Lovebelt escrita por Nina Antunes


Capítulo 15
Capítulo 15




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As duas enormes janelas do mezanino permitiam que a luz do sol entrasse pelo cômodo, embora houvesse uma fina cortina branca de linho bloqueando parcialmente os raios solares. Por causa da claridade, Sesshoumaru estava quase desperto, mas não queria realmente acordar. Ele trouxe o corpo de Rin para perto do seu, envolvendo o quadril dela com o braço esquerdo e mergulhando o braço direito pelo vão entre o pescoço dela e o travesseiro. Respirou fundo, sentindo o perfume dos cabelos castanhos entrando por suas narinas e aquecendo seu peito. Apesar de não estar totalmente acordado, os ouvidos de Sesshoumaru captaram os sons dos pequenos passos pela escada de madeira que levava ao mezanino. As meias de Melissa abafavam parte do som, mas a menina estava tão apressada, que os calcanhares faziam sons de estampido contra o assoalho do chão.

Lissy procurou um espaço entre os corpos dos pais e mergulhou por baixo das cobertas, sentindo o aconchego e o calor do abraço. Sesshoumaru envolveu a filha, percebendo que Rin não havia acordado. Ele ficou em silêncio, desejando voltar a dormir. Mas sabia exatamente por que Melissa estava ali tão cedo. Alguns instantes se passaram até que a menina passou a se mexer de forma impaciente entre os pais, buscando um pouco mais de espaço.

— Bom dia, Lissy. – Rin murmurou, com a voz sonolenta.

— Mamãe, deixa eu ver. – Melissa pediu, buscando a mão esquerda da mãe por baixo do cobertor.

Rin não entendeu, a princípio, o que ela buscava, mas assim que as memórias da noite anterior passaram por sua mente, tudo passou a fazer sentido. O plano que Sesshoumaru e Melissa haviam elaborado, o chalé, o pedido... De repente, Rin tomou consciência do peso do anel no dedo esquerdo e do abraço que o metal dava em sua pele. Então a menina já sabia que os pais haviam ficado, oficialmente, noivos. Tudo havia sido planejado pelos dois, agora Rin podia notar. Ela deixou que os dedinhos de Melissa alcançassem os seus e trouxessem sua mão para fora do cobertor.

Assim que a mão dela escapou dali, os raios de sol bateram contra as pedras translúcidas do anel, fazendo-o brilhar. Melissa deu um gritinho de felicidade.

— Esse é o anel mais bonito que eu já vi. – A menina exclamou, entrelaçando os dedos na mão da mãe. – Eu ajudei o papai a escolher.

Rin abriu os dois olhos, virando-se para encarar Sesshoumaru. Ele tinha um dos braços apoiados sob a cabeça, em uma postura relaxada. Os olhos estavam parcialmente fechados, em razão da sonolência, mas ele sorria.

— Então vocês tramaram tudo juntos. – Ela acusou, fingindo ressentimento.

— Na verdade, eu tive a ideia de passarmos o final de semana juntos... – Lissy fechou os olhos, adotando uma expressão vitoriosa. – Papai pensou no anel, e eu ajudei a escolher.

— É realmente o mais bonito de todos. – Rin esticou o braço frente ao rosto e olhou o anel, agora sob a luz do sol, percebendo que ele era ainda mais incrível por essa ótica. A pérola parecia ainda mais branca e os diamantes ainda mais brilhantes.

Melissa esticou os braços com esforço para alcançar a mão de Rin, e ela dobrou o cotovelo para ajudá-la nessa tarefa. – Essa é você. – Lissy apontou para a pérola. – E esses somos eu e o papai. – A menina tocou os diamantes, empilhados um sobre o outro.

A morena sorriu, sentindo a garganta arder de emoção. Sesshoumaru encarava a cena, percebendo que Melissa havia dado um significado diferente do que ele tinha imaginado. Para ele, a pérola era Rin, mas os diamantes eram Melissa e o filho que eles esperavam. Mas considerando que a menina ainda não sabia dessa novidade, a lógica dela fazia total sentido.

— Então, o que você acha? -- Ela perguntou, entrelaçando os dedos com os da filha outra vez e virando-se para olhá-la. – Sobre o casamento...

Os olhos cor de mel se apertaram em um sorriso, mostrando um brilho de entusiasmo. – Eu quero muito que vocês se casem, mamãe.

O coração de Rin pulou uma batida, e a ardência da garganta subiu pelo rosto, transformando-se em uma linha de lágrimas logo acima dos volumosos cílios.

— Quero que você tenha um vestido bonito, para combinar com o anel. – Melissa continuou enumerando enquanto balançava os braços no ar, como se estivesse imaginando a cena. – Quero levar as flores e as alianças. Ah, e quero que tia Sango faça um bolo bem grande e gostoso. – Ela riu, fazendo Rin sorrir.

— Parece uma ótima ideia. – Ela concordou.

— E... – A menina hesitou por um instante, virando-se para o pai. – Quero que papai more conosco.

