Piratas do Caribe E o coração de Nirina escrita por Capitã Nana


Capítulo 6
Meu navio


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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— Hector! – O sorriso amarelo de Jack não escondia a decepção em ver o pirata a sua frente. – Estou surpreso em ver-lo...no meu navio.

— Suponho que eles não sejam amigos ? – A garota susurou para Gibbs que estava ao seu lado. Ele maneou a cabeça em afirmação as suspeitas dela.

— Achou mesmo que eu não viria atrás do meu navio depois que o roubou em Îles des Saintes ? – O homem de barba grisalha e grande chapéu preto perguntou com um sorriso vitorioso.

— Tecnicamente Barbossa... – Replicou Jack. Moira arregalou os olhos ao ouvir aquele sobrenome – Podemos dizer que estamos empatados. Afinal depois da luta com Beckett você e seus amotinados me abandonaram em Tortuga.

"Barbossa..." Moira recordou de uma de suas conversas com Swan onde a moça claramente disse que o terrível capitão havia morrido pelas mãos se Jack e Will. O que ele estava fazendo ali? O que estava acontecendo?.

— Sabe Jack, você nunca será um bom capitão. Não enquanto continuar sem seu próprio navio. – Barbossa gargalhou – Prendam Sparrow e os outros e tracem o curso pa–

— Espere! – Gritou Moira – Eu não posso ficar presa com eles, não sou uma pirata e nem tão pouco fiz algo ao senhor!

— Pelos Deuses! Como pude me enganar?. Prendo-na em uma cela separada. – Hector gargalhou mais uma vez e deu as costas para ela.

— – –

Os marujos guiaram os quatro para as grandes prisões do Pérola. Jack, Gibbs, Cotton e alguns outros ficaram do lado direito do navio e Moira do lado esquerdo. Ela andava impaciente de um lado para outro. Tudo estava fora de seu controle e agora estava sendo levada para um lugar oposto do seu destino.

Jack tentou dizer qualquer coisa mais foi impedido bruscamente por Moira. Ouvir a voz de Sparrow naquele momento era dispensável. Pediu a Gibbs para lhe explicar oque estava havendo a final, então ele lhe contou como o sanguinário capitão Hector Barbossa havia retornado a vida. Fez breve resumo de tudo que ocorreu até tomarem o navio do capitão em Les Saintes. A garota agarrou as grades nervosa.

— Calipso, Davy Jones, Holandês Voador... Tudo isso é ridículo! Eu não digo nada a respeito dessa tal corte da irmandade, mas acreditar que uma Deusa trouxe aquele pirata do mundo dos mortos...Will e Elizabeth... – Disse a jovem alterada.

— Acredite no que lhe digo senhorita Brodbeck – Gibbs tentou convencer a moça.

— Se houvesse um modo de escaparmos... – Moira encostou sua cabeça nas grades e fitou o chão.

— A alavanca – Jack se manifestou contente.

— Perdão? – Disse a jovem confusa.

Jack se levantou do chão onde estava sentado e pegou um banco. Em seguida o encaixou nas grades da prisão e com a ajuda de seus subordinados ele conseguiram abrir passagem para fora da cela. Jack pegou seus pertences e logo seguiu para as escadas que davam acesso ao convés.

— Jack! – Moira chamou sua atenção ao notar que o pirata a deixara. Jack em passos desajeitados foi até a jovem e ficou bem próximo a ela.

— Enquanto estiver ai, senhorita, analise todos os possíveis motivos pelos quais teríamos ocultado a verdade a respeito dos seus amiguinhos, Jones e tudo mais – Ele sorriu e se afastou. subindo para o convés.

— Não! Jack não pode me deixar aqui....Jack! – Os gritos da garota foram inúteis. – Eu odeio piratas!

— – –

Barbossa estava observando a noite cair sobre eles quando foi surpreendido por seu mais irritante inimigo.

— Ótima vista não? – Começou o pirata fugitivo. Barbossa olhou para ele e logo revirou os olhos. O Capitão já esperava por mais uma fuga miraculosa de Jack, mas não esperava que ele passasse despercebido pelos outros marujos.

— Sparrow... – Barbossa apontou sua pistola para o outro.

— Quanta hostilidade...não vai querer fazer isso amigo. – Jack sorriu.

— Me dê um motivo para não atirar Jack.

