Warrior escrita por Erika Anjos


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Olha elaaa. Hahaha então, está aí mais um capítulo pra quem ainda está por aqui.

Foi mal pela demora, é que estava dedicando um tempo livre para um estudo religioso; sou budista. Mas o próximo capítulo já está sendo escrito e pretendo postar logo.

Espero que gostem



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Bella

Depois de toda a confusão, Edward contar a Olívia sobre a paternidade, o quase beijo, eu fiquei com os nervos a flor da pele. Como posso ser tão trouxa que na primeira chance eu quase me entrego a um beijo do Edward?

Olhei se as crianças estavam bem e caminhei para meu quarto, tomei uma ducha e coloquei uma camisola preta, apaguei as luzes, deitei debaixo da coberta sentindo um calor me cobrir.

O celular bipou, verifiquei do que se tratava e era uma notificação no aplicativo de mensagem.

Damon: Me desculpe por hoje, de verdade, não sei o que houve comigo. Tudo que menos quero é lhe causar mal e causar a seus filhos também. Me desculpe mais uma vez e beijos. Boa noite.

Suspirei, não queria responder a ele, eu estava muito chateada e ignorei seu pedido de desculpa por agora.

Estava pronta para sair do aplicativo e deitar quando chega uma mensagem de Edward.

Edward: Boa noite. Ainda acordada. 

Bella: Boa noite. Estou me preparando para dormir. Quer alguma coisa?

Edward: Eu na verdade quero pedir desculpa por tudo que aconteceu hoje.
Bella: Por favor não começa, não quero ouvir pedidos de desculpa ou coisas do gênero hoje. Você e Damon merecem... Vocês são tão otários que não tenho nem definição do que desejo pra vocês no momento.

Edward: Pelo jeito a sua raiva de mim está imensurável, então vou deixar pra me desculpar outra hora.

Bella: Nem se dê ao trabalho. Era só isso que queria? Então boa noite.

Edward: Na verdade não, mas vou deixar pra falar amanhã quando eu ficar com as crianças. Você vai ter dormido e ter melhorado sua raiva. Boa noite.

Visualizei a mensagem e nem me dei ao trabalho de responder. Coloquei o aparelho de volta a cabeceira e fechei o olho.

As cenas da briga e depois a do quase beijo voltou a minha cabeça e uma raiva se instalou em mim, depois de tudo que Edward fez a mim e a meus filhos, como eu pude quase me render aquilo?

Um choro involuntário tomou conta de mim e meu corpo parecia que convulsionava enquanto eu me encolhia na cama.

— Por que estou chorando? Caramba, para Bella. Sou uma idiota mesmo. - Falava comigo – Não vou deixar me levar fácil assim. Chega de ser trouxa.

Depois de mais lágrimas involuntárias peguei no sono e acordei com o despertador me alertando que estava na hora de levantar.

Estava terminando de me arrumar para o trabalho quando a campainha toca, caminhei a porta para atendê-la e tocam de novo.

— Já estou indo, pode se acalmar? – Falei de forma malcriada e abri.

— Parece que alguém acordou de mal humor.

— Entre Roselie – fui caminhando de volta para meu quarto com ela em meu encalço.

— Eita! O que aconteceu para você está com esse humor ? – Perguntou sentando em minha cama.

Contei a ela tudo que aconteceu, ocultei a parte do quase beijo, eu só queria esquecer essa parte.

— Então Olívia já sabe que Edward é o pai tão esperado dela?
Eu assenti pra ela.

— E isso não é bom? – Questionou como se fosse óbvio.

— Não me olhe com esse seu olhar de “ você está fazendo tempestade num copo d’água”. Você precisava ver como eles se comportaram como animais, dois animais, eu odeio confrontos físicos, eu fiquei tão nervosa e com medo. – Voltei a arrumar meus cabelos.

— Me desculpe, eu não posso julgar, eu não estava lá. Mas e agora você está bem?

— Estou melhor que ontem, mas ainda estou zangada. Você pode ficar com as crianças até Edward chegar? Quero evita-lo na verdade.

— Por que da fuga? – Questiona desconfiada.

— Na verdade não quero ir conversar com Damon mais irritada do que estou agora.

Deixei Rose com as crianças e parti para o escritório, estava na esperança de encontrar Damon logo cedo e matar logo aquele assunto.

Para meu desgosto as coisas não aconteceram como meu planejado. Damon chegou tarde e partiu direto para uma reunião, o que deu mais tempo para planejar o que falaria.

