Warrior escrita por Erika Anjos


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Gente eu tô tão feliz, todos os comentários e todo o interesse de vocês me dão tanta força. Eu só tenho a agradecer todo mundo que tira alguns minutos de sua vida para ler mais um cap meu, um parte de uma mente que não para um segundo.

Quero agradecer principalmente AMY LILS que recomendou minha estória. Obrigada minha flor.

Agradeço, além de AMY, todas as pessoas que recomendaram anteriormente.



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Edward

Tirando o fato de eu ainda está ruim devido as sensações da crise de ansiedade, eu estava muito bem, estava com meus filhos e com a mulher da minha vida. Bella sempre teve um bom coração, nem com toda raiva de mim, ela não permitiu que ficasse sozinho.

Aquele primeiro dia em sua casa foi tenso e isso conseguia me deixar pior, eu não consegui levantar o dia inteiro e devido o calmante eu passei a maior parte do tempo dormindo. Bella tentou me levar para o seu quarto e acabamos entrando em uma discussão sobre eu ficar na sala.

 Não gostava da sensação de estar incomodando, o pior, não era apenas a sensação. Eu estava sendo um encosto jogado no seu sofá. Todas as vezes que parava para pensar em tudo que aconteceu e o que estava acontecendo o meu pulmão faltava ar e ardia como brasa.

Apesar de tudo eu tentei o máximo ficar com as crianças, nós assistimos filmes, almoçamos junto, brinquei um pouco com eles, mesmo que tudo que queria era ficar deitado. Roselie me surpreendeu, me ajudou quando precisei e me ensinou alguns exercícios de respiração para acalmar, pegava água para mim e também serviu de apoio para eu ir no banheiro.

Naquela noite houve outra pequena discussão sobre onde passaria a noite, Bella queria de todas as formas me convencer a não dormir em seu sofá. Mas nunca que iria tirá-la de seu quarto por minha causa.

— Edward olha sua situação, não tem condições de você passar a noite nesse sofá. Vai acordar todo dolorido, vai por mim. - Bella estava em pé em minha frente com os braços cruzados.

— Eu vou ficar bem, Bella. Já dormi em alguns sofás ao longo da minha vida. Lembra? Você já me pôs para dormir no sofá algumas vezes. - Tentei quebrar o gelo e vi Bella corar levemente.

O assunto sobre um dia nós termos estado juntos a deixava desconfortável.

— Por quê? - Perguntou Olívia que estava quieta apenas observando nossa conversa.

Fiquei calado e esperei que Bella respondesse nossa garotinha.

— Isso foi a muito tempo. - Respondeu Bella tentando não prolongar o assunto.

— Por que, Edward? - Olívia não estava satisfeita.

Não sabia se devia responder e olhei para Bella.

— Olívia está na hora de dormir.

— Vou dormir com o tio Edward.

Olívia correu para meu colo e gemi quando ela bateu com força contra meu corpo. 

—Nada disso, você irá dormir em seu quarto. - Falei quando a segurei em meus braços.

— Eu quero dormir com você, por favor. - Choramingou ela.

Tudo que eu queria era que ela dormisse comigo, queria sentir minha garotinha a noite toda, assim como fiz com Anthony muitas vezes. Mas também não poderia deixar que ela dormisse ali comigo em um sofá, desconfortável.

— Mamãe deixa eu colocar o colchão aqui, por favor. - Olívia juntou as mãos implorando.

— Como eu esqueci do colchão de ar. - Bella colocou a mão na cabeça e saiu da sala.

Não demorou e Bella trouxe o colchão e começou a enchê-lo.

— Eu vou dormir com você - Olívia disse animada.

— Não mesmo mocinha. Você irá dormir na sua cama. - Disse Bella ainda enchendo o colchão.

Olívia começou a chorar e eu a peguei no colo.

— Não chora minha princesa. - Me cortava o coração ouvi-la chorar.

— Eu não quero dormir na minha cama, quero dormir aqui. - Continuou chorando.

— Deixa, Bella, ela dormir aqui? - Pedi a Bella.

— Não, você vai dormir no colchão e ela na cama dela.

— Não - Gritou chorando. - Por favor.

— Eu durmo no sofá e ela no colchão. - Dei sugestão.

— Não seja absurdo, peguei o colchão para você não dormir no sofá. - Bella cruzou o braço.

