Piratas do Caribe E o coração de Nirina escrita por Capitã Nana


Capítulo 3
O porto pirata


Notas iniciais do capítulo

Oi marujos!

Como estão?

Quero agradecer de todo coração a todos que estão lendo essa história ♥

Leitores fantasmas podem aparecer eu não mordo ;v

bem, chega de papo. Mais um capitulo para vocÊS.

Boa leitura!



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— Homens! Todos a seus postos, estamos bem próximos. Fiquem atentos. – Aquela voz distante lhe parecia familiar ou talvez ainda estivesse com muito sono para raciocinar. Sono?

Moira se espantou com a claridade do dia — ou nem tanto — O céu estava acinzentado, formado por nuvem pesadas. O vento balançava as velas com intensidade enquanto a madeira rangia. Uma tempestade se aproximava. Ela não entendia como conseguiu permanecer desacordada e escondida por tanto tempo. Por que adormeceu? Teria sido um desmaio? Várias perguntas pairavam sua mente, mas nada impedia o seu medo a cada balanço que dara a embarcação.

Os homens gritavam e corriam da popa a proa assustados com a mudança tão repentina do clima. O vento ficava mais intenso e as águas mais agitadas, dificultando o equilíbrio do grande navio.

— Vamos naufragar! – Gritava um dos oficiais tentando se segurar no mastro principal com muita dificuldade.

— Coragem homens! Nós vamos conseguir! – O homem que dominava o leme gritou.

Moira chorava enquanto pedia aos Deuses para proteger a todos no navio. De repente os barris se desprenderam e começaram a rolar, revelando a clandestina á bordo. Ela se levantou agarrando uma das cordas próximo a amurada e sendo vista por alguns homens. A tempestade começava a cair e o desespero tomava conta dos tripulante do Royal Ocean. Jamais haviam presenciado algo como aquilo.

O barulho era ensurdecedor com todos aqueles raios e trovoadas, mas todos puderam ouvir parte do mastro começar a se partir. O navio considerado o melhor já criado estava a um passo de sumir nas profundezas do oceano. A amarra que a garota segurava se rompeu e então ela caiu e rolou involuntariamente para próximo a popa do navio. Bateu as costas contra a madeira causando uma dor nunca sentida por ela. Com dificuldades o oficial que conduzia o navio avistou a moça. Rapidamente largou o leme e foi a seu encontro.

— Senhorita Brodbeck! Pelos Deuses oque faz aqui?! – Ele segurou um dos braços da jovem enquanto tentava se apoiar.

— Almirante Marshall!

— Por que está aqui?! – Insistia o homem.

— Da-Daniel! – Ela respondeu mas logo percebeu que Marshall não sabia a quem ela se referia. – O cuidador de cavalos!

O Almirante não teve tempo para pronunciar suas palavras. O Mastro mezena havia se partido e vinha em direção a eles. Então para livrar-los, o almirante empurrou a jovem e se esquivou da grande madeira. Moira tentou manter o equilíbrio mas fracassou. Em um balançar brusco da embarcação a garota foi de encontro ao mar.

— Moira! – Gritou Marshall desesperado.

Moira sentiu um choque ao colidir com o mar. Ela se debatia lutando contra a maré agitada. Naquele momento não havia terra, o vento não tocava-lhe a pele, seus olhos não alcançavam a luz. Tudo que sentia era o gosto salgado em sua boa e o peso da água lhe esmagando. Sem qualquer chance de socorro, nem uma fagulha de esperança, apenas o mar abraçando aquele ser tão pequeno na escuridão do oceano. Por fim aquele horrível pesadelo se tornou realidade. O oceano a engolia cada vez mais, tirando de si o último ar que tinha em seus pulmões. Nada lhe restava nada a não ser o manto negro da morte lhe cobrir.

— – –

O tom alaranjado no céu e refletido nas águas dava aqueles marujos um vista surreal. Todos trabalhavam alegremente naquele fim de tarde. Um dos homens subiu as escadas com uma garrafa de rum vazia,fazendo varias expressões estranhas.

— Mestre Gibbs! – Chamou o homem.

— Senhor!

— Pode me dizer por que está garrafa está vazia ou melhor, porque desci a adega e não encontrei uma única gota de rum ? – O homem articulava as mãos com vários anéis.

— Porque...porque todos nós bebemos senhor. Estamos a muitos dias no mar ent- O outro tenta se explicar mas é interrompido.

