Todos nós nos reunimos na hora marcada na frente do salão de jogos e logo a longa caminhada começou.
– Você tem amigos muito legais- o Nathan puxou assunto.
– Obrigada. Eles também gostaram muito de você.
Ele sorriu, caramba, já disse que ele é lindo?
Ele passou a mão na frente do meu rosto para ver se eu estava prestando atenção, pois é, quem manda ser tão bonito e a pessoa se perder em meio a tanta beleza?
– Oi?
– Eu estava falando com você.
Deu vontade de dizer " Me desculpe se eu me perdi no seu sorriso" mas simplesmente falei:
– Desculpa.
– Tudo bem.
– O que você estava falando:
– Eu estava me perguntando porque eu nunca tinha vindo aqui antes.
– E eu estaba me perguntando se doeu quando você caiu do céu! - falei baixinho.
– O que você disse?
– Eu? Nada.
– Então...você é a professora de música?
– Sou.
Ficamos em silêncio e eu decidi quebrar o gelo.
– Quando a banda vai se apresentar?
– Amanhã.
– Já tocou alguma outra vez?
– Algumas vezes. E você, tem uma banda?
– Não. Eu fazia vídeos pra postar na internet com o meu namorado, digo. Ex. Mas agoar vou excluir um canal e fazer um só pra mim.
– Vou me inscrever. Qual é?
– Beatriz Sullivan.
– Até eu conseguir pegar uma rede aqui vou esquecer, me passa o teu número dai qunado eu estiver em casa eu te peço direitinho.
Ele me estendeu o celular o qual eu peguei e adicionei meu contato.
Continuamos a conversar e quando avistamos a praia algumas horas depois já sabia de muitas histórias de infância do Nathan, ele sabia algumas minhas e conversamos muito sobre música, a paixão de ambos.
Assim que senti o mar bater nas minhas pernas armamos algumas tendas para fazermos sombra e arrumamos nossas coisas, vi a Stella conversando animadamente com a Medy, um garoto uqe eu conhecia por Yuri e com a Angelina. Decidi não interromper, passei protetor solar e fui aproveitar o mar.
O Paulo veio até mim.
– Oi Bea.
– Oi!
– O que tá rolando entre você e o Nathan?
– Nada- falei corando.
– Sério? Vocês vieram todos animadinhos conversando.
– Viramos amigos.
– Acho que deveria ter trazido ele antes de você ter conhecido o Art. Aliás eu não o vi ele, ele vai chegar outo dia?
– Eu não sei. Não estamos mais juntos!
– Não é o que o seu status do Facebook diz.
– Caramba me esqueci disso. Preciso mudar de status, sabe onde tem rede?
– Não faço ideia, mas esquece isso. Quando você chegar em casa tu faz isso. Aproveita o acampamento.
Eu sorri.
– Você ficou bem com a separação?
– Sim.
– Sim?
– Sim ué!
– Pelo jeito a briga foi feia.
– Foi mesmo.
Ele olhou para o mar aos nossos pés.
– O que achou da trilha?- ele perguntou mudando de assunto.
– Legal.
Ele sorriu.
– Foi ideia do Nathan.
Ele olhou pra terra onde nossas tendas estavam estendidas.
– Uau!
– O que foi Paulo?
– Quem é aquela menina ali?- ele apontou discretamente, ou melhor, ele achou que apontou discretamente para a Medy.
– Madelyn.
– Você a conheçe?
– É, ela é minha nova companheira de dormitório.
– E a Abi?
– As duas.
– Você poderia me apresentar para ela não é?
– Claro. Agora?
– Pode ser.
Saimos da água e paramos ao lado da Medy que agora estava sozinha bebendo uma lata de coca - cola.
– Oi Medy.
– Oi Bea.
– Esse é o Paulo, um amigo meu!
Ela parou de beber e analisou o Paulo, em seguida estendeu a mão pra ele.
– Madelyn Chiles. Prazer.
– Paulo Castagnoli, o prazer é o meu.
– Vou pegar uma lata de coca - cola e deixar vocês conversando.
Mas acho que eles nem me ouviram estavam em silêncio um olhando para o outro.
Assim que abri a caixa de isopor onde estavam os refrigerantes vi o Paulo falar algo pra Medy que a fez rir, me sentei e logo o Nathan se sentou ao meu lado.
– Gostou da trilha?
– Cansativa mas valeu a pena
– Só quero ver a volta.
– Vai estar todo mundo se arrastando.
Bebi um gole da minha coca - cola. Ele sorria.
– Você não se cansa de sorrir não?
Ele riu dessa vez.
– Ei, eu não sorrio tanto assim!
– Se você diz.
– Vamos dar um mergulho?
– Sim.
Ás 18:00 voltamos para a trilh, eu estava tão cansada que já não sabia como estava caminhando, meia hora depoiseu já estava me arrastando.
Eu caminhava e falava com o Nathan mas quase já não prestava mais atenção de tão cansada, então ele parou.
– O que foi?- perguntei.
– Esrá cansada?
– Um pouco.
– Eu te levo.
– Que?
– Sobe nas minhas costas e eu te carrego.
– Não Nathan. Eu sou pesada e você esta cansado.
– Bea, me deixa fazer esse favor pra você e eu não estou tão cansado.
Respirei fundo e suspirei.
– Eu sei que depois desse suspiro você vai dizer "sim".
Eu ri e deixei ele me levar.