It Comes Back to You escrita por Swimmer, Izzy


Capítulo 4
Fire




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–New York, Presente.
Pov's Ashley
Helena e eu estávamos indo rumo a Hurleyville. Eu dirigia e ela lia uma matéria sobre o caso murmurando coisas sem parar.
—Endoidou de vez?-perguntei olhando para ela pelo canto do olho.
Helena sorriu balançando a cabeça negativamente.
—Só estou lendo um pouco sobre o caso e... Bem, não tem quase nada.
—O que diz ai?
—Só escreveram que duas pessoas foram mortas em menos de quatro dias-disse enquanto prendia o cabelo-Praticamente no mesmo local... Casa para Meninos do Sonny.
—Bizarro...-falei soltando uma risada fraca-Os mortos foram os meninos dessa tal casa?
—Não, isso que esta me incomodando. As pessoas que foram mortas só trabalhavam lá... Se bem que mesmo assim tem alguma ligação com aquele lugar.
Concordei com a cabeça. Depois disso não falamos mais nada sobre o caso e no carro só se ouvia o som da música estranha que tocava no rádio.
Chegamos na tal "Casa para Meninos do Sonny". Não era nada mais que uma pequena propriedade rural com uma casa média e celeiro. Algo bem... Normal.
—Lugarzinho simpático, não?-falei fechando a porta do carro.
Helena riu fazendo o mesmo.
Um carro preto, aparentemente um daqueles Impalas antigos, muito bem conservado estava estacionado próximo a casa.
Helena bateu na porta e esperamos alguns minutos até ela ser aberta por um homem grande. Muito grande.
—Ah, olá. Sou Sonny, em que posso ajuda-las?-perguntou ficando entre a varanda e parte de dentro da casa.
—Somos do FBI. Gostaríamos de fazer algumas perguntas sobre as mortes que ocorreram por aqui. Se o senhor não se importar, claro...-Helena disse e o homem lançou um olhar estranho, mas pediu para que entrassemos.
—Se não for atrapalhar, posso dar uma olhada por aí?-perguntei e Sonny assentiu com a cabeça-Já volto...
Sai da sala deixando Helena e Sonny à sós. Subi uma escada que dava para um quarto, aparentemente, onde os meninos dali dormiam.
Nada de anormal por ali. Andei um pouco mais pelo lugar e ouvi algumas vozes.
Coloquei a mão em cima da arma só por garantia, fui me aproximando devagar e a cada passo as vozes ficavam mais altas.
Passei pela porta que estava aberta e me vi apontando uma arma pro rosto de dois caras. Um deles também tinha uma arma apontada para mim.
Suspirei e abaixei a arma lentamente colocando-a de volta no lugar.
—Desculpe... Só... Ah, desculpe-falei e eles assentiram meio devagar-Sério, desculpe. Pode guardar isso ai.
O cara do cabelão murmurou alguma coisa e o outro guardou a arma.
Eu e minha mania sair apontando a arma pra todo mundo, sem perguntar nada. Isso vai acabar me matando.
—Então, você é...?
—Sou agente especial do FB...
—Agentes do FBI não saem apontando armas para as pessoas do nada e não se vestem assim.Queremos saber quem é você de verdade-o loiro me cortou e revirei os olhos.
—Dean!
—Qual é Sammy, ela pode muito bem ser um demônio ou qualquer outra coisa que está causando essas mortes. Mas do FBI sei que ela não é, e você também sabe. Pare de ser simpático...
Caçadores. E cá entre nós, muito bonitinhos.
—Caras, não dá pra fingir que estou disfarçada ou coisa assim...E não sou um demônio. Eu caço eles. Porque todo mundo acha que eu sou um deles? É tão difícil acreditar que eu caço alguma coisa?!
—Sim-responderam em uníssono e me encararam por alguns segundos, e depois começaram a discutir,se eu era um demônio ou não, como se eu não estivesse ali.
—Ela pode estar dizendo a verdade...
—Ou não-retrucou jogando água benta no meu rosto.
—Sinceramente? Vão se foder!
Sai de lá tentando me convercer a não voltar e dar uns tiros nos dois. No meio do corredor encontrei um menininho sentado no chão com um bonequinho na mão. Na verdade só vi ele porque quase tropecei nas pernas do mesmo.
—Ei, cara...Qual seu nome?
—Timmy-respondeu com a voz aguda.
—O que faz aqui sozinho Timmy?-perguntei me sentando do lado dele.
—Brincando!-disse fazendo seu bonequinho de super herói voar.
—Gosta de super heróis?-ele assentiu com a cabeça-Eu também... Posso te fazer uma pergunta?
Fez que sim com a cabeça novamente.
—Você viu alguma coisa de estranho por aqui, antes... Bem, das mortes?
Timmy fez que não com a cabeça várias vezes.
—Eu... Eu não consigo controlar ela. Não consigo!-disse antes de sair correndo dali e me deixando com a maior cara de "WTF" sentada no chão do corredor.
Me levantei e fui procurar Helena, que ainda estava sentada na sala falando com Sonny,só que agora na companhia dos caras que vi lá em cima.
—Huum... Helena, posso falar com você um minuto?
Ela assentiu e me seguiu até a varanda. Me olhou feio e depois soltou uma risada.
—Nem vem, os dois carinhas bonitinhos ali já sabem. O idiota achava que eu era um demônio-falei revirando os olhos e ela soltou outra risada-Fiz algumas perguntas pra um menininho que vi no corredor.
