POVs Jacob

Ninguém acreditava no que eu e Cindy falávamos, exceto por mamãe e papai, e por incrível que parece, o Professor Dumbledore também acreditava.

– Iremos levá-los para os dormitórios. – mamãe falou sorrindo, pegando eu e Cindy e nos levando.

Ninguém dizia nada, e comecei a pensar que até meus pais podiam estar achando que éramos loucos.

– Vocês tem certeza mesmo que era o Régulos? – mamãe perguntou parando no meio do corredor.

– Sim, pensamos que era o Tio Sirius, depois percebemos que era ele. – Cindy falou cansada de repetir aquela frase.

Mamãe ficou em silêncio pensando, olhando pelo corredor, papai ficou andando de um lado para o outro.

– O que ele fez? – mamãe perguntou.

– O que isso interessa? – papai perguntou a encarando. Mamãe apenas continuou nos olhando, esperando uma resposta.

– Como já dissemos pensamos que era o Tio Sirius, então corremos para abraçá-lo, no começo ele ficou parado, depois retribuiu. – falei olhando da mamãe para o papai. – Depois ele perguntou quem eu era, quando eu disse, percebi quem ele era. Saímos correndo, ele pediu pra gente esperar. – completei tentando ficar calmo.

Papai voltou a caminhar, agora passando as mãos pelo cabelo, mas mamãe ficou encarando o nada.

– Ele deve ter usado a passagem secreta. – ela disse apontando para um canto do corredor. A entrada é bem ali do lado de fora da sala, na corcunda daquela velhota de um olho só.

– Como ele sabe da passagem, ele não tem o mapa. – Papai falou encarando a estatua como mamãe.

– Rabicho. – ela falou por fim.

Papai urrou de raiva, e encostou-se à parede.

– E porque vocês não pararam para ver o que ele queria? – mamãe perguntou calma.

Assim como eu, Cindy a olhava confusa.

– Você ficou maluca Jasmine? – papai falou se aproximando dela.

– Só acho que deveríamos escutá-lo. – ela respondeu rapidamente.

– Ele é um fugitivo, um assassino, e poderia ter matado os dois. – papai quase gritou.

– Poderia, mas não matou. – mamãe respondeu cerrando os punhos.

– Porque você está o defendendo? – papai perguntou se afastando. – Às vezes acho que você queria ter escolhido ele, quando o defende. – completou baixinho.

Mamãe balançou a cabeça e se aproximou dele, mas papai se afastou.

– Almofadinhas e Pontas já devem estar chegando, vou ajudar eles. – papai falou passando por nós caminhando rapidamente.

Mamãe ficou olhando ele ir embora, e mordeu os lábios, deu alguns passos até a parede mais próxima, encostou-se a ela e sentou-se no chão, apoiando a cabeça nos joelhos.

– O que o Remus quis dizer com, “Às vezes acho que você queria ter escolhido ele”. – Cindy perguntou sentou ao lado da irmã.

– Na época da escola, eu fiquei um tempo com o Régulos, não foi nada sério, mas foi o suficiente para ver nele um lado que ninguém nunca viu. – mamãe falou olhando sorrindo para Cindy.

– E você se arrepende de ter escolhido o papai? – perguntei também sentando ao lado dela.

– É claro que não, eu amo o seu pai, e sempre vou amá-lo, só acho que. – mamãe falou calma. – Só acho que alguém deveria dar uma chance para o Rég. – completou baixinho.

Ficamos em silêncio, até que por fim, mamãe se levantou e nos levou para os nossos dormitórios, ela pouco falou, tentava demonstrar que estava bem, mas no fundo sabia que não estava.

POVs Jasmine

Voltei lentamente para minha sala, fiquei parada diante a estatua da velhota de um olho só, pensando como Régulos havia entrado no castelo sem que ninguém o visse.

– Não é só você que está pensando isso Lynce. – Sirius falou as minhas costas.