— Não. O motivo pelo qual não temos rum é porque você é uma tartaruga peluda de dois cascos – O homem observou sem entender muito bem o que o outro a sua frente dizia. – Trace o curso para Tortuga.


— Sim Capitão. – Gibbs respondeu – Ao trabalho homens! Temos mulheres salgadas e rum nos esperando em Tortuga! – Gritou.

A tripulação ficou eufórica com a notícia. Então o capitão do navio estava a retornar para sua cabine quando um dos marujos gritou "homem ao mar". Ele seguiu para amurada para ver o tal homem, porém logo percebeu que se tratava de uma mulher. Ordenou que a resgatassem e assim o fizeram.

Colocaram a garota á bordo deitada sobre a madeira encardida do navio. O burburinho cresceu até o capitão pedir espaço e se aproximar da jovem. Ela não estava respirando então ele a socorreu com respiração boca a boca. Logo ela tosiu deixando sair uma boa quantidade de água. Abriu os olhos lentamente atordoada.

— O navio... Vamos morrer...te-tempestade... O mar... – Moira estava confusa e assustada.

— Ei ei, calma senhorita, você está salva. Não há tempestade ha 3 dias – Gibbs disse intrigado tentando acalmar a jovem.

O capitão olhou para as mãos de Moira e notou algo peculiar.

— Como se chama? – Perguntou um homem careca e barbudo.

— Mo-Moira Brodbeck...onde eu estou? – A jovem estava muito fraca e artodoada, nem se quer se dava conta que ainda estava em alto mar.

— A senhorita está a bordo do Pérola Negra. – Respondeu o Capitão.

— P-perola negra? ... Jack...Jack Sparrow... – Assim que terminou de pronúncia o nome do capitão do famoso navio de velas negras Moira ficou inconsciente.

— Capitão, capitão Jack Sparrow.


— – –

        Moira despertou com o som de canções e burburinhos não muito distante de onde estava. Ainda deitada percorreu os olhos pelo ambiente tentando identificar sua localização,mas falhou miseravelmente. Se sentou afastando de si os vários cobertores que a cobria. Notou que sua roupa já estava seca e que estava sem seus sapatos. Ela estava sobre uma cama pouco confortável e com um forte aroma de rum. Assim que se levantou caminhou pela cabine absorvendo o máximo de informações possíveis. Já não era surpresa para a garota o fato de está a bordo de um navio pirata. Mas sua mente estava confusa e não se lembrava como chegou até ali. Olhou para a porta da cabine e correu para ela. Quando abriu deu de encontro com a escuridão da noite e com algumas velas acesas pelo convés. Em sua mente os flashs do naufrágio começavam a surgir. Se perguntava onde estariam todos os outros e onde ela estava afinal?

Caminhou sorrateiramente enquanto procurava um modo de sair da embarcação pirata. Seus passos leves foram interrompidos quando ouviu um barulho de garrafa ir ao chão. Olhou para traz e viu um pirata dormindo encostado no mastro principal. Ele provavelmente estaria bêbado.

— Piratas... – Disse a si mesma revirando os olhos.

Decidida a sair daquele ambiente nada agradável, ela desceu do navio e começou a caminhar pelo porto. A sua expressão de repulsa era inevitável pois o lugar estava cheio de piratas sujos,bêbados, brigando ou se agarrando com mulheres que Moira afirmava em sua mente serem meretrizes. Caminhava devagar pois estava descalço e temia se ferir dentre os vários estilhaços de vidro pelo caminho. Tudo naquele lugar era uma desordem e sujo, ela suspendia um pouco seu vestido para que ele permanecesse limpo.

— Será que aqui é a Isla del Noble ?... – Se perguntou. Em seguida notou que se aproximava uma mulher com cabelos loiros e vestido bufante. – Por favor pode me dizer que lugar é esse?

A mulher gargalhou como se ouvira algo muito cômico.

— Está perdida querida ? – A loira perguntou analisando Moira dos pés a cabeça

— T-talvez... Por favor me ajude – Suplicou.

— Gostei do seu vestido...podemos negociar – A mulher sorriu e Moira assustada abraçou a si mesma.

— – –

— Aqui está – Moira entregou o vestido a mulher – Mas não posso ficar despida assim...

Sem muitas opções e com muita insistência, Moira aceitou a proposta da vigarista que era conhecida como Giselle. As duas foram a uma pensão que mais parecia um prostíbulo e lá a jovem se despiu para barganhar sua resposta. A ideia não era muito inteligente mas Moira nada conhecia do mundo além de Port Royal, então se tornara uma presa fácil.

