Edward

Estava no escritório quando Josh entra com meu filho na sala, vi meu garoto  meu coração se apertou de saudade, dói muito ter meu filho longe de mim, toda vez que o mesmo vem passar as férias comigo eu tento matar toda a saudade, o que é impossível, 2 meses é impossível matar a saudade de um ano. Anthony correu e me abraçou, meu garoto com 8 anos, como ele cresceu desde a ultima vez que o vi.

— Que saudade meu garoto. – abracei o mais forte para tentar fazer essa saudade amenizar.

— Eu também estava morrendo de saudade. – ele me apertou o máximo que conseguia. – Pai, você está me apertando muito.

— Desculpa. – afrouxei o abraço – Só estava matando a saudade.

Ele sorriu – É pra matar a saudade, não a mim.

Sorri com ele. – Vamos para casa da mãe que ela está louca para ver você.

— Eu também estou morrendo de saudade da vovó Esme.

— Obrigado Josh, vamos para casa da minha mãe, vamos?

— Claro que vou, Sra. Cullen cozinha tão bem que nunca recuso.

 Anthony e eu sorrimos, caminhamos para fora da sala e fomos para a garagem, Josh foi no carro dele, meu filho e eu fomos no meu, Anthony já tinha idade para andar na frente comigo, meu menino já estava grande. Quando cheguei à casa de Esme, Anthony desceu do carro e correu para por onde minha mãe nos esperava. Eles se abraçaram e pude ver que minha mãe chorava. Meu filho não fazia falta apenas para mim.

— Não chora vovó.

— É de felicidade.

— Mesmo assim.

— Pronto, parei. – Disse minha mãe limpando o rosto.

— Assim está melhor.

— Estava com saudade, pequeno.

— Não sou mais pequeno, vó.

— Desculpa meu grande.

Vimos o carro de Josh entrando na propriedade e parando ao lado de meu carro. Meu amigo passou por mim e indo cumprimentar minha mãe.

— Com licença, garoto. Olá Esme! – disse Josh abraçando minha mãe.

— Olá, sim, eu fiz o bolo de chocolate que você gosta.

— Edward quero essa mãe para mim.

— Mas não vai ter, ela é minha.  

— Vamos entrar garotos, você também Sr. Grande.

Meu filho sorriu e entrou na casa abraçado com minha mãe. Esme serviu uma fatia de bolo com suco para nós três.

— Está uma delicinha – Disse meu filho.

Minha mãe sorriu – Delicinha.

— Minha irmã que fala assim. – Anthony sorriu e pareceu orgulhoso, Josh olhou para mim e voltei minha atenção para meu prato.

— Como está sua mãe? – Minha mãe perguntou.

— Bem, ela fica triste quando venho para cá, mas está bem.

— Sua mãe fica com você o ano todo.

— Edward. – Minha mãe me repreendeu. – Ela é mãe...

— E eu sou pai, não significa que minha saudade é menor.

— Edward você não deixou eu terminar, como ia dizendo: ela é mãe e tem todo direto de se sentir triste, assim como você tem o direito de ficar quando ele volta para casa.

— Mãe....

— Pai, para, a vovó está certa. Assim como eu também fico triste por não poder ficar com os dois ao mesmo tempo.

— Desculpa filho. – As palavras dele apertou meu coração.

— Tudo bem. – pude ver o quanto ele ficou triste.

Josh apenas ficava olhando para cada um quando começava a falar.

— Ele é esperto. – Josh sussurrou para mim. Ignorei.

— Como está sua irmã?

— Papai não gosta de quando falo dela.

Não é que não goste, eu só me sentia bem falando da menina. Acabei por me acomodar mantendo assunto Bella e filha afastado.

— Não ligue para seu pai.

— Ela está bem, ela é um amor vovó, ela está com 3 anos, ano passado eu não entendia muito, mas agora ela entendeu e chorou muito, não gosto de ficar longe dela, sinto falta dela, eu trouxe uma foto dela.

— Eu quero ver.

— Mãe. – falei.

— Não é pra você ver, é pra eu ver.

— Deixa.  vocês não precisam ver, eu trouxe para mim, trouxe escondida da mãe.

 - Eu quero ver Thony. Por que você trouxe escondido?

— Mamãe não deixa eu trazer.

— Já entendi tudo. Eu quero ver Thony.

