Renê e Helena estavam rodeados de alegria, pois finalmente depois de tantos obstáculos eles se casaram. E dava para se ver como ambos se amavam e estavam felizes juntos, pois o fruto desse amor intenso agora já se encontrava dentro da barriga de Helena, que ficou grávida do homem da sua vida. Infelizmente essa felicidade se tornou por pouco tempo, Regina quando descobre que Helena havia engravidado fica furiosa, e promete para si mesma que não iria deixar barato.

- Suzana está pronta para virar a vida da Heleninha de cabeça para baixo?

- Estou mais, respirei fundo, eu não queria criar uma das pestes.

- Ah Suzana vai desistir agora? Afinal você será a amada dessa história.

- Amada? Como assim?

- Quando a menina crescer você dirá a ela que os pais a abandonaram, e você como tem um ótimo coração pegou ela para criar.

- E assim a garota irá odiá-los, Regina você é um gênio.

- Eu sei disso, rimos vitoriosa. Mais enfim não temos tempo a perder, você vai vigiar cada passo da vida deles e no momento certo vai roubar a criança.

Passou-se duas semanas em que as gêmeas haviam nascido, eram lindas. Helena e Renê transbordavam de felicidade e não se desgrudavam de suas pequenas. Mais a alegria dessa família estavam para se findar, Suzana vigiava a rotina do casal e só esperava um brecha para roubar uma das bebês.

- Ah amor você nem sabe como estou feliz por estar aqui com você e as nossas meninas. Vocês me fazem uma mulher realizada e eternamente agradecida. - Disse abrindo um largo sorriso e me sentando na grama do parque, abraçando o Renê.

- Eu também estou muito feliz meu bem, vocês me completam. - Me aproximo da Helena beijando a mesma.

- Não querendo estragar o clima mais já estragando, eu..

- Nem precisa terminar Dona Helena, deixa eu adivinhar. Você está com fome não é?

- E não é que você acertou?! - Dei uma gargalhada e encarei o Renê e fiz cara de drama.

- Tudo bem, vem sua comilona. - Falei levantando e segurando sua mão.

- Por isso que eu te amo, dei um selinho nele e encostamos o carrinho das princesas perto da árvore e fomos até a barraquinha de pipoca que não ficava longe dali.

Suzana olhava tudo de longe e sorriu quando o casal se afastou das gêmeas.

Suzana- Agora é o melhor momento, pensei. Me aproximei de onde estava as pirralhas e peguei uma delas, sai correndo e entrei no carro, vi que no braço da menina se encontrava uma pulseira com o nome de Isabela.

- Quer dizer que a pirralhinha se chama Isabela? é garota agora quem será sua mãe sou eu, ri pensando na desgraça que havia causado na vida daquele casalzinho. Logo acelerei o carro e saí dali, estava tudo pronto para sair do país com a menina.

Helena- Depois de comprarmos a pipoca voltamos para perto de nossas pequenas e quando nos aproximamos mais do carrinho, meu coração partiu ao meio ao ver que uma delas não estava mais lá.

- Renê a Isabela, cadê minha filha? - Falei em prantos e desesperada.

- Meu amor fica calma, nós vamos encontrar a nossa Isa. - A abracei forte e não pude segurar as lágrimas, uma parte de nós havia desaparecido.

- Eu quero minha filha Renê, quero ela bem perto de mim. Roubaram a nossa pequena. - As lágrimas rolavam sobre meu rosto e meu coração estava apertado.

Depois desse acontecimento terrível, a vida desse casal não foi mais a mesma. Eles cuidavam da outra filha Manuela, mais nunca desistiram de encontrar Isabela. Eles carregam a esperança de algum dia ainda vão reencontrar a filha. Treze anos se passaram e agora Helena e Renê trabalham como professores na Escola Mundial e matricularam Manuela na mesma, que está no sétimo ano. Estavam no fim das férias do meio de ano e a partir daí muitos acontecimentos estão por vir.

Isabela morava na Bélgica com Suzana e não era nem um pouco feliz. Suzana sempre a rejeitou e nunca a deu carinho. E ao longo do tempo a rejeição e a frieza da "mãe" foi tornando Isabela numa garota egoísta e rancorosa, mais no fundo muito triste só que ela não deixava a perceber. Ela vive sozinha e sem amigos, e para deixar a tristeza um pouco de lado, Isabela canta pois carrega esse dom maravilhoso de cantar e uma linda voz também.