Não pude deixar de sorrir, desde o inicio do ano letivo que não via meu amigo, meu confidente, corri e o abracei, era bom sentir aquele cheiro, mordi sua orelha, o fazendo rir.

– Isso tudo é saudade? – ele perguntou maroto.

– E você não sabe o quanto. – falei mexendo em seus cabelos.

Sirius me acompanhou até minha sala, contou que não tinham nenhuma noticia dos fugitivos, exceto a aparição de Régulos hoje no castelo.

– Aluado me contou que você estava defendo o Régulos. – Sirius disse chegando em minha sala.

– Não estou o defendendo, todos merecem uma segunda chance não acha? – falei, lembrando de meu pai e Benjamin, que assim como Régulos, um dia também já foram Comensais da Morte.

– Às vezes nem todos merecem. – Sirius disse apertando minha bochecha. – Vou dormir aqui hoje, amanhã tomamos café juntos. – completou beijando minha testa e indo para seu dormitório.

Entrei em minha sala, e respirei fundo, caminhei para meu quarto, esperando encontrar Remus, mas o quarto estava vazio, exceto por um pergaminho em cima da minha cama.

“Não quero brigar com você, e sei que essa noite, iremos discutir mais uma vez. Não se preocupe ainda te acordarei com um beijo como sempre.

Com amor, do seu leãozinho.”

Ri sozinha lendo aquelas poucas palavras, e deitei na minha cama, nela tinha o cheiro de Remus, mas era o Régulos que dominava minha mente, tentava entender, o que ele queria aquela noite em Hogwarts.

Demorei muito para dormir, e quando o sono estava perfeito, acordei com lambidas de cachorro em meu rosto.

– Vamos Lynce acorda! – James falou pulando na cama rindo.

Sirius voltou a sua forma humana e continuou deitado em cima de mim, e mordeu minha bochecha.

– Almofadinhas sai! – gritei o empurrando.

James e Sirius gargalhavam deitados em minha cama, fui para o banheiro e troquei de roupas, e voltei para cama, para vestir os sapatos.

– Jasmine? – ouvimos Remus gritando entrando na sala.

Corremos para ver o que tinha acontecido, Remus estava tremendo, em pânico.

– Remmy o que houve? – perguntei preocupado tocando-o levemente.

– Minhas poções sumiram, todas elas. – ele disse em desespero, passando a mão pelo cabelo.

Ele falava das poções da licantropia, as que o deixavam no controle sob seu lobo interno. A que ele deveria começar a tomar hoje, uma a cada dia, uma semana antes da lua cheia.

– Quem faria isso? – James perguntou sério.

– Régulos é claro. – Remus disse com ódio no olhar.

Abri a boca para falar algo, mas Sirius me encarou, e a fechei ficando em silêncio observando meu marido.

– Não sobrou nenhuma? – Sirius disse calmo.

Remus apenas negou com um aceno, sentando-se numa cadeira.

– Você pode fazer mais não pode? – Remus perguntou quase surtando.

– Remus você sabe que não. – falei tentando parecer calma. – Elas demoram a ficar prontas, e tinhamos aqui as poções até o final do ano letivo. – completei rapidamente.

Ele se ergueu e começou a caminhar pela sala, chutando algumas cadeiras.

– Eu vou embora, Dumbledore, pode encontrar outro professor. – ele disse nos olhando.

– Desistir? – perguntei séria. – Você não pode fazer isso. – completei me aproximando.

– Você quer que eu faça o que? Quer que eu coloque a vida de todos aqui em risco. – Remus gritou irritado. – Colocar a vida do nosso filho em perigo? – completou com raiva.

Afastei-me, e desviei o olhar, e mordi os lábios, Sirius veio para meu lado e sorriu, tentando me consolar.

– Aluado, podemos lhe ajudar, como no nosso tempo aqui em Hogwarts. – James falou no seu tom calmo.

– É verdade, somos seus amigos, estamos aqui para te ajudar. – Sirius falou sorrindo. – E a Lynce pode começar a fazer as poções, você só vai ficar sem a poção por dois períodos de lua cheia. Já o agüentamos bem mais do que isso. – completou rindo.