— Lissy. – Ele sussurrou gentilmente. – Eu e sua mãe ainda precisamos falar sobre isso. Lembra do que eu disse?

— Primeiro o casamento, eu sei, eu sei. – A menina repetiu de forma entediada, rolando os olhos.

Rin parou por um instante, observando os dois. Parecia que tudo aquilo era um sonho. Poucos dias atrás, Melissa havia recebido muito mal a notícia de que ela e Sesshoumaru estavam juntos. Vê-la fazendo planos de um casamento e de um lar único para eles, como uma família, a deixava esperançosa pelo futuro. Apesar da velocidade com que as mudanças aconteceram, Rin não podia estar mais contente. Queria, sim, se casar o mais breve possível e queria, sim, que Sesshoumaru se mudasse para sua casa. Dormindo ao lado dele nos últimos dias ela percebeu que não fazia sentido algum ele continuar hospedado no pequeno hotel. Ele tinha um lar, no final das contas. Não podia mais imaginar mais sua cama metade vazia, assim como havia sido desde sempre. Não podia mais imaginar não tê-lo por perto ao acordar. Já sonhava com as manhãs preguiçosas dos finais de semana, com os jantares de Ação de Graças e Natal...

Nunca achou que teria isso algum dia, tampouco que seus sonhos seriam tornados realidade por Sesshoumaru, mas ele estava ali. Essa era uma realidade que ganhava contorno a cada dia, trazendo segurança para Rin de que desta vez era para valer. E ela queria passar o resto da vida ao lado dele.

— Na verdade... – Rin interrompeu o breve silêncio, fazendo com que os dois a olhassem. – Por que não? -- Os olhos castanhos cruzaram os dourados.

Sesshoumaru não evitou a expressão surpresa, arqueando as sobrancelhas. Imaginou que o comentário de Melissa fosse gerar algum desconforto em Rin, já que eles não haviam sequer tocado no assunto de morar juntos. Aliás, nem mesmo o casamento havia sido planejado ainda, e não havia uma data para acontecer – embora seu desejo fosse o de que ele acontecesse o mais breve possível. Sesshoumaru achou que inverter essa lógica poderia assustar Rin, mas aparentemente isso não aconteceu.

— Vem morar conosco? -- Ela pediu, virando-se na cama para ficar de bruços.

Melissa deu um salto no futon, colocando-se sobre os joelhos. Ela juntou as pequenas mãos, em uma súplica manhosa. – É, papai. Vem morar com a gente, vem?

Ele deitou-se de lado no colchão, encarando Rin. – Você tem certeza?

Ela sentiu o coração bater na boca, passando por uma ponta de hesitação. Se não soubesse que Sesshoumaru tinha tanta urgência no casamento, Rin poderia achar que ele estava titubeando diante da seriedade do compromisso. Mas o que mais faltava? Eles se casariam em breve, e não muito tempo depois eles seriam pais outra vez. Pensar em adiar a mudança dele para sua casa para depois do casamento parecia uma enorme bobagem.

— Sim. – Ela sorriu. – Se você quiser, é claro.

— Imagino que o filho dos Clark vai sentir falta de alguém pegando seu carro emprestado e interrompendo sua leitura noturna de quadrinhos. Mas acho que ele vai superar. – Ele abriu uma linha de sorriso no rosto, fazendo Melissa bater palmas animadas. – Morar com vocês é tudo que quero. – Completou.

A menina jogou-se entre os pais outra vez, fazendo as cobertas esvoaçarem. Sesshoumaru amorteceu sutilmente o pequeno peso de Melissa, para que a menina não resvalasse contra Rin, e trouxe-a para perto. A morena envolveu os dois em um abraço sanduíche, fechando os olhos. Ficaram naquela posição por instantes, ouvindo os pássaros entre os pinheiros, até que Melissa se mexeu de forma impaciente.

— Papai, mamãe, vamos levantar? -- Ela pediu, jogando a coberta para o lado.

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Depois de um dia de pescaria na represa, sob um sol ameno de outono, os três estavam de volta à cabana. A pele clara do rosto de Melissa havia ficado rosada, embora a menina tivesse passado o dia protegida por um boné e por uma grossa camada de protetor solar. Já Rin havia ganhado a marca das mangas da camiseta nos dois braços. Ela moveu o tecido, percebendo a diferença nos tons da pele. Suspirou pesadamente, pensando que seria difícil corrigir aquele desastre em forma de bronzeado.

Embora tivessem pego alguns peixes durante o dia, eles voltaram para casa de mãos vazias. Melissa havia decidido soltar os peixes de volta no lago, um a um, assim que percebeu que eles agonizavam fora da água. Os olhos da menina estavam pesados, em razão do cansaço acumulado e das atividades dos últimos dois dias. Assim que chegaram à cabana, a menina pediu para cochilar, e Rin permitiu que ela descansasse um pouco até o jantar. Na manhã seguinte eles voltariam para casa, deixando Melissa na escola em Ellsworth, que ficava no caminho.

