Era mais um dia normal. Estava tudo muito calmo. Ou era o que parecia aos olhos dos habitantes de Frozen e para seus visitantes.

As pessoas conversavam em um domingo de folga, crianças brincavam com seus amigos ou com seus animais de estimação. O pessoal da Fairy tail conversavam, unidos, na área da hospedaria. Clair e Astarte estavam na torre da capela ao qual fora benzido.

— O sofrimento está chegando a está terra novamente - disse Clair, olhando tristemente para aquele céu nublado. — Ela não quer que esta terra chore mais. O que podemos fazer?

— Isto não depende de nós, somos só santas! Nosso dever não convém a parar guerras! - esbravejou Astarte, contrariando o pedido da deusa.

— Eu sei, mas...

— Mais nada! Não precisamos arriscar nossas vidas deste jeito que ela quer - disse Astarte, com raiva do desejo da deusa e dela mesma.

— Se você existir neste mundo, quer dizer que eu estarei viva também - disse Clair, colocando sua mão em seu rosto. — Porque somos uma só.

O rosto de Astarte corou e lágrimas saíram de seus olhos. Tentava enxugar suas lágrimas com suas mãos. Clair abraçou-a, colocando sua mão esquerda em sua cabeça.

— Pode chorar, Astarte.

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Crianças saíram assustadas do rio congelado, tentaram subir as escadas escorregadias. Umas ficaram para trás. Outras saíram gritando e chorando. Um ataque de trovão caiu sobre uma casa, destruindo tudo ao seu redor. As pessoas correram desesperadas. O ancião chamou-as para o esconderijo da cidade.

Os magos ouviram tudo e foram até onde escutaram a explosão. Clair e Astarte saíram correndo da capela. Todos chegaram juntos no mesmo local. E viram algo bem bizarro: o raskjar, que atormentava a cidade, estava saboreando da carne das crianças que não conseguiram escapar.

Natsu ficou furioso e atacou-o, negligenciado sua classificação de bestas perigosas. Todos ficaram com raiva e começaram a se prepararam para a batalha à sua frente.

— Este raskjar não pertence ao rank S de bestas do Paralelo - disse Clair, com os arregalados, olhando para a besta.

— Não pode ser... Está além de nossas expectativas - comentou Astarte, dando um passou para trás.

— Natsu, darei cobertura! - esbravejou Gray, usando seu Icemaker para prender a besta.

A besta que parecia bem concentrada em sua comida se esquivou do ataque do Gray e atacou com uma bola de fogo. Natsu devorou seu fogo. O raskjar correu em alta velocidade, suas asas de dragão foram levantadas como se ele fosse voar mais elas se transformaram em aço e tentou cortar seus inimigos. Astarte interviu com um escudo de conjuração branca.

Wendy usou seu Tenryuu no Houkou e o atacou para tentar afastá-lo da defesa da Astarte que estava começando a rachar como se fosse vidro. A besta se esquivou e atacou com pedras de gelo fazendo com que ela fosse jogada longe, para perto das crianças devoradas.

Charles fora até ela correndo. Happy segurou a camisa do Natsu e o puxou para cima. Erza atacou a besta usando a Kureha no Yoroi mais seu ataque foi interceptado, pois sua escama é muito dura.

— Que tipo de monstro é esse? - perguntou Gray, tentando usar novamente seu icemaker sem nenhum sucesso.

— Ele é um raskjar do rank SS - disse Astarte, tentando conjurar uma magia com a tensão do momento.

— Como assim?! - gritou Natsu, lá do céu antes de usar o raienryuu no Houkou numa tentativa em vão.

Todos os ataques deferidos na besta não surtiram efeito, na verdade, foi ao contrário, os magos e as santas estavam desgastados. Clair conjurou flechas que saíram de uns portais que flutuavam no céu atacando a pele rígida da besta.

A besta rosnou; de suas escamas saíram faíscas que subiram aos céus e atacou o Natsu e o Happy como um trovão enfurecido. A potência do relâmpago foi capaz de deixa-los impossibilitados de se levantarem.

Pouco à pouco todos foram caindo. A besta atacava-os sem misericórdia. Wendy começara a chorar ao ver seus amigos sendo massacrados um por um sem ao menos poder fazer nada.

Uma nevasca atacou a besta do nada. Ventava forte, muito forte. De longe se via uma grande onda de neve se formando e indo em direção a cidade. Uma onda tão gigantesca capaz de devorar a todos.

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Os moradores da cidade haviam entrado em um tipo de esconderijo subterrâneo. Estava escuro e bem úmido.

— O que acontecerá com os jovens guerreiros na superfície? - perguntou uma mulher de xale.

— Não sei, mas tenho certeza que ela virá a nós - disse o ancião, ascendendo uma tocha que iluminou a parte em que estavam.

Eles prosseguiram pelo túnel. sobreviventes choravam e tremiam de medo. Um lugar mais na frente estava claro. Ao chegarem lá, estavam onde a lua era refletida.

Estavam no mesmo local aonde Clair e Natsu passaram a noite juntos. E assim ficaram, enquanto a batalha na superfície se prolongava.

