Crush escrita por Yas Keehl


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Eeeeita mais que esse capitulo tá bão *w* YOO MINNA-SAAN ♥
Olha, nem vou falar nada da demora, só digo que esse capitulo tá uma delicia! o/ E tem surpresa no final, heim? >u> (Que nem era pra ser, mas eu esqueci de colocar certos links nas notas finais ¬¬) ENFIM! Espero que gostem do capitulo, é o melhor (e maior '-') até agora ^w^ *-* ♥
Nos vemos lá em baixo! o/



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   Na noite daquele mesmo dia...

 Maravilhado com as mansões em que passava em frente, Hiroto olhava para tudo com grande deslumbre, não imaginava que seu primeiro trabalho seria justamente no bairro dos ricos, era muita sorte ter sido contratado assim que anunciou seus serviços na internet e com panfletos espalhados pelas ruas populares de Inazuma. Olhando o endereço marcado em um pedaço de papel rasgado, ele finalmente havia chegado ao local.

 Meu Deus, eu vou ganhar tanto dinheiro...

Os olhos do ruivo chegaram a brilhar no interior de seus óculos ao olhar para o tamanho da casa onde fora chamado. Sorriu feito uma criança e correu até a porta da casa, apertou o interfone e pigarreou esperando a resposta vinda do aparelho. Depois de responder, aguardou mais alguns minutos e logo a porta da frente foi aberta, revelando a imagem da loira sorridente ao o olhar, logo mudando sua expressão gentil para uma de surpresa ao reconhecê-lo.

— Você... –Hana disse em voz baixa, lembrava-se muito bem do “garoto do cabelo lindo”. Tê-lo agora na porta de sua casa, prestes a entrar a deixaram encabulada, tanto que já sentia suas bochechas enrubescerem enquanto ele a olhava com a boca semiaberta.

— E-estou aqui para arrumar o computador... –Explicou-se rapidamente, gaguejando um pouco, mas não se importou com a reação que ela teria quanto aquilo.

— C-claro! Como eu pude me esquecer? Pode entrar, fique a vontade. –Sorriu ainda envergonhada e deu espaço para ele entrar, Kiyama o fez sem encara-la, permaneceu de cabeça baixa até a grande porta branca ser fechada atrás dele. –Vamos, vou te levar ao lugar.

 Hana o conduziu a sua frente, sentia o olhar dele sobre si e isso a deixou ainda mais desconfortável com sua presença. Com certeza se explicaria sobre o trecho da musica antes dele partir.

* * *

— Aí está a causa dos meus problemas... –Haruki mostrou ao ruivo o computador do qual falava, que na verdade era um MacBook da Apple de uma linha limitadíssima lançada somente na Europa, onde apenas grandes bancários e empresários tiveram avesso a ela e puderam compra-la.

— Caramba... –Hiroto correu para onde a loira estava mostrando o aparelho deixando de lado a pequena maleta que trouxera consigo. –Essa maquina é incrível! Eu vi vários vídeos testes sobre ele antes do seu lançamento, é verdade que ele tem 8 entradas USB?

— Sim... Eu particularmente uso só uma e olhe lá, hahaha. –Riu tentando descontrair, mas Hiroto praticamente a ignorou fascinado pelo “brinquedo” da garota.

— Nossa, vai ser difícil trabalhar com ele... É vírus, não é?

— Aham, ele está meio lento também, já exclui varias coisas dele, mas continua do mesmo jeito.

— Enendo... Bom, se você me der licença...

— Ah, claro, vou deixar você trabalhar a vontade. Qualquer coisa é só me chamar, meu nome é...

— Hana, eu já sei, ouvi o seu nome na apresentação. –O coração da loira quase parou por um momento, isso só não aconteceu porque ao dizer aquilo, Hiroto nem a olhara. Estava atrás da mesa do PC tentando analisa-lo melhor. Então ele também se lembrava dela, e este era mais um motivo para se explicar, mas apesar de continuar achando o cabelo do garoto lindo, ainda mais visto de perto, Hana não simpatizou nem um pouco com o rapaz.

 Humpf, que cara folgado...!