Rin estava sentada na varanda do fundo da casa, observando o sol se escondendo atrás da linha do horizonte. A lua já aparecia no céu alaranjado, embora estivesse apagada pela luz majestosa do astro diurno. Sesshoumaru apareceu pela porta, trazendo um cobertor para proteger o corpo dela da brisa fria de início de noite. Na outra mão ele tinha uma caneca de chá de folhas de laranja.

— Está esfriando. – Ele comentou, entregando o chá para ela.

— Obrigada. – Ela pegou a caneca e envolveu-se no cobertor, dobrando os joelhos frente ao corpo.

Sesshoumaru moveu a cadeira para perto dela. Rin estendeu o cobertor em volta dos ombros dele, aproximando ainda mais os dois corpos.

— Me sinto muito melhor. – Ela comentou. – A dor de cabeça desapareceu.

— Isso é bom. – Ele acenou. – Melissa teve uma ótima ideia ao sugerir que passássemos o final de semana juntos.

— Ela não faz ideia do que aconteceu nos últimos dias, mas sentiu, de alguma forma, que precisávamos disso – Ela sorriu, levando a caneca aos lábios.

— Ela está aceitando bem as mudanças. – Ele buscou a mão direita dela, envolvendo os dedos gentilmente.

— Sim. É muito melhor do que eu imaginava. Ela te ajudou a escolher o anel. – Instintivamente Rin olhou para a mão esquerda, que ainda segurava a caneca e que tinha um novo ornamento muito bonito.

— Achei que fosse fazer com que ela se sentisse parte de tudo.

— Bem, parece que deu certo. Ela não só está fazendo parte como está tomando frente. – Ela sorriu, encarando os horizontes.

— Sobre isso... – Sesshoumaru tombou o rosto, encarando-a. – Eu posso esperar o casamento para me mudar. Podemos pensar nisso juntos, você não precisa...

— Você não disse que quer casar comigo o mais rápido possível? -- Ela o interrompeu, tomando mais um gole do chá antes de continuar. – Pois então... eu quero morar com você o quanto antes. Amanhã, quando voltarmos, por exemplo.

Ele arqueou as sobrancelhas, abrindo uma linha de sorriso. – Sempre foram vocês duas, eu imaginei que talvez você precisasse amadurecer essa ideia.

— Bem, eu preciso amadurecer a ideia de que, em breve, não seremos nós duas... seremos nós quatro. – Rin deixou a caneca de lado e inclinou-se, aconchegando seus ombros contra o peito de Sesshoumaru. O coração dele pulou uma batida.

— Não vejo a hora. – Ele curvou o pescoço até alcançar os lábios dela.

Beijaram-se de forma delicada e prolongada. Quando abriram os olhos, o sol já havia desaparecido atrás das montanhas, e a lua já havia retomado o posto como astro mais brilhante do céu. Amarelada e encostada na linha do horizonte, ela parecia ainda maior.

— Então... – Ele respirou fundo, acariciando a linha abaixo da mandíbula de Rin. – Se eu realmente vou me mudar o mais breve possível, acho que podemos tirar o casamento do papel.

— Por que não depois de... – Rin buscou as palavras. -- ... depois de o bebê nascer? – Ainda era difícil para ela falar daquela situação, embora agora as ideias estivessem menos conturbadas em sua mente.

— Por que não antes? -- Ele rebateu.

— Pode parecer bobagem, mas... eu não quero estar grávida quando vestir um vestido de noiva. – Ela abaixou os olhos, sentindo as bochechas arderem.

Desde que havia descoberto que Rin estava mesmo grávida, Sesshoumaru a havia imaginado diversas vezes em um vestido branco, caminhando até ele em um corredor repleto de flores. O curioso era que em todas as suas visões, Rin tinha as formas do ventre marcadas sob o tecido do vestido de noiva. E para ele aquilo era a definição de perfeição.

— Por que não? -- Ele quis saber.

— Eu... – Ela suspirou. – Não sei dizer bem. Só queria que fosse uma coisa de cada vez.

— Bem, é um pouco tarde demais para fazermos uma coisa de cada vez. – Sesshoumaru riu sutilmente, expulsando o ar pelas narinas. -- Acho que passamos tempo demais separados, então o destino deu uma mão para recuperarmos o prejuízo.

— Isso é verdade. – Rin concordou, mas sem desfazer a expressão contrariada.

— Mas se esse é o problema, não precisamos esperar o depois. – Ele voltou a olhá-la, fazendo com que os olhos castanhos fossem atraídos. – Ainda temos um tempo até que haja uma barriga, de fato.

— Um mês. No máximo dois até começar a aparecer. – Ela supôs.

— É tempo suficiente para organizarmos tudo.

— Não temos um lugar, não temos convite, vestido, terno, nem mesmo um buffet, ou um padre. – Rin estendeu os dedos no ar, começando a enumerar os itens básicos de um casamento. – Isso sem falar no tempo que leva para a papelada do casamento civil.