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Ainda distante da cidade, uma jovem branca de vestido leve andava pela neve. Causara uma grande nevasca. Sua pele, seus cabelos, seus olhos, sua roupa seus calçados eram tingidos por um puro branco.

Ela andava até a cidade que estava passando por maus momentos. Não apresentava quaisquer tipo de emoção em sua face. Uma grande onda de neve a perseguia por trás como se fosse sua coroa.

Demônios que surgiram de várias direções atacaram-na. Espadas e flechas surgiram de dentro da onda e perfuraram os demônios. Um encanto sagrado fora ativado, círculos de runas encarceraram os demônios destruindo de dentro para fora.

A dama de branco nada sentira. Passou por eles como se não fossem nada.

Na cidade, as santas se perguntavam quem estava indo ajudá-los naquela pacata cidade esquecida pela capital do Paralelo.

— Aquela onda de neve que está se aproximando... Será que é a santa da neve? - perguntou Astarte, ferida e caída ao chão, enquanto tentava chegar até seu báculo.

— Talvez - disse Clair, preocupada.

A nevasca ficou cada vez mais forte e se transformou em pequenas agulhas que atacaram o raskjar sem piedade. Ele finalmente sentiu dor.

A dama chegara na montanha que dá de cara com a cidade. Todos os magos e as santas que estavam na cidade conseguiram ver alguém no topo. A mulher de cabelos medianos, levantou o braço apontando para o céu e logo deu a ordem apontando para a cidade.

"Guerreiros de vidas passadas que salvaram esta terra e que a levaram à destruição imensas vezes.

Em nome da deusa Alma que lutou sempre com nós,

Eu rogo... nos salve com seu poder concedido por nossa mãe.

Luz do passado!"

Da onda de neve que formara atrás dela, foram caindo no chão branco. Guerreiros de guerras passadas apareceram como auras de luz prateada com suas armas em mãos. Guerreiros que marcaram história no Paralelo e que deixaram cicatrizes que nunca foram curadas.

Ao pedido da dama, eles saíram correndo até a cidade.

A besta estava preparando seu último ataque, suas asas sofreram uma pequena elevação, auras saíam de suas asas de várias cores representando os cincos elementos: Trovão, fogo, água, ar e terra. Antes de atacar, uma flecha o alcançou-o, fazendo com que ele perdesse a concentração.

Uma mulher de roupas negras e usando uma capa apareceu de repente em cima de um telhado portando seu arco-flecha posicionado para o próximo ataque. Do céu, um guerreiro de cabelos negros e olhos avermelhados desceu atacando-o com sua montante causando uma grande explosão.

Mais e mais guerreiros de diferentes classes apareceram deferindo golpes de grande precisão. O raskjar caiu no chão ferido. A legião de guerreiros deram espaço para sua invocadora que chegara na cidade.

Ao levantar o braço, todos os guerreiros do passado desapareceram. Ela andou até a besta caída, olhou para as pessoas feridas ao seu redor com lágrimas em seus olhos.

Natsu e os outros tentavam se levantar com suas forças restantes. A besta se levantou e tentou atacar a dama de branco mais fora perfurado por uma espada branca que caiu do céu sem nenhum aviso.

— A santa da neve? - perguntou Astarte.

— Não, ela não é uma santa - disse Clair, caída no chão olhando para a jovem em sua frente.

— Como assim...? - perguntou Erza, se apoiando em sua espada.

Da espada que perfurara a besta, se transformou em fragmentos que subiu aos céu e explodiu caindo na cidade como neve.

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Quando o ancião chegou até o lago onde a lua era refletida, no meio, uma criança estava sentada em um trono formada pela água. Ela estava olhando para a lua.

— O tempo acabou - disse a menina, de cabelos curtos e prateados, olhando para aquelas pessoas. — A deusa abraçou suas orações.

— Isso... - disse uma das mulheres, chorando bastante enquanto era consolada por seu marido. — Poderemos, finalmente, descansar em paz...

— Era o que queríamos desde o inicio - disse uma das tantas pessoas ali presentes.

— Minha mensageira fora fazer a limpeza na cidade, enquanto isso - disse a criança, se levantando de seu trono. — Já chegou a hora de todos vocês irem embora. Vamos?

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A neve que caía na cidade, curou as pessoas feridas e purificou a cidade. A cidade começou a fragmentar-se em minusculas estrelas que voaram para o céu. Ninguém sabia o que havia acontecido.

— A cidade de Frozen está desaparecendo - disse Wendy, vendo a cidade fragmentar-se rente aos seus olhos.

— Os corpos das crianças... - comentou Gray, com seus olhos arregalados.

Os corpos estavam desaparecendo do mesmo jeito que a cidade. Lágrimas percorriam o rosto da dama branca. Por um momento, parecia que tudo havia voltado a paz.

Natsu e os outros, finalmente, conseguiram se levantar. Ficaram olhando para a dama inerte em sua frente, hesitantes. À medida, que a vila fundia-se a neve, acontecerá algo incrédulo. Pequenos fragmentos de neve deixava a dama e se transformavam em pontos cintilantes. Um a um saiam voando por aquele céu enuviado.