Uma Escolha Perfeita-Interativa escrita por Hana Haruki


Capítulo 2
Você é digna de ser uma Star? (Editado em 17/09/20)


Notas iniciais do capítulo

YOO MINNA! ♥ Queria agradecer a quem comentou e mandou a ficha. Vocês são demais ♥ Me perdoem qualquer erro. Ashauhua o nome “Capa” eu tirei de outro filme: Ela e os caras. Esse filme também é muito legal (se bem que eu nunca mais assisti) ♥ É um nome estranho, mas ao mesmo tempo eu achei legal ^^ E os nomes dos outros três grupos à capela que são citados aqui são do filme pq eu estava com preguiça de inventar outros XD Ah! Eu preferi usar o termo raio à relâmpago. Enfim, nos vemos lá embaixo o/ Boa leitura ♥

Ok, como deu pra ver, eu mudei o nome do grupo dos meninos. Isso porque todos esses anos eu achava que queria ter escrito Kappa (fazendo referência ao ep 100 de Inazuma eleven, aquele em que o Hiroto se perde na floresta com o Kogure) e escrevi errado (Capa), sendo que tava certo porque era fazendo referência à irmandade Capa do filme Ela e os caras, aí antes de eu ler as notas desse cap e perceber isso, já tinha mudado todos os “Capa” pra “Kappa” porque a ideia de ter errado me causava vergonha kkkkk. Enfim, agora é Kappa por referência ao ep 100. Também mudei o nome dos outros dois grupos à capela. Nos vemos lá nas notas finais.



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Em seu segundo dia na Raimon, após o término das aulas, Hana caminha com as Stars pelo campus. Se sentia como uma criança em meio a leões — e não era só por todas serem mais velhas que ela —, típica sensação dos calouros. Ao longe, avistou mais uma vez as barracas dos clubes da Raimon. Ela havia se enturmado bem rápido até, provavelmente os outros estudantes levariam um mês para que encontrassem um grupo no qual se encaixassem.

— Aqui, a arte de fazer música apenas com a boca, sem o uso de nenhum instrumento é levada muito a sério. A Raimon possui quatro grupos à capela: as Raimon Stars, que somos nós, o grupo à capela mais antigo. Os Kashu, os Myūjishan e, por fim, os Raimon Kappas — disse Samantha, a repulsa em sua voz ao falar o nome do maior rival das Stars — Aqui vai tudo que você precisa saber sobre eles...

Hana sabia muito bem quem e o quê eram os Kappas, e de sua histórica rivalidade com as Stars. Os Kappas eram, basicamente, totalmente o oposto das Stars. Eram formados por oito garotos, e não aceitavam garotas em sua equipe. Sua criação, porém, havia sido um ano depois da criação das Stars. E, assim como o símbolo das Stars era, obviamente, uma estrela, o deles era um raio.

— Por você ser nova no grupo — continua Samantha —, é certo que eles vão tentar te intimidar. E é por isso que não vamos revelar que você é uma Star. Você é nossa arma secreta!

— Arma secreta? — indagou Hana.

— Sim, imagine a surpresa deles quando descobrirem que a filha de Ai Haruki está no nosso grupo — a morena solta uma risadinha maléfica — E eles nunca ouviram você cantar, o que nos dá vantagem.

Hana acaba de perceber que havia entrado no meio de uma guerra.

— E, por Deus, eles são desprezíveis! Principalmente o líder deles, ele me dá nos nervos. Que cara chato! Se acha. Na verdade, os Kappas se acham o melhor grupo à capela. Tsc. Vamos mostrar que eles estão errados. É melhor você ter consciência disso, Herança, isso é uma guerra!

— Eles são pessoas más. — completa Elizabeth, que agora a Haruki sabia ser de outro país. Elizabeth Mazzochi Faller era da Dakota do Norte, nos Estados Unidos.

— Isso mesmo. — Samantha concordou.

A loura ouvia a tudo atentamente. A mensagem era clara e simples: você deve odiar os Kappas. Eles são pessoas más, disse Hana a si mesma. Não devo me deixar intimidar.

