Warrior escrita por Erika Anjos


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Gente muito obrigada pelos comentários, obrigada mesmo, eu fiquei mega feliz com todos. Fabi Souza obrigada pela recomendação. Tantos os comentários e as recomendações me fazem ter a dimensão de quantas pessoas ainda acompanham e gostam.



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EDWARD

O arrependimento é dos sentimentos que pode nos destruir, se arrepender de coisas que foram feitas e apenas anos depois poder tentar concertar, sim, tentar. Pior que o arrependimento é  a culpa, ela dissemina o coração, é responsável por cada angústia de ter tomado atitudes ou não ter tomado.

Agora estou aqui no banco de um aeroporto com a cabeça baixa e minhas mãos cobrindo meu rosto, vozes para todos os lados, passos em indo em todas as direções e o barulho perturbador das chamadas dos vôos, a cada “din-don” meu coração acelerava, a ansiedade estava batendo à porta e eu começava a ficar com falta de ar. Aqui com a cabeça baixa penso nas coisas que fiz, das decisões medíocres que tomei.

Que homem eu fui? O que eu fiz?

Essas duas perguntas rondavam minha cabeça e eu não acho respostas para nenhuma delas e a única coisa que sinto é medo. Medo principalmente de não conseguir concertar as coisas. Pensar na possibilidade de perder de vez meus filhos me faz entrar em pavor. Olívia ainda é pequena, porém pode sim me rejeitar e Anthony só Deus sabe como irá reagir quando souber o que eu fiz. Nesse desespero eu só penso no quanto hoje estou mendigando o que um dia sobrava e era meu.

~Din-don~ - Vôo 565 destino a Chicago.

Meu coração perdeu uma batida e olhei para frente e demorei milésimos de segundos para raciocinar e lembrar que precisava levantar. Levantei e cutuquei meu filho que cochilava no banco do aeroporto.

— Nosso vôo foi chamado filho. – Ele levantou-se coçando os olhos.

Puxei o punho da manga de minha camisa social cinza e o relógio cromado apareceu me indicando as horas. Já era muito tarde ou muito cedo dependendo do ponto de vista, pois o acessório indicava 4:00 h.

Fizemos o check-in e entramos na aeronave, Thony fez questão de ficar no lado da janela. O voo estava praticamente vazio e durante todo caminho tentei dar um cochilo, porém estava com a cabeça a mil por hoje. Olhei para Thony e o mesmo havia voltado a dormir.

Aqueles segundos que se converteram em minutos e depois em horas pereceram uma eternidade, por alguns segundos sentia que estava em outra dimensão a qual o tempo era contado de forma diferente, suas horas intermináveis de voo. Eu estava ansioso para encontrar com elas e ao mesmo tempo estava a ponto de desistir, porém desistir não tem que ser uma opção, afinal que tipo de homem estou sendo ao pensar em desistir?

O avião pousou, acordei Thony e fomos pegar as malas, o relógio marcava 6 da manhã e o cansaço começava a bater, só queria deitar um pouco. Pegamos nossas malas e não foi difícil para pegar um táxi que nos levasse a um hotel, disse a Anthony que o levaria para casa mais tarde.

Fomos para o hotel para descansar, porém Thony dormiu a viagem toda então não estava cansado, enquanto dava o cochilo o mesmo ficou assistindo alguma coisa na televisão, presumi ser algo de animações

Senti meu corpo ser sacudido e de longe a voz de meu filho me chamando, não conseguia acordar de tão cansado.

— Pai, acorda. – A voz de Thony soou irritada.

— Huuum! – Resmunguei. – Já acordei – Disse com a voz rouca de sono.

— Eu estou com fome.

Olhei para o relógio e o mesmo marcava 9 da manhã, assustei-me pelo fato de conseguir dormir e Thony ter sentido fome apenas agora.

Sentei-me e passei a mão pelo rosto e indo para a cabeça. Caminhei para o banheiro e fiz minhas necessidades, andei em direção as malas e troquei de roupa.

— Você está estranho. – Disse meu filho apenas me observando sentado na beira da cama.