Olívia chorava e aquilo estava me cortando o coração. Pedi, mais uma vez,  apenas com um olhar, som nenhum saiu da minha boca. Eu não queria largar Olívia dos meus braços.

— Quer saber? Eu desisto, você que sabe. - Bella se deu por vencida.

Bella se calou e voltou a encher o colchão.

— Para de chorar, meu amor. - Beijei seu cabelo e senti seu cheirinho. - Você vai dormir aqui com.. comigo. - Tudo que queria era falar "com o papai".

Tudo que quero agora é que ela saiba que eu sou o papai dela e que eu estou aqui com ela e pra ela. O amor que sentia por Anthony foi multiplicado, impossível descrever o amor que sinto por todos os três.

Anthony apareceu para saber o que estava acontecendo e porque Olívia estava chorando, ele acabou ficando conosco até Bella mandar os dois irem escovar os dentes para dormir e ela buscar as cobertas e um travesseiro para Olívia e para mim. Notei que o travesseiro vinha de seu quarto e tinha seu cheiro, levei ao nariz sem me importar se ela olhava ou não, senti seu cheiro e senti meu corpo inteiro se arrepiou. Era o cheiro característico dela que sempre causou reações em mim.

Dei um beijo de boa noite em Anthony, iria levar ele para cama, mas ele não quis, aceitou um beijo de boa noite ali do sofá mesmo. O abracei força, beijei sua cabeça e falei o quanto o amava, ele apenas sorriu e beijou meu rosto também. Olívia por outro lado estava sorridente por ter vencido a mãe e iria dormir ali comigo. Deitado ali no sofá observei Bella colocar ela deitada no colchão, a cobriu, beijou sua testa e sussurrou alguma coisa que a fez sorrir.

— Não ganho beijo de boa noite também. - Provoquei.

— Você está bem grandinho para um beijinho de boa noite, não acha? - Bella levantou uma sobrancelha e apagou a luz da sala e caminhou para seu quarto.

— Acho que não. - Falei alto para ela ouvir, mas me ignorou.

Estendi a mão para pegar em Olívia, mas ela estava um pouco longe. Peguei na ponta do colchão e o trouxe mais pra perto do sofá, esse movimento arrancou um sorriso de Olívia que ecoou pela sala.

— Vem mais para a ponta. - Não pedi outra vez e Olívia chegou mais perto.

— Boa noite, tio. - Falou Olívia.

— Boa noite, amor da minha vida. - Acariciei seu cabelos um pouco e me ajeitei no sofá.

Alguns minutos se passaram em silêncio, esses minutos foi suficiente para minha vida passar como um filme na minha cabeça impedindo que eu pegasse no sono, insônia me acompanhava. Peguei o travesseiro e levei ao nariz, o abracei imaginando ser Bella.

— Edward, não quero esse colchão. - Olívia falou se mexendo.

— Você quer ir para sua cama? Eu levo você lá. - Já ia levantar quando ela falou que não queria ir para seu quarto, não demorou nada e ela continuou.

— Edward, eu quero ler um livro.

— Agora? Está tarde, quer que eu conte uma história para você?

— Eu queria ler, mas ta bom, deixa para lá.

O silêncio reinou na sala.

— Que tal esse seu celular velho ser meu?

Era claro que Olívia estava sem sono também.

— Eu preciso dele agora, meu amor.

— Me fala um pouco de onde você mora. - Pediu ela.

— É bonito onde moro, tem praças com arvores e flores bem bonitas, a casa dos meus pais tem um jardim que tem rosas muito bem cuidadas. Lá tem um lugar que vende uma macarronada muito boa, levava seu irmão sempre que ele ia me visitar . - Queria levá-la também, a comida era de lamber os dedos, certeza que ela iria gostar, costumava levar Bella com Anthony, depois passou a ser apenas Anthony. Agora entendo, meu corpo e minha mente nunca esqueceu Bella, gostava de retornar a lugares que me lembravam a minha família, mesmo me negando o que de fato tudo aquilo significava.

— Tem picolé? - Olívia me tirou da reflexão que me encontrava.

— Não, mas o sorvete de uva com cereja, é maravilhoso.

— Quando eu crescer quero ter uma cozinha-restaurante. - Sorri de seu sonho.