~*~

A chegada à escola para o inicio das aulas era quase como um desfile. Depois da grande maioria dos alunos ‘comuns’ chegarem, as atrações principais iam se apresentando em grupos todas as manhãs. Os primeiros sempre eram os atletas: passando pelos corredores como animais que acabaram de fugir de um zoológico, eles atraiam a maioria das garotas mais acanhadas, principalmente os jogadores de basquete, mas claro, sem generalizar. Em seguida, chegavam as lideres de torcida, verdadeiras patricinhas em sua maioria, poucas se salvavam. Elas colavam nos jogadores como chiclete assim que os avistavam, com roupas combinadas, purpurinas, pom poms e brilhos labiais na cor rosa, eram bem fáceis de identificar.

 Nesse meio tempo a maioria já estava quase toda dentro do colégio, só faltavam eles para completar. A maior “atração” da escola naquele ano; os musicistas, ainda mais por estarem em épocas de competição, eles se tornavam celebridades dentro da escola.

— Bom dia. –Suzuno cumprimentou Hiroto, Midorikawa e Fubuki ao chegar a seu armário, que ficava ao lado do deles.

— Suzuno dando bom dia? –Fubuki zombou com a sobrancelha arqueada, os outros dois riram.

— Suzuno sorrindo? –Hiroto completou e Fuusuke só revirou os olhos pegando um espelho de dentro de seu armário, levantando as mangas da blusa até os ombros, deixando-a como se fosse uma regata.

— Só estou de bom humor, ué.

— Suzuno de bom humor?! –Midorikawa quase gritou na sua vez de zoar o albino. –Deve ser por isso que na meteorologia disse que vai chover hoje.

— Vão se ferrar. –Fechou o armário e saiu sem dizer para onde ia, os três apenas riram juntos.

— É, e parece que eles voltaram mesmo... –Uma garota passou pelos três empurrando Hiroto, que se segurou para não ser ignorante com ela. Falava com outra menina ao seu lado. –Dizem que ele deixou a irmã aqui e voltou para busca-la.

— Nossa, não sabia que ela era tão idiota.

— Uhum, tem razão.

 Os três prestavam atenção na conversa sem se virar para trás, até que Midorikawa cochichou para os dois.

— De quem será que elas estão falando?

— Não sei, mas eu também não ligo. –Fubuki disse sorridente. –Nada vai estragar meu humor hoje, e eu tenho que contar uma coisa pra vocês.

— É, todo mundo tá de bom humor hoje! –Hiroto bufou dando um meio sorriso, só ele estava irritado naquela manhã.

— Ih, olha lá, eles chegaram.

 Uma das atrações principais havia chegado e não estava sozinha. Além de sua notável presença, o que mais chamava atenção era o que ela trazia consigo em seu pulso.

— Meu Deus, ela tem uma tatuagem!

 Exibindo em suas roupas uma saia de pregas preta e uma camiseta de mangas caídas sobre os ombros, Yasmin entrava na escola de mãos dadas com Nagumo e um divino sorriso nos lábios, em seu pulso a letra N escrita em uma fonte clássica fazia vários buchichos serem espalhados pela escola. As botas de cano curto que usava faziam um barulho danado e só atraia ainda mais olhares para os dois, e Nagumo adorava toda aquela atenção. Parou no meio do corredor e puxou a garota para roubar-lhe um beijo, fazendo uma cena de cinema ali. Depois de recuperar o ar perdido no ato dele, ela foi para seu armário e guardou as poucas coisas que trouxera, podia ouvir vários comentários a seu respeito, mas ignorava a todos eles com o mesmo sorriso de anteriormente.

— Eu vou lá pra dentro, tá? Tô te esperando. –Abraçou-a por trás assoprando seu pescoço e saiu depois dela concordar com o combinado, dando-lhe um selinho e dizendo que antes iria procurar Hana e Ângela, que ainda não tinham chegado.

— Fubuki...

 Não respondeu nada após ser chamado pelo ruivo, permaneceu com o olhar serio sobre a garota. Ele não tinha reação alguma e aquilo estava deixando seus dois amigos um tanto preocupados.

— Relaxa, eu tô bem... Ah, eu me esqueci de escovar os dentes em casa, saí atrasado. Eu vou fazer isso e já volto. –Pegou uma escova e uma pasta de dentro de sua bolsa e saiu com um pequeno sorriso. Midorikawa suspirou enquanto Hiroto o olhava com pena.

— Vai atrás dele, eu falei com ele hoje de manhã e ele não saiu atrasado.