— Como? – Eu havia escutado, porém fiz um de João sem braço para pensar em uma resposta.

— Você está estranho. Eu fiz algo?

— Não filho, você sabe que não fez. – Fui em sua direção e beijei sua cabeça. – Só estou pensativo.

— Vai ficar tudo bem, seja lá o que está deixando-o assim.

— Eu te amo filho, muito mesmo.

— Eu também te amo, pai. – O abracei.

O levei a um restaurante para tomarmos café da manhã, depois fomos ao shopping para matar o tempo, não queria voltar ao hotel, queria me distrair o máximo possível.

Andando pelos corredores do shopping parei em uma loja de brinquedos, a mesma chamava atenção por ser colorida, Anthony entrou primeiro que eu e correu para a parte de bonecos. O que me fez para na loja foi pensar em Olívia, em comprar algo para ela. Minha filha tem 3 anos, o que uma menina de 3 anos gosta? Bonecas? Bonecas grandes ou Barbie? Brinquedos de cozinha?

Andei pelos corredores analisando cada brinquedo, quando de repente sinto algo se esbarrar em minha perna esquerda fazendo eu me desequilibrar, tentei segurar-me na prateleira de brinquedo, porém foi em vão, tudo ficou em câmera lenta e vi minha mão tentar segurar a prateleira, mas não foi rápido o bastante no milésimo de segundo seguinte peguei a criança que estava quase atrás de mim no intuito de não cair sobre ela, caí sentado no chão com a criança no meu colo.

— Ai! – Ela resmungou. – Bati meu bumbum. – disse ela ficando de pé e tocando no local.

Olhei para a garotinha e vi que era a minha filha, Olívia, com seus cabelos cobre iguais aos meus, sua trança estava se desfazendo e alguns fios estavam fora do lugar fazendo com que caísse em seu rosto, nunca vi um coisa mais linda no mundo, meu coração de encheu de amor, como quando eu peguei Anthony a primeira vez nos braços. Era isso que queria fazer com Olívia, pega-la nos braços e lhe abraçar bem apertado.

Só então percebi que estava hipnotizado por ela e ainda estava sentado no chão. Com rapidez me coloquei de joelhos e fiquei olhando em seus olhos, eu podia sentir meus olhos arderam, estendi minha mão para lhe tocar, porém ela recuou e então eu caí em mim que eu era um completo estranho para ela, minha filha não sabia quem eu era.

— Você está bem? – perguntei

— Bati meu bumbum. – Disse ela baixando a cabeça e igual como Bella fazia quando estava envergonhada e não conseguia encara a pessoa.

— Eu também bati o meu bumbum. – disse. Ela levantou o rosto e meu escarou sorrindo.

— Fez dodói?

— Não. Em você fez machucou?

— Não.

Percebi que ela estava mais relaxada com minha presença e estendi a mão e tirei seu cabelo do rosto e coloquei atrás da orelha. Sua bochecha rosada ficou mais aparente, ela conseguia ficar mais linda a casa segundo.

— Cadê sua mãe e por que você está correndo ? – Meu instinto de pai queria saber o porque de ela está correndo sozinha dentro da loja.

— Minha mamãe estava em casa e eu estava me escondendo da tia Rose.

Só então eu percebi a coisa mais errada em toda essa situação. Minha filha estava sozinha conversando com um estranho. Eu era um estranho pra ela.

— Vamos atrás da sua tia. – disse me levantando.

— Não. Mamãe disse que não posso falar com estranhos.

— Mas você falou comigo.

— Verdade. – Ela ficou pensativa e confusa.

— Se eu me apresentar vou deixar de ser estranho. – disse voltando a ajoelhar-me e estendi a mão e ela pegou  

— Olívia

— Edward.

Uma moça muito bonita alta e loira chamou por ela e a mesma saiu correndo. Levantei-me e caminhei em sua direção, porém no meu do caminho Anthony corre por mim e abraça a moça falando “Tia Rose” e depois larga a mulher e abraça a irmã. A cena aqueceu meu coração, os dois amores da minha vida estava ali, juntos.