É impressionante como as crianças tem sonhos e que muitos deles mudam de uma hora para outra. Anthony sonhava ser astronauta, depois sonhava em ser cozinheiro igual o ratinho de Ratatouille, agora creio que seu sonho é outro. Olívia tem muito o que sonhar com seus quase 4 anos.

— Você pode tudo que quiser, você é incrível.

— Ela vai ter soverte de uva com cereja. Ela pode? - Disse referindo-se a cozinha-restaurante.

— Pode sim, sua cozinha-restaurante vai ser bem famosa se tiver sorvete de uva com cereja. - Sorri.

O silêncio reinou na sala, pensei que Olívia já havia dormido, fechei os olhos e senti a presença dela bem perto de mim e assustei-me.

— Edward, essa blusa não cabe em mim, é pequena demais. - Olívia estava incomodada e tentou tirá-la.

Sentei-me no sofá e direi a camisa dela, estava de fato ficando pequena demais para ela.

— Você quer uma camisa minha? - Perguntei.

Ela assentiu. Peguei uma minha e ficou muito grande ela, mas ela pareceu não se importar e voltou deitar no colchão.

— Ah, essa está boa. Mas sua blusa é estranha. - Disse ela puxando mais para ver a estampa da camisa. - Bizarro.

Não disse nada e caminhei em direção ao interruptor de luz.

— Não apaga a luz Edward.

— Precisamos apagar a luz pra dormirmos, querida. - Apaguei-a e fui para o sofá.

— Por que essa parede é azul? - Ela respirou e continuou. - E por que aquela é vermelha?

— Não sei, você deveria perguntar a sua mãe, ela deve saber. - Disse já cansado.

— Por que você dorme aí e eu no colchão? - Perguntou Olívia sentada no colchão.

— Porque aí é melhor para dormir. - Respondi. - Deite e feche os olhos.

Ajude-a a deitar e a cobri.

— Preciso de uma TV no meu quarto, porque eu assisto desenho.

— Quem sabe um dia sua mãe coloque uma para você. - Tentava responder de forma mais curta que podia.

— Edward quero ver vídeo no seu celular. Dá para ver vídeo nesse seu celular velho? - Sorri da forma como ela se referia ao meu celular. Ele não estava tão velho assim.

— Não, Olívia, meu celular não pega vídeo. - Menti, claro.

— Acho que não quero mais ele. - Claro que ela não iria querer mais o meu celular velho.

Não lhe respondi, decidi não lhe responder mais, ela não dormiria se continuasse conversando com ela, e ela precisava dormir.

— Edward, estou morrendo de fome. - Não lhe respondi e ela continuou. - Vai fazer algo lanche para mim. - Ela esperou e eu não lhe respondi. - Edward? Dormiu?

Fechei os olhos e esperei Olívia se acalmar, mas não aconteceu. Logo senti ela em cima de mim.

— Posso dormir aqui com você?

— Vamos deitar no colchão e dormir, tá bom? - A peguei no colo e deitei no colchão. Ele era pequeno, mas é mais confortável que o sofá.

Coloquei Olívia deitada em meu peito, beijei sua cabeça e dei boa noite. Só então ela dormiu, em meu peito. Pela primeira vez estava com minha filha dormindo em meu peito. Queria apertar ela, queria senti-la mais perto de mim, queria me fundir a ela.

— Eu te amo, filha. Minha filha. Minha princesa.

Não demorou e eu dormi, não foi tão tranquilo quanto esperava, acordei duas vezes durante a madruga, mas logo voltava dormir agarrado a Olívia. Acordei sentindo uma energia muito forte perto de mim, era Bella nos cobrindo. Abri os olhos e encontrei os mar de chocolate derretido que sempre amei.

— Que horas são? - Perguntei com a voz rouca.

— 7:00 AM. - Respondeu se afastando.

Não demorei muito e levantei, Bella me deu uma toalha e com um pouco de dificuldade caminhei para o banheiro. Quando cheguei ao cômodo respirei com lentidão e fiz minha higiene. Coloquei uma bermuda e uma camisa polo. Logo estava sentado na cozinha fazendo companhia para Bella.

— Dormiu bem? - Perguntou ela.

— Dormi sim. Não tinha como não dormir, dormi com minha filha junto comigo.

— Que bom. - Respondeu simplesmente.

— Pensei que não dormiria nunca, ela falou bastante. - Falei sorrindo lembrando da noite passada.