— Tá bom, eu imagino que ele não vá fazer isso mesmo... –Kiyama foi atrás do amigo no meio da multidão formada no corredor, não demorou muito e Yasmin passou por ele, Ryuuji a olhou com a mais pura raiva. Nesse vai e vem com Nagumo, Fubuki sempre saía na pior, literalmente. Virou de volta para seu armário e sentiu alguem cutuca-lo no ombro.

— Endo, eu já falei que eu odeio quando me cutucam. Por que você não...! –Virou para trás já irritado com aquilo, mas acabou tendo uma surpresa. -... Ângela?

— Oii! Nossa, você ainda odeia quando te cutucam. –Riu Gradem encostando-se no armário ao lado, fazendo pose e cruzando os braços.

— O-ooi! ... Sim, eu odeio, argh! –Fingiu um calafrio e riu dela brincalhão.

— Foi muita sorte eu te ver aqui, todo mundo resolveu vir hoje, a escola tá lotada.

— Eu percebi. –Olhou em volta e a chamou para caminharem. –Vai ter alguma apresentação especial hoje?

— É surpresa, não posso dizer. –Respondeu convencida, ajeitando seus óculos e o olhando por cima deles.

— Então vai ter? –Ele sorriu.

—... Droga, você me pegou!

— Haha, ainda sou bom em te tirar informações.

— Ah, seu chato. Vai ter e eu vou participar, então vá me ver, heim!

— Hm, ok, eu não gosto muito dessas coisas, mas já que você está mandando... –Deu de ombros, fingindo desinteresse, mas começou a rir e estragou tudo.

— É, eu tô mesmo! –Riram novamente. –Eu vou pra minha sala, estou atrasada, depois nos falamos. Tchau!

— Tchau... –Observou a morena entrar na sala em que acabaram de passar em frente, felizmente ou infelizmente ele era de outra turma e por acaso também lembrou que estava atrasado. –Droga, tenho que correr!

~*~

— Grr... T-tá quase... Lá...! –Akio se esticava com o máximo de cuidado no galho da arvore para não cair, estava em busca de uma echarpe rosa que uma certa loira havia deixado escapar do pescoço enquanto corria a caminho da escola.

— Fudou, anda logo! A gente não vai chegar a tempo!

— A culpa não é minha se você não cuida das suas coisas. –Junko bufou batendo impacientemente o pé no chão. –E olha, consegui. –Jogou o tecido para ela e sorriu de canto olhando discretamente em seu celular, não dava mais tempo de chegarem à escola, o portão havia fechado.

— Ótimo, agora desce logo daí e vamos! –Praticamente ordenou para ele e Fudou fez o que ela pediu, Desceu da arvore e mostrou a hora para ela.

— Acho que não dá mais tempo...

— Acho que não dá mais tempo! –Falou com a voz debochada e irritada ao imita-lo. –Eu não acredito nisso! Eu tinha uma coisa importante pra fazer na escola hoje, eu não podia faltar!

— Já disse que a culpa não é minha. –Deu de ombros quase tirando Tsubasa do sério, encostou-se a arvore apoiando um pé sobre ela, fazendo pose enquanto a olhava.

— Tsc... O  que vamos fazer agora?!

— Que tal... Dar uma volta? –A loira revirou os olhos.

— Bem que eu queria, mas não tem quase nada aberto a essa hora da manhã.

— Tem um flipper aqui perto. Podemos ir e ficar lá até a lanchonete abrir, eu tô morrendo de fome.

Tá bom... –Ela passou a frente dele, não demorou e Fudou já a acompanhava a caminho do lugar.

— Que droga, não acredito que estou cabulando.

— Olha pelo lado bom, eu estou com você. –Sorriu convencido ao passar o braço pelo ombro dela, Junko sorriu e segurou em sua mão.

— Cala a boca, Fudou.

~*~

 Ao abrir a porta da sala onde ficavam os sanitários masculinos, ouviu sussurros vindos de lá. Múrmuros, grunhidos, barulhos de alguém chorando e Hiroto sabia quem era. Entrou devagar a procura do amigo.

— Fubuki?

— Ah! –Hiroto começou a rir do grito de susto do albino, saindo de uma das cabines, Fubuki o olhou raivoso, os olhos vermelhos não o deixavam mentir. –Não se pode nem ficar triste em paz aqui...