De repente, algo parece ter acontecido e Hana é empurrada para trás, com todas as outras garotas a sua frente, impedindo que a loura pudesse ver o que estava acontecendo. Sua baixa estatura também não ajudava.

— O que vocês querem? — uma voz conhecida perguntou, vinha da frente do “muro” de garotas que Hana tentava ultrapassar.

Essa voz. Hana tentava a todo custo ver por cima dos ombros das garotas, mas elas faziam o possível para impedi-la. Não pode ser.

— Nós? — era a voz de Samantha agora. Ela fingia surpresa, mas seu tom era claramente irônico. — Não queremos nada. Mas eu estou muito feliz, sabia?

— E daí?

— Pergunta por que.

A pessoa com quem a morena falava suspirou, cansado daqueles joguinhos.

— Por que?

— Ontem as Stars ganharam uma nova arma secreta.

São os Kappas! Hana encolheu-se. Samantha está falando com o líder deles. Mesmo que apenas uma voz pudesse ser ouvida, ela sabia que ele não estava sozinho.

— Uma... arma secreta? Vocês conseguiram mesmo uma nova integrante?

A morena deixou que um sorriso satisfeito se formasse em seus lábios antes de responder. Nesse exato momento, Yasmin começa a empurrar Hana para longe dos dois grupos.

— O que você tá fazendo? — sussurra Hana.

— O que você acha? Tirando você daqui antes que eles te vejam.

Ela precisava fazer uma coisa antes de sair, para tirar a dúvida. Olhou com cuidado por entre os braços das garotas e sentiu seu coração parar por vários segundos ao reconhecer os fios vermelhos. Não pode ser verdade. Lá, na frente de um grupo de rapazes, estava Hiroto. Uma expressão de pura raiva em seu rosto. Hiroto é o líder dos Kappas.

“Eles são pessoas más.” lembrou das palavras de Elizabeth.

Se encolhe novamente e deixa que a morena a leve para outro lugar.

— É claro. Você não achou que ficaríamos desfocadas por falta de integrantes, não é?

— Vocês já são desfocadas — Samantha rangeu os dentes com a provocação, e ele sorriu vitorioso. — Também não vai fazer diferença — ele deu de ombros — Nem dez armas secretas podem ajudar vocês a nos vencerem nas finais. Só um milagre.

— Você se acha, não é, Hiroto? Chame de milagre, então, porque nós vamos destruir vocês.

Hiroto revira os orbes esverdeados.

— Olha Sam, eu não tenho tempo pra ficar perdendo com vocês, ok? Nos vemos na apresentação da próxima semana e aí veremos se essa tal “arma secreta” é tão boa quanto você diz — acena para a morena, enquanto era seguido pelos garotos.

Ruivo idiota! Samantha bufou. Ela é sim, você vai ver.

Hiroto é o líder dos Kappas.

Agora, jogada em sua cama, a canadense refletia sobre tudo que havia acontecido naquela manhã. Sobre Hiroto ser um Kappa. Não entendia porque aquilo a afetava tanto, já que só o conhecia há dois dias, mas afetou.

Fecha os olhos por alguns segundos e depois volta a abri-los, dando uma demorada análise em seu quarto. Ele ficava no último andar da casa e tinha uma sacada. À esquerda estava sua cama e, do lado oposto, a de Yasmin, ambas ficavam de frente para a sacada. Uma porta que dava para o banheiro ficava entre as duas camas. A parte do quarto que pertencia à morena continha vários pôsteres na parede e uma mesa com um computador, além de um armário com CDs e troféus. Já a parte de Hana continha menos coisas por conta do tempo que estava ali. Apenas uma prateleira retangular com seus livros. Em cima da cabeceira da cama estava pendurada uma pequena bandeira do Canadá e, ao lado dela, uma mesa de cabeceira onde permanecia um retrato com uma foto de Hana, ainda criança, com seu pai, Hideki, sua mãe, Ai, e seu irmão mais novo, Linh, que na foto ainda era um bebêDemorou mais algum tempo apenas olhando para aquela foto. O que será que o Li diria sobre tudo isso?

