POV’S Ghost

Frederick estava de boca escancarada, olhos arregalados, nos encarando; sua expressão era uma mistura de choque e surpresa. Olhei desesperadamente para todos os meus companheiros; eles estava em pânico, estáticos.

–Olhe, existe uma explicação plausível para tudo isso....-começou Freddy, tentando parecer calmo- eu sei que é assustador, mas...

–Assustador?!-berrou Frederick. Sua expressão surpresa se desmanchou e ele sorriu amplamente- isso não é assustador! É incrível!

Freddy piscou, confuso. Olha, se você é um cara normal que vai numa pizzaria e encontra um monte de robôs malucos que deveriam estar desligados brincando, eu acho que você não deveria dizer que é algo incrível.

Eu provavelmente iria ficar assustado.

Frederick sorria como uma criança de 5 anos que havia ganhado um caminhão de doces.

–Isso é demais, é fantástico!-continuou Frederick- vocês estão vivos!

–Vejam, marujos, eu acho que ele ficou maluco!-comentou Foxy.

Frederick riu.

–Eu não estou maluco! Eu estou no paraíso!-ele exclamou- eu sempre quis que esse momento chegasse!

–Hã, isso é bom ou ruim?-perguntou Hunter.

–Bom!-respondeu Frederick- muito, muito, muito, muito bom!

–Não é bem a expressão que eu esperava, mas bem, serve...-disse Bonnie.

Freddy ficou sério; estreitou os olhos, desconfiado.

–Você não vai contar a ninguém que estamos vivos...não é?-perguntou o urso.

Frederick piscou, surpreso.

–Claro que não!-exclamou Frederick- eu jamais faria tal coisa!

Freddy assentiu lentamente, ainda desconfiado. Depois, abriu um largo sorriso.

–Bem, então, bem-vindo a Freddy Fazzbear!-exclamou o urso.

Frederick riu, feliz.

–Mas bem, o que o traz a está hora da noite até aqui, Dr. Frederick?-questionou Mike.

Frederick parou de sorrir e bateu na testa, como se tivesse se lembrado de algo.

–Ah, as chaves!-exclamou o homem loiro.

Todos franzimos as testas.

–Que chaves, marujo?-perguntou Foxy.

–As chaves da minha oficina!-diz Frederick, nervoso-eu não posso perde-las!

Curioso, perguntei:

–Oficina? Oficina de quê?

Frederick, que agora vagava pelo local em busca das tais chaves, riu.

–Oficina de animatronics-explicou ele-estou com projetos novos e quero realiza-los...

–A oficina onde fomos criados?-perguntou Madeline, que segurava uma xícara de chá em uma mão e um bule na outra. O chá saia do bule em espirais e curvas, até parar na xícara. Não me pergunte como, mas era o que estava acontecendo.

Frederick assentiu, procurando embaixo de uma mesa. Finalmente, o homem soltou uma exclamação de triunfo.

–Achei as benditas em questão!-falou ele, vitorioso.

Ele olhou confuso ao redor, a testa franzida; todos nós o encarávamos com olhares pidões.

–O que foi?-perguntou ele.

–QUEREMOS CONHECER SUA OFICINA!-berramos em uníssono.

Inicialmente, ele pareceu surpreso e eu achei que ele diria não. Porém, sorriu.

–Mas é claro!-ele exclama, animado- vai ser incrível!

–E o Charlie?-pergunta Ana, com uma careta; ela parecia não ir com a cara do dono da pizzaria- ele vai ficar louco quando chegar aqui amanhã e não encontrar nenhum animatronic!

Frederick coçou o queixo pensativamente, então, sorriu e estalou os dedos. Pegou o telefone do bolso, discou um número e esperou. Colocou no viva voz.

–Alô, Charlie falando- era a voz do dono da pizzaria!

–Oh, hey, Charlie, Fred na escuta!-diz Frederick.

–O que foi, Fred?

–Olhe, amigo, preciso que você feche a pizzaria por uma semana...-começou Fred.

Charlie explodiu; xingou loucamente do outro lado da linha. Marionete cobriu os ouvidos de Ballon Boy.

–Por que diabos eu faria isso?!

–Amigo, recebi reclamações dos animatronics-mentiu Frederick-vou precisar reconcertá-los; as pessoas estão dizendo que eles estão travando ou com a voz falhando...

Charlie não respondeu por um tempo, então, bufou do outro lado da linha.

–Tá legal, mas quanto isso vai me custar?

–Nada-respondeu Fred- será um presente!

–Certo, então, tchau!

–Tchau!-despediu-se Frederick. Ele sorriu para todos nós ao desligar o telefone-bem, vamos?

Sorrimos. Saímos correndo da pizzaria. O problema é que o carro não suportava todo mundo. Então, Frederick voltou para sua empresa e nós aguardamos. Logo, ele voltou com um caminhão. Subimos na parte trás e a viagem começou.

Cara, isso vai ser incrível!