Remus permaneceu em silêncio por um tempo, até que por fim concordou, James sorriu, e o abraçou assim como Sirius.

– Então já vamos, temos que caçar uns fugitivos. – James falou me abraçando. – Voltamos na lua cheia, não morram de saudades. – completou rindo.

Sirius parou na minha frente e me puxou para si, me abraçando.

– Se a situação piorar com ele, me chama, já estou com saudade de dormir com você. – ele disse baixinho sorrindo.

Concordei, e vi meus amigos saindo da minha sala, enquanto conversavam. Remus ainda permaneceu calado, encostado numa cadeira, depois de um tempo caminhou até mim, e ficou parado na minha frente me observando em silêncio.

– Eu surtei de novo. – ele falou juntando nossas testas.

Balancei a cabeça e tentei sorrir, Remus secou uma lágrima que escorria pelo meu rosto, e segurou forte a minha mão.

– Não vai ser isso que vou deixar nos abalar. – falou me olhando.

Encarei aquelas olhos cor de mel que tanto amo, e mordi os lábios, Remus me abraçou forte, com a mão em seu cabelo o segurei com força, não querendo que aquele momento chegasse ao fim, algo em meu subconsciente me dizia que podia perder aquilo a qualquer hora.

DIAS DEPOIS

Tentei a todo custo fazer com que as poções de Remus ficassem prontas, mas não tinha como, elas levavam quase dois meses, seria impossível fazê-las em uma semana. E a lua cheia chegou, por sorte era sabado, Remus estava nervoso, com isso não teria a chance de ser grosso com nenhum aluno.

– Eu queria ver o papai. – Jake falou sentado ao meu lado.

Estavamos sentado nos gramados ao redor do castelo, o estava ajudando com os deveres de Adivinhação.

– Ele quer ficar sozinho sabe. – falei sorrindo.

Jacob concordou e voltou a ler seu livro, deitei no gramado e fechei os olhos, até que senti um nariz junto ao meu, e abri os olhos.

– Oi. – Remus disse sorrindo. O empurrei com o susto. – Ai. – ele disse rindo.

– Desculpa. – falei nervosa.

Jake ria ao nosso lado, com a cena.

– Você está achando graça? – Remus falou sério olhando para Jake, que o olhou com medo. – Você vai se arrepender disso. – completou pegando Jake nos braços e fazendo cócegas nele.

Ficamos os três juntos o resto dia, até que Sirius e James chegaram, e assim demos alguns conselhos aos gêmeos Weasley para pregar algumas peças. Mas começou a escurecer, e Remus ficou mais tenso.

– Temos que ir. – falei segurando sua mão.

Jacob se despediu dele, abraçando-o.

– Vai ficar tudo bem papai. – falou sorrindo.

Remus concordou, e assim seguimos nosso caminho para sua sala, já tínhamos preparado tudo, ele não queria voltar para Casa dos Gritos, por isso tomamos todas as precauções necessárias para que a sala fosse segura, sem que ele pudesse sair. E assim esperamos a lua chegar ao topo, como a muito não fazíamos.

– Se transformem! – Remus disse sentindo as dores da transformação.

Afastamos-nos dele, e assumimos nossas formas animagas, e depois de um tempo ouvindo os gritos de Remus o lobisomem surgiu a nossa frente, foi fácil controlá-lo dentro daquela sala, mas a noite parecia não querer acabar.

Depois do que pareceu ser uma eternidade, amanheceu, Remus mais uma vez sentiu as dores da transformação, e assim como nós, voltou a sua forma humana, fiquei ao seu lado e o ajudei a deitar na cama. Ele parecia mais afetado pela licantropia como nunca esteve.

– É porque faz tempo que isso não acontece. – falei explicando seu olhar. – Você tem que descansar. – completei sorrindo.

Remus nem teve a chance de responder, e apagou caindo no sono.