— Nós podemos organizar tudo isso. – Ele acenou, tentando passar confiança para ela. – Um mês é tempo suficiente. Podemos nos casar depois do feriado de Ação de Graças.

— São quarenta dias... – O queixo dela se desprendeu da arcada superior e os olhos castanhos se arregalaram, como se fossem sair de órbita. – Não dá tempo.

— Confie em mim. – Sesshoumaru pediu, com a voz tomando um tom apelativo.

Seu coração não podia evitar a euforia de imaginar-se casando em pouco mais de um mês com o homem que amava. Embora fosse loucura pensar ser possível organizar uma cerimônia e uma festa em tão pouco tempo, Rin começava a achar que aquela não era tão má ideia. Esperar o bebê nascer significaria adiar os planos do casamento por pelo menos sete ou oito meses. Depois disso, cuidar de uma criança pequena, de Lissy e da fazenda ao mesmo tempo demandaria todo tempo disponível de Rin, o que tornaria o planejamento do casamento cada vez mais difícil. Era possível que aquele plano caísse em um limbo e que fosse adiado por muito mais tempo, até que as coisas se acalmassem, o que não tinha prazo para ocorrer. E Lissy estava tão animada com a ideia...

— Está bem. Vamos organizar o casamento mais rápido do Kansas. – Ela sorriu, vendo-o retribuir o gesto.

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Mais dias se passaram, e Sesshoumaru já havia trocado o simples quarto de hotel pela casa de Rin. Eles haviam começado a preparar o casamento, mas a missão estava sendo muito difícil. Não havia um único lugar que tivesse datas disponíveis para um casamento no feriado de Ação de Graças – parte porque a maioria dos salões fechava no início do outono e só voltava a abrir no fim da primavera, quando as temperaturas voltavam a ser amenas e as festas podiam voltar a ser feitas em espaços abertos. Os poucos espaços disponíveis no entorno de Lovebelt não tinham mais agenda até janeiro, quando o inverno já estaria rigoroso. Rin suspirou pesadamente colocando o telefone da confeitaria sobre o gancho. Em seguida, riscou mais um nome na lista de possíveis lugares para o casamento.

Sango entrou pela porta da confeitaria, encontrando a figura desanimada de Rin apoiada sobre o balcão e Lissy focada em sua lição de casa, sentada logo à frente.

— Qual o motivo de tanto desânimo? -- Ela perguntou de cara.

— Não consigo encontrar um único lugar que tenha datas para o casamento. Estou prestes a desistir. – A outra morena cobriu o rosto com as mãos.

— Nem pensar, mamãe! – Melissa protestou, deixando seu lápis de escrever de lado.

Sango sorriu de forma consternada. Ela deixou a bolsa e o casaco no cabideiro e passou pelo balcão, juntando-se a elas. Antes de se aproximar para ver a lista de Rin, ela depositou um beijo na bochecha de Lissy, que sorriu.

— Vejamos... – Puxou o papel para si. – Nem mesmo o salão do antigo clube está disponível? -- Ela perguntou, incrédula.

— Nem o salão do clube, nem os hotéis ou restaurantes de Ellsworth ou de Salina. Todos fechados, ocupados com outras festas ou com algum evento de Ação de Graças. – Rin reforçou os riscos sobre todos os nomes que estavam na lista. – Todos os lugares que imaginei inicialmente estão descartados.

A outra morena colocou a mão no queixo, pensando. – E se você se casasse na fazenda? É uma paisagem e tanto.

— No fim de novembro? -- Ela balançou a cabeça negativamente, indicando que aquela possibilidade já havia sido considerada. – Estará chuvoso e frio demais para fazer qualquer coisa em um espaço aberto.

Um silêncio de derrota preencheu o ambiente, conforme as três pensavam em uma alternativa. Rin havia tentado checar datas antes do dia de Ação de Graças, mas além de não haver agenda, não seria possível arranjar um casamento em três ou quatro semanas. Estava começando a aceitar o fato de que teria que colocar aquele plano na geladeira.

— E se... – O rosto de Lissy se acendeu imediatamente, como se uma lâmpada tivesse surgido sobre sua cabecinha. A menina parecia crescer, enchendo o peito de ar. – E se você se casasse na fazenda?

— Lissy, eu acabei de dizer que é chuvoso e... – Rin piscou repetidas vezes, imaginando que a filha havia perdido parte da conversa.

— Não, mamãe, não na fazenda. O moinho! – Ela deu um salto da cadeira.

A imagem do celeiro com um enorme moinho ao lado surgiu na mente de Rin, e ela tentava esforçar-se para ver algo além de um galpão de madeira empilhado de trigo.

— O trigo já foi colhido e vendido. – Sango disse, como se estivesse lendo os pensamentos dela. – Podemos limpar a poeira, cobrir o chão de terra com um tablado e encher as vigas de luzes. – As mãos dela se uniram, conforme os olhos iam ficando cada vez mais sonhadores. Melissa acenava repetidas vezes, concordando com tudo.