— Hector, o que sabe sobre o coração de Nirina ? – A expressão de Jack deixava Barbossa curioso.

— Ora Jack. O colar com os poderes do mar. Nos dois sabemos que não passa de uma lenda tola, que as águas pertencem a Calipso, apenas a ela – Barbossa sorriu com desdém abaixando a pistola.

— Deveras. Mas, e se a lenda não for de fato uma lenda? E se o colar realmente está escondido na Baía das lamentações?... – Jack era mestre em persuasão quando lhe convinha.

— E suponho que saiba como chegar até a Baía das lamentações... O lugar onde os que vão não voltam mais. – Arriscou Barbossa. Jack sorriu e retirou de sua cintura um mapa já conhecido pelo outro capitão. Seu formato era arredondado. – O mapa! – Ele novamente apontou a pistola para Jack.

— Pode me matar se quiser...acha que está preparado para enfrentar a fúria de Calipso sozinho capitão Barbossa? Ela não ficará contente em ver os poderes de sua cria nas mãos de piratas.

— Jack a diferença entre mim e você é que eu não fujo de uma boa luta. – Retrucou o pirata.

— Mas para que lutar se podemos negociar? – Jack abriu um sorriso vitorioso – Eu sei quem é a criança cujo seus poderes estão aprisionados no coração. Então uma vez estando de posse do colar e do semi-Deus, encontramos um meio de convencer Calipso a nos servi. Imagine – Sparrow sutilmente abaixou a mão de Barbossa que estava com a arma apontada para si, e sorrateiramente se aproximou – Capitão Barbossa; O Rei dos mares – Seu tom de voz estava quase em sussurro, como se penetrasse musicalmente ao cérebro de seu rival.

Barbossa abriu um leve sorriso ao se imaginar na quimera criada por Jack Sparrow.

— E o que ganha com isso Sparrow? Ainda estou curioso para saber o que tem em mente.

— O Pérola! – Jack respondeu confiante. Hector gargalhou de tamanha tolice – Ora vamos, o Pérola não é nada comparado a ter mar em suas mãos. Admita, minha proposta é tentadora. – Sorriu.

— Quem é e onde está a criança ?

— Poupe a mim, Cotton, papagaio do Cotton e Gibbs. Nos leve para baía das lamentações e juro pela minha vida que direi quem é a criança e onde encontrar-la. Temos um trato?

Barbossa olhou para o convés e viu que seus marujos haviam rendido Gibbs e Cotton.

— E a garota Jack? Ela não faz parte da barganha? – Barbossa perguntou intrigado.

— Oh não, não. Pode deixar-la presa. A pobre tem esquizofrenia, diz não ser pirata e que está a procura se seu príncipe encantado... Melhor deixar ela lá savy.

Os dois se fitaram e Barbossa abriu um sorriso. Mesmo desconfiado decidiu aceitar a proposta do capitão de dreads.

— Há baía das lamentações.

— Há todo pano.


— – –

O silêncio da madrugada se abatia no oceano. O vento balançava as velas e as amarras lentamente. Jack disse a Barbossa que havia encontrado o curso para a Baía das lamentações no mapa. Não era mistério achar sua localização, o problema estava nas histórias assombradas pelo caminho. Várias lendas eram contadas sobre a Baía das lamentações e seus arredores. Mas o desejo aventureiro e ganancioso dos piratas não os impediam de seguir rumo ao desconhecido.

— Que tolice! – Resmungava um dos marujos enquando ascendia uma vela. – Essas histórias são apenas para afastar os homens de lá. Garanto que tudo que encontraremos na Baía da lamentações será baús com jóias,prata e ouro. – Concluiu Pintell

— Já ouvi histórias... Dizem que perto do dente de leão, passagem formada no mar por rochas que se parece com presas de animais, existe um grande desafio para todos aquele que navegam naquela direção. – Todos os marujo presentes ficaram atentos ao que Gibbs lhes contava.

— Mortos vivos ? – Perguntou Ragette.

— maldições? – Questionou o marujo anão.

— Bestas devoradoras de carne humana? – Disse Mortage.

— Não. O perigo está aqui – Gibbs apontou o dedo indicador para sua cabeça. – Toda a tripulação do navio entra em delírios, perdendo completamente o controle de si e por fim matando uns aos outros. Sorte daquele que consegue escapar desse destino terrível – Finalizou.

