Oração de neve escrita por FranMary


Capítulo 2
Dança da luz


Notas iniciais do capítulo

Me desculpe pelos erros, pois meu word está em inglês.



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Todos haviam se hospedado no mesmo lugar. O clima permanecia gelado como sempre. Todos descansavam em seus aposentos, exceto a Clair que estava na ponte, que conectava uma parte da cidade a outra, olhando para o rio congelado e as crianças brincando nele. Natsu e Happy que estavam visitando a cidade se depararam com a sacerdotisa que parecia com a Lucy e foram até ela.

— É bonito e calmo aqui - disse Clair, percebendo a aproximação de seus colegas de hospedaria. — Não é mesmo?

— Sim - disseram Natsu e Happy, assustando-se com a percepção da jovem.

— Me pergunto como se chamam.

— Me chamo Natsu Dragneel e este é meu companheiro Happy.

— Ayer Sir!

— Entendo - disse Clair, soltando um riso.

— Este lugar parece ser calmo, não é mesmo Natsu? - disse Happy, olhando ao seu redor.

As pessoas caminhavam pelas ruas com sacolas de compra, crianças brincavam. Realmente parecia bem calmo.

— Estamos sofrendo uma guerra neste exato momento - disse Clair, com um olhar triste.

— Guerra?!

— Sim, a aliança do rosário contra a aliança do eclipse - disse Clair, olhando para o céu que reflete todos os sentimentos. — De tempos em tempos, sofremos... Nunca haverá fim. Esta terra já foi destruída e voltou à vida mais uma vez e sempre voltará, não importa quanto mais nós devamos sofrer.

— Você...

— Estou com fome - disse Happy, com o estômago roncando. — acho que voltarei para a hospedaria, Natsu.

— Ficarei um pouco mais - disse Natsu, olhando para a Clair.

— Vou na frente, então - disse Happy, preocupado com o Natsu.

Desde o dia que Lucy se foi, Natsu passara horas olhando para aquele céu que ela tanto olhará. Todos da guilda se preocuparam ele e mesmo assim ele deixava claro que não precisava se preocupar.

Happy saiu pelas ruas da cidade sozinho, enquanto Natsu ficara do lado da Clair ouvindo a história que ela estava contando.

#

— Natsu e o Happy estão demorando demais - disse Charles, sentada no sofá juntamente com a Wendy.

— O almoço está pronto - disse Erza, chegando na sala de estar. — Alguma noticia do paradeiro do Natsu e do...

— Happy? - disse Gray, vendo o Happy do lado de fora pela janela.

Erza fora até a porta e abriu-a, deixando o Happy entrar sem dificuldades. Todos olharam para ele esperando algo vir dele. Happy ficou tenso e não sabia o que dizer.

— Natsu ficou com a Clair lá na ponte - disse Happy, o mais sincero possível.

— Se ele está com a Clair, então vocês não precisam se preocupar - disse Astarte, aparecendo de repente.

— Você...

— Me chamo Astarte e qual o de vocês?

Todos ali presentes começaram a se apresentar e finalmente deixaram suas diferenças de lado. Foram almoçar juntos. Conversaram bastante do local de onde vieram e como era as pessoas de lá.

#

— Acho que quero te mostrar algo bem bonito - disse Clair, olhando diretamente para o Natsu.

— Algo bonito?

— Sim, vamos - disse Clair, pegando em sua mão e saindo com ele de mãos dadas.

Foram para um local um pouco distante onde ficava um bosque congelado. Era belo mesmo que não possuísse vida. Clair soltou a sua mão e se afastou um pouco do jovem mago. fez um movimento com suas mãos como se estivesse pegando um globo em suas delicadas mãos. Faiscas de luz de ouro saíam delas e alinhavam umas as outras, tecendo no ar. Natsu ficou sem palavras.

Com isso, ela começou a movimentar as mãos levemente pelo ar, e começou a mexer seu corpo em movimentos suaves. Os fios, as faíscas saíam de sua pele e entoavam ao seu redor. Com os olhos fechados, tudo se tornou mais suave e doce.

Clair dançava a canção da deusa com seu vestido e com seu cetro em suas costas como se nada tivesse atrapalhando-a. Isto acalmou o coraçao do Natsu e o deixou com muita vontade de chorar. Pouco a pouco se lembrara da Lucy e de seu sorriso e como ela era bem inteligente.

Um ruído fora ouvido, fazendo com que a neve depositada nos galhos congelados caíssem no chão. Era um rosnado estridente. Clair parara de dançar e pegara em seu cetro. Natsu se sentiu impossibilitado de fazer algo e ficou parado sem reação.

— Isto é... Este rosnado... Um Raskjar - pensou Clair, ouvindo o rosnado se aproximar de onde eles estavam.

Quando Clair olhou para o Natsu, ele estava em um tipo de transe. Ela não pensou duas vezes, agarrou-o sua mão e saiu correndo do local.

— Não podemos voltar para a cidade, porque assim levaremos o Raskjar - pensou Clair, enquanto forçava a corrida com o Natsu pelas àrvores de gelo.