— Espera, espera... – Rin estendeu a palma das mãos para as duas. – Vocês acham mesmo que Sesshoumaru iria gostar? Quer dizer... ele está habituado a coisas tão... chiques.

Embora Sesshoumaru não tivesse contado muito sobre seu primeiro casamento, Rin sabia que ele havia acontecido em um dos mais finos salões de Nova York, em uma cerimônia com centenas de convidados, uma decoração impecável e repleta de luxo. Como seria, agora, casar-se em um armazém empoeirado?

— O papai iria adorar! – Melissa exclamou, contrariando todos os pensamentos dela. – A fazenda também era o lugar preferido do vovô.

— Ele ficaria muito contente em te ver casando lá. – Sango apoiou a lateral do rosto sobre os nós da mão fechada.

Rin estava em dúvida. Pensar em casar-se no lugar em que cresceu a maravilhava, mas ela tinha dúvidas sobre aquilo ser o que Sesshoumaru queria. Ele estava se esforçando para fazer parte do mundo dela, mas aquela ideia talvez fosse um pouco demais.

— Agora que temos um lugar, quando vamos escolher o vestido? -- Sango interrompeu as ponderações de Rin. O rosto de Melissa se acendeu; desta vez, de animação.

— Vestido? -- Ela repetiu, ainda parecendo confusa. – Bem, eu não quero provar nenhum vestido antes de ter um lugar para me casar, em primeiro lugar.

— Sesshoumaru vai gostar da ideia do moinho. – Sango pegou a mão de Rin, tentando apoiá-la. – Ele quer se casar com você o mais breve possível, então acho que ele vai ficar contente em resolver esse impeditivo. Além disso, a fazenda é o seu lugar. Faz todo sentido que seja lá.

Rin mordeu o lábio inferior, hesitando. Era verdade: para Sesshoumaru, o mais importante era que eles se casassem logo. Por isso, achava que qualquer lugar o faria satisfeito. Mas ela queria mais. Queria que ele gostasse dos planos, que aprovasse o lugar, a decoração, a música... Rin tinha a impressão de que ele havia participado muito pouco do planejamento do seu primeiro casamento, apenas concordando com tudo que a ex-mulher havia proposto. Agora ela queria que fosse diferente, queria que Sesshoumaru se sentisse parte daquilo, que se visse em cada detalhe da cerimônia e da festa.

— Nós vamos a aquela loja maravilhosa de vestidos em Salina, não é? -- A outra morena suspirou, parecendo sonhadora.

— São vestidos caros. – Ela choramingou, massageando as têmporas. – Nem posso imaginar quanto cobrariam para me fazer um vestido em pouco mais de um mês.

— Você não precisa de um vestido feito sob medida. – Sango fez uma careta, desaprovando o comportamento pessimista da amiga. – Tenho certeza que vamos achar algum pronto.

— Um vestido pronto, que eu goste e que esteja disponível no meu tamanho? - Ela duvidou, arqueando uma das sobrancelhas. – Se esse vestido existisse – e ele não existe --, ele custaria uma fortuna.

— Nossa, Rin... – Sango ergueu as sobrancelhas. – De onde vem tantos pensamentos negativos? Você vai se casar, caramba!

— É! – Melissa apoiou, fechando o pequeno punho direito.

— Não estou conseguindo acreditar nisso. – A outra morena se exasperou, levando a ponta dos dedos das duas mãos para o topo da testa.

— Sua falta de confiança é quase ultrajante. – Sango criticou.

— Mamãe... – A menina chamou, fazendo com que Rin a olhasse. Melissa desfez o punho cerrado e apoiou a pequena mãozinha sobre a da mãe, no balcão. – Vai dar tudo certo.

Ao ouvir aquelas palavras, ditas de forma suave e reconfortante, Rin sentiu o coração aquecer. Era quase como se estivesse ouvindo o próprio pai – mas dessa vez em uma voz angelical e infantil. Sabia que aquele senso de empatia e serenidade Melissa havia sido herdado do avô, e a menina escolhia as melhores horas para usar aquela habilidade. Rin sorriu, colocando a outra mão sobre a da filha.

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Rin já estava deitada na cama de casal, olhando fixamente para o teto. As mãos seguravam nervosamente a dobra do edredom, sobre seu peito. Sesshoumaru passou a camiseta de algodão branca pelo pescoço, ajeitando-a sobre o torso musculoso. Ele apagou a luz do quarto, deixando o ambiente iluminado somente pelo pequeno abajur que ficava sobre a cômoda, do outro lado do quarto. Finalmente deitou-se sob o grosso edredom, puxando o corpo de Rin para perto do seu. Ela o envolveu, misturando suas pernas com as dele, mas continuou encarando fixamente o teto.

— O que está pensando? -- Ele perguntou, aspirando o perfume do cabelo castanho, que estava espalhado sobre o travesseiro.

Ela despertou do transe, só então percebendo que ele havia notado que ela pensava em algo. – No casamento.