– Vou ir comer alguma coisa. – James falou baixinho. E Sirius o seguiu.

Fiquei um tempo com Remus, vendo-o dormir, acariciei seu rosto, e beijei sua testa, fiquei esperando que os rapazes voltassem para não deixar Remus sozinho, mas como eles demoraram resolvi sair lentamente do quarto precisava ir para minha sala e tomar um banho. Caminhei meio sonolenta pelos corredores, até que por fim cheguei a minha sala, abri a porta lentamente, e entrei. Senti braços me segurarem e taparem minha boca, e um par de olhos negros me encarava.

POVs Remus

Acordei assustado, olhando ao redor.

– Ei calma. – James falou fazendo com que eu deitasse mais uma vez.

Apenas reconheci a voz dele, pois era difícil focalizar seu rosto, ouvi alguém entrando, mas não consegui identificar quem era.

– Onde você estava? – Pontas perguntou.

– Na sala da Jas com ela. – Sirius respondeu. – Ele acordou? – completou me olhando.

– Não quero dormir. – falei meio zonzo.

James riu, mas me fez deitar mais uma vez.

– Não quer dormir, mas vai continuar deitado.

Novamente a porta foi aberta.

– Oi papai. – Jacob falou alegre correndo para cama.

Esforcei-me para sorrir, mas pela cara que ele fez, com certeza eu não estava sorrindo.

– O que aconteceu com ele? – Jake perguntou preocupado, tocando levemente meu rosto.

– Faz muito tempo que o “lobo” não fica no controle, isso acabou deixando-o muito fraco. – Sirius explicou baixinho.

Jacob concordou, e ficou me olhando.

– Vou cuidar de você papai. – falou mexendo em meu cabelo. – To indo buscar comida já volto. – completou saindo da cama, e correndo para fora do quarto.

– Que inveja, vai ser bem cuidado hoje hen. – James falou rindo.

Tentei conversar com meus amigos, mas era difícil já que eu me cansava muito rápido, Jasmine apareceu sorrindo, mas ela parecia diferente.

– Aconteceu alguma coisa? Você está diferente. – falei baixinho.

– Só tomei banho. – ela disse sorrindo, deitando ao meu lado. – Estou cheirosa, quer sentir? – completou deitando-se ao meu lado e passando o pescoço no meu nariz, fazendo-me rir baixinho.

– Você vai derrubar isso tudo Jacob. – Samantha falou do outro lado da porta.

Nisso Jacob, Harry, Samantha e Cindy entraram, cada um carregando algum tipo de comida, Jasmine me ajudou a sentar, e sorri, vendo Jake cortando um pedaço de bolo, e fazendo aviãozinho para me dar a comida na boca.

MESES DEPOIS

POVs Jasmine

Finalmente as férias de natal chegaram, e graças a Merlim, consegui terminar as poções de Remus, agora para próxima Lua Cheia ela já poderá toma-las. Dois meses se passarão, e não se teve nenhum noticia de Rabicho, Bellatrix, ou até mesmo de Régulos. Os dementadores ainda continuavam nos arredores da escola. Perdemos uma partida de quadribol contra a Lufa-lufa, sim contra a Lufa-lufa, não tenho nada contra eles, mas, poxa, somos bem melhores do que eles no quadribol né.

Voltamos para casa para descansar um pouco, e a noite de natal, todos ficamos juntos em minha casa, James e sua filha, assim como meus pais e Benjamin e Sirius. Divertimo-nos, e conversamos, como se os três foragidos já tivessem sido capturados novamente.

Já era tarde quando todos foram embora, na manhã seguinte teríamos que voltar para Hogwarts, Jacob já estava na cama, Remus entrou no quarto tomando sua penúltima poção, já que no primeiro dia de aula seria lua cheia, e ele estaria no controle.

– Você poderia fazer elas com um sabor melhor. – ele disse deitando ao meu lado fazendo uma careta.

– Vou pensar em colocar um sabor nelas. – falei rindo aconchegando-me em seus braços. – Pensou naquilo que te falei? – perguntei manhosa.