— Bem, não faz parte do nosso trato eu lhe dar um traje. Mas para provar que não sou uma má pessoa...aqui está – Giselle entregou uma camisa velha e encardida para Moira.

— Isso...isso...isso é muito pequeno! Não ver que meu corpo ficará praticamente exposto ? – A garota estava irritada.

— É tudo que tenho. Bem, preciso ir foi bom negociar com você – A loira riu e seguiu para a porta de saída

— Espere! Não me disse onde estamos, era esse nosso trato.

— Óh é claro! Já ia me esquecendo. Bem vinda a Tortuga. – Finalizou com uma gargalhada e fechando a porta atrás de si.

— T-Tortuga?!... – Moira exclamou espantada. Ela estava no porto pirata mais conhecido e perigoso dos sete mares.

Tinha que sair daquela ilha o mais depressa possível, mas não sabia como fazer. Se todas as pessoas da cidade fossem como Giselle ela estaria em apuros pois não havia mais nada consigo que poderia barganhar.

Desde pequena ouvia as bárbaras histórias de piratas e agora estava presa no território deles. Por um instante desejou está em Port Royal. Mas quando se lembrou do motivo pelo qual embarcou nessa aventura teve certeza de que não poderia fraquejar naquele momento. Vestiu a camisa masculina que a cobria até a metade de suas coxas e saiu da pensão rapidamente.

Caminhava pelos becos escuros evitando ao máximo ser notada pelos homens cruéis que andavam pelas ruas cantando e bebendo. Se lembrava do náufrago e se perguntava como conseguiu sobreviver pois agora lembrava claramente que foi tragada para o fundo do mar e segundos antes de "morrer" viu algo em meio a escuridão do oceano. Uma mulher ou sereia, era difícil de descrever.

Seus pensamentos confusos foram interrompidos quando foi agarrada por um pirata nojento. Moira se debatia tentando se livrar do contato.

— Calma gracinha, o papai aqui só quer cuidar de você hahahaha – Ele tapou os lábios da jovem com a mão e com a outra desceu até a região íntima dela. As lágrimas escorriam sobre seu rosto e o desespero tomava conta de si. Em um momento de excitação o pirata baixou a guarda e Moira aproveitou a deixa para dar uma cotovelada nele. Frustrada ela começou a correr. – Vadia desgraçada! por Calypso eu juro que vou matar você ! – O pirata mesmo com dor pelo golpe que sofreu, correu atrás da garota furioso.

Não havia nada em seu caminho que lhe impedisse de correr o máximo que podia para longe daquele homem asqueroso. Derrubava pessoas, caixas,barris e tudo que pudesse ser um obstáculo. Porém seus pulmões necessitavam de mais ar, ar esse que só poderia fornecer com o término da perseguição. A exaustão lhe cobria e aos poucos seus passos pesados diminuíam, então avistou uma das várias tabernas de Tortuga. Sua última tentativa de salvação.

— – –

— Não é difícil desde que sejam carinhosas com ele. Garanto que as senhoritas não irão se arrepender ... – O homem de cabelos desalinhados em tranças e dreads interrompeu-se ao ouvir uma gritaria maior e repentina dentro do estabelecimento. As três mulheres que conversavam com ele também observava a movimentação.

Moira entrou na taberna seguida do pirata que tinha sua espada e pistola em mãos. Então vendo que não a pegaria ele atirou, mas sua mira não estava afiada aquela noite. Moira acabou pisando em um pedaço de vidro, perdeu o equilíbrio e foi ao chão. O bucaneiro sedento de vingança se aproximou dela já podendo se deleitar da imagem de sua espada banhada em sangue na sua mente.

Quando se preparou para o golpe uma outra espada se cruzou com a sua impedido a investida contra a jovem. Moira olhou para cima afim de conhecer seu salvador. Mais uma vez se viu diante daquele homem. Sua mente trabalhou a velocidade da luz e logo ela reconheceu que aquele era um dos tripulantes do navio que a levou para Tortuga; O pérola negra. Será que aquele homem acima de si era o tão famoso Jack Sparrow?


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Notas finais do capítulo

Chegamos ao fim de mais um capitulo Ç.Ç
Para a galera que estava esperando nosso querido capitão da as caras, ai esta ele kkk
Estou aguardando a opinião de vocês. Até mais ;*



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