Piratas do Caribe E o coração de Nirina escrita por Capitã Nana


Capítulo 5
Del Noble


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Pessoal atrasei um pouquinho mas aqui esta o novo capítulo ♥

Boa Leitura!



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O sol dourava levemente a pele daqueles marujos que a muito já estavam de pé cuidando de seus afazeres. Ainda não sabiam de sua nova aventura mas estavam ansiosos para saber por que Jack lhes acordaram tão cedo para seguirem suas novas ordens.

O pirata olhava em sua bússola na tentativa de encontrar o que mais queria naquele momento, mas sem sucesso. O apetrecho de navegação apontava para vários destinos e aquilo o deixou impaciente. Fechou a bússola e a prendeu em seu cinto. Da popa do navio Jack viu a silhueta feminina aparecer no deque, tapando sua visão dos raios solares.

Quando saiu da cabine Moira foi cumprimentada pelos marujos com sorrisos bem humorados. Estava um pouco confusa pois não se lembrava quando eles se tornaram tão educados. Seria sua visão sobre os piratas tão distorcida assim? Pelo menos eles não queriam mata-la como os arruaceiros de Tortuga.

Ela olhou para cima e viu o capitão do Pérola Negra a frente do timão, então subiu as escadas para seu encontro.

— Oh! Vejo que descansou bastante senhorita Brodbeck – Jack sorriu para a moça que não parecia bem humorada como na madrugada anterior.

— Meu estômago está revirando, nunca mais beberei uma gota de rum – Moira respondeu escorando seus braços sobre a velha madeira a frente do leme. Jack sorriu de canto e o silêncio entre eles se fez presente por algum tempo.

— E então, qual é a sua história? – Disse o pirata iniciando um diálogo.

— Pelo que me lembro já lhe contei – Respondeu indiferente.

— Mas não de forma clara – O pirata insistiu.

A bela então se virou para ele e após suspirar em falso cansaço contou-lhe sua história.

— Desde que nasci nunca sai de Port Royal. Cresci junto a Daniel filho de uma antiga criada em minha casa. Ao contrário de mim ele sempre quis sair da cidade e navegar pelo mundo... O único motivo para não ir eram seus pais, mas a alguns dias descobriu que a família que o criou não era deveras a sua. Daniel havia sido encontrado no mar por um pescador ainda bebê... Então ele partiu para Del Noble pois seu maior desejo era viver no mar como um...– Moira pausou pensativa por uns instantes – como um pirata.

— O rapaz é esperto, gostei disso.– Diz Jack com um sorriso.

— Como? Daniel é um bom homem, se tornar um pirata só irá condená-lo a morte! – A jovem ficou aborrecida.

— Veja pelo lado bom...– O pirata pensou por alguns instantes analisando o que a jovem havia lhe contado – Quantos anos tem esse garoto?

— Dezoito,temos a mesma idade...por que?

— Terra a vista! – Gritou um dos marujos de cima do mastro.

— A praia... – Moira disse entristecida.

— Não. Aquele pequeno pedaço de terra ao longe que provavelmente deve está cheio de homens que eu adoraria nunca mais encontrar-me se chama Isla del Noble. – Jack finalizou fitando a ilha.

— Jack... – O sorriso de Moira contagiava o ego de Sparrow – Obrigada...

— Não por isso amor – Sorriu– E para provar que nem todo pirata é cruel, ajudarei você a encontrar o seu precioso Daniel – Os dois sorriram um para o outro

Desde que entrou a bordo do Pérola Negra Moira tem se surpreendido com o que vê e em especial com as atitudes de seu capitão. Mas a garota não era simplória a ponto de acreditar que Jack Sparrow, o pirata mais trapaceiro e manipulador que já ouviu falar iria simplesmente ajudar a jovem a encontrar seu amigo sem nada em troca. O pirata queria algo, mas ela ainda não sabia o que.


— – –

O bote chegou ao porto e o coração de Moira pulsava intensamente em seu peito. A princípio a ideia de rever Daniel lhe deixava radiante, mas assim que seus pés tocaram o solo sua expectativa foi posta em dúvida. O porto estava completamente destruído, haviam vários navios piratas ancorados mas aparentemente abandonados. O cheiro de pólvora fresca podia ser inalado a distância. Jack, Gibbs, Moira, Cotton e seu inseparável papagaio, começaram a caminhar pela cidade em ruínas.

— Maria mãe Deus! Oque houve aqui? – Perguntava Gibbs.

Eles caminhavam atentos a cada som que não viesse do mar. A ilha parecia abandonada e tudo que ouviam era o som de seus passos.

— Provavelmente devemos isso ao Rei e sua maldita marinha real – Comenta Jack encontrando um chapéu oficial jogado próximo ao monte de feno.

— Tenho pena de cada filho da mãe que estava nesse porto no momento do ataque – Lamenta Gibbs.

"Ahha vento nas velas, vento nas levas, os mortos não contam histórias"

O papagaio do bucaneiro Cotton chamou a atenção de garota. Ela caminhou até onde a ave estava. Imaginou que ele havia visto algo, então foi averiguar sua suspeita. Não pode evitar o grito estridente ao se deparar com um monte de corpos amontoados no centro de Del Noble. Piratas, civis e oficiais da marinha. Alguns até mutilados.

Sparrow e seus subordinados correram até Moira e ficaram em silêncio ao ver os corpos. Jack retirou o chapéu em sinal de luto e se aproximou da jovem.

