M i m escrita por Daniel Aronte
Notas iniciais do capítulo
Esse poema contém linguagem chula, apologia ao sexo e violência.
Se não gostar desse estilo de leitura, não leia.
CASOS
Já tive um affair,
Dois ou três.
Só dou sorte
Com caras casados.
E com mulheres
O negócio é mais embaixo.
Em meus casos,
Sempre fui a outra.
Sempre sou a outra.
A vagabunda, a vadia,
Aquela que maridos fodem quando o casamento é falido.
Mas eu já me acostumei,
Ser a outra é a coisa que melhor sei.
Sou uma demônia,
Sou fruto do mal,
Sou movida por vingança.
Sou uma mulher de casos.
Sou aquela que você despreza,
Mas seu marido faz questão de dizer entre os amigos
Que pegou e fez de jeito.
E juntos,
Eles dão risos.
Muitos.
Da sua cara.
De corna.
E eu rio junto,
No meu lugar.
Da sua cara
Por todas as vezes que ficou olhando para mim,
A me julgar.
E quando o sangue pingar em sua testa
E seu marido estiver morto acima de você,
Preso no teto,
Lembre-se da vadia aqui.
Pois eu fui a última
Com quem ele fodeu.
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A partir daqui, os poemas ficaram mais pesados, envolvendo mais o que esse envolve, sendo uns mais pesados que os outros.