— Ela faz isso, ela fala bastante quando está sem sono. - Ela sorriu. - Percebi que você trocou a camisa dela.

— Ela se queixou que a camisa dela estava apertada. - Me expliquei.

— Olívia vai fazer você de gato e sapato se você não tiver pulso com ela. Olívia é muito esperta. - Disse Bella olhando para mim como se eu fosse bobo.

Eu era bobo mesmo para as duas mulheres da minha vida.

— Só vou poder agir como pai dela quando contarmos a ela.

— Concordo. Acho que já está na hora de contarmos a ela. - Bella falou arrumando a mesa para o café.

— Era isso que queria falar. Não aguento mais esconder isso. Anthony já me perdoou, era tudo que eu precisava. - Abaixei a cabeça e brincava com o farelo de pão que estava perdido no balcão.

Bella  

Não posso negar, a presença de Edward me incomodou, mas apenas uma coisa me incomodava mais, a sua teimosia. Esse sempre foi o motivo das nossas brigas, desde sempre.

Apenas a presença de Edward na minha casa fez com que eu me sentisse desconfortável durante quase a noite toda. Apesar do incomodo, não poderia deixar Edward sozinho em seu apartamento. Ele estava muito pálido quando o encontrei, era notável o pânico dele por não conseguir respirar e aquilo me preocupou, não queria ter que sentir algo por ele, mas não conseguia. Edward não estava bem e eu iria estender a mão a ele.

Naquela noite levantei duas vezes para olhar Edward e Olívia em minha sala. Sorri com as perguntas de Olívia, ela conseguia ser uma tagarela quando queria e Edward era sempre incrível quando se tratava de Anthony e Olívia. Estava mais que na hora de minha filha saber quem era o pai dela.

Quando amanheceu encontrei os dois agarrados no sofá, apesar de apertado, eles pareciam não se importar, os cobri e Edward acordou na hora e me encarou com seus olhos verdes, mesmo com a pupilas bem dilatadas seus olhos brilhavam em um tom de verde vibrante.

Depois de seu banho, Edward apareceu na cozinha, tivemos uma breve conversa sobre contarmos a Olívia a verdade e então lhe trouxe seu calmante.

— Não quero tomar esse remédio. Eu fico muito sonolento. - Disse Edward como uma criança.

— Você vai tomar, hoje você está melhor, mas percebi você cansado em andar para o banheiro, vamos toma. - Estendi mais uma vez o calmante.

— Tudo bem, deixa aí, logo depois eu tomo. - Ele bem pensava que iria me enganar.

— Agora, Edward. - Disse séria.

— Vocês estão brigando? - Anthony apareceu na entrada da cozinha com os cabelos bagunçados e coçando os olhos.

— Não, seu pai que não quer tomar o remédio dele. - Disse com forma de acusação.

— Toma logo, pai. - Falou Anthony chegando perto de Edward.

— Só se ganhar um "Bom Dia" bem dado. - Falou Edward já puxando Anthony para mais perto.

Anthony sorriu quando Edward bagunçou seu cabelo ainda mais e os dois se abraçaram, Edward se venceu pelo cansaço e tomou o calmante. Enquanto Anthony tomava banho, acordei Olívia e lhe aprontei para o café. Tomamos café juntos, aquilo me causou estranheza, era a primeira vez que Edward estava conosco. Olívia estava animada, não muito diferente de Anthony, eu os entendo, afinal, Edward é pai deles, mesmo Olívia não sabendo, ela gosta dele.

Metade da manhã já havia passado e estávamos assistindo Procurando Nemo, esse era um dos filmes que meus filhos adoravam, apesar de não ser atual. Estava na metade do filme quando Emmett e Roselie apareceram e nos fizeram companhia. Havíamos combinado de almoçarmos juntos.

— Continue a nadar, continue a nadar, continue a nadar, nadar, nadar... - Cantou Emmett entrando na sala.

— Pra achar a solução. - Completou Olívia cantando.

Chegando na sala Emmett pegou Olívia no colo e bagunçou os cabelos de Anthony que não gostou muito.

— "E aí, irmão!" - Disse Emmett para Edward, imitando a tartaruga Crush, arrancando risada de todos. Edward o cumprimentou de volta. - Tudo bem, cara? - Perguntou mais sério agora.