Percebendo que já ficara tempo demais sozinha ali, resolve descer e ver se encontrava sua colega de quarto. Descendo as escadas encontra com Samantha e Elizabeth.

— Ei — chama. — vocês não fazem uma iniciação ou algo assim? — Samantha olha para ela com dúvida — Ah, vocês sabem. Como aquelas iniciações de sociedades secretas.

Hana sempre sonhou com o momento em que teria sua iniciação após entrar para as Stars, assim como sua mãe havia contado. Samantha e Elizabeth trocam olhares.

— É claro! — a líder respondeu. — Vamos fazer a sua esta noite. Muito bem lembrado, herança. Esteja na porta do meu quarto meia-noite.

— Certo — disse Hana animada, quase batendo uma continência por impulso.

Haruki acorda com alguém sacudindo-a pelos ombros.

— Hana, acorda!

Era Yasmin.

— Que horas são? — perguntou sonolenta.

Yasmin olhou o relógio em cima da mesa de cabeceira.

— 23:59.

— O que?!

00:37

As duas estavam em frente ao quarto da líder há alguns minutos e nada dela  abrir a porta. Yasmin havia trocado de roupa antes de acordar a loura, já Hana permanecia de pijama. Não teve tempo de se trocar.

— Assim... — começou Hana. — As Stars não deveriam ter... Sei lá... Mais integrantes?

Yasmin dirigiu o olhar a canadense. Seu cabelo agora estava totalmente negro por causa da pouca luz.

— Você já deve saber que faz muito tempo que não ganhamos dos Kappas. Muito tempo mesmo! Estamos com uma maré de azar terrível. Por causa disso, as Stars foram perdendo suas integrantes. Apenas Sam, Liz e eu ficamos. E é muito difícil encontrar alguém que queira entrar para o grupo sabendo das nossas derrotas, mas precisamos de pelo menos oito garotas para competirmos no mundial. É isso que a Sam mais quer, por isso ela ficou tão feliz quando você entrou. Ela acredita que com você nós podemos começar a vencer os Kappas — a morena explica, em um tom baixo.

Ela confia em mim. Hana ficou em silêncio depois disso, refletindo sobre as palavras. Quando já estava considerando voltar para o quarto e dormir mais um pouco, a porta se abre de repente, revelando Elizabeth, que manda as duas entrarem.

Todas usavam capas pretas compridas e estavam em círculo. No centro estava um objeto de metal em formato de bacia, cor de bronze, dando a ele uma aparência de antiguidade. Era sustentado por um cilindro embaixo também de metal. As chamas que saíam dele iluminam um pouco o quarto escuro. Onde elas conseguiram esse negócio?

Percebeu que era a primeira vez que entrava no quarto de Samantha e agora não conseguia enxergar nada a não ser a “fogueira” e uma parte do rosto das garotas.

— Aproxime-se — disse Samantha, a voz mais grave do que de costume.

As garotas abrem espaço para que Hana entre no círculo.

— Eu, diga seu nome.

— Eu, Hana Haruki...

— Prometo ser fiel as Stars.

— Prometo ser fiel as Stars. — não conseguiu esconder um sorriso.

— E prometo fazer o possível e o impossível para garantir o bem do grupo.

— E prometo fazer o possível e o impossível para garantir o bem do grupo.

— Vamos às regras. Primeira e mais importante: ser fiel e se dedicar inteiramente às Stars, colocando o grupo acima de qualquer interesse, seja ele acadêmico ou amoroso. De acordo?

—... Sim.

— Segunda: não ter relações com um garoto da Kappa.

— Relações? Você quer dizer... ?

— Sexo? É, exatamente isso. Você pode pegar quem quiser, menos um Kappa.

Hana corou e balançou a cabeça positivamente.

— De acordo também.

— Terceira: não trair uma irmã. Isso inclui não dar em cima do namorado da amiga.

— Totalmente de acordo.