Remus apenas respirou fundo, e ficou em silêncio.

– Não acho que seja muito seguro. – falou por fim, acariciando meu cabelo.

– Por favor? – falei fazendo bico virando-me para ele.

Comecei a distribuir beijos pelo seu pescoço, enquanto tirava sua camisa, mordi levemente sua orelha, o fazendo gemer, ele segurou minha cintura, mas peguei suas mãos e as levei até a cabeceira da cama.

– Me desamarra Jas. – Remus falou assim que percebeu que conjurei cordas e o amarrei.

– Só vou te desamarrar quando você disser sim. – sussurrei em seu ouvido, o senti ficar tenso.

Sentei em suas pernas e sorri maliciosamente, apanhei minha varinha e a apontei para porta.

– Abaffiato! – falei sorrindo.

Remus me olhou sério, e mordeu os lábios.

– Vamos ver quanto tempo você demora a finalmente aceitar o que digo. – falei arranhando seu peito com força o fazendo gemer alto.

NA MANHÃ SEGUINTE

POVs Remus

Faltava pouco para o trem partir, Lilly ainda dizia todas as regras para Harry seguir.

– Que chupão em Remus! – Benjamin falou dando um tapa em minhas costas rindo.

Assim como ele Sirius e Jasmine gargalhavam, mexi na gola da minha camisa para esconder as marcas, que Jas tinha deixado em mim da noite anterior, não poderia reclamar de nada, já que a noite foi muito prazerosa, mas ela tinha me feito aceitar algo que eu temia dar errado.

– Pelas marcas acho que ele aceitou. – Sirius falou encarando a amiga que sorria.

– Aceitou sim. – ela disse marota jogando-se em meus braços.

– Aceitou o que? – Jacob falou trazendo em seu colo Brad a sua coruja que hoje estava pintada com as penas em azul.

– Ele aceitou ter outro filho. – Benjamin falou sorrindo.

Jacob nos olhou alegre e nos abraçou.

– Não foi isso que eu aceitei. – falei rapidamente vendo o olhar de tristeza de meu filho.

– Foi algo bem mais divertido. – Jas falou alegre para nosso filho que por fim concordou, e entrou no trem, com Sam, Harry e Cindy em suas costas.

Ainda conversamos por mais algum tempo, antes de ir para o trem, Jasmine combinava com Almofadinhas e Pontas sobre o que iriamos fazer na noite seguinte.

– Vocês poderiam mudar de ideia né? – falei baixinho.

– Você tentou nos convencer a nos virarmos animagos. – James falou abraçado a Lilly.

– E adivinha? – Sirius falou apertando minha bochecha. – Não adiantou você não vai fazer a gente mudar de ideia agora. – completou rindo.

Suspirei finalmente aceitando a ideia deles, já que seria inútil tentar convencê-los a desistir. Despedimo-nos e fomos procurar um vagão.

– Não adianta ficar emburrado, você já topo. – Jasmine falou deitando no banco, assim que encontramos um vagão livre.

– Você me forçou. – falei sentando ao seu lado, ela logo se virou e começou a me encarar.

– Não me lembro de você ter reclamado ontem à noite. – falou cruzando os braços. – Por outro lado, “Vai Jasmine!”. - completou imitando os meus gemidos quase gritando.

A puxei para mim tapando sua boca, pois alguns alunos passavam no corredor e podiam ouvir, Jasmine ria mesmo eu tapando sua boca.

– Quando você vai crescer? – perguntei a olhando sério.

Ela fez um bico, fingindo estar pensando.

– Espero que nunca. – falei acariciando seu rosto. – Pois eu amo você assim. – completei juntando nossos lábios.

POVs Jasmine

A viagem de volta para o castelo não demorou muito, assim como o jantar, e aquela noite, que passaram rapidamente, para mim uma grande alegria, para Remus uma tortura.

– Não faça birra e levanta dessa cama. – falei puxando os cobertores, já que Remus não queria levantar.

