventura do início ao fim, independente de ter começado a ler em 2015 ou 2021 ou qualquer outro ano.

OBRIGADA

essa foi a minha maior história, e ela significa muito pra mim. e vocês também significam muito pra mim. ela me ajudou muitas vezes, por mais que eu tenha ficado tempos sem escrever.

de coração. amo vocês.

e obrigada por me acompanharem nessa jornada.

Até a próxima?

Quem sabe.

Com amor, Letícia ou "Pharah".



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