A Maior Força do Mundo - O Amor escrita por Karlos


Capítulo 13
Capítulo XIII - Parede Branca


Notas iniciais do capítulo

Olá! Gente sei que estou sumido, mas pretendo retomar a fic novamente! Eu havia ficado meio chateado com a falta de comentários mas recebi um que me motivou a continuar. Essa fic e mais duas que estou escrevendo também está sendo postada no Spirit com o mesmo nome e lá meu user é Rhyo...
PS: a música que o Miguel traduz para o Dean do português para o inglês é do Luan Santana e se chama "Parede Branca".
Aproveitem!



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Escadas do Cristo Redentor - Rio de Janeiro - Brasil

Em um piscar de olhos, Dean estava no bunker e segundos depois, ele e Miguel estavam aos pés da estátua do Cristo Redentor, no Brasil. Dean já a havia visto por fotos, televisão e jornais, porém ele não estava preparado para vê-la ao vivo e nem perceber a quão majestosa ela era. E, realmente, como Miguel alertara no bunker, aquela estátua emanava uma energia positivamente divina, calmante e acolhedora.

Dean era conhecido por sempre duvidar do Pai de Castiel, de Deus. Mas até ele reconhecia o conforto que ele estava tendo ali; como se o próprio Deus o estivesse consolando. Se sentindo meio envergonhado por estar lembrando Dele apenas agora, nesse momento trágico, Dean faz uma pequena e silenciosa prece à Ele, pedindo forças e proteção para todos que o caçador ama.

Miguel parecia alheio ao que estava se passando no interior de Dean, porém sentiu a prece silenciosa que o caçador estava fazendo e isso o alegrou imensamente. Claro, ele não a ouviu – pois a prece não era direcionada a ele – mas só o fato de sentir que o caçador estava abaixando uma de suas resistências mais fortes já valeu a visita ao Rio.

Se sentindo por um momento em paz, Miguel permitiu a seus olhos vagarem pela imensidão azul da Baía de Guanabara, sentindo o vento em seu rosto, como se fosse uma delicada carícia. Ah, como ele sentia falta de seu Pai... Mas uma coisa que Miguel aprendeu era que nada do que Ele fazia era sem motivo. O jeito era esperar. Com esses pensamentos rolando por sua mente, ele quase não percebeu que Dean o havia chamado:

— Miguel? - o caçador o encarava com o semblante preocupado. - Você está bem?

— Estou sim, Dean. Só estava sentindo o vento no rosto e aproveitando essa sensação maravilhosa de paz desse local.

— Realmente, aqui é mesmo muito reconfortante. Agora entendo porque essa estátua atrai tantos visitantes de outros países. Mas e agora? O que faremos?

— Bom, enquanto você estava olhando a estátua, eu fiz uma varredura por toda essa área e nada de anormal, nenhum tipo de energia das trevas se manifestando aqui.

— Então vamos ao encontro de Gabriel e Sam?

— Não. Eu combinei com Gabriel de nos encontrarmos aqui depois que eles terminassem de averiguar a área da floresta.

— Bom. Então só nos resta esper... - Dean não conseguiu completar a frase, pois nesse momento o seu estômago impaciente por não ter tomado café da manhã, se manifestou em um leve ronco.

Miguel não se conteve ao ver Dean passar de sua cor bronzeada para um vermelho pimentão, o que realçava seus olhos verdes e suas pequenas sardas do rosto e soltou uma gargalhada. Uma gargalhada tão gostosa, tão espontânea, que até Dean se permitiu rir junto com o arcanjo.

— Mas agora, meu caro Dean, vamos cuidar do seu estômago reclamão. - Miguel disse assim que conseguiu parar de rir. - Você vai experimentar uma iguaria muito boa aqui do Brasil. Eu já volto.

Enquanto Miguel se afastava, Dean sentou-se em um banco sob a sombra de uma árvore com pequenas flores amarelas em seus galhos, o que dava um aspecto bonito aquele local em particular. Passeou seus olhos pelas pessoas que ali estavam. A maioria deveria ser turistas, pois haviam várias pessoas com câmeras nas mãos, rindo e se divertindo.

Suspirando, Dean fecha seus olhos, deixando seus sentidos captarem as diferentes atividades que aconteciam à sua volta. Quando ele dá por si, está prestando atenção a uma música que tocava ali por perto. Ele não estava entendendo, pois com certeza era uma música de algum cantor do país, mas a melodia chegava até seu coração, trazendo um misto de saudade e melancolia.

— É realmente uma música muito bonita. - Dean foi interrompido por Miguel, que já tinha voltado e se sentado ao seu lado no banco.