Ele resmungou algo mais por fim levantou, fomos tomar café, e o falatório no grande salão, era sobre a manchete do Profeta Diário, a qual dizia que Régulos tinha sido visto num vilarejo perto do castelo, fechei meus olhos lendo aquela noticia, tentando imaginar, o que afinal ele estava fazendo ali, ate que Remus me chamou, avisando que já estava na hora das aulas.

– James e Sirius ainda vêm hoje à noite? Mesmo depois da manchete? – Remus perguntou enquanto caminhávamos para nossas salas.

– Claro que sim, eles podem procurar o Régulos depois. – falei dando-lhe um selinho.

Remus riu, mexeu em meu cabelo e seguiu seu caminho para sua sala.

– Bom dia mãe! – Jacob falou as minhas costas sorrindo, junto de Harry e Sam. Eles teriam a primeira aula do dia comigo.

– Bom dia filhote. – falei dando um beijo em sua testa, o fazendo corar.

Harry e Sam cutucaram-se rindo baixinho, fazendo Jacob os encarar sério, até que percebi o olhar deles, encarando uma menina da Sonserina, entrei em minha sala, tentando me lembrar do nome dela, até que por fim recordei-me, era Miranda. Sentei em minha mesa, e fiquei observando-a, não podia acreditar que meu filho gostava de um sonserina.

Hoje na aula ensinei algo simples, uma poção para fazer desinchar, o que era na realidade para ser simples, mas Samantha e Harry fazem qualquer poção simples, ser uma completa catástrofe. Depois de finalmente consegui ajeitar a poção dos dois, todos os alunos já tinham acabado.

– Antes que todos saem. – falei diante da turma. – Hoje vocês não terão aula de DCAT, no período da manhã. – completei sorrindo.

– Ah porque? – Simas perguntou cabisbaixo.

– Mas gostamos tanto dessa matéria. – Neville falou baixinho.

– Espero que vocês digam isso também da minha aula. – falei séria. – Ou muitos terão os cabelos rosa choque amanhã no café. – completei rindo.

– Sua aula é a melhor. – Harry falou rapidamente.

Fiquei rindo e sentei em minha mesa.

– A aula de DCAT será lecionada hoje à noite, na sala do Prof Lupin, espero que vocês não durmam cedo. – falei sorrindo.

Os alunos concordaram, e por fim saíram da sala. As aulas daquela manhã ocorrem perfeitamente bem, assim como as da tarde, mas eu só desejava que chegasse a noite, o que por sorte não demorou muito a acontecer.

POVs Jacob

Caminhávamos em direção a sala de DCAT, pensando como seria aquela aula.

– O que será que o Remus vai fazer? – Sam perguntou quando estávamos chegando.

– Não pode ser o papai. – falei baixinho, para os dois. – Hoje é lua cheia. – completei sério.

Os dois concordaram comigo, e assim que viramos o corredor para sala, encontramos os alunos trancados para o lado de fora, esperando.

– Acho que ela é uma maluca, e nos enganou. – ouvi Draco falando, fazendo uns sonserinos rirem.

– Cala a sua boca Malfoy. –falei me aproximando dele.

Mas antes que eu pudesse soca-lo a porta foi aberta, Sam me puxou para entrar, e assim que entramos encontramos mamãe sentada na mesa sorrindo, e Tio James e Tio Sirius, um em cada lado dela.

– Bem vindos! – mamãe falou sorrindo.

Sentamos e ficamos observando os três, Sirius lançou seu sorriso, e pude ouvir algumas garotas cochichando baixinho, James piscou para Harry e bagunçou ainda mais seu cabelo enquanto ajeitava o óculos. Mamãe sorriu, esperando que todos sentassem.

– Por favor, todos abram seus livros na pagina 394! – mamãe disse sorrindo marota, olhando para James e Sirius, que tinham no rosto o mesmo sorriso.

Folhei o livro, até que encontrei a página que mamãe mandou, e o titulo dizia: Lobisomens.