Piratas do Caribe E o coração de Nirina escrita por Capitã Nana


Capítulo 2
Não há causa perdida enquanto houver um único tolo que lute por ela


Notas iniciais do capítulo

Olá tripulação!

Todos prontos para navegar em mais um capítulo dessa fic que escrevo com tanto carinho ?
Quero agradecer a todos que leram o capitulo anterior e dizer que seria muito legal saber a opinião de voces sobre a fic.

enfim, boa leitura!



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Assim que a Eloisa partiu Moira se arrumou e seguiu ao encontro de seu pai. Estava um tanto surpresa por ver sua mãe entrar em prantos após ouvir o segredo da família Connor. Pensou em como seria difícil para Katherine se ficasse longe dela ou de Alec. A garota não sabia exatamente o que fazer mas acreditava que Robert lhe ajudaria.

Quando chegou ao grande "QG" de Port Royal, ela se tornou vítima de olhares admirados. A beleza de Moira chamava a atenção de todos a sua volta. Alguns murmuravam entre si que sua beleza era digna de uma Deusa.

— Senhorita Brodbeck. A que devo-lhe a honra ? – Disse o almirante William Marshall. Um homem com ar de superioridade e olhar intrigante.

— Senhor Marshall... Vim ver o meu pai. Sabe onde posso encontrar-lo ? – Moira estava constrangida em está na presença do homem.

— Ele está em seu gabinete, se quiser posso acompanhar-la – Ele esboçou um sorriso um tanto inconveniente.

— O-obrigada, não á necessidade com licença. – Após um sorriso tímido a garota continuou seu percurso.

Chegou ao gabinete e deu algumas batidas na porta, e assim que ouviu "entre" a garota adentrou ao ambiente bem organizado.

— Querida! Oque faz aqui ? – Perguntou Robert se levantando para abraçar a filha.

— Bom dia pai – A moça o abraçou – Preciso muito falar com o senhor – Ela se afastou para ver-lo melhor.

— Oque ouve Moira ? – O homem perguntou curioso.

— É sobre o Daniel... Ele fugiu de Port Royal e os pais dele estão aflitos. Eu acho que sei para onde ele foi, então pensei que o senhor poderia ajudar-los – Moira falou com tristeza em sua voz.

— Essa foi a escolha dele. Se quis ir embora de Port Royal não temos nada haver com isso. – Robert respondeu indiferente. Se afastou da moça voltando para suas análises sobre a mesa.

— Mas...mas papai, ele está confuso e pode está correndo perigo. Ele nunca saiu da cidade. – Moira o seguia argumentando. – Ele descobriu que não é filho do senhor e da senhora Connor. Há dezoito anos atrás o senhor Connor encontrou um bebê em uma cesta perto da costa e o criou como seu. Eles estão sofrendo muito, o Daniel é... – Moira foi interrompida.

— Apenas um tratador de cavalos, filho da nossa antiga criada. É uma causa perdida. O que espera que eu faça? Que envie meus homens ao mar para procurar um menino ? Por favor Moira! Preciso trabalhar, não me interrompa com bobagens. – Finalizou Robert.

A garota ficou atônita ao ver a frieza de seu pai perante sua aflição. Robert sempre se mostrou indiferente quando se tratava de Daniel, mas ela não entendia o motivo.

— O senhor teria uma postura diferente se Daniel fosse da nobreza não é mesmo? Porque apenas pessoas importantes na sociedade merecem uma segunda chance. – Moira replicou e logo pode ver a expressão amarga no rosto de Robert.

— Está apaixonada por esse garoto?! Pelos céus! Moira não me dê esse desgosto! Quer seguir o exemplo da filha do governador Swan, que se apaixonou por um mero ferreiro?! – O homem se levantou irritado.

— Oque?!..Não é nada disso, o senhor não ver que–

— Já basta! Este assunto está encerrado!

Nervosa e sem alternativas Moira saiu as pressas do gabinete. Suas lágrimas molhavam o seu rosto e seus sentimentos de tristeza e rancor se misturavam a deixando confusa. Passou pelo pátio ignorando todos os cumprimentos até chegar a beirada do muro. Olhou para baixo e viu o mar agitado, batendo com força no recinto. Sentiu seu corpo enfraquecer e sua visão ficar turva então se afastou bruscamente assustada. Logo seu mal estar desapareceu.

— Maldito mar...

Mentalmente cansada a garota resolveu voltar para casa. Mas antes que abandonasse o local ouviu uma conversa interessante entre alguns oficiais.

— Isla del Noble ?

— Sim. Segundo a carta com o selo real, a ordem é invadir a Isla del Noble e eliminar todos malditos piratas que tiverem lá – O guarda gargalhou. – Partirmos ao anoitecer estejam prontos.

— Sim senhor – Responderam os homens que participavam do diálogo.

— – –

O sol já se despedia com um tom avermelhado no céu, logo a noite iria cair e Moira ainda andava de um lado para o outro em seu quarto.

— Você só pode está ficando louca Moira. Você é uma jovem dama, uma jovem dama que tem medo do mar... – Ela dizia a si mesmo.

Durante o resto do dia não conseguia parar de pensar em Daniel e na conversa que ouviu entre os oficiais. Então cogitou a hipótese de planejar sua fuga para a tal ilha – lugar onde o rapaz provavelmente teria ido – mas aquilo não seria uma tarefa fácil. Abandonar sua família, ir para um porto cheio de piratas perversos e o mar, ah o mar...

Se jogou em sua cama e fechou os olhos, não queria pensar em mais nada por hora. Mas foi surpreendida com a voz misteriosa.

“ Moira...não desista... Daniel precisa de você..."