— Kkkkkk desculpa, é que foi engraçado o seu grito kkkkk. –Shirou o ignorou e foi para frente do espelho, tirou os óculos e enxugou os olhos com as mangas da blusa.

— Eu queria ficar sozinho, sabia?

— As aulas vão começar, você não pode ficar aqui chorando por ela...

— Que droga... –Hiro se aproximou dele sorrindo de um jeito compreensivo. –Eu deveria esquecê-la...

— Devia... –Acenou Hiroto com a cabeça.

— Mas eu não consigo! –Fubuki bateu com força na pia olhando seu reflexo derrotado o encarar de volta. –Você tinha que ver ontem na biblioteca, ela estava toda triste, até chorou e eu de trouxa fui e consolei-a. –Hiroto pareceu surpreso com o que ouviu, suas sobrancelhas se arquearam e ele ajeitou os óculos um pouco caídos, suavizando de novo seu olhar sobre o amigo. –Ela até me abraçou... Por um momento achei que ela fosse desistir dele, mas no dia seguinte ela aparece com aquele idiota de novo.

— É o que eu estou falando, você precisa deixar essa garota de... Espera, ela fez o que?!!

— Voltou come ele, você não viu?

— Não, não é isso! Você falou que ela te abraçou?! –Fubuki parou por uns segundos e logo um sorriso contornou seu rosto de bochechas coradas.

— Siiim... Ela me apertou forte e o perfume dela... Ahh cara...

— Fubuki! Essa garota de magoou! Para com isso!

— A culpa é sua por ter perguntado! ... Ela estava frágil, por isso me abraçou e chorou... Nossa, ela chorou muito, bem mais do que eu agora a pouco...

— Eu vou repetir o que eu sempre falo; esquece essa menina! Tem um monte de garotas nessa escola! Qual é o nome daquela que gosta de você...?

— Quem?

— Uma de cabelo roxo, lilás, sei lá... Tsc, esqueci o nome dela...

— A Fuyuka?

— É, ela mesma! Ela é legal, bonita, gentil e gosta de você, por que você não da uma chance pra ela? –Fubuki o olhou por uns segundos e depois fez uma careta, coçando atrás da nuca.

— Ah eu... Gosto dela, mas não desse jeito... –Foi na direção da porta e apoiou a cabeça sobre ela ao virar-se de costas, Hiroto o seguiu pondo a mão sobre seu ombro.

— Ela gosta de você pelo que você é, você devia tentar.

 O albino sorriu, a Kudou era mesmo um amor de pessoa, os dois gostavam das mesmas coisas, conversavam sobre tudo e até seus nomes e suas personalidades eram parecidas, e talvez fosse justamente por isso que Shirou nunca havia tentado nada com ela. Era como namorar consigo mesmo, e ele não era nem um pouco narcisista.

— Eu vou pensar.

— Tudo bem, agora vamos pra sala! -Fubuki riu.

— Vamos.

~*~

— Uma tatuagem?! Você fez uma tatuagem?!! Garota, você pirou de vez, né?!!

 Yasmin de braços cruzados ouvindo a bronca do azulado, apenas olhou de relance para Ângela estrategicamente afastada dos dois sob o terraço da escola, lugar onde as duas costumavam ficar e conversar junto de Hana, que não estava lá no momento.

— Ela não é de verdade. –Falou impaciente.

— Mesmo assim! Olha, eu jurei pra mim mesmo que ia ficar um bom tempo sem falar com você, mas você vai e me faz uma coisa dessas! Sua mãe sabe disso?!

— Não! Kazemaru, ela sai daqui alguns dias, o Nagumo também fez, tá tudo bem!

 Kaze respirou fundo, em volta deles alguns alunos os olhavam curiosos, mas nenhum dos três estavam ligando para os enxeridos.

— Yasmin eu conheço a sua família, se eles virem isso sua situação não vai ficar nada boa...!

— Eu estou escondendo ela quando chego em casa, daqui um mês ela some e...

— Essa merda só vai sumir em um mês?!! –Yasmin estava o olhando assustada, afirmou com a cabeça lentamente forçando um sorriso. –Espero que vocês não terminem até lá...

— Eu também espero. –Ângela disse sem pensar e Yasmin a olhou indignada.

— Não vamos terminar, o Nagumo tomou jeito.

— Uhum, sei... Boa sorte. –Kaze saiu de lá correndo e rapidamente desceu as escadas deixando as duas a sós com os curiosos novamente.

