Jacinto brindando a esse capítulo.

— Então, Azarius...no que você trabalha? — Izaak quis saber.

— Eu sou engenheiro civil — Azarius retrucou.

— Engenheiro civil? Nossa! Você deve ser muito inteligente para trabalhar nessa profissão — Izaak comentou.

— Sim, eu sou. Eu...— Azarius ficou pensativo— Eu tenho trabalhado em vários projetos ultimamente. Mas, tem essa minha noiva, Sylvia, eu estou nesse relacionamento pois meus pais acham que eu não posso ser quem eu realmente sou, eles...me repreendem, sabe?

— Sim, eu confesso que meus me repreenderam bastante quando eu me descobri sexualmente. Eu tinha essa " queda" por um professor de história no colegial, tentei ficar com algumas garotas que nem se importavam com a minha sexualidade, mas depois...eu resolvi me assumir, e para os meus pais foi um choque imenso. Então, depois de um tempo, eles resolveram me aceitar, digo, minha mãe me aceitou, o meu pai se separou da minha mãe e foi viver com outra mulher — Izaak revelou.

— Entendo. Você trabalha em quê, Izaak? — Azarius quis saber.

— Eu? Eu sou um faz tudo. Cinegrafista, maquiador, dentre outras inúmeras coisas. Eu trabalho com a Helena Troy desde muito tempo. Nós...trabalhamos nessa indústria farmacêutica, a Vitalife, desenvolvendo cosméticos, remédios, tudo. Nós tentamos vender nossos produtos a  um preço acessível para o consumidor, mas para isso, são anos de pesquisa, e temos muitos gastos, mas tentamos ao máximo reduzir os gastos para manter um preço acessível ao consumidor...é muito duro...

— Entendo...

— Helena e eu estávamos em uma expedição no Congo. Ela vinha procurando essa espécie rara de orquídea, a "orquídea da luz". Eles a chamam assim pois ela reage de acordo com a luz, e acredita-se ter propriedades mágicas.

— Entendo. E vocês acharam o que queriam?

— Sim, mas a um preço bem caro. Helena acabou possuída pela planta...

Helena que estava conversando com Danielle, ignorou-a e fitou Izaak com uma fúria incontrolável.  Os olhos dela ficaram vermelhos e raízes saíram do corpo dela e alcançaram Izaak.

As raízes começaram a se enrolar no pescoço de Izaak e ele começou a ficar com falta de ar.

— Izaak! Não! — Azarius se levantou da mesa e tentou socorrer o paquera.

Foi então que os olhos de Azarius pegaram fogo logo o corpo todo de Azarius ficou em chamas.

Azarius tocou as raízes e o fogo foi se espalhando até alcançar Helena e queimá-la.  Depois disso, o fogo no corpo dele se apagara.

Helena começou a sufocar e a gemer.

— Alguém ajude aqui! — Danielle berrou — Minha mãe está ferida!

Helena se mantinha em sua fúria. A sua raiva sobrepunha a dor de sentir suas raízes queimando.  Foi então que Azarius resolveu invocar o samurai.

— Hachiman! Eu preciso de sua ajuda aqui! Apareça! — Azarius berrou.

Um tornado surgiu no local e a sombra de Hachiman surgiu no centro dele. Ele sacou suas duas espadas e cortou o furacão com suas lâminas cruzadas em um "X".

— Alguém precisa de minha ajuda? — Hachiman inquiriu.

— Hachiman, ajude aqui, essa mulher vai matar meu pretendente, por favor! — Azarius suplicou.

Hachiman voltou seu olhar para a extensa raiz e enquanto mantinha a lâmina da esquerda a postos, ele desferiu um corte frontal com a da direita e a ligação da raiz com Helena se rompera.  A extensão cortada se recolhera para dentro de Helena e a ponta enrolada no pescoço de Izaak se soltara e caíra seca no chão.

Izaak começou a tossir e colocou a mão no pescoço tentando aliviar a dor que sentia.

[...]

Izaak respirou aliviado.

— Izaak, você está bem? — Azarius inquiriu.

— Izaak tossiu— Sim, eu estou, obrigado.

— Não me agradeça, agradeça ao sushiman — Azarius voltou o seu olhar para Hachiman.

Izaak acompanhou o olhar de Azarius.

— Obrigado, Samurai — Izaak agradeceu.

— Disponha. Eu estou aqui para ajudar — Hachiman respondeu — E a propósito, meu nome é Hachiman.

— Obrigado, Hachiman — Izaak completou.

