ANGELUS

Dois pra cá,

Dois pra lá.

A sua benção, padre?

Pois eu pequei.

Eu era um anjo,

Eu era um bom rapaz,

Mas eu pequei

Pois a tentação era forte demais.

Seu corpo forte,

Seus braços grandes,

Seu pau era enorme

E ele bombava na cama.

Padre, eu pequei.

Padre, eu trai a confiança.

Padre, eu pequei contra a castidade.

Padre, eu não tenho tanta idade.

Padre, eu faria de novo.

Isso não é novidade.

Padre, o que devo fazer?

Padre, eu passei meu batom de prostituta.

Padre, eu subi no salto.

Padre, eu assumi algo que não sou.

Padre, eu fiz por prazer.

Padre, eu não sou assim.

Padre, o que devo fazer?

Não me olhe assim, Padre.

Quer que eu faça no senhor também?

Eu aprendi bem.

Fiz mais de uma vez.

Padre, eu fui tomado por algo que não era eu.

Padre, por quê não tomamos um pouco do vinho da sacristia?

E depois vamos para qualquer lugar.

Padre, eu sou o inimigo.

Padre, eu vou lhe tentar.

E padre, eu sei que vou conseguir.

Padre, eu vou rir da sua cara.

Vou gargalhar

E te fazer gozar.

Meu filho, vinte ave-marias ao soar dos três toques do

Angelus.

E essa história será esquecida.

Vá em frente, meu filho.

E mais tarde, passe na sacristia,

Pegue um vinho

E me encontre na casa paroquial.

Tenho um serviço para você.

Eu também pequei

E pecarei novamente com você, meu filho.