— Anthony, Tia é o Anthony. – Olívia tinha o sorriso maior do mundo no rosto.

— Eu estou vendo meu amor. – Ela disse e logo em seguida olhou para mim que estava mais perto. – E você quem é?

— Tia esse é meu pai. – disse meu olho

A mulher que vulgo ser Rose olhou-me com uma expressão de surpresa, porém  a mesma não me convenceu, acredito que ela já sabia quem eu era.

— Roselie – Ela estendeu a mão e eu a peguei.

— Edward Cullen. – apresentei-me.

— É melhor irmos embora, Liv, sua mãe deve estar a nossa espera.

Olhei para Olívia e a mesma me olhava com os olhos vidrados.

— Eu posso ir com ela, pai? – Anthony perguntou.

— Se você quiser ir, tudo bem.

— Depois vai lá em casa pai, mamãe não vai se importar eu acho.

— Vou ver filho. – beijei sua cabeça

Roselie pegou minha filha no colo e a levou pra longe de mim, mais uma vez. Enquanto os três se afastavam Olívia não tirava os olhos de mim e então acenei para ela e a mesma sorriu e enterrou o a cabeça nos cabelos da loira.

Voltei para o hotel pensativo. Me joguei na cama e chorei, esse papo de que homem não chora não funciona comigo, pois eu chorei, chorei por ter perdido as únicas pessoas que realmente devia ser minha prioridade, chorei por ser um estranho da minha própria filha e chorei principalmente por perceber que estava sozinho. Disquei o número de minha mãe e ela atendeu bem rápido.

— Filho ainda bem que ligou, estava preocupada. – Minha soltou de primeira.

— Mãe. – foi a única coisa que disse. Minha voz embargada e a forma em que a chamei pareceu que havia voltado no tempo e voltado a ser uma criança e a chamava porque havia perdido meu brinquedo.

— Filho o que aconteceu? Tá tudo bem? Vocês se machucaram? Como está meu neto? Edward me responde. – a voz de preocupação da minha mãe fez eu me sentir culpado.

— Thony está bem... – Ela não deixou eu terminar de falar.

— E você?

— Eu sou terrível, mãe.

— Edward Cullen fale logo de uma vez o que está acontecendo. – Esme se exaltou.

— Eu vi Olívia, mãe ela é a coisa mais linda pessoalmente, se na foto ela é linda, pessoalmente ela é uma boneca.

— E você está chorando por?

— Eu sou um estranho para ela, eu sou nada pra ela, eu sou apenas o pai do irmão dela, isso porque eu não encontrei com a Bella, encontrei Olívia por acaso no shopping com uma tal de Tia Roselie.

— Meu filho pare de chorar. Era de se esperar que você é um estranho para ela, você esperava que Bella mostrasse a sua foto para ela e dissesse que você é o pai dela? – Eu podia imaginar as sobrancelhas de Esme franzida, seu tom era de sermão.

— Não seria mal, assim ela me reconheceria.

— Edward já parou pra pensar que você é pai do irmão dela e que até ontem você não acreditava na Bella? Se ela fizesse isso e no seu primeiro encontro com Olívia, ela te chamasse de pai como você reagiria?

— Eu ficaria feliz, eu não seria um estranho para ela.

— Verdade, mas isso agora. Agora imagina comigo, ontem você ainda não acreditava na Bella e se por acaso você se esbarrasse com Olívia e ela lhe chamasse de pai, você reagiria bem ?

Demorei alguns segundos para responder.

— Não.

— Meu filho eu não te isento da culpa, você errou e você está aí pra concertar, você ficar jogado nessa cama de hotel chorando é perda de tempo.

— Você tem razão, mãe, obrigado.

— Eu te amo, filho.

— Eu também te amo, mãe.

Encerramos a ligação e eu caminhei para o banheiro para tomar um banho demorado, depois que saí, vesti apenas uma cueca box e me joguei cama, me joguei nos braços do Morfel.