— Se seu amigo veio a Del Noble para se tornar um pirata...esse sem dúvida não era o melhor momento – Disse Jack.

— Daniel...não! Ele não está morto! – Moira gritou enquanto tentava conter suas lágrimas – Ele está vivo...deve está apenas ferido. Vou encontrá-lo. – A jovem começou a correr e chamar pelo amigo desesperadamente, enquanto Jack a via desaparecer entre as ruas.

— – –

Algumas horas se passaram, o vento forte e o céu nublado contribuíam para o mórbido momento. As ondas quebravam enfurecidas na costa e no alto de um muro Moira observava tudo sem qualquer expressão em seu rosto. Procurou por todos os cantos, residências, tabernas, comércios e nem sinal de Daniel. Estava triste e sem destino quando escutou passos lentos atrás de si.

— Obrigada capitão Sparrow... mas acredito que já não há nada a fazer aqui...

— Na verdade minha pilhagem nesta ilha devastada foi ótima obrigado. – Sorriu para a jovem, mas a mesma não se manifestou – E o que pretende agora? Não há sobreviventes mas também o corpo do rapaz não está entre os outros... – Jack encostou no muro fitando a jovem.

— Jack... Tem algo que não lhe contei... – Começou – Eu sou filha do comodoro Brodbeck, e sei que meu pai está a minha procura... –suspirou.

— Filha de um comodoro... Agora confia em mim senhorita Brodbeck?... um pirata? – Sparrow sorriu de canto. – Você até me lembra uma bela donzela em perigo ou seria uma bela donzela perigosa – Ele ficou pensativo.

— Elizabeth?

— Sim, essa mesmo. – Jack abriu um largo sorriso. – Então você a conhece.

— Sim,ela e o Turner... Eles desapareceram após Lorde Carter Backett aprisionar Elizabeth. Não sei oque ouve depois... – Moira suspirou. Olhou para cima assim que sentiu uma pequena gota de chuva cair sobre seu rosto.

Jack fez uma careta ao lembrar de seu "velho amigo" e tudo que aconteceu a dois anos atrás.

— Eu não sei onde está a senhora Turner, mas posso assegurar-lhe que Will está bem, sendo o capitão do Holandês Voador. – Assim que Jack concluiu, a garota o fitou incrédula. Ela bufou e desceu do muro, começando a caminhar. – Não acredita não é ? – Ele começou a seguir os passos de Moira.

— Jack, já colocamos tudo no barco. Acho que devemos partir, essa ilha me da calafrios – Disse Gibbs passando as mãos rapidamente sobre os próprios braços.

O pirata de dreads parou de caminhar e observou a jovem a sua frente continuar em passos leves. A ventania ficava maior e os pingos de chuva se faziam presentes na região.

— Não sobrou muitos mantimentos e logo os corpos entrarão em decomposição... – O imediato de Jack comentou.

— Pensei que não gostasse de ter uma mulher a bordo do navio – Jack pronunciou com um sorriso debochado. Observou Moira balbuciar alguma palavras ao longe ao enganchar sua saia em um arame e rasgar boa parte ao puxar. – Ei! Brodbeck! Tenho um lindo vestido na minha cabine. Posso emprestar-lhe até nossa próxima atracagem – Sorriu.

Ela percebeu que aquele era um convite nas entrelinhas para a moça novamente navegar a bordo do Pérola Negra. Ficar na ilha não era a melhor opção, voltar ao mar estranhamente não lhe incomodava tanto. Mas ficar na incerteza sobre a verdadeira intenção de Sparrow consigo era no mínimo perturbador.

— Sinto recusar o vestido capitão Sparrow, mas aceito uma carona! – Respondeu com um sorriso e foi retribuída da mesma maneira.

Ela estava de frente a uma loja de roupas, talvez ali tivesse um traje mais adequado para ela naquela aventura. Entrou no estabelecimento e em alguns minutos saiu de lá pronta para embarcar. Ela trajava um vestido lilás de mangas comprida que deixava seus ombros expostos e com um leve decote. Seu comprimento ia até a panturrilha e seu forro em um tecido preto. Por cima um corpete bordô com amarras pretas e detalhes dourados. Um cinto largo na cor marrom e uma faixa média listrada de vermelho e preto. Por fim, botas pretas que vinham até os joelhos. Seus cabelos permaneciam soltos pois optou assim. Gibbs e Jack se perderam no novo visual da garota que estava muito bonita e discretamente parecia uma pirata.

Antes de chegarem ao bote Moira avistou um homem morto com metade do corpo para dentro de um poço. Foi até lá e pegou sua espada e pistola, se equipando em seguida.

— Sabe usar isso garota? – Perguntou Gibbs com ar irônico.

— Saberei quando algum pirata ousar me tocar – Ela respondeu com um sorriso.

O homem olhou para seu capitão que fez mais uma de suas expressões estranhas e logo caminharam para o bote. Durante o trajeto Moira mantinha seus olhos fixo na cor escura das águas. Porque quando estava com Jack não sentia medo do mar? O que tinha de tão especial em navegar logo em um navio pirata?

Assim que subiram a bordo do Pérola foram abordado por vários piratas, uns até já conhecidos por Jack e Gibbs. Todos empunhavam suas espadas para os quatro recém chegados ao navio. Moira ficou assustada sem entender exatamente o que era aquilo.

— Olá Jack – Uma voz grave se fez presente no convés. Todos os piratas deram passagem ao dono daquele timbre.

— Hector!

 

 


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado :]


até +



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