Eu era muita grata por tudo que Damon havia feito por mim, quando cheguei na cidade eu estava toda quebrada e ele me ajudou a montar os cacos que eu havia deixado outra pessoa quebrar, mas todos sabemos que não conseguimos controlar o que sentimos pelas pessoas.

Eu quis e tentei sentir algo a mais por Damon, mas nunca fui capaz, isso até me deixou com sentimento de culpa. Damon foi o melhor que poderia me acontecer e eu não conseguia corresponder todo aquele sentimento que ele sentia, não conseguia e nunca conseguiria devolver tudo que ele fez por mim.

As vezes acho que foi todo o baque emocional que passei que fez com que eu me fechasse para Damon. Ele é bonito, educados, gentil e sempre mostrou gostar dos meus filhos, quem em sã consciência não daria uma chance para ele? Pelo jeito meu coração não está são.

Depois da reunião, Damon me chamou em sua sala e sentir meu corpo gelar. Naquela manhã quando levantei estava preparada para a conversa, mas agora a coragem saiu voando.

Entrando na sala ele se encontrava sentado atrás de sua mesa batendo o dedos no teclado com o nó de sua gravata frouxo.

— Só um minuto que já estou terminando esse e-mail.

— Sem pressa. – Gemi.

— Pronto. – Disse levantando-se – Leu minha mensagem de ontem?

— Li sim, não respondi porque não estava muito bem.

— Eu entendo. Mas então o que exatamente você me convocou para essa reunião particular. – Tentou me fazer sorrir mas o gesto não chegou aos olhos.

— Acho que estava mais preparada hoje mais cedo, agora eu estou nervosa, mas acho melhor ir direto ao ponto.

— Acho que até já sei do que se trata e isso envolve seu ex-marido. – Deu as costas para mim.

— O que? Edward? Não, pelo amor de Deus. – Senti minha voz se exaltar um pouco.

— O que é então?

— Então, por onde começo? – mexia em minhas mãos de forma claramente nervosa – Eu sou muito grata por tudo que você fez por mim Damon, a forma como você fez eu me sentir em casa, a forma como você me ajudou a me erguer quando nem mesmo eu acreditava que era capaz, mas você fez isso visando apenas uma coisa: ter algo comigo. Porém você sabe que nunca fui capaz de retribuir tudo isso que você fez e a situação de ontem foi a gota d’água.

— Então na verdade estamos tendo essa conversa justamente por causa da situação que seu ex-marido causou. – cruzou os braços.

— Vamos esquecer o Edward dessa história? Minha situação com ele é outros quinhentos e com ele o buraco é mais embaixo. O que eu quero dizer é que eu cansei de você se enfiando na minha vida e isso afetando meus filhos.

— Caramba Bella, o que preciso fazer pra você notar que eu sou apaixonado por você, que faço o que faço porque eu quero um futuro com você ? – Damon estava próximo e segurando meu rosto em suas mãos.

— Essa é a questão Damon, você não precisa fazer nada, pois o problema não está em você, o problema está aqui. – toquei em meu coração – eu juro que tentei transformar meu sentimento por você, tentei sentir algo mais forte por você, mas não consigo, esse é o problema.
Damon se calou.

— Eu cansei de sentir culpa por isso, pois eu também não sou culpada. Eu não posso mudar isso.

— Eu não quero que você sinta culpa por isso, pelo amor de Deus.

— Eu sei disso, mas você sempre quis, quis até demais, ter alguém que não te quer e esse alguém sou eu.

— Me desculpa então se eu estava tentando lutar por você, desculpa achar que você era meu destino.

— Essa é a questão, você lutou por uma coisa que não dependia só de você, você me sufoca e saiba que o destino não é algo que você possa controlar. – lágrimas começaram a cair dos meus olhos.

— Nossa, eu não sabia que te sufocava. – Damon se afastou.

— Damon eu amo você, quero o seu melhor, eu quero que você encontre o seu destino. – Fui atrás dele e segurei sua mão.

— Você já pensou em tentar achar uma pessoa que lhe queira também?

— A velha história de “quem eu quero não me quer”.

— Eu sinto muito mas você precisa achar outro alguém que lhe queira também.

— Então é isso? É pra eu desistir?
Eu assisti.

— Tudo bem, se é isso que você quer. Não vou mais lhe sufocar.
Eu o abracei.

— Eu nunca vou saber como lhe agradecer por tudo Damon, eu não quero lhe afastar da minha vida, mas por agora é o melhor a se fazer.

