New Security Life- INTERATIVA escrita por Escritora do Hades


Capítulo 72
Capítulo 72- Grifos, poções e segredos


Notas iniciais do capítulo

Oi, chegay, com o 4 cap, como prometi!
É curto, mas foi trabalhoso!!!

Maninho, preciso do passado do Ghost pra amanhã!



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POV’S Ghost

Eu estava ouvindo música em meus fones de ouvido, numa salinha estranha que eu havia encontrado na sala dos mágicos.

Deus, esse lugar parece um labirinto! Não é demais?

Enfim, eu cantarolava baixinho uma música do Imagine Dragons. Era “Radioactive”. Não havia ninguém por perto, o que me deixava mais sossegado.

Decidi explorar a salinha.

O chão era de madeira escura e as paredes eram beges. Havia um monte de mesinhas de carvalho, com livros e quinquilharias estranhas em cima.

Peguei um livro que era velho, de folhas amarelas, quase se desfazendo em pó. O título estava ilegível, corroído pelo tempo e pelo uso constante.  Abri-o, e uma enorme nuvem de poeira saiu dele, espalhando-se pelo ar e me fazendo tossir e espirrar, além de ter deixado meu nariz coçando.

Cara, esse livro deve ser mais velho que o Charlie Fazzbear!

Cuidadosamente, eu o examinei. A caligrafia era fina e inclinada, feita de tinta nanquim. Estava em uma língua antiga...latim.

Fui lendo as páginas, ainda cantarolando a música.

Era um livro de feitiços e rituais bizarros. Vi feitiços de troca de corpo, falsa aparência, transmutação, de morte, paralisia, manipulação sanguínea, regeneração...

Nossa, esses mágicos são sinistros!

Guardei o livro e fui bisbilhotar mais. Encontrei uma mão estranha, toda cinzenta, dentro de um pote de vidro, boiando num sulfuroso líquido amarelo neon.

Nem encostei no treco.

Vi instrumentos estranhos, desenhos de símbolos e sinais estranhos em folhas.

Foi então que eu achei o recorte de jornal.

Era velho e estava meio rasgado, mas era legível. Havia uma foto de suas pessoas, incrivelmente parecidas com Max e Xam.

Li cada verso do recorte.

O jornal falava da morte dos mágicos Harrison. O mágico chamado Max e sua irmã, Rachel, ou “Xam”, haviam morrido no desabamento do teatro em que se apresentavam.

Nunca encontraram os corpos.

Perto destes recortes, havia outros e outros. Todos tinham pessoas semelhantes aos animatronics.

Cientista ruiva assassinada, loirinha morta de câncer, DJ badalado e seus amigos morrem em acidente de carro, gêmeos Lovely atropelados...

Eles...eles sabiam disso o tempo todo e...não contaram...

—O que você está fazendor, senhor Whirl?-uma familiar voz feminina pergunta.

Quando olho para trás, vejo Xam, de mãos na cintura, e Max, se apoiando em uma estranha bengala preta, com o entalhe de grifos dourados no cabo.

Xam sorria, como se pedisse desculpas, mas Max estava sério e impassível, sua expressão indescritível no rosto.

Pego os jornais rasgados.

—Isso é...o que éramos...?-perguntei, hesitante.

—Isso é o que nós somos-corrigi Max- ainda somos essas pessoas, mas em corpos diferentes, senhor Whirl...

—É como uma reencarnação equivocada-divaga Xam.

—Mesmo assim...vocês sabem como...eram as nossas vidas?-questiono, um pouco nervoso em saber a verdade.

Max assente.

—Nós sabemos como foi a vida de cada um-afirma ele- gostaria de saber como foi a sua, senhor Whirl?

—Talvez...vivenciá-la de novo?-oferece Xam.

Pisco, confuso.

—É possível?-questiono, receoso.

Max para de se apoiar em sua bengala e a deposita em cima da mesa. Então, se inclinou sobre uma tábua meio frouxa e a empurrou com a bengala. A tábua caiu com um baque e dentro da fenda, havia uma caixa de madeira velha, com detalhes dourados de grifos e um cadeado em forma de grifo.

Max aperta o cadeado, murmura umas palavras estranhas bem rápido e a tranca se abre. Lá dentro, havia papeis e papeis, uns recentes, outras amarelados e velhos. Havia também broches, adagas e vidrinhos de líquidos coloridos. Max pega um vidrinho com um líquido incolor.

Ele ergue o vidrinho.

—Vê isso, senhor Whirl?-pergunta ele.

—Claro que sim, não sou um cego-resmungo.

Max ignora meu tom rude e abre um sorriso.

—Esse líquido permite que você viaje em sua vida passada-diz ele- eu e Xam temos a capacidade de entrar no passado dos outros, mas iniciantes como você conseguem apenas vislumbrar seu próprio passado...

—Gostaria de tentar?-questiona Xam.

Franzo a testa.

—Qual é o truque?-questiono.

—Não há truques-diz Max- há verdades obscuras...

—Sim ou não? Cabe a você decidir-diz Xam.

Suspiro, então, pergunto:

—O que é que eu tenho que fazer?

Max e Xam sorriem.

—Sente-se, Sr. Whirl!-pede Xam, indicando uma poltrona vermelha no canto da sala.

Eu me sento, ansiando, nervoso. Max tira um cálice dourado com entalhes de grifo de sabe-se lá onde e despeja água no cálice. Então, abre a rolha do frasco e derrama exatamente uma gota no cálice.

Então, estende-o para mim.

—Certeza, meu caro Whirl?-questiona Max.

Suspiro, então, assinto.

—Sim, Max, tenho certeza!-afirmo.

Max sorri e me estende o cálice. Eu o aceito.

Cheiro a bebida. Nada. Engulo tudo de vez. A bebida não tem gosto...

Sinto minhas pálpebras pesarem, e logo, tudo escurece.


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Notas finais do capítulo

Eu sei, Max e Xam são sinistros com pinta de mafiosos satânicos, mas eles são boas pessoas!

Bem, até!!!!!!!!!