A garota abriu os olhos e sentou-se assustada. Não estava dormindo nem tão pouco sonolenta como todas as vezes que ouviu aquela voz. Mesmo apreensiva, concluiu que talvez, só por uma faísca de acaso, essa entidade fosse uma espécie de anjo da guarda.

Suspirou fundo e se levantou pois já havia tomado uma decisão. Seguiu até o espelho e fitou seu reflexo por alguns instantes.

— Que os Deuses me ajudem.


— – –


       Finalmente a noite se fazia presente e com ela a determinação de Moira. Talvez seu raciocínio não estivesse lógico no momento, mas sentia que deveria tentar. Não poderia sair pela porta pois aquela hora seus pais estariam na sala de estar que dava de frente a hall. Então teria que fugir pela janela até o jardim e em seguida para o porto.

Moira amarrou alguns lençóis criando uma espécie de corda. Prendeu uma ponta na cabeceira de sua cama e estava pronta para soltar o restante da corda do lado de fora da janela. Mas algo inesperadamente aconteceu. Alec havia entrado em seu quarto.

— Moira ? – O garoto parecia assustado com oque via.

— Alec!... Quantas vezes tenho que dizer que não é de bom tom entrar nos aposentos alheios sem permissão? – Disse ela, tentando fazer com que o irmão mudasse o foco.

— O papai disse que vocês discutiram hoje de manhã... É por isso que está indo embora? – A voz de Alec estava claramente melancólica.

— Que tolisse Alec. Eu não sei do que está falando eu apenas... – Moira olhou para o garoto e se sentiu acuada pela expressão do menino. Então se aproximou dele e logo ficou de joelhos a sua frente – Escute... Eu vou voltar e quero que me prometa que até lá irá cuidar do papai e da mamãe.

— M-mas Moira para onde está indo?

— Eu sei para onde Deniel pode ter ido e vou buscar-lo quer dizer, vou tentar. Não se preocupe eu ficarei bem. – Moira finalizou afagando os cabelos negros de seu irmão.

— Onde ele está?

— Isla del Noble – Os olhos castanhos do garoto se aregalaram.

— O porto que está quase sob o domínio pirata? Não pode ir até lá, vão matar-la. E o seu medo do mar? – O garoto ficou preocupado.

— Calma Alec. Eu irei com alguns oficiais que estão indo para a Isla em missão por ordem do rei. Nossos pais não podem saber, confio em você rapazinho. – Ela sorriu se levantando e pegando os lençóis amarrados – Me deseje sorte. – Ela jogou enfim seu apetrecho para fora de seu quarto.

— Moira! – Alec chamou sua atenção e assim que se virou para fitar o jovem, recebeu um abraço caloroso. – Esse será o nosso segredo...só me prometa que voltará. – Os olhos do menino começavam a lacrimejar.

— Fique de olho no horizonte. – Ela partiu o contato após retribuir o carinho. Então olhou seu irmão no olhos uma última vez e seguiu seu caminho.

Ela confiava em Alec e sabia que o jovem jamais revelaria seu segredo. Assim que chegou ao chão enxugou as lágrimas que insistiam em molhar o seu rosto pela segunda vez naquele dia.

Sorrateiramente conseguiu escapar da visão dos até o centro de Port Royal. Seguiu para o fort onde estava ancorado o Royal Ocean um dos navios mais velozes existente.

Assim que chegou começou a se sentir zonza novamente. Olhou para aquelas ondas que quebravam sobre a madeira nova do navio e uma aflição tomou conta de si. Suas mãos suavam frio em seu peito uma dor inexplicável.

— E-eu não posso, eu não vou conseguir... – Disse a si mesma. Aos poucos ela se afastava do navio. Seria loucura continuar com aquilo.

“ Moira... o destino de Daniel está em suas mãos...não tenha medo"

A voz mais uma vez invadia os ouvidos da jovem. Olhava de um lado para o outro mas nem sinal de qualquer ser vivo que pudesse ser dono daquela voz. O coração da garota parecia falhar a cada duas pulsações, e seu corpo estremecia.

— Quem é você ? Oque quer de mim? – Moira falava em baixo tom para não chamar a atenção dos oficiais para si.

Com tudo, a jovem não obteve resposta. O vento daquela noite bagunçava seus longos cabelos. Então ela os prendeu em uma trança. Enquanto arrumava os cabelos notou algo acontecer. Os oficiais que estavam de guarda próximo prancha de embarcação saíram de seus postos. Era a oportunidade perfeita.

— O-oque está havendo? – Sussurou

Ela mesmo assustada começou a ir em direção ao navio. Notou que eles se entretiam com uma luz incomum vinda do mar. Mas como não tinha tempo para investigar o ocorrido, ela simplesmente entrou a bordo do Royal Ocean. Logo se escondeu entre alguns barris de pólvora que ainda estavam pilhados no convés perto das escadas que dava acesso ao leme.

Alguns homens apavorados abandonaram seus postos e outros mesmo confusos subiram a bordo do navio. Várias gritarias e alvoroço, tudo pronto para partir. Foi aí que a jovem se deu conta de onde estava. Tapou a boca para abafar seu grito de desespero. E antes de qualquer outra reação, as vozes já não pareciam tão berrantes, as cores já não existiam e o som da mar parecia reconfortante. Moira involuntariamente caiu em um sono profundo a impedindo de presenciar a partida de sua primeira viajem rumo a Isla del Noble.


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Notas finais do capítulo

Bem, ai está o capitulo fresquinho kkkk
Saiu até mais rápido do que eu esperava, para a alegria de quem está gostando da história.

Bjkas



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