BELLA

Depois que Roselie saiu com minha pituquinha eu fui arrumar a casa, sem Olívia em casa ficava mais fácil de arrumar tudo. Liv gostava de me ajudar então acabava ficando um processo lento. Eu nunca negava sua ajuda, era uma forma que ela arranjou de ter melhor a minha atenção.

Depois que arrumei tudo fui tomar um banho bem demorado, lavei meu cabelo, depois que saí do banho eu o sequei, vesti um vestido azul bem leva o mesmo pegava no meu das minhas coxas. Depois fui para o sofá e liguei a televisão e fiquei zapeando os canais. A casa estava vazia sem meus meninos, estava com saudade de Anthony e me bateu vontade de falar com ele. Peguei meu aparelho celular e disquei o número de Edward, porém o mesmo tocou várias vezes, então deduzi que ela não queria atender, então mandei um SMS:

“Olá Senhor Cullen, você por gentileza poderia atender as minhas ligações? Quero falar com meu filho, tenha a consideração de atender para que eu possa falar com ele.”

Assim que aperto “enviar” a campainha toca e eu levanto para atender. Era Roselie com as crianças. Espera. Crianças. Ela saiu com uma e volta com duas. Anthony me abraça e eu retribui mesmo estando confusa.

— Estava com saudade?

— Eu estava morrendo. Mas o que você está fazendo aqui? Eu não acredito que aquele crápula do seu pai te mandou e volta se nem falar comigo, eu vou matar ele.

— Não mãe. – Thony fala.

— Seu pai é um irresponsável, se ele te mandaria no dia seguinte eu não teria deixado você ir. – caminhei em direção ao meu celular.

— Mãe o papai está aqui.

— Aqui? Onde é o aqui? – perguntei

— Aqui em Chicago.

— O que ele veio fazer em Chicago? – Estava ficando mais confusa com essa história.

— Eu não sei, ele apenas disse que me traria.

Anthony estava me escondendo algo, conheço-o como a palma da minha mão.

Olhei para Roselie e a mesma estava com Olívia no braço, fui em sua direção e minha pituquinha estava com a cabeça deitada em seu ombro.

— O que você tem amor?

— Nada. – Ela se jogou nos meus braços e eu a abracei, ela deitou a cabeça em meu ombro.

— Seu irmão está aqui, você não está feliz? – perguntei passando a mão em sua costa.

— Eu estou. – Ela olhou para ele e sorriu. A coloquei no chão ela correu para o sofá em que o irmão estava.

— Meus amores, eu quero ter uma conversa de adulto com a tia Rose, vão brincar no quarto.

Os dois sem pestanejar foram para o quarto, Liv estava mais empolgada por brincar com o irmão.

— Pelo amor de Deus me conta o que aconteceu.

— Eu encontrei com aquele imbecil no shopping que levei Olívia.

— Ela viu ele?

— Sim, ela fugiu de mim. Quando fui a sua procura ela estava conversando com ele.

— Rose como você deixa ela fugir assim, pelo amor de Deus? – Me exaltei um pouco pelo nervosismo.

— Me desculpa, eu sei que errei, você sabe como Olívia nos cega. Eu estou aprendendo a ficar sempre mais atenta. Me desculpa.

— Tudo bem amiga, mas me conta, onde vocês estavam?

— Em uma loja de brinquedo, ele pelo jeito também estava na loja com Anthony. Depois que encontrei eles dois conversando tratei logo de chama-la, pois o reconheci. Não demorou Thony apareceu.

Passei a mão do meu rosto em direção a minha cabeça e penteado os cabelos com os dedos.

— E Olivia? – estava estranho o seu comportamento.

— Ela estava bem, porém depois que Anthony nos apresentou Edward ela ficou assim.

— Ele deve está tentando me desafiar, acho que ele quer a guarda de Anthony, ele sempre me ameaça lutar pela guarda dele. Não vou deixar ele mexer com o psicológico da minha filha. – Eu sentia meu rosto arder, parecia que meu sangue estava a 100 °C correndo pelas veias do meu rosto.

— Você acha que Edward seria capaz de vir até Chicago só para mexer com a Olívia? – Rose estava duvidando de mim?