— Eu também acho. – Foi o que disse quando me afastou e eu entendi o recado.
Saí de sua sala e fui para o banheiro. Chorei por algum motivo que não sabia ao certo, talvez alívio por não sentir mais culpa. Nunca quis parecer brincar com os sentimentos dele.

Naquele dia cheguei em casa mais cedo e ouvi o grito de Anthony vindos da casa e entrei correndo encontrando Roselie, Edward e Anthony sorrindo.

— O que está acontecendo aqui? – eu estava ofegante.

— Ai. – Olívia falou mostrando que os três estavam encrencados.

— Estamos brincando de “misericórdia” – Edward diz sorrindo.
Bufei. Anthony apareceu com essa brincadeira alguns meses atrás, aprendeu brincando na escola, só parou quando um de seus amigos torceu o dedo.

— Anthony eu já não falei que não quero ver essa brincadeira? – Falei séria e cruzando os braços. – E me admira vocês dois brincarem de misericórdia. – aponto para Rose e Edward.

— Eu falei que mamãe ia brigar. – Olívia fala com ar superior

— Cala a boca. – Anthony se zanga.

— Parou os dois. – Edward interveio.

Olívia correu e me abraçou.

— Eu está a com saudades. Você chegou cedo, olha o sol está se fondo. – Olívia fala apontando para a janela.
Todos que estavam presentes na sala não foi capaz de segurar o riso.

— Está o que minha filha? – Edward pergunta pegando Olívia no colo.

— Se fondo pai.

As gargalhadas foram mais altas e Olívia franziu a testa.

— É “Se pondo”, meu amor – Edward beija o pescoço de Olívia sem controlar a risada. – Ai como eu te amo.

Todo mundo continuou reunido na sala de casa enquanto fui tomar uma ducha e trocar de roupa. Comecei a preparar o jantar com a ajuda de Rose.

— Como foi lá com ele? – Disse se referindo a Damon.

— Foi tranquilo na verdade, acho que no fundo ele já sabia do que se tratava então ele levou na boa, sem surpresas.

— Que bom então. Mas irão continuar com amizade?

— Acho que por enquanto não vai ser possível, quem sabe daqui um tempo.

— Nisso eu concordo plenamente. Que bom que tudo se resolveu.

— Ou quase tudo. – disse simplesmente.

— Como assim? – Rose segura minha mão, impedindo que continuasse o serviço.
Apontei pra sala e ela entendeu que me referia a Edward.

— Mas esse problema logo ali você terá que aturar por bastantes tempo, quer dizer, pra vida toda. – Disse debochando de minha cara.

— Mereço – Murmurei revirando os olhos.

— Como você está hoje em relação a tudo isso?

— Não confio nesse Edward, ele me parece sonso, e não me dou bem com gente da minha laia. – disse sorrindo.

— Você consegue ser sonsa quando quer. – Roselie falou soltando uma gargalhada.

— Para de ser escandalosa. – Lhe olhei com cara feia.- Vai despertar a curiosidade dos seres na sala e eles virão pra cá.

— A conversa parece boa por aqui. – Disse Edward entrando na cozinha nos assustando.

— Eu não falei. – Disse encarando Rose.

— Falou o que? – Perguntou Edward chegando perto de onde eu cortava algumas cenouras cozidas.

— Não é da sua conta, a conversa estava entre adultos, e para de mexer nas cenouras. – Disse dando um tapa na mão dele.

— Yaehhh – Provocou Rose.- Até parece que não sabe que ela odeia quem fica mexendo na comida antes de estar servida na mesa. 

— Gosto de provocar, loira. – Disse se afastando e sentando na mesa.

— Sonso. – sussurrei.

— Então Bella, tenho uma coisa pra falar a você.

— Estou ouvindo.

— Lembra do Billy? – Edward não esperou uma resposta. – Óbvio que lembra. – Ele parecia nervoso.

Virei em direção aonde o homem se encontrava sentado e o encarei.

— Aconteceu alguma coisa com ele?

— Não, ele está muito bem. – me tranquilizou.

Billy era como um amigo mais velho, sempre que conversávamos ele adorava dar conselhos de vida e contava suas histórias, eu adorava isso. Sempre que fosse possível gostava de recebê-lo em minha casa, porém depois da separação com Edward perdemos todo o contado, durante todos esses anos longe eu só via notícias dele através de mídia social.

Lembro quando minha vida começou a desandar com Edward, era Billy que por vezes estava ouvindo minhas lamúrias e me dava os melhores conselhos, quando contei a ele sobre a gravidez de Olívia foi ele que deu o primeiro presente.

— O que aconteceu então? Estou ficando curiosa. – Continuei encarando-o.