— Nós vamos conseguir um lugar, não se preocupe. – Sesshoumaru fechou os olhos, tentando adivinhar o motivo da preocupação.

— Talvez... – Ela respirou fundo, sentindo a voz vacilar. – Melissa teve uma ideia.

Os olhos dourados foram abertos, atentos e curiosos pelo que ela diria. – E então?

— Ela sugeriu que nos casássemos no moinho. – O coração dela batia na boca do estômago, causando uma adrenalina por todo seu corpo. Havia pensado inúmeras vezes se era uma boa ideia sequer propor aquilo.

— Na fazenda? -- Ele torceu as sobrancelhas.

— É-é... – Rin gaguejou, sentindo a garganta secar. – Mas se você não...

— É uma excelente ideia. – As sobrancelhas, antes franzidas, agora se arquearam de uma vez. – Melissa me levou até lá, uns meses atrás. Estava cheio de fardos de trigo, mas deu para ver que é grande, com um pé direito bem alto.

— Agora está vazio, já que o trigo já foi vendido. – Ela sentiu o coração pular uma batida, surpresa por ele ter gostado da ideia. – Precisa de uma limpeza, de alguma decoração, mas...

— É o melhor lugar que poderíamos ter encontrado. – Ele abriu uma linha de sorriso, exibindo as marcas de pequenas covinhas no rosto. – Pode deixar a lista de lado.

— Ainda bem que você disse isso, porque nenhum lugar da lista está disponível. – Rin não evitou um riso do fundo da garganta. Ela aconchegou-se entre os braços dele, sentindo o corpo relaxar.

— Assim é melhor. – Ele fechou os olhos, repousando a mão sobre o umbigo dela. Sentiu a pele quente sob a palma de sua mão, e logo os dedos de Rin envolveram os dele.

Ficaram em silêncio por um longo tempo, apenas ouvindo a respiração um do outro. Depois de ter trabalhado durante toda a manhã na fazenda, de ter passado a tarde fazendo planos para o casamento e atendendo aos clientes da confeitaria, Rin estava exausta. Mas havia algo na respiração de Sesshoumaru e na forma com que ele não havia relaxado completamente que indicavam que ele estava pensando em algo. Seria também a preocupação com o casamento?

Antes que Rin pudesse abrir a boca para perguntar, ele começou a falar. – Estive pensando na minha mãe.

Ela abriu os olhos, virando-se para ele. Aquilo, sim, era surpresa. Sesshoumaru havia mencionado a mãe apenas uma ou duas vezes, mas sempre falando de fatos de um passado distante, quando ele era apenas um garoto e quando ela passava horas demais trabalhando para sustentar a ele e ao irmão. A falta de referências recentes fez Rin acreditar que a mãe dele já havia morrido, mas aparentemente ela havia se enganado.

— Sua mãe? -- Ela repetiu.

Ele acenou positivamente. – Ela ainda está viva. Mora em um lar de idosos há alguns anos.

Rin torceu as sobrancelhas. Sesshoumaru havia mencionado que a mãe havia engravidado quando já estava perto dos 40 anos, e que ela teve o seu irmão mais novo, InuYasha, já aos 41. Mas fazendo contas, ela concluiu que a mulher devia ter 70 anos recém-completados, o que não era tanto assim. Como ela podia morar em um lar de idosos há alguns anos? Será que Sesshoumaru e InuYasha não quiseram cuidar da mãe, entregando-a aos cuidados de um asilo? Pensar naquilo fez o coração de Rin encolher.

— Por que tem pensado nela? -- Ela engoliu a angústia do peito, tentando entender a razão daquele assunto.

— Faz muito tempo que não a vejo. Mas tenho pensado em trazê-la para o casamento. – Ele respirou fundo, demonstrando finalmente o quanto aquele assunto o afligia. A expressão serena havia desaparecido aos poucos do rosto.

— Bem, você acha que ela aceitaria o convite? -- Rin estava tentando ser cautelosa, para não o magoar ainda mais.

— Ela tem Alzheimer. Não se lembra de mim. – Ele travou os lábios juntos, exibindo linhas duras no rosto.

Rin sentiu o coração acelerar, surpresa por aquilo. Então era por isso que Sesshoumaru não falava da mãe. Ela não só estava distante, como provavelmente não fazia contato, pois não se lembrava dele. Quão doloroso deveria ser esquecido por alguém amado, ainda mais uma mãe. Rin imaginava que era como viver o luto sem que a pessoa tivesse partido. Ela acariciou o rosto de Sesshoumaru, tentando prover algum tipo de conforto.

— Eu e InuYasha pagamos uma boa casa de repouso para que ela possa viver de forma confortável, mas ela se lembra cada vez menos. Eventualmente, ela se lembrava do meu irmão, mas eu fazia parte de um grande espaço em branco em sua memória. – A forma amargurada com que ele contava aquilo fazia com que o coração de Rin doesse ainda mais. – Parei de visitá-la por isso. Era difícil lidar com minha mãe me olhando como um estranho.