— Ah, é. Eu esqueci que você fala todas as línguas que existem. - Dean responde, abrindo os olhos. - Você poderia me dizer qual é a letra dessa música?

Diante desse pedido, Miguel traduziu a letra do português para o inglês, para que Dean a entendesse. Cada frase que Miguel traduzia, trazia uma sensação de saudade ao caçador. A letra parecia que fora feita para definir em poucas estrofes o relacionamento de Dean e do seu melhor amigo, Castiel.

"Não adiantaria se eu mudasse montanhas de lugar.

Não adiantaria nada se eu fizesse nevar.

Pra você, eu não existo, pra você eu não existo."

Realmente isso era verdade, constatou um amargo Dean. Cas já fez mais do que isso. Mudar uma montanha ou fazer nevar, não era nada ao que ele já fez por eles, e Dean nunca parou para dizer um obrigado para essas suas ações. Sempre o criticava, o seu jeito inocente de querer ajudar, a sua confusão quando não entendia alguma referência que ele e Sam faziam e outras coisas que o caçador não queria lembrar. Para eles, ou melhor, para ele, Cas só existia quando eles empacavam em algum problema e na maioria das vezes ele não existia.

"Mas eu não vou sofrer por isso, não.

Mentira, eu vou sim, mas não na sua frente.

Mas não na sua frente."

Parando agora e refletindo sobre tudo o que aconteceu, será que o anjo sofreu em silêncio pela indiferença dele? Tudo bem que ele sempre correu para ajudá-lo, para salvá-lo, mas qual era o sentimento que o levava a fazer isso? Culpa? Dívida por ele os ter salvado mais do que eles poderiam contar? Era difícil ler os sentimentos de Cas, pois ele sabia esconder muito bem com aquela feição neutra e indecifrável, mesmo quando ele virou humano por pouco tempo.

"Você me vê, como uma parede branca.

Me vê , assim.

Você me vê, como uma parede branca.

Me vê assim."

Agora, Dean já não conseguia segurar as lágrimas. Era isso o que ele fazia de Castiel. Uma parede branca. Uma parede sem graça, que passa despercebida muito fácil, que não chama nossa atenção por não ter nenhum atrativo interessante para nós. E Dean precisava esclarecer que não era assim. Castiel tinha atrativos que atraíam Dean, que só não os falava por causa da maldita pose de machão que ele insistia em se esconder. As qualidades de Castiel, como a bondade, o carinho, a lealdade e amizade (para citar algumas) e Dean nunca sequer agradeceu por apenas uma: a de ser um amigo leal.

— Dean... Dean... - Miguel o chama várias vezes.

— Hã... O quê? Ah, Miguel. - o caçador o encara.

— Dean, eu sei que dói, mas ânimo. Ele não queria que a gente ficasse triste pelos cantos. Ele se foi do jeito que ele mais prezava: lutando, caindo como um verdadeiro soldado. Nós vamos trazer justiça a ele, eu prometo. - Miguel fala, olhando diretamente dentro dos olhos de Dean, que não desviou o olhar. Aqueles olhos o deixava tranquilo, seguro. - Mas, agora, coma para recuperar as energias.

Dean pega o embrulho que Miguel estende à ele. O cheiro era bom. A bebida no copo tinha uma coloração verde-musgo, mas ele ia experimentar.

— Nossa! Mas que delícia! - disse com a boca cheia. - O que é isso, Miguel?

— A bebida se chama caldo-de-cana, ou garapa em alguns lugares daqui, e a comida se chama pastel de carne moída. Não é igual ao hambúrguer que você está acostumado, mas também é gostoso.

— É uma delícia! - Rebate Dean, voltando ao seu semblante normal.

— Bom, Dean. Termine de comer que enquanto Sam e Gabriel não mandam notícias, vamos dar uma volta para você conhecer esse país maravilhoso. - Dean concorda com a cabeça e a boca cheia, o que faz Miguel dar um pequeno sorriso.

E assim, enquanto eles esperavam, Miguel ia conduzindo Dean a um passeio pelas ruas do Rio de Janeiro, explicando com entusiasmo a cada dúvida do caçador. Assim, como Miguel planejou, ele não ficaria deprimido ao pensar em Castiel.


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Notas finais do capítulo

É isso aí! Tem mais capítulos prontos, que eu vou postando pouco a pouco e dependendo da recepção dessa fic, eu posto as outras aqui também, pois nós somos movidos a opiniões, he he... Uma é Destiel no Universo Alfa-Beta-Ômega e Teen Wolf, com um shipp nada usual. E lá o pessoal incentiva a gente a continuar. Então fantasminhas, revelem-se! Até o próximo!



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