Quebrados escrita por Ellen Cravina
Notas iniciais do capítulo
Não acho que vão se arrepender em acompanharem a história.
Sejam felizes e leem!!
–Meu nome é Sofia, senhor Dante Kannenberg. - Sentei na poltrona de frente para ele, localizada no meio do escritório em branco, com uma mesinha de centro bem desenhada e em preto e branco.
–Eu sei o seu nome, Sofia Lafayette. Eu olhei o seu registro. - Ele sorriu. - Todo o registro. - Apoiou a cabeça em um braço e me olhou firme, esperando que eu falasse alguma coisa.
–Eu também olhei o seu, senhor. - Sorri, cruzando as pernas para o intimidar. - E pode me chamar de Sofia. Apenas Sofia.
–Certo, Sofia, chame-me de Dante. Apenas Dante. - O sorriso se alargou e ele puxou um papel de uma das suas pastas, pondo-o na minha frente. - Este é o contrato, os termos estão escritos legivelmente em negrito então não acho que será um problema lê-los antes de assinar. - Ele me passou uma caneta esferográfica prateada, com a marca da Mont Blanc, e a minha expressão caiu em choque.
–Acho que isto está errado, Dante. - Apontei para um dos termos acentuados em ordem numérica. - 3. Em nenhuma ocasião eu vou poder dormir no mesmo quarto ou na mesma cama que o CEO. - Eu o olhei incompreensível. - Sobre o que exatamente isto se refere?
–Apenas um dos termos. - Ele desviou o olhar para a extensa janela que ia do chão até o teto, mostrando a vista incrível da cidade de Nova Iorque em seu esplendor vespertino.
–Certo, mas meu trabalho é apenas cuidar da segurança do seu filho. Não da sua. - Eu estreitei os olhos para ele, cautelosamente estudando cada movimento do homem que admirava a paisagem da cidade. Ele pensava, usando um terno de grife, o cabelo arrumado, as mãos limpas e bem feitas e o seu perfume tinha um cheiro de sensualidade. Sim, esse homem podia ser um modelo ou qualquer outra coisa que ele quisesse com a aparência impecável e bem definida. Seus olhos eram um azul celestial que dava um charme feroz com o contraste dos cabelos, um castanho escuro liso e comprido. As maçãs do rosto eram salientes e a boca devidamente apetitosa.
–Eu acho que a minha segurança é a segurança do meu fillho, Sofia. - Voltou o seu olhar para mim.
–O que eu deveria supostamente entender sobre isso, Dante? - Levantei uma das minha sobrancelhas. - Eu cuido de crianças, não dos pais. O meu trabalho é apenas com as crianças. Você acha que eu tenho a menor vontade de transar com os meus empregadores? - Ergui uma das mãos quando ele tentou falar. - Não, faça-me um favor, não tente se explicar. - Levantei com um suspiro cansado e fui direto para a porta.
–Sofia, sente-se. - A minha mão paralisou imediatamente na maçaneta, quando ele ordenou friamente. - Você vai ter que assinar o contrato ou não vamos conseguir encontrar o assassino do pequeno Thomas.
–Mas, como... - Olhei-o aterrorizada. - Isso é impossível, ninguém nunca soube dele. Como você...?
–Eu faço a minha investigação sobre cada funcionário que contrato. Eu vejo todo o registro, Sofia.
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