Enquanto isso, os olhos de Helena se fecharam e ela desmaiou como um efeito colateral daquele "transe" . Ela ficou inconsciente por um tempo.

Hachiman, ao ver a mulher desmaiada no chão, resolveu socorrê-la. Ele guardou suas espadas e correu até ela.

Ao encontrar Helena, Hachiman tentou despertá-la.

— Ei! Você está bem? Ei! — Hachiman berrou enquanto dava tapinhas no rosto dela — Moça, acorde!

Hachiman continuou tentando acordar Helena, até que alguns minutos depois os olhos dela se abriram, e ela olhou para ele. Ela estava confusa.

—Quem é você? O que aconteceu? — Helena inquiriu.

—Deixe-me ajudá-la a se levantar — Hachiman estendeu a mão para ela.

Helena segurou na mão de Hachiman e ele a puxou. Já de pé, ela olhou ao seu redor e depois voltou o olhar para Hachiman.

— Quem é você? — Helena falou com uma personalidade completamente diferente agora.

— Eu me chamo Hachiman. Mas, alguns me chamam de "Deus da guerra" — Hachiman retrucou fitando Helena.

— Então, você é Bryce, meu filho? — Helena falou confusa.

— Desculpa desapontá-la, senhora — Hachiman contestou— Eu venho do Oriente, de uma terra chamada Japão.

— Eu é que peço desculpas. Eu estive mergulhada na minha pesquisa e...não vejo meu filho há anos — Helena se desculpou.

— Está tudo bem, senhora — Hachiman sorriu para ela.

— Por favor, me chame apenas de Helena — Helena retrucou.

— Está bem, Helena. E você pode me chamar de Takezo, se quiser — Hachiman falou amigavelmente.

— Takezo. É um nome muito bonito, assim como o seu portador — Helena elogiou.

Helena e Hachiman trocaram olhares. Eles estavam começando a se apaixonar um pelo outro.

Danielle se aproximou de Helena interrompendo aquele momento entre ela e seu novo crush.

— Mãe, você está bem? — Danielle quis saber.

— Sim, agora eu estou — Helena falou sem tirar os olhos de Hachiman.

Danielle olhou para Helena e Hachiman e viu que os dois estavam realmente apaixonados um pelo outro.

—Amei! Então vocês dois estão apaixonados — Danielle exclamou.

—Sim — Helena atestou.

— Bem, eu nunca me apaixonei antes...digo...— Hachiman se enrolou todo.

— Eu vivo em um apartamento em Little Asia. É um lugar pequeno, mas...eu acho que dá para nós dois — Helena sugeriu.

—Bem, parece bom para mim — Hachiman retrucou.

— Está bem. Então vamos

Foi então que Helena pensou em algo.

— Danielle, querida. Você pode me ajudar aqui? — Helena quis saber.

— É claro, mãe! — Danielle exclamou.

Danielle aponto o dedo indicador para Hachiman e Helena e os envolveu em um turbilhão de rosas vermelhas que os fez desaparecer dali.

[...]

Eros serviu um chá com algumas bolachas na mesa de Azarius e Izaak.

— Aqui está. É por conta da casa — Eros retrucou.

— Obrigado, irmão — Azarius agradeceu.

— Obrigado — Izaak agradeceu — Então, ele é seu irmão?

— Sim. É uma longa história — Azarius comentou.

Izaak olhou para Eros e estendeu a mão para ele.

—Muito prazer, eu sou Izaak Birch — Izaak se apresentou.

—O prazer é meu. Eros Peters — Eros estendeu a mão e apertou a de Izaak.

—Então...eu vou namorar o seu irmão, e...eu queria a sua benção — Izaak retrucou.

—Tudo bem. Vocês tem a minha benção — Eros sorriu — Eu desejo muitas felicidades a vocês dois. Sejam felizes!

— Obrigado — Izaak agradeceu — E não se preocupe, se nós nos casarmos um dia, você será o padrinho.

—Eros...— Azarius suspirou e se levantou logo em seguida.

Azarius deu um forte abraço em Eros.

— Irmão, eu gostaria de te agradecer, pois...do contrário eu não teria encontrado o Izaak, nem saberia que eu tenho irmãos...— Izaak retrucou.

— Bem, na verdade foi a nossa mãe que falou que eu tinha um irmão, então... — Eros interrompeu.

— Não importa. Só...cuida da mãe para mim. Eu a amo muito — Azarius o lembrou.

— Pode deixar, bro. Eu cuidarei dela — Eros atestou.