— Ângela, eu disse pra você não falar!

— Ele ia ver de qualquer jeito, além do mais, ele te conhece a muito mais tempo do que eu, eu achei que ele deveria saber.

— Você viu o escândalo que ele fez? Foi esse um dos motivos pra eu querer que você não dissesse! –Ela avançou sobre a amiga como se fosse bater nela, Ângela nem se abalou, permaneceu a encarando até Atsuki estar perto o suficiente dela para abaixar sua mão levantada sobre seu rosto. Yasmin percebeu os olhares sobre si e revirou os olhos voltando-se para todos que a encaravam. –Tão olhando o que?! Perderam alguma coisa aqui?!

 Pararam de olha-la com medo e voltaram a fazer o que eles estavam fazendo antes; nada, mas faziam isso sem olha-la e isso a deixou mais confrontável.

— E a Hana, heim? Que droga, onde será que ela se meteu...

— Cheguei.

 Seria, nervosa e escondendo com uma pequena bolsa cobrindo os lábios sem batom, Hana interrompeu Yasmin e juntou-se as duas ali ficando entre elas. Jogou a bolsa para o canto da parede e bufou tirando de uma necessaire um gloss rosa claro e um espelho de bolso.

— Onde estava? –Ângela perguntou?

— Procurando um idiota chamado Hiroto.

 As duas se entre olharam enquanto a loira finalizava a passagem de seu hidratante labial.

— Quem é esse? –Yasmin falou.

— Lembra que eu falei do cara que meu pai contratou pra arrumar meu computador? Pois é, ele é um idiota!

 Flashback-on

 - Caramba, meu PC ficou ótimo! Tá bem mais rápido do que quando foi comprado.

 Hiroto se encheu de orgulho com o elogio, Haruki testava o computador recém-arrumado e estava satisfeita com o resultado, ele era melhor do que ela esperava.

— Eu o formatei e passei todos o arquivos para o pen drive, também instalei um antivírus melhor e gratuito, o anterior só fazia vocês gastarem dinheiro a toa, pois não resolvia nada.

— Muito obrigada. –Ela saiu da cadeira a foi cumprimenta-lo com um aperto de mão. –Você salvou meu dia, serio.

— De nada. –Sorriu para ela e soltou sua mão voltando para peto do computador. –Ah, o que me deu trabalho mesmo foi a ventoinha dele, ela estava toda empoeirada e foi muito difícil para desmontar e limpar. Peça pra alguma empregada fazer isso a cada três meses para evitar que entupa ele e acabe superaquecendo.

— Tudo bem, mas não acho que ela vá saber isso... –Riu ela.

— Então contrate alguém. –Hana parou de rir e o olhou, aquele tom de voz autoritário dele a irritava, ainda mais sendo estupido daquele jeito. –O principio básico para manter um computador em bom funcionamento é a limpeza da ventoinha, contrate alguém para fazer isso, porque eu não acho que uma patricinha como você consiga.

 Haruki entre abriu os lábios, do que era que ele tinha a chamado? Ela riu de canto, não acreditava que depois de dizer isso em sua casa ele ainda continuava com aquele sorrisinho simpático na cara.

— Você me chamou de que? Espera, você sabe alguma coisa sobre a minha vida pra falar isso de mim? –Ela ainda estava calma, iria manter a pose.

— Bom... –O ruivo rolou os olhos visando a casa em volta e depois olhou para ela sorrindo. –Sei que você parece aquelas garotas do filme As Apimentadas. –Hana arqueou uma sobrancelha. –É rica, mora numa mansão, vai pra escola de carro e ela nem é tão longe daqui... Isso te torna uma...?

 Controle-se, Hana, não foi essa a educação que seus pais te deram...

 Ele esperou ela completar, mas a loira não disse nada, Kiyama pegou então sua maleta e arrumou os óculos em seu rosto.

— Eu já vou indo, esta tarde e eu não tenho carro pra voltar. –Disse irônico dirigindo-se para a porta sem nem esperar o choque da loira passar. –O pagamento ficou certinho, tchau.

 E saiu. Hana parecia estar petrificada no mesmo lugar desde a hora que ele tinha saído, já haviam se passado sete minutos. A mentora de Hana, uma mulher que cuidava da casa e que abrira a porta para ele sair aproximou-se dela preocupada.