— Eu sinto muito. – Rin sussurrou, encostando o queixo sobre o ombro dele.

— Ela não foi ao meu casamento com Rebeca. – Ele baixou os olhos até que os cílios quase se encontrassem. – Eu tinha medo de ela se sentir confusa e assustada, principalmente no meio daquele monte de gente esnobe. Já Rebeca tinha receio de ela ter algum tipo de surto durante a cerimônia. – Sesshoumaru suspirou e Rin soube que ele estava se penalizando. – Meu irmão ficou tão furioso que também não foi ao meu casamento. A nossa relação já não estava bem, de qualquer forma.

Ver Sesshoumaru se abrindo daquela forma era chocante. O muro de solidão e frieza que o separava do resto do mundo realmente parecia ter ficado para trás. Aos poucos, Sesshoumaru parecia estar se preparando para lidar com os erros do passado – e não só os erros que cometeu com Rin.

— Por que não a trazemos? -- Ela murmurou, sem saber se ele aceitaria bem a sugestão. – Mesmo que ela não se lembre. Eu acho que seria importante.

— E se ela ficar confusa? Se esquecer onde está, ou quem são todos nós? E se ela tiver uma crise durante o casamento?

— Ela é sua mãe. – Rin balançou a cabeça negativamente. – Ainda que ela não se lembre disso, nada poderá mudar esse fato.

— Não sei como Melissa reagiria. – Ele ponderou outra vez, trazendo os dedos de Rin para perto dos próprios lábios. – Tenho medo de magoá-la.

— Minha mãe faleceu quando eu era criança. Eu quase não tenho lembranças dela, então tenho pouco a contar para Lissy. – A morena suspirou, tentando colocar aquele raciocínio de uma forma suave, para não aumentar a aura pesada da conversa. – Meu pai também partiu, seu pai nunca mais apareceu no mundo... Sua mãe é a última chance de Melissa ter algum contato com a doçura dos avós. – Ela abriu um meio sorriso.

— Izayoi não vai se lembrar dela. A cada vez que elas se encontrarem, ela vai tratar Melissa como se fosse uma criança que acabou de conhecer. – Um profundo suspiro escapou pelas narinas de Sesshoumaru.

— Sesshoumaru. – Ela apoiou-se sobre os braços e sentou na cama. O edredom caiu por seus ombros, evidenciando a distância que Rin tomou para olhá-lo. – Melissa perdeu meu pai há pouco tempo...

— Justamente por isso eu tenho medo de que...

Rin fez um sinal com a palma da mão, indicando que não havia terminado de falar, então ele parou. – Perder alguém tão cedo nos ensina algo muito importante: o tempo é precioso. Lissy ainda era pequena, mas ela entendeu que precisava aproveitar cada minuto com meu pai, mesmo quando ele começou a ficar debilitado demais para brincar. – Ela engoliu seco, sentindo lembranças dolorosas invadindo sua mente. A linha acima dos cílios de Rin encheu-se de lágrimas. – Lissy entendeu que, mesmo doente e sem conseguir correr com ela por aí, ele ainda era o avô que tanto a amava. Ela entendeu que revoltar-se contra o destino não ia adiantar, e que precisava estar com ele a cada instante, antes que o tempo acabasse.

As palavras de Rin atingiram Sesshoumaru como um soco – ainda que a intenção dela não fosse a de magoá-lo. Depois de anos sendo negligenciado pelo pai, Sesshoumaru também sentiu-se rejeitado quando o Alzheimer tirou sua mãe de si. Mas não era só isso: havia uma boa dose de culpa em toda a equação.

Ele havia se afastado da mãe muito antes de ela adoecer. Sesshoumaru saiu de casa quando foi admitido em Yale e nunca mais voltou. Visitava a mãe ocasionalmente, mas nunca acompanhado de amigos ou de namoradas. Sentia vergonha por ela ainda morar no Queen’s, em uma vizinhança humilde e caótica que havia sido sua casa até pouco tempo antes. Era como se estivesse desesperadamente tentando se desfazer de suas raízes, tentando esquecer quem um dia fora.

Eventualmente, quando passou a ganhar dinheiro como advogado, Sesshoumaru comprou uma casa para a mãe na Filadélfia, em um bairro tranquilo. Embora só tenha tido coragem de admitir aquilo para si mesmo recentemente, o objetivo de mandar sua mãe para uma cidade a mais de 100 quilômetros de Nova York era o de separar seu passado envergonhado do futuro que o esperava. Essa ideia ficou ainda mais forte quando ele conheceu Rebeca e começou a almejar uma vida entre a alta sociedade de Nova York.

Mas sua tentativa de apagar seu passado durou pouco. Meses depois da mudança, Sesshoumaru descobriu que a mãe apresentava sinais de Alzheimer precoce. Insônia, apatia, confusão mental... Tudo só piorou ao longo dos anos seguintes, até um ponto em que Izayoi deixou de poder morar sozinha e precisou de ajuda. A esse ponto, Sesshoumaru tinha plenas condições de trazê-la de volta para Nova York e providenciar ajuda médica em casa. Mas ele não queria lidar com aquilo, ainda mais quando havia finalmente conquistado a sociedade no escritório e chegado onde ele imaginava ser seu grande sonho.

