POV’S Wolff

Eu estava ridículo naquele terno! Não consigo nem andar direito com esses sapatos bestas!

Estou tentando, até agora, ajeitar minha gravata. É a quinta vez que meu nó se desfaz sozinho. Nenhum dos meus amigos estava tendo muito sucesso também. Pelo menos eu não sou o único tapado que não consegue dar um nó de gravata perfeito.

Hunter suspirou, cansado.

–Eu desisto de dar um nó nesse treco!-reclamou ele, apontando para sua gravata.

–Nós podemos ajudar, se quiserem...-ouvi uma voz familiar. Nós nos viramos e vimos Lively e Âmber, ambas sorrindo.

Minha boca se escancarou. O.k., eu fiz os vestidos, mas eu não esperava que elas ficassem tão...tão...uau como estavam. Olhei para meus companheiros, todos embasbacados. Até mesmo Blake estava parecendo surpreso. O pobre Tiger estava com o rosto tão vermelho quanto o cabelo de Foyx.

Lively ergueu uma sobrancelha e riu, colocando as mãos na cintura.

–O que foi?-perguntou ela-o gato comeu a língua de vocês?

–Não foi um gato-sussurrou Bolt ao meu lado-foram gatas...

–As gatas-corrigi, tão hipnotizado quanto ele.

–As gatas muito gatas-acrescentou ele, sorrindo.

Nós, garotos, ficamos encarando as duas igual a um bando de idiotas. Âmber pigarreou e nos despertou do transe.

–Hã, vocês ainda não responderam se querem ajuda-lembrou a loira, sorrindo.

–Ah, claro, nós queremos ajuda sim, com certeza, por favor-implorou Hunter, ainda meio hipnotizado.

Âmber foi ajudar Bolt com sua gravata e Lively veio me ajudar. Ela deu nós que não entendi, mas, no final, virou um nó perfeito, que não sufocava.

–Valeu- agradeci.

Ela piscou pra mim.

–Disponha-respondeu ela.

Âmber agora ajudava Hunter. Lively tinha terminado de auxiliar Blake e se dirigiu a Tiger. Ah, meu santo David Guetta, quando ela se aproximou dele e pegou a gravata, apoiando os cotovelos no peito de Tiger, os rostos deles tão próximos, ele ficou vermelho...tipo, muito mesmo; achei que ele fosse entrar em combustão instantânea a qualquer segundo. Ouvi-o murmurar um “obrigado”, constrangido. Lively lhe lançou um sorriso capaz de derreter pedra, o que deixou o tigre mais vermelho ainda.

Bolt sorriu.

–Bem, obrigada, meninas-começou ele- agora que estamos todos prontos, podemos começar a festa!

Sorrimos, então, ouvimos a porta de “Ballade” serem abertas. Nós nos viramos e vimos Ballon Boy, Marionete e mais quatro pessoas, semelhantes ao Freddy, a Chica, o Bonnie e ao Foxy. Havia também um cara que parecia o Freddy, mas ele era um urso dourado, de cabelos loiros, mais compridos que os de Freddy, presos a um rabo de cavalo.

Ballon Boy saltitou até o nosso grupo. Marionete abriu um sorrisinho, olhando diretamente para Âmber, que deu um sorriso envergonhado. Os outros cinco apenas olhavam ao redor, estupefatos.

–Olá!-cumprimentou Ballon Boy- nós viemos para a festa!

Eu não sabia como eles sabiam da festa, mas tudo bem, quanto mais gente, melhor. Sorri.

–Sejam bem-vindos-cumprimentei- e quem são esses com você, Ballon Boy?

–O Marionete vocês já conhecem-disse Ballon-esses são Toy Freddy, Toy Bonnie, Toy Chica, Toy Mangle e Golden Freddy-ele apontou para os estranhos à medida que dizia seus nomes. Eles sorriram e acenaram.

–Eu sou Wolff- me apresentei-esses são os meus amigos, o Bolt, a Lively o Tiger, a Âmber, o Blake e o Hunter-apresentei meus companheiros.

–Bem, chega de formalidades!-cortou Bolt-isso é uma festa, vamos curtir!

E a festa começou. Eu, logicamente, virei o DJ. Lively e Tiger cantaram “Titanium”, do David Guetta e Sia, depois, tocamos “Young Volcanoes”, do Fall Out Boy, junto com o solo irado de guitarra do Blake e o acompanhamento do Hunter e Bolt, que cantaram junto com os outros. A balada começou. Luzes coloridas e nuvens de fumaça preenchiam o local. Todos dançavam animadamente.