— De Edward eu espero tudo, Roselie.

— Bella eu não estou duvidando de você. É só que ele não parecia está mexendo com ela para fazer mal a ela.

— Ele não sabia que ela é a criança que eu tive e que ele rejeitou. Você sabe que ele nunca a viu. Ele não sabia que a menina a qual ele estava falando é a filha dele.

— O que você vai fazer? – Rose tinha os olhos brilhantes.

— Eu não tenho nada a fazer. Estou de mãos atadas no momento. Só o que me resta é manter minha filha longe dele. Eu não vou deixar ele machucar ela. Você sabe como ela é sentimental e só de se encontrar com o homem que ela sempre desejou ser o pai dela, ela já ficou assim.

— Ela sempre quis ele como pai? – Roselie estava interessada para saber mais.

— Não contei nada para ninguém, mas sim, de um tempo para cá ela vem dizendo coisas como “queria que o pai de Anthony fosse também meu pai” ou “Mãe, meu pai quando voltar vai ser tão legal quanto o pai de Thony?”. Ela queria ir viajar com Anthony. Sabe, essas coisas me motivam a correr atrás e provar para Edward que eu nunca menti. Mas eu tenho medo que mesmo com provas ele rejeite minha filha, imagina como ela não ficaria devastada, só então eu vejo ela crescendo e vendo o Anthony tendo essa ligação com pai e ela não.

— Eu entendo. – Ela me abraça. – Ela sente falta por ver o irmão ter uma coisa que ela também quer.

— Exatamente, ela solta toda essa falta dela no Damon. Porém imagina como não vai ficar a cabeça dela depois que ela começar a entender e pensar: Damon é meu pai, mas ele e mamãe são só amigos. Nessas horas que eu fico perdida e nessas horas que tenho raiva de Edward por me deixar no escuro.

Comecei a chorar, eu odiava ficar sem saber o que fazer, meus filhos sempre precisaram que eu tomasse a atitude mais sensata para o bem deles, mas quando se tratava de Olívia e Edward eu nunca sabia o que fazer, eu nunca sabia o passo que Edward tomaria, se seria um passo rente ao meu ou não

Roselie me abraçou, as vezes ela tinha palavras incríveis para me dar, mas as vezes ela ficava tão no escuro quanto eu, então ela só me abraçava e dizia que estava ali comigo. Não poderia ter amiga melhor que essa.

Depois que parei de chorar caminhei para meu quarto e lavei meu rosto, mesmo sabendo que meus olhos continuariam inchados e minha bochechas coradas. Me apoiei na bancada e me olhei no espelho e pensei, você é mais forte do que pensa.

Voltei para a sala e Olívia estava sentada no sofá assistindo desenho. Me sentei ao seu lado e passei a mão em seus cabelos .

— O pai do Anthony é bonito ne mamãe?

— Você achou? – sorri para ela

— Achei. – Ela voltou atenção para a TV.

— Você quer me falar alguma coisa?

— Mãe escuta... será que meu vem um dia me ver? Me levar pra passear igual o pai do Anthony.

Meu coração se despedaçou.

— Meu amor a mamãe não sabe.

— Mas os adultos sempre sabem de tudo.

— Não meu amor, os adultos não sabem de tudo, vem dar um abraço na mamãe.

Ela veio e deitou a cabeça em meu ombro.

— A mamãe não sabe agora, mas eu vou atrás de saber.

— Jura? Você me daria meu papai?

— Mamãe promete lutar para trazer seu pai.

— Será que ele me amaria? Mãe, deixa.

— O que amor? Deixar o que?

— Eu não quero mais ele.

— Por que amor?

— Porque não.

Eu conhecia minha filha, ela estava com medo, medo de não ser amada, eu faria o possível e o impossível pela felicidade da minha filha, nem que pra isso eu morresse tentando. Edward e eu precisamos de uma conversa bem séria.


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Notas finais do capítulo

Deixe uma criança feliz com seu comentário. ;D
beijos até o próximo capítulo.