— Que bom. Essas são as três regras do grupo, elas podem parecer simples e fáceis, mas tudo que as Stars são se baseia nelas. As Stars são uma instituição. Somos sua família agora. Então, tudo que você fizer a partir de agora é pensando no grupo, só assim chegaremos ao mundial — Haruki percebeu a mudança no tom de voz da líder. Parecia desesperado e ao mesmo tempo suplicante. — Agora, a história do grupo.

Hana sabia toda a história de como o grupo havia se formado de trás para frente, mas não quis estragar o momento:

Criado por Marlie Price, uma norte-americana que trouxera a ideia de formar um grupo à capela de seu país natal. Por isso também ele recebe o nome de Raimon Stars, uma clara referência à bandeira dos Estados Unidos. As primeiras Stars eram formadas por 16 integrantes, número que foi variando com o tempo. Inicialmente, só eram aceitas moças que se enquadrassem em um certo perfil de beleza, o que também foi excluído com o passar dos anos. E logo elas se tornaram muito populares no Japão, por conta de sua beleza e enorme talento.

Dois anos depois, elas ganharam sua primeira competição internacional, e o número de candidatas a entrar para o grupo teve um crescimento colossal! E por causa disso, ele teve a honra de ter grandes nomes da música como integrantes. Também vale citar sua enorme rivalidade com os Kappas. Ninguém sabe dizer ao certo quando e como essa rivalidade começou, mas ela já dura décadas, indo muito além dos palcos.

A morena terminou a explicação com um sorriso e Hana se perguntava o que viria a seguir.

— As fotos — ordenou Samantha, com a mão erguida.

Uma das garotas entregou a ela algumas fotos, as quais passou a Hana. A loura pegou-as e percebeu que eram dos garotos da Kappa.

— Queima — falou a morena.

Queimar fotos dos garotos da Kappa? Isso tá ficando cada vez mais estranho.

— Pra quê isso? — indagou Hana.

Samantha passou a mão pelo rosto.

— Pra mostrar que não gostamos deles. Agora queima.

Relutante, ela pega uma por uma, rasgando e depois jogando-as no fogo. Nunca tinha visto nenhum daqueles garotos, exceto um. A última foto era de Hiroto, parecia ter sido tirado por algum amigo em um momento descontraído, pois ele estava rindo. É uma foto bem bonita. Depois de fitá-la por alguns segundos, simplesmente a jogou nas chamas.

Em seguida, Samantha a entregou um pequeno álbum de foto. Mais coisas para queimar? Como já era de se esperar, nele também havia fotos dos integrantes da Kappa.

— E isso?

— Isso é para você conhecer o inimigo. Olhe a primeira foto.

Hana abre o álbum. A primeira foto era de um rapaz loiro.

— Esse é Shuuya Goenji. Vinte e dois anos, estudante de medicina. Dizem que ele era jogador de futebol, mas resolveu seguir a carreira de médico. Resumindo, ele é um cara bem reservado, de poucas palavras.

Hana passou para a próxima.

— Shirou Fubuki. Vinte anos. Psicologia. Shirou é um estudante exemplar, sempre representando a Raimon com as melhores notas e se destacando positivamente em tudo e blá blá blá. — nesse momento, enquanto a líder falava, mesmo com a pouca luz, Hana podia jurar ter visto o rosto de Yasmin corar um pouco e a mesma falar alguma coisa bem baixinho.

— Atsuya Fubuki. Dezenove. Faz faculdade de design de games. É o irmão mais novo de Shirou e totalmente o oposto dele. É um desinteressado, delinquente, irritante, metido, cabeça dura, insuportável e... GRR! — a loura ficou surpresa com a “descrição” que Samantha fez do garoto. Parecia que o conhecia muito bem.

— Satoru Endou. Vinte e um anos. Faz faculdade de educação física. Entrou para Kappa há pouco tempo. É um cara bem animado. Tipo, muito animado mesmo. Jogava com Shuuya em um time que se chamava... err...

— Inazuma Japan. — Elizabeth completou.