No meio da festa, enquanto eu tocava, olhei para a tubulação de ar e vi algo estranho, uma luz que mudava de cor. Pisquei, para me certificar se eu realmente estava be. Olhei de novo para a tubulação e franzi a testa; a luz tinha sumido. Que estranho.

Então, as portas da “Ballade” se abriram novamente. Bonnie, Freddy, Chica e Foxy entraram. Eles ficaram maravilhados com a festa, surpresos. Mais surpresos ainda quando viram Ballon Boy, Marionete e os Toys. Lively desceu do palco e explicou a eles, então, indicou o banheiro para eles. Os “Olds” foram ao banheiro e voltaram vestidos, os meninos trajando ternos pretos, mudando apenas as gravatas, Freddy usando uma marrom, Bonnie uma roxa e Foxy uma laranja. Chica vestia um vestido sem mangas, amarelo com laranja e sapatos pretos. Logo, eles se juntaram a festa.

Foi maravilhoso. Vi Blake e Toy Chica conversando num canto, Hunter, bem constrangido, junto com Chica numa mesinha de bar, Foxy e Mangle rodopiando ao ritmo da música, Bonnie conversando com Toy Bonnie e Freddy junto com Golden Freddy e Toy Freddy. Marionete dançava com Âmber e Ballon Boy roubava comida da mesa de petiscos.

Logo, troquei as músicas agitadas por músicas lentas. Vi Tiger e Lively dançando juntinhos, ele com as mãos na cintura dela e ela com as mãos no peito dele. Tiger parecia feliz. Marionete e Âmber também estavam juntos. Chica puxou Hunter para a pista de dança e começou sua valsa romântica com ele. Toy Chica pegou a mão de Blake e o arrastou para a pista também. Mangle e Foxy dançavam juntos, parecendo felizes (Endo não estava curtindo ver a dona agarrada com Foxy). Em pouco tempo, todos estavam dançando, mesmo aqueles sem pares. Freddy e Golden supervisionavam o pequeno e impressionável Toy Freddy, que devorava um brigadeiro empolgado.

Mais tarde, a animação voltou. Mais músicas agitadas e luzes encheram o local. Todos se divertiam e brincavam, contentes.

A festa continuou por muito tempo. Quando deu 5:00 da manhã, decidimos parar. Mas todos estavam tão bem juntos, conversando, que não queríamos estragar isso. Então, eu tive uma ideia:

–Ei, a festa não precisa parar-falei-que tal uma festa do pijama?

Os outros sorriram e concordaram.

–Ótima ideia-elogiou Freddy.

–Bem, me ajudem a arrumar o local, então-pedi.

Como éramos muitos, terminamos tudo em quinze minutos. Todos foram pegar seus pijamas, travesseiros e pelúcias. Nos deitamos em colchonetes dispostos em forma de círculo.

–O que fazemos agora?-perguntou Freddy.

Toy Bonnie levantou a mão, sorrindo.

–Histórias de terror!-pediu ele, animado.

Todos sorriram e começaram a cochichar entre si, animados.

–Quem quer começar?-perguntei.

Foxy levantou o gancho, elétrico.

–Eu quero!-disse o raposo.

–Bem, então, comece!-pediu Ballon Boy, impaciente.

Foxy pigarreou.

–A muito tempo atrás, existiam cinco amig...-começou ele, mas então, se calou ao ouvir um som de gelar o sangue; era como se alguém de unhas afiadas estivesse arranhando metal.

Todos olhamos ao redor, nervosos.

–Deve ter sido alguma coisa que caiu- opinou Freddy, tentando soar tranquilo, mas sua voz estava trêmula de medo.

Então, as luzes começaram a piscar, até apagarem completamente. Todos gritamos e nos aproximamos uns dos outros. Bolt pegou uma lanterna não sei de onde e apontou desesperadamente para todos os lados. Nada.

Logo, uma voz metálica e áspera, afiada como uma faca e dura com gelo, começou a entoar “I’ve got no strings”. Era sinistros e macabro ouvir aquela voz cantando música infantis, dando a essas músicas sentidos diferentes.

–Q-quem está aí?-gaguejou Freddy.

Ninguém respondeu. Então, no meio da escuridão, saiu um braço. Um braço detonado, expondo as articulações e ligas metálicas de animatronic. Duas luzes brilharam, a direita sendo uma mistura de vermelho fogo, verde mar e cinza tempestade; a esquerda era azul elétrico, azul gelo e marrom terra, dando um ar mais assustador ainda. Todos gritamos histericamente.

–Allons-y!–disse a voz em francês- quoi? Jouer, amis!

Gritamos mais alto ainda. Então, as luzes se acenderam novamente e vimos o que era aquilo. Ou melhor, quem.