—Ele disse algo importante?
—"Eu não consigo controlar ela".
Ela olhou para os outros dois meninos que roçavam o gramado e depois se virou pra mim.
—Só isso?
—Aham, depois ele saiu correndo pra sei lá aonde.
—Sinistro.
—Completamente...
Assim que terminei de falar um grito ecoou pela varanda. Nos viramos na direção do grito e um dos meninos estava no chão com a mão sangrando, enquanto o outro veio correndo em nossa direção gritando o nome de Sonny.
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—O garoto vai levar uns 16 pontos na mão, mas vai ficar bem-Dean disse entrando na sala.
Estávamos eu, Helena e Sam sentados no sofá tentando descobrir alguma coisa sobre esse caso. Na verdade, Helena e ele estavam pesquisando sobre alguns assassinatos ou acidentes pela área e eu só fiquei ali alternando o olhar entre os dois notebooks. O que não foi nada bom, porque me deu uma baita dor de cabeça.
—O ferimento do menino tem alguma coisa ligada com as mortes?-Helena perguntou e encaramos Dean esperando uma resposta.
—Parece que não, a não ser pelo rosário que Rose sempre carregava. Que do nada surgiu no gramado e enros...
—Enroscou na roçadeira. O menino colocou a mão lá pra tirar e ao invés disso, ficou sem dedos-completei assentindo-É, faz sentido.
—E também tem Timmy-Sam disse fazendo com que Dean arqueasse a sobrancelha.
—O que tem ele?-perguntou meio desconfiado.
—Ashley disse que ele falou algo como "eu não consigo controlar ela", quando fez uma pergunta sobre se ele tinha visto algo estranho.
Dean deu de ombros e então Sonny chegou dizendo que teria que ir pra cidade e que já voltaria.
Sam foi dar uma olhada no celeiro, mesmo com Dean avisando que já tinha olhado por lá. Helena continuou no notebook, o loiro foi pra cozinha e eu fiquei ali encarando o teto tentando pensar em alguma solução para tudo aquilo.
Até que ouvimos alguns barulhos estranhos e corremos pra cozinha.
A cena era a seguinte: Timmy e uma garota que não sei da onde surgiu dentro de um círculo de sal, Dean com um pedaço de ferro na mão e alguma coisa totalmente deformada de vestido na frente deles.
–Porra-Helena e eu murmuramos e o espírito se voltou para nós.
Helena e Dean foram jogados contra a parede em questão de segundos e eu, sempre a que se fode mais, me vi sendo arrastada pra cima do armário cheio de potes de vidro com o que parecia ser tempero.
Respirei fundo sentindo os pequenos cacos de vidro nos meus braços.
O espírito se virou para a menina e Timmy. O vento que entrou pela janela fez com que o círculo se rompesse em um dos lados e então a menina saiu correndo puxando Timmy. O que já posso dizer que deu merda. Dean golpeou o espírito com a barra de ferro, antes que ele jogasse a menina pra longe dali.
Timmy se encostou na parede com os olhos arregalados encarando tudo e a menina saiu correndo na direção da sala, Helena estava inconsciente ali no chão e então Sam entrou bruscamente na cozinha.
—Timmy, só você pode fazer com que sua mãe pare com isso! Eu vi... Eu vi, os desenhos na parede do celeiro. Vamos Timmy, assuma o controle. Só você pode mandar ela embora, só você pode fazer com que todas essas mortes acab...
Sam foi interrompido quando o espírito se virou pra ele, e assim o ergueu contra a parede sufocando.
—E...Ei Timmy!-falei com a voz falha-Vamos cara, você consegue.
Ele fez que não com a cabeça.
—Timmy...como um homem lembra? Assuma o controle, como se fosse aquele aperto de mão-Dean disse meio que se lembrando de algo.
O menino olhou pro chão e pro espírito de sua mãe algumas vezes, até que suspirou criando coragem.
—Pare mamãe! Eu te chamei, mas... Mas agora eu quero que você vá embora!-o espírito abriu os braços e tomou a forma de uma mulher loira, aparentemente de uns 40 anos que sorria-Eu também te amo mamãe, agora vai...
Olhei para Helena que agora olhava curiosamente para o espírito/mulher e então Sam foi pro chão fazendo um baita barulho. Quando voltei o olhar para Timmy não havia mais nada ali. Espírito... Nem Timmy. Ele agora abraçava Dean logo a frente.
Sonny agradeceu a gente e disse algo que deu a entender que Dean já havia morado ali também e que as portas sempre estariam abertas pra ele. Sam olhava a cena sem entender nada, mas com um olhar compreensivo.Pensei no que eu faria se tivesse passado pelo que Timmy passou. Ele e a mãe sofreram um acidente e ela tirou ele do carro antes que o mesmo pegasse fogo com ela dentro. Ele viu tudo, e pensando bem era muita informação pra um menino daquela idade. Eu estaria pirando. Olhei pela janela do carro e percebi que já estava tarde, aliás, já era noite. Helena e eu ficamos no carro por um tempo, absorvendo tudo aquilo e então o motor do Impala roncou tirando a gente do momento "Reflexão do Caso de Hoje".


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