— Espere, como alguém conseguiria escapar das alucinações ? – Ragette Estava intrigado. Joshamme tentou dizer algo mas não tinha resposta para a tal dúvida.

— Ficando acordado. – Jack apareceu surpreendendo os marujos concentrados no que ouviam – A alucinação só fará o que foi incumbida a fazer se o tripulante estiver dormindo. Não é nos sonhos que vivemos as nossas maiores aventuras? Bem, tem o rum também... Mas vocês entenderam. – Jack fez uma careta e saiu em passos desajeitados.

— Fiquem de olhos abertos – Concluiu Barbossa também criando distância de seus subordinados.


— – –

O balançar agitado do navio e o barulho da tripulação assustou Moira que dormia profundamente. Ela se sentou assustada e se atentou ao barulho de espadas e tiros. Alguma coisa estava acontecendo no convés e ela precisava saber o que era. Se lembrou da manobra usada por Jack e seu bando para escapar e então tentou utilizar a artimanha do pirata para sua própria fuga. Não era tão forte quanto eles, mas não custava tentar.

Com dificuldades botou seu plano em prática. Tentou uma, duas, três vezes e somente na quarta vez teve êxito. Saiu da cela, pegou sua espada e rapidamente subiu ao convés. Moira se deparou com os piratas lutando entre si com toda suas forças. Alguns até já se encontravam mortos. Seu coração quase parou por conta do medo que sentira naquele momento.

Quando menos esperava uma lâmina veio em sua direção e por reflexo, Moira empunhou sua espada e assim evitando o ataque do pirata. Então logo vinha outro marujo ataca-la. Sem opção a garota entrou na batalha e sem qualquer preparação.

— Pelo céus parem! – Gritou a jovem se esquivando do punho de um tripulante. Ela então ouviu alguém gritar seu nome. – Gibbs... Senhor Gibbs! – Ela tentou correr até ele mas foi impedida por mais piratas. O homem também estava enfrentando seus colegas, mas com muita aptidão já que os longos anos que viveu no mar lhe deram experiência.

Após nocauteia alguns marujos, ele pegou um bolo de corda que estava presa a amurada e soltou uma ponta.

— Senhorita pegue! – Ele jogou uma das pontas da corda para ela. Assim que conseguiu pegar ele fez um sinal para que ela corresse em direção oposta de onde estava. Logo ela entendeu seu plano e começou a correr junto com Gibbs.

Os dois derrubaram vários bucaneiros enquanto se esquivavam de outros. Foi um bom plano mas não o suficiente.

— Senhor Gibbs o que está havendo?!

— E a alucinação! – Joshamme pegou sua pistola e atirou contra um dos homens que pretendia atacar Moira por trás.

— Alucinação ?! – Ela pegou um pedaço de madeira solta próximo as escadas e golpeou dois homens.

— Sim! Todos estão sob quimera, acreditam está lutando contra a tripulação de um navio inimigo. – Gibbs e Moira trocaram de lugar – Esse é um dos desafios para chegar até a baía das lamentações!

— Onde está o Sparrow?! – Moira apanhou para si mais uma espada para reforçar sua defesa já que seus ataques eram errôneos. – E o que podemos fazer para fazer-los voltar ao normal?

— Não sei onde está o Jack e tão pouco como quebrar o feitiço!

A embarcação tomava mais velocidade e isso chamou a atenção da dupla. A jovem correu para a amurada e viu que estavam indo rumo a um desfiladeiro.

— Gibbs! – Gritou

— Eu já vi! Vamos! – Os dois seguiram lutando para o leme abandonado. O homem foi surpreendido por Barbossa e travaram uma luta. O capitão não dava qualquer abertura para o imediato de Jack continuar seu caminho. Então ele olhou para a garota – Vai! – Gritou.

Brodbeck estava assustada, nunca havia conduzido um navio, ainda mais um navio pirata. Conseguiu chegar ao leme desgovernado. A garota começou a chorar pois seu medo de falhar estava ao seu lado. Tinha que ajudar todos aqueles homens fora de si.

Ela pegou o leme e começou a virar a estibordo. O Pérola já estava bem próximo ao desfiladeiro e somente um milagre poderia salvar-los.

— Deuses me ajudem!

 


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Notas finais do capítulo

Até a proxima!
bjkas