Tão Perto. Tão Distante. escrita por Mia Golden


Capítulo 17
Billy


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! Feliz Páscoa atrasada! Rsrsrsrs
Mais um capitulo pra vocês.
Bjs da M



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Aquela semana passou rápida apesar dos acontecimentos. Eu e minha família estávamos bem. Parece que a morte de meu pai foi um alivio apesar, é claro, dos meus avós e Jenny terem sentido mais. Mas soubemos através de um psicólogo da prisão, que meu pai não tinha mais cura se dependesse dele. A mente dele estava obscura e ele só pensava coisas negativas. Ele morreu sem ao menos ter tentado mudar.

Era sábado. Eu decidi que ficaria em casa. Não estava animado para sair. Davis já havia me ligado me convidando para irmos para a praça com os amigos, mas não estava no clima. Ele me entendeu. Sei que Hannah também vai. Falei com ela também, ela disse que passaria em minha casa mais tarde.

Minha mãe levou Jenny e o namorado para sair, assim só eu fiquei em casa. Fiquei no quarto, depois fui para a sala, para o jardim, mas nada estava bom. Estava impaciente. De repente percebi que estar em casa não era o melhor a fazer. Precisava mesmo sair. Me arrumei e sai com o meu carro. Estava sem saber ao certo aonde ir. Andei mais alguns quarteirões até me dar conta que já estava andando em círculos. Mas me lembrei de alguém. Fazia tempo que não conversava com essa pessoa.

Parei o carro em frente a casa do tio Alex. Assim que entrei avistei Brenda, ela regava algumas flores.

— Oi Brenda! – disse me aproximando.

— Billy! – disse ela sorrindo. Soltou o regador e veio em minha direção me abraçar. – Como esta querido?

— Bem.

Ela me olhou com carinho.

— Você estava sumido por estes dias!

— Sim...eu só queria ficar sozinho...

— Entendo. Você quer ver o Davis ou a Hannah? Eles não estão!

— Na verdade não, eu gostaria de ver o tio Alex, ele está?

— Sim! Esta na sala vendo o jogo.

Sorri.

— Obrigado.

Assim que entrei, fui em direção a sala. Tio Alex olhava o jogo segurando a pequena Carly.

— Oi tio. – disse me escorando na batente da porta.

Ele me olhou e sorriu.

— Billy! – ele se levantou segurando Carly em um braço e veio me cumprimentar.

— Olá. – disse lhe dando um breve abraço. Carly agarrou minha camiseta fazendo nos dois rirmos.

— Quer ir com o Billy querida? – disse tio Alex.

Carly jogou os bracinhos pra mim. Não aguentei e a peguei. Ela era um bebe muito tranquilo.

— Venha, vamos nos sentar!

Nos sentamos.

— Brenda disse que você estava olhando o jago!

— Sim...é só pra distrair!

Olhei para meu tio. Ele parecia um pouco abatido.

— Eu só...precisava ficar com alguém hoje...então pensei em você. Faz tempo que não conversamos.

Tio Alex sorriu.

— É verdade! Mas você sabe que sempre pode vir aqui não é?

Concordei. Alcancei a Carly seu ursinho roxo. Ele o pegou e começou a morder. Nos dois começamos a conversar. Me esqueci de como era bom conversar com ele. Tio Alex era incrível. Invejava isso do Davis desde criança. Queria ter um pai assim. Quando vimos, já estava quase escuro e Carly já havia dormido no meu colo.

Brenda entrou na sala.

— O Davis e a Hannah já estão vindo. Billy, você vai jantar com a gente não é?

— Bem, eu...

— Claro que vai! Já faz um tempinho que não janta com a gente!

— Ok.

— Me deixe levar essa dorminhoca aqui. – Brenda pegou Carly que já havia dormido profundamente no meu colo. – Ela gosta de você!

— Eu também gosto dela!

Assim que Brenda saiu, tio Alex me abraçou pelos ombros.

— Você sabe que pode vir quando quiser Billy. Você é como meu filho...nunca vou me esquecer de tudo que fez pelo Davis.

— E as outras coisas? As...ruins?

— Aquilo é passado. Já esta tudo perdoado e não precisamos mais lembrar.

Sorri. Era bom ter a consciência leve.

Meia hora depois, Davis e Hannah chegaram. Assim que Davis me viu ele logo veio me cumprimentar.

— Não imaginava que você estaria aqui.

— Nem eu.

Davis riu e olhou para trás. Hannah estava nos olhando.

— Bem...eu vou subir pra tomar um banho e já volto.

— Esta bem.

Davis subiu e ficamos eu e Hannah.

— Oi – disse.

— Olá Billy.

Nos não havíamos nos falado depois do velório do meu pai.

— Como você está? – perguntou ela.

— Estou bem agora.

— E a sua mãe e a Jenny?

— Minha mãe esta bem, Jenny esta se conformando.

— Que bom.

— Desculpe não ter ido com vocês hoje para o centro...eu só queria estar longe do burburinho.

— Sem problemas! – ela se sentou no sofá. Sentei ao seu lado.

— Hannah... – disse respirando fundo – Eu falava serio quando disse que não queria que você me deixasse.

— Eu sei.

— Às vezes eu me sinto estranho...parece que algo esta incompleto. Estou rodeado de pessoas, mas me sinto sozinho.

Hannah sorriu tristemente.

— Sabe, você pode achar isso estranho. Mas às vezes eu me sinto ainda presa em algumas lembranças da Tina. Eu... ainda sinto a sua falta!

— É isso que faz você não querer ficar comigo? É sobre a Tina? É sobre o que ela sentia por mim?

— No inicio sim, eu me sentia uma traidora, pensando na possibilidade de eu sentir algo por você, sabendo dos sentimentos dela. Mas agora... – ela pensou no que iria dizer.

— Hannah...a Tina morreu! Ela foi importante pra nos dois sim, mas a gente não pode se enterrar com ela.

Hannah me olhou um pouco surpresa, mas abaixou a cabeça e suspirou.

— O que prende você Hannah? O que prende você de não ficar comigo?

Ela colocou as mãos no rosto. Ela parecia querer chorar.

— Hannah! – eu peguei sua mão. Ela parecia mesmo que iria chorar.

— Aquele dia que você me disse que me queria sempre ao seu lado, me mostrou que eu também não consigo ficar longe de você – disse ela com os olhos cheios d’água.  – Mas pra isso, você precisa ter paciência com a minha insegurança.

— O que você quer dizer?

Hannah olhou para os lados pra ver se ninguém iria aparecer.

— Venha comigo.

Ela se levantou e eu a segui. Fomos para o jardim. Estava uma noite agradável. Chegamos a um banco e nos sentamos frente a frente. Hannah respirou fundo.

— Hannah, por favor, você esta me deixando ansioso.

Ela sorriu tristemente.

— Billy... – ela engoliu a seco – A única pessoa que conhece a minha história e da minha mãe, é o Alex...e a Tina também sabia.

Fiquei surpreso. Será que ela iria me contar essa história? Pelo que o tio Alex contava por cima, era algo ruim.

— Você vai me contar?

— Eu...vou.

Segurei sua mão.

— Então pode falar.

Ela me olhou com os olhos marejados.

— Mas tem uma coisa Billy – uma lágrima correu pelo seu rosto – Depois que eu contar essa história, você vai decidir se ainda vai querer ficar comigo.

De repente meu coração disparou.


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Notas finais do capítulo

O capitulo da Hannah sai hoje mais tarde!!



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