— Estou bem melhor, logo estarei novo em folha. - Respondeu Edward.

— Eh! "Eu vi tudo irmão, primeiro tu ficou tipo "Uh", aí a gente ficou tipo: "Uh", Aí tu ficou tipo: " Uh". - Falou Emmett imitando Crush novamente e dessa vez a risada foi maior.

— Percebo que não tava muito bem mesmo. - Edward respondeu descontraído.

Depois de alguns minutos de filme Edward me cutuca com o cotovelo.

— Lembrei de quando Anthony era pequeno, ele sempre gostou desse filme. Ele tava começando a falar.  - Disse Edward com os olhos brilhando com a lembrança.

— Compartilha com a gente, não podemos deixar de ouvir alguma história. - Disse Roselie, sem se importar de ter ouvido a conversa.

Sorri com a lembrança e esperei Edward partilhar a história com o casal de amigos.

— Anthony estava com entorno de 2 anos e estava começando falar. Bella e eu costumávamos perguntar dele como era o som dos animais. Lembra, Bella? - Assenti.

Todos estavam atentos a história e eu estava sorrindo sabendo onde daria. Edward continuou.

— Sempre perguntávamos: como faz o cachorro e ele respondia "Au Au", e o gato? "Miau". Quando ele não sabia ele inventava qualquer som. - Anthony olhava para o pai sorrindo. - Então, teve um dia que estávamos assistindo algum canal de natureza, se bem me recordo, ele viu uma tartaruga marinha e falou: "Tartaruga". Lembro que Bella e eu ficamos falando : "É isso mesmo , filho". Então perguntamos: "Como a tartaruga faz?" e ele respondeu "É isso aí, irmão!" . Depois desse dia não consigo assistir esse filme sem lembrar dessa história. - Edward soltou uma gargalhada e todos nós o acompanhamos.

Sempre me recordava dessa história, mas ouvi-la de Edward e forma como ele contava como brilho nos olhos fez eu sentir alguma coisa por dentro, algo que não conseguia decifrar.

— Eu falei isso? - Anthony perguntou sorrindo.

— Sim. Você sempre foi muito esperto, desde de muito bebê. - Eu disse a ele.

— Meu Deus, era muita fofura em um único bebê. - Disse Rose apertando Anthony em seus braços.

— Para tia. - Pediu meu filho.

— Contem outra. - Pediu Rose. - Quero mais uma desse meu pequeno. - Rose apertou mais uma vez Anthony.

— Eu não sou mais pequeno. - Disse Anthony e todos nós sorrimos.

— Anthony ainda era bêbe... - Comecei a contar e Emmett me interrompeu.

— Mais uma da saga do Anthony bêbe. - Disse Emmett sorrindo alto.

— Para, tio. - Anthony estava com vergonha.

— Deixa Bella contar. - Disse Rose batendo no braço do marido.

— Enfim, Edward e eu estávamos emprenhados a ensinar Anthony a fazer xixi no penico, compramos dois diferentes para ver se ele se interessava, repetimos varias vezes, então em um dia que estávamos na sala, Anthony apareceu com uma peça de um dos brinquedos dele que parecia um copo, ficou na frente de Edward, pôs o pinto para fora e mirou no copo, mirou errado, claro, molhou todo o chão e quando terminou, olhou para Edward e falou: "fiz xixi no penico, papai". - Comecei a sorrir.

— Mostrou quem mandava. - Disse Emmett caindo na gargalhada.

— Logo ele aprendeu qual era o penico certo. - Disse Edward gargalhando.

— Como você nunca contou essas histórias antes? - Disse Rose chorando de ri.

— Não sei. - Estava mais calma, mas ainda sorria.

Na verdade eu sabia, todas essas histórias que tinha para contar, Edward estava junto, esteve lá para compartilhar as melhores experiências que os pais pode ter. Todos os anos que passaram me fizeram querer esquecer de uma vez por todas minha história que tive com Edward, mas não me dei conta que essas histórias também envolvia meus filhos, principalmente Anthony. Vê-lo sorrir das suas histórias, por uma parte, fez eu sentir-me culpada, não poderia esquecer o curso da vida que me levou até aqui.     


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Notas finais do capítulo

Está aí mais um cap. Por favor, faça uma criança feliz e comentem ♥

Espero que gostem.

Recomendem S2



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