— Ele vai comemorar aniversário de casamento com Sarah e me mandou o convite.

— Que bom, esses dois nasceram um para o outro. – Disse sorrindo e virando para o meu trabalho.

— Então, ele me mandou o convite por e-mail porque não estou em casa. Ele exige sua presença na festa. – Edward soltou a última frase de uma vez.

— Eu, em Nova York para o aniversário de casamento dele? – Questionei digerir a informação. – Sem chance, muito obrigada pelo convite, mas não, obrigada.

— Bella, de verdade, ele quer muito sua presença lá.

— Edward, eu disse não. – respondi séria.

— Vamos fazer assim: você pensa e depois só me dá uma resposta. – Me deu a opção.

— Não preciso pensar, eu não vou.

— Então vou lhe deixar o contato dele e você mesma diz pra ele que não irá.

— Pode deixar. – disse convicta da minha decisão.

Deixaria para ligar depois do jantar, com o fuso horário de 3 horas não seria muito tarde assim para fazer a ligação.
Com o jantar quase pronto ficamos a espera de Emmett que demorou mais que o esperado. O jantar correu perfeitamente tranquilo com Emmett e Edward conversando sobre Baseball e ensinando a Anthony e Olívia sobre as regras do jogo, Emmett contou algumas histórias das peripécias do gato de estimação e de como estava apegado ao animalzinho, isso fez com que as crianças pedissem mais uma vez algum animal de estimação e eu prontamente neguei como sempre.

— Você pode me passar o contato do Billy? – Pedi a Edward que estava distraído com a televisão.

Sem dizer nada ele apenas me passou o número pessoal dele e o contato de e-mail. Caminhei para fora da casa sentei na escada da varanda, senti uma presença atrás de mim e não precisava virar para saber quem era. Respirei fundo e disquei o número de Billy.

Fazia anos que não falava com ele, simplesmente depois de tudo perdemos contato e eu não sabia que sentia saudade dele até o número discado começar a chamar, eu estava claramente nervosa.

— Billy Black – Disse o mais velho e eu demorei uns segundo para me dar conta que já haviam atendido. – Tem alguém aí?

— Tem sim, é a Bella, lembra de mim. – Estava nervosa.

— Claro que lembro de você minha menina. Como você está? – Era notável a euforia em sua voz.

— Eu estou muito bem obrigada, e você como está?

— Eu estou ótimo. Pensei que nunca mais ouviria falar de você. – disse sorrindo.

— Me desculpe, acho que acabamos perdendo contato, Edward que me passou seu número se não se importa.

— É claro que não me importo. Inclusive os Cullen estão jantando aqui em casa hoje.

— Estou atrapalhando sua refeição, eu ligo amanhã então. – fiquei envergonhada.

— Claro que não atrapalha, menina.
Ouço uma voz pelo outro lado da ligação e Billy falar baixo “É a Isabella Swan”

— Bella? Menina como você está? – ouço a voz de Sarah assumir a ligação.

— Eu estou ótima, e você ?

— No momento muito feliz, quanto tempo.

— Sim, como disse ao Billy, acabamos perdendo contado.

Sarah não era tão próxima a mim como Billy, mas eu a adorava tanto quanto ao marido.

— Na verdade estou ligando para falar sobre o aniversário de casamento de vocês. – Fui direto ao ponto.

— Você vem não é? Falei pra Edward estender o convite a você já que ele a encontrou primeiro que eu. – Billy falou

— Então é isso que queria falar, eu não poderei ir, acho melhor deixar pra próxima, está tudo muito em cima. – Digo tentando transpassar estar calma, coisa que não fui capaz.

— Bella, eu não aceito um não como resposta, eu quero muito sua presença aqui, perdemos contato, mas eu ainda gosto muito de você e seria uma honra para mim ter sua presença aqui. – Sarah falava tão rápido como uma metralhadora.

— Sem falar que quero ver sua filha mais nova, eu a quero conhecer fora de sua barriga, os Cullen como grandes avós babões, saem mostrando a foto dela para Deus e o mundo. – Billy disse sorrindo.

Aquela informação apertou meu coração, não sei se ficava feliz por eles enfim aceitarem Olívia, afinal foram anos ignorando minha filha, Alice nem olhava para ela, lembro muito bem das vezes que Olívia tentava sorrir para ela e a mais nova dos Cullen virava as coisas com Anthony, minha filha era apenas uma criança e independe de qualquer coisa não merecia desprezo de ninguém, e os “avós babões” nunca nem ligaram para saber nada dela, ligavam para Anthony, mas ignoravam a presença da irmã do neto, agora querem pagar de melhores avós do mundo.