InuYasha morava na Califórnia e trabalhava em uma exportadora de vinhos. O irmão vivia com um pé no litoral oeste dos Estados Unidos e outro em uma rota entre a Ásia e a América do Sul, onde negociava com diferentes clientes. Quando Izayoi deixou de ser capaz de cuidar de si, InuYasha deixou o emprego na exportadora e mudou-se de volta para a Filadélfia para cuidar da mãe. Sem conseguir um emprego, no entanto, a situação começou a se complicar – principalmente porque ele era orgulhoso demais para viver às custas do irmão. Foi então que Sesshoumaru sugeriu que eles a instalassem em uma casa de repouso. Ainda conseguia se lembrar perfeitamente de quantos palavrões o irmão lançou raivosamente contra ele quando fez aquela proposta.

— Como Melissa poderia amá-la dessa forma? -- Ele encostou-se contra a cabeceira da cama, também ficando livre do edredom. – Ela pode se sentir rejeitada.

— Bem, você ama Izayoi – Rin balançou os ombros. – Se não a amasse, não estaria pensando nisso agora.

— Sinto culpa pelo que fiz. – O tintilar dos dentes dele foi ouvido pelo cômodo silencioso, e um gosto amargo subiu ao céu da boca de Sesshoumaru.

Depois da briga escandalosa com o irmão, Sesshoumaru ficou enraivecido. Movido por algo que demorou a admitir que era ciúme do irmão, ele proibiu InuYasha de morar na casa em que havia comprado para a mãe. O asilo foi, então, a única opção restante para ela. Apesar de ter demorado a encontrar um emprego, InuYasha fez questão de pagar metade dos custos para manter a mãe na casa de repouso. Depois que estabeleceu sua vida, conseguindo um bom emprego e casando-se com Kagome, uma enfermeira da Filadélfia, InuYasha tentou trazer a mãe para morar com eles, mas não conseguiu fazer com que ela ficasse. Izayoi ficava agitada quando saía da casa de repouso, pedindo para voltar para o único lugar que conhecia. No final das contas, Sesshoumaru fez com que aquela fosse a casa dela.

— Não é tarde demais para reparar isso. Vamos visitá-la, trazê-la para o casamento. E você pode tentar fazer as pazes com seu irmão. – Rin inclinou-se sobre o corpo dele, repousando a cabeça sobre o peito largo de Sesshoumaru.

— E se ela não se lembrar? Ou pior: e se me rejeitar? Teremos viajado 2 mil quilômetros em vão. – Ele a olhou por baixo dos longos cílios, acomodando uma mecha do cabelo castanho atrás da orelha.

— Pelo menos Melissa e eu teremos viajado de avião pela primeira vez na vida. – Rin deu os ombros, abrindo um enorme sorriso. Sesshoumaru sentiu o peito aquecer. Inclinou-se para beijá-la, invertendo a posição dos corpos sobre a cama. Pressionou gentilmente o peito contra o dela, ouvindo Rin suspirar. Não podia acreditar que havia passado tanto tempo longe da mulher da sua vida, mas estava recuperando o tempo perdido. Esperava poder reparar também os erros que cometera com Izayoi.

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Notas finais do capítulo

Oi, gente!

Aposto que peguei vocês de surpresa com esse capítulo em tempo recorde, né? Tive um surto de criatividade e escrevi dois capítulos de uma vez. Então, sim, além deste capítulo que estou postando, tem mais um prontinho.

Falando da história: finalmente temos uma data para o casório, e o grande dia está chegando! O que vocês acharam da ideia de fazer o casamento na fazenda? Preciso confessar que eu fiquei obcecada por ver fotos de casamentos em celeiros/fazendas e morri de amores por tanta coisa bonita. Aguardem por um casamento lindão para os nossos dois pombinhos hehe.

E o que acharam de Sesshoumaru tentando reatar os laços com a mãe? Confesso que até eu fiquei com raiva do que ele fez com ela, mas tudo isso faz parte do processo de redenção que ele está passando. No final das contas, todos nós já magoamos alguém da nossa família -- em maior ou menor grau -- por decisões erradas, não é? Pra mim, o importante é que ele está tentando reparar os seus erros. Mas será que vai conseguir?

Bom, chega de falatório. Percebi que minha criatividade extraordinária tá fazendo com que eu fale demais até nas considerações finais ^^'

Quero reforçar o pedido para que vocês comentem, para que compartilhem suas impressões e opiniões. A história está se aproximando da reta final, e eu quero muito terminá-la da melhor forma possível. Quando vocês comentam, é um baita incentivo para que eu vença meu cansaço e venha aqui escrever.

Então é isso. Obrigada a todos que leram, e até a próxima :)



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