Anthony olhou para mim. – As malas ainda estão no carro. – Ele desviou o olhar. – Eu vou pegar suas malas.

Desci no banco que estava sentado e caminhei lento para o carro, coloquei todas as malas para destro, na sala, e Anthony foi até uma das malas e tirou de dentro uma foto que estava dobrada ao meio, ele abriu a foto e sorriu.

— Olha, ela é bonita

Esme

Meus olhos se abriram quando  vi a foto. – Meu Deus.

— O que foi vovó? – Anthony parecia meio assustado, pude perceber em sua voz, eu não conseguia tirar os olhos da foto da minha neta.

Minha neta, sem duvida a irmã de Anthony é minha neta, ela tinha uma mistura perfeita de Edward e Bella. Meu Deus, ela é linda, tem os olhos verdes, o cabelo dela era apenas um pouco mais escuro que de Anthony, a luminosidade do lugar fazia brilhar, sua pele é branca, ela parecia um pouco triste na foto, mas não tinha como tirar a beleza dela, eu queria a todo custo abraçá-la. Minha neta.

— Vovó.

— Ela é linda meu príncipe, uma verdadeira princesa. – Abrir um sorriso e olhei para meu neto, desviei os olhos para Edward que parecia está confuso, e olhei para foto, não tinha como negar, não para mim, ela tinha traços de Edward, e quanto mais velha ficava, mais esses traços iam aparecendo. Eu precisava fazer que essas escamas caíssem dos olhos de Edward, ele está perdendo uma filha, e eu perdendo uma neta. Preciso ser rápida e com calma, Edward é cabeça dura, está evitando a menina que tem seu sangue.

Abaixei-me e abracei Anthony, fechei os olhos e imaginei minha neta a menina mais linda que já vi e sentir meus olhos arderem, quererem se encher de lágrimas. Eu preciso interromper esse abraço ou eu vou me derreter, foi exatamente o que eu fiz, quando olhei vi que Edward estava levando as malas de Anthony para o andar de cima.

— Me da essa foto, meu amor?

— Mas... – ele pareceu pensar. – para que?

— Eu quero ficar com ela.

— Tudo bem. Não diz para o papai. Está bem?

— Por que, meu bem?

— Ele pode se zangar.

— Ele não vai.

Ele pareceu indeciso.

— Ela queria que eu o trouxesse.  – Meu menino apontou para o elefante na mão da minha menina.

— Por quê?

— Ela achava que eu com o Luli não iria esquecer de voltar para casa, mas ela ama muito o Luli.

— Como é o nome da princesa?

— Olívia. Eu escolhi. Mamãe a chamava de azeitona quando estava com ela na barriga, e quando nasceu seu olho verde também faz jus ao verde Oliva.

— Meu Deus que meu neto é muito esperto. – dei um beijo estalado nele. – Vou ficar com essa foto. E quem deu o Luli para ela?

— O idiota de um amigo da minha mãe, ele da presente pra ela e fica falando que ela pode o chamar de pai, mas ele não é pai dela.

Nessa hora Edward desce as escadas, e ouve parte da conversa.

— Olha a boca mocinho, do que estão falando?

— Dá minha irmã.

—Edward, quero conversar com você.

— Mãe, agora vou sair com meu filho, Alice acabou de me ligar e quer vê-lo.

— Tudo bem. – Beijei seu rosto – nós vamos conversar qualquer dia desses.

Eles saíram e fui para meu quarto, abrir a gaveta e olhei a foto em minha mão e sorrir, beijei e pude imaginar sua pele macia. – Eu vou trazer você para mim, e para seu pai, ele vai te amar minha pequena, eu prometo, assim como eu já te amo.

— Falando sozinha, amor? – Só então percebi a presença de Carlisle no nosso quarto.

— Não, com minha neta.

— Como? Estou confuso amor

— Olha isso amor. – mostrei a foto para ele

— Quem é? Acho que Edward tem uma filha escondida por aí – ele sorriu

— Olívia. Irmã do Thony.

— Meu Deus. Está brincando.

— Não. Nós temos uma neta.

— Eu não sei o que falar. Edward já sabe?

— Não, sabe como ele evita assunto, Olívia e Bella, mas Carl eu não posso deixar isso assim, Olívia está crescendo sem Edward, e ele sem Olívia. Vou dar um empurrãozinho.