— Isso! E agora ele quer “passar todo seu conhecimento e amor pelo esporte para que ele continue vivo. Sakka yarouze!” — Samantha fez aspas com os dedos, em seguida revirou os olhos e Hana riu. Esse Endou parece ser um cara legal.

— Ryuuji Midorikawa. Tem dezenove anos. Outro idiota — White olhava para suas unhas, como se não estivesse nem um pouco interessada em todas aquelas descrições. — Estudante de enfermagem. É um dos que mais se destaca na Kappa, pois “sua voz é única”. BLAH!

— E por último — ela revirou os olhos castanhos mais uma vez —, Kiyama Hiroto. Líder dos Kappas. Vinte anos e estudando fotografia. Assumiu a liderança dos Kappas praticamente ao mesmo tempo em que eu assumia a das Stars. Desde então, os Kappas vem ganhando todas as competições que participam e blá blá blá também...

Hana fecha o álbum.

Samantha caminha até a loura levando consigo uma corrente dourada com um pingente em formato de estrela, nele estavam as letras RS. Passou a corrente pelo pescoço de Hana, fechando-a. Hana já havia percebido que todas as Stars usavam uma igual.

— Agora você é, oficialmente, uma Star. — Samantha lhe dirigiu um sorriso.

— Só isso?

—Não. Vamos ver se você é mesmo digna de ser uma Star. É hora do seu rito de passagem.

— ...Rito de passagem? Como o do Madagascar?

Samantha e as outras trocaram olhares novamente.

— É... Mais ou menos isso.

01:15

Hana percebeu que as coisas começaram a ficar realmente sérias quando ela e as garotas pararam em frente ao dormitório da Kappa. Não estava gostando nada do rumo que o ritual havia tomado e estava com um péssimo pressentimento.

— O que viemos fazer aqui? — perguntou.

— Você já vai saber — Samantha disse baixo, com um sorriso maléfico. Elas deram a volta no prédio, até estarem de frente a algumas janelas próximas ao chão. — O seu rito é: entrar no quarto de um Kappa e trazer de lá... um cinto.

— Por que um cinto?

— Era isso ou uma cueca — Yasmin deu de ombros.

— Ah... E como eu vou saber qual delas está aberta? — Hana apontou para as janelas.

— Vai tentando até uma abrir.

— E se nenhuma estiver aberta?

— Sempre tem. Vamos lá, Herança, todas nós tivemos que fazer... Até eu.

Haruki ficou surpresa ao ouvir aquilo, imaginava que as outras garotas tivessem feito, mas não conseguia imaginar Samantha fazendo aquilo. Ela então caminha até uma janela e tenta abri-la. Estava fechada. Passou para a janela do lado, essa estava aberta. Entra cuidadosamente, fechando a janela depois.

Vê algumas roupas jogadas pelo chão, uma escrivaninha cheia de papéis espalhados e em uma estante vários troféus de competições de música. Arrependeu-se amargamente ao perceber de quem era aquele quarto. Só pode ser brincadeira.

Hiroto estava dormindo tranquilamente em sua cama, no lado esquerdo do quarto. Caminha até ele lentamente para não acordá-lo. Ele parecia sorrir enquanto sonhava com alguma coisa. Ele não pode ser tudo aquilo que a Samantha diz. Pensou, ajeitando uma mecha de seu cabelo ruivo e involuntariamente sorrindo. Ele é diferente... Foco, Hana!

Deu meia volta para procurar o cinto quando ouviu o ruivo se mexer constantemente. Seu coração parou. Ele está acordando. Um milhão de possibilidades passaram pela sua cabeça: pensou em se abaixar — Isso não vai dar certo —, pensou em sair pela janela, e até em sair correndo.

A porta. Estava a poucos metros de distância da porta que, deduziu ela, daria no corredor. Corre silenciosamente até a porta, saindo de lá como um raio. Sem nem pensar, entra na porta da frente. Encosta as costas na porta e respira pesadamente, recuperando o fôlego depois de prendê-lo no outro quarto. Contudo, percebe algo de “errado” no quarto em que havia entrado: não tinha ninguém na cama.