— Vamos fazer assim, a gente marca um outro dia para eu lhe fazer uma visita com as crianças. – tentei da a sugestão.

— Não, sem acordo, eu quero você aqui. Poxa Bella, faz isso por mim e pelo Billy. – Pede Sarah. – Ele já conta com sua presença.

Passei a mão pelos cabelos em sinal de nervosismo, não queria ter que aceitar, mas não via outra forma.

— Tudo bem, estarei aí este final de semana. – disse sendo vencida.

— Sabia que não iria nos decepcionar. - Billy diz do outro lado da linha

— Vocês venceram, vou deixar vocês jantarem. – disse e nos despedimos.
Encerrei a ligação e suspirei alto, levantei da escada e encarei Edward sentada no banco da varando com sorriso no rosto. Amassei o papel que estava em minhas mãos e joguei nele.

— Idiota.

— Os Black são muito persuasivos quando querem.

Disse quando entravamos de volta para dentro da casa.

— Pois você fica encarregado das passagens.

— Que passagens? – Perguntou Rose.

— Nova York, aniversário de casamento dos Black. – Disse séria olha do para televisão.

— Vamos para Nova York? – Pergunta Anthony.

— Só por um final de semana, vamos para o aniversário de casamento e voltámos.

— Eu quero ver meus avós. – Disse Anthony feliz.

Olívia para Edward e depois para mim com um olhar que parecia triste e confuso e voltou a brincar com o carro de Anthony. Olhei para Edward e só então ele percebeu o que estava acontecendo.

Edward a pegou no colo e a levou em direção ao quarto e eu os segui, mas ainda pude ouvir Anthony perguntar se foi alguma coisa que ele disse.

Entrei no quarto e Olívia estava no colo de Edward e o pai fazia carinho em seu cabelo.

— O que você tem ? – Perguntou mas o silêncio reuniu o ambiente.

— Conta pra mamãe, por que você está triste? – Olívia me olhou e abaixou os olhos. – Você não quer ir pra Nova York?

Olívia negou com a cabeça e se encolheu no colo do pai.

— Por que você não quer ir? Lá é bem legal, você vai conhecer a casa do papai e eu vou comprar um sorvete muito gostoso que só te lá. – Edward tentou, mas ela continuou negando com a cabeça.

— Vem com a mamãe. – ela veio prontamente para meu colo. – Nós vamos estar com você o tempo todo, não precisa ter medo, Nova York é uma cidade muito legal. Você sempre não disse que queria conhecer? – Olívia assentiu.

— Se eles não gostarem de mim? – Perguntou Olívia.

— Nova York? Os Nova-iorquinos são pessoas muito legais – Disse Edward.

Encarei Edward séria, era óbvio que Olívia se referia aos Cullen.

— O que? – perguntou Edward confuso.

— Eu não quero ir. – Só então Edward entendeu que Olívia se referia a família.

— Olha seus avós são as pessoas mais legais do mundo, eles vão amar você, assim como eu amo, e a minha irmã baixinha as vezes ela tem umas atitudes que de criança, mesmo sendo adulta.

— Eu tenho medo. – Olívia falou. – A tia do Thony não gosta de mim, ela me olha com cara feia, eu tenho medo dela. – Disse Olívia bem baixo.

— Não precisa ter medo, se alguém tratar você mal, você vem e conta pro papai, pode ser?

Olívia assentiu e ele abraçou forte.

Eu sabia que essa viagem afetaria mais Olívia do que a qualquer um, era um novo mundo, onde tinha a família dela, tinha avós e tios, e antigos amigos dos pais dela. Um mundo que ela foi afastada antes de nascer e agora caía de paraquedas. Eu tinha medo de como ela lidaria com tudo isso, era apenas um bebê que nasceu em outra cidade e estava crescendo apenas com a mamãe dela e o irmão, mas agora de repente ela tinha avós e tios que ela já conhecia mas que eram tão ruins pra ela. Tenho que deixar meu passarinho começar a criar asas e descobrir o mundo.

Grávida do segundo filho ouvi a notícia “é mulher” e eu disse “não, ainda é menina”, meu bebê que saiu do meu ventre, frágil e dependendo apenas de mim, tinha apenas eu para lhe amparar quando precisasse e naquele momento quando diziam “filho é pro mundo” eu só pensava “não, os meus são meus” e eu estaria ali para segurar as pontas, a gente diz que não tem forças até precisar ter.


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Notas finais do capítulo

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