Corriam sem olhar para trás. Clair avistou uma entrada para uma caverna e entoou um conjuração de rastreamento e de bloqueio. Rastreou o local da caverna e bloqueiou a entrada, após entrarem.

Com a entrada bloqueada por sua conjuração o seu cetro brilhou, iluminando a escuridão da caverna. Ela e o Natsu saíram vagando pelo corredor.

#

Já estava de noite, todos estavam preocupados com a demora dos dois. Antes que a Erza pudesse sair, a velha dona a impediu. Todos ficaram assustados com suas vestes extravagantes.

— Você não pode ir lá para fora, nenhum de vocês - disse a velha, com rosto enrugado. — Entendido?

— Natsu deve estar em perigo ou...

— Ele está bem - disse Astarte, lendo um livro. — Porque ele está com a Clair.

— Agora não estou entendo nada - comentou Gray, sentado na poltrona. — O que tanto os atormenta e porque Natsu ficará bem ao lado daquela garota?

— Há um Raskjar ao redor da cidade - disse a velha, acendendo uma vela, pois faltará luz.

— Isto é o que atormenta a cidade? - perguntou Astarte, fechando seu livro.

— Sim.

— O que é um Raskjar? - perguntou Wendy, com calafrios.

— É um ser das sombras classificado na categoria S de bestas perigosas - disse a velha, enquanto colocava a vela em cima da mesa de centro. — De tempos em tempos somos aterrorizados por ele. Ele vem até nós a cada lua cheia procurando o nosso sacrificio. A paz que muitos veem que temos é só uma faxada, mais estamos sofrendo no fundo.

— Não somos capazes sozinhas, devo chamar reforços - disse Astarte, séria. — Somos somente rank A.

— E nós? - perguntou Erza, não gostando da ideia de ficar por fora.

— O motivo de vocês estarem aqui deve ser outro - disse Astarte, encarando a Erza. — Tenho certeza que sim.

— Mais qual o motivo? - perguntou Charles, pensativa.

— Uma hora deverá vim a tona, não se preocupem com isso.

#

Dentro da caverna, Clair havia achado um lugar exuberante. Haviam lagoas dentro da caverna de águas cristalinas e não estavam congeladas. Estava claro com a luz da lua que penetrava o buraco no teto da caverna.

Ela deixou o Natsu descansando. A energia da Clair estava fraca, então ela resolveu entrar dentro daquelas águas puras de desejos humanos; antes disso, ela tirou suas roupas pesadas e ficou com um vestido de tecido fino e começou a entrar na água.

Natsu acordara de seu sonho e olhara para o lado. Ficou impressionado o quanto era belo o local ao qual estava e mais belo ainda a Clair se banhando naquela água que refletia tudo.

Seu rosto ficara corado com sua beleza exuberante. Agora dava pra ver claramente como Clair era. Seus longos cabelos loiros combinavam perfeitamente com seus olhos chocolate avermelhados e sua pele branca que mais parecia seda.

Clair percebera o olhar do Natsu e mesmo assim, saíra da água indo até ele. Seu corpo à vista pelo tecido molhado estava de frente com o corpo de um homem, o Natsu. Ela não sentira vergonha de si mesma.

— Sua amiga está bem, eu tenho certeza - disse Clair, colocando sua mão no peito do Natsu. — Pelo amor de alma, ela deve estar bem em algum lugar.

— Como você sabe disso?

— Simplesmente, sei.

#

Erza e o pessoal se conformaram e foram para os seus aposentos. Astarte ficou mais algum tempo na sala com a velha senhora.

— Aquela garota... Que destino cruel - disse a velha, sentada no sofá.

— Clair é forte - disse Astarte, com um grande apreço.

— Porque você confia tanto nela?

— Porque eu a amo - disse Astarte, sorrindo. Ela deu um bocejo e se espreguiçou antes de dar boa noite e sair da sala de estar iluminada por uma vela que estava quase para apagada.

#

Já era de manhã. O pessoal ainda estavam dormindo quando Natsu e Clair voltaram sã e salvos.

Astarte havia acordado quando ouviu um barulho vindo de suas bagagens. Clair estava procurando uma roupa quente e aconchegante. Astarte não se importou muito e voltou a dormir.

Quando todos acordaram, Natsu e Clair já haviam tomado o café da manhã e já estavam ajudando a velha dona a limpar a hospedaria.

— Natsu aonde você estava ontem à noite? - perguntou Erza, quando o viu com uma vassoura na sala de estar.

— Eu estava dentro de uma caverna com a Clair - respondeu Natsu, não entendendo a pergunta.

— O que vocês estavam fazendo numa caverna? - perguntou Erza, não dando espaço para os outros questionarem.

— Um Raskjar estava por perto, então o lugar mais seguros que achamos foi a caverna perto da montanha - mencionou Clair, tentando amenizar a preocupação de seus amigos com o Natsu.

— Isso...

— O que importa é que vocês estão bem - disse Astarte, aparecendo atrás do Gray.

— Sim - disse Gray, abrindo espaço para a Astarte passar.

— É melhor vocês não desaparecerem mais - disse Erza, de mãos cruzadas.

— Não faremos mais isso - disse Clair, tirando as palavras da boca do Natsu.


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