Pela visão periférica, viu que tinha alguém no seu lado esquerdo. Criou coragem para olhar, afinal, já estava encrencada mesmo. Junto à escrivaninha, com uma caneta na mão, estava um albino que olhava para Hana perplexo, mas logo depois sua expressão suavizou quando a loura virou-se para ele. Deveria estar estudando, pensou ela. Reconheceu vagamente seu rosto de uma das fotos que havia rasgado.

— Deixa eu adivinhar — disse ele, apontando para o pijama de corações que a canadense usava. Havia até se esquecido que estava vestindo aquilo, então logo tenta inutilmente esconder sua roupa. — rito de passagem?

Prepare-se para ser dedurada, Hana.

— Isso.

— Tsc — o albino levanta, indo até seu armário e remexendo em algumas coisas, até voltar segurando algo, que Hana logo percebeu ser um cinto. — Aqui está. — disse, entregando a ela.

Agora era a loura que estava perplexa.

— Por que está me dando isso?

— Foi isso que você veio buscar, não foi? — ela balança a cabeça confirmando — Então, pode ficar com ele. Eu acho totalmente desnecessário esse rito ridículo que as Stars fazem com as novatas... Sem ofensa.

— Tudo bem — ela sorri sem graça. Era mesmo ridículo.

— Vem — ele a chamou até a janela do seu quarto — Pode sair por aqui, você só precisa dar a volta e contar para suas amigas uma história incrível de como você conseguiu o cinto.

Hana ainda tentava entender como ele podia ser tão legal com alguém que acabou de conhecer, além de que, tecnicamente, ambos são rivais.

— Obrigada — agradece, enquanto passa pela janela — errr...

— Shirou Fubuki, mas pode me chamar só de Fubuki, se quiser — ambos sorriram. Agora ela realmente se lembra dele. O garoto exemplar que tinha um irmão “desinteressado”.

— Certo, Fubuki. Obrigada mesmo.

Samantha e as garotas já estavam pensando em invadir o prédio para resgatar a canadense, quando ela chega correndo pelo outro lado do prédio.

— Meu Deus do céu! — exclama Samantha. — Onde você estava?!

— Pensei que tivesse morrido — Yasmin quase grita, fazendo a loura ri um pouco.

— Eu tive um pequeno probleminha, mas deu tudo certo — Mostrou a elas o cinto que ganhara de Fubuki.

— Que tipo de probleminha?

— Nada demais. O importante é que deu tudo certo no final.

— Deixa eu ver — Yasmin pega o cinto e o examina. — Hum, de quem era?

— Não sei — mentiu. — Mal olhei o rosto.

— Irmãs — Samantha se pronuncia, tirando o cinto delicadamente das mãos de Yasmin e erguendo-o. — VITÓRIA! — e nisso, ela põe fogo no acessório.

Meu cinto! choramingou Hana. Ela gosta mesmo de pôr fogo nas coisas! A garrota semicerrou os olhos, percebendo como as Stars levavam aquilo a sério, enquanto os garotos pareciam ser bem mais tranquilos.


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Notas finais do capítulo

Assim como no anterior, mudei pouca coisa nesse capítulo. Tirei umas coisinhas e tal. E, ah, aparentemente eu tinha colocado que a mãe da Hana morria e eu fiquei ???? porque realmente não lembrava disso aahusa. Nessa nova versão ela está vivíssima, acho que isso vai ser melhor pro que eu tô planejando ;) Notas antigas a seguir:

O que acharam? Eu gostei bastante desse cap ^^ E daqui pra frente as coisas só ficam cada vez mais tensas! O.O (tretatretatreta) Eu até ia colocar no que a Hana pisou, mas depois resolvi mudar e deixar isso a critério da imaginação de vocês heheh. Admitam... vocês pensaram que o líder era o Atsuya, não foi? ahsuhu. Eu deixei a Sam muito psicopata nesse final! Ashsuahus-q Mais lá pra frente vocês vão entender a mente de Samantha White u.u ♥ Comentem se tiverem gostado ^^ Até o próximo, gente ♥



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