— Senhorita Haruki, está tudo bem?

—... –Ela piscou algumas vezes seus orbes azuis, encarou a mulher a olha-la e cerrou os punhos. –Eu vou matar ele!

Flashback-off

— Patricinha! Eu, uma patricinha! –Hana desabafou pegando uma latinha que estava no chão e jogou-a longe, descontando boa parte de sua indignação naquele ato.

— Um cara que arruma computador estuda aqui?! –Yasmin falou impressionada- Nunca o vi.

— Ele é um nerd, eu perguntei pra Haruna e ela disse que ele é do clube de xadrez. Procurei ele lá pra falar umas boas na cara dele e nada, também não o achei em lugar nenhum daqui. Que raiva!

— Como é esse menino? –A garota de óculo questionou.

— Ruivo, usa óculos, tem o cabelo liso... e é inegavelmente bonito. _Disse rapidamente a ultima frase, esperançosa de que as duas não tivessem escutado, o que não foi o caso.

— Você achou ele bonito?! Kkkkkkk. –Atsuki gargalhou alto jogando o corpo para trás.

— Eu não falei isso! Eu disse que acho o cabelo dele bonito! ... –Yasmin não parou de rir e Hana já estava se irritando. –Ei, você nem o viu, por que está rindo?! –Ângela começou a rir também, Haruki revirou os olhos fazendo um biquinho ao cruzar os braços. –Ele não era feio... Meu Deus, que tatuagem é essa no seu pulso?!! –Assim que anunciou a descoberta, Yasmin parou de rir e segurou o pulso escondendo-a, mas Hana a puxou com força e olhou o N com algumas rosas em volta.

— Ela voltou de novo com o Nagumo! –Graden denunciou, Yasmin sorriu e Hana a olhou como se fosse torcer seu braço magro.

— Como é que é?

— Ahh ele foi tão incrível ontem... –Respondeu a morena sonhadora.

— Tá, mas você não precisava ter feito uma tatuagem pra comemorar!

— Hana, Ângela, vocês não tem ideia do quanto ontem foi demais! Na saída da escola eu estava indo embora e ele apareceu querendo me levar pra casa, eu recusei, mas ele acabou pegando minha bolsa também e eu tive que ir atrás ou então eu não ir vir hoje. –Hana e Ângela a reprovaram com o olhar, além da de óculos cruzar os braços balançando negativamente a cabeça, mas Mi ignorou. –No finalzinho da viela ele se escondeu atrás do poste e quando eu passei por lá, ele me puxou e me beijou me prendendo na parede. Disse que precisava me ter de volta, mas eu não dei bola. Então fomos pra casa dele de mãos dadas e chegando lá estava a Hanabi com um violão na mão, ela entrou e ele tocou Drama Queen pra mim. A gente conversou e depois ele me pediu desculpas, disse que tínhamos que fazer uma loucura naquela noite. Fomos a um tatuador esquisito lá e fizemos as tatuagens; um N no meu pulso e ele fez um Y no pescoço. –Ela deu fim a explicação se remexendo toda de felicidade, olhando sonhadora para o céu em seguida, aquilo que ela fazia lembrava até um certo albino... Suas duas melhores amigas nem sabiam o que dizer, até Hana quebrar o silencio.

— Sua mãe vai te matar e eu vou ajudar! –Yasmin riu.

— Hana, ela sai daqui um tempinho. –Decidiu não dizer que ela saia em um mês, pois a loira poderia reagir pior do que Kazemaru naquele momento.

— Ele disse que mudou, mas não está aqui com você como deveria. –Ângela falou e Hana fez cara de quem concordava.

— Ele tá ajudando a Lori a ensaiar, e você devia fazer o mesmo, Ângela.

— Ai, é verdade! Tchau meninas! –Despediu-se e as pressas saiu de lá.

— Yasmin, eu vou voltar a procurar o Hiroto idiota.

— O que?! E vai me deixar sozinha?! Nãaaao Hana, fica! –Abraçou a loira pelo pescoço quase a enforcando e arrebentando o cordão que ela usava.

— Eu tenho que ir, senão eu vou esquecer de falar o que eu ensaiei pra ele. E também eu sugiro que você faça o mesmo com o Kaze.

— Pra que? –Soltou-a.

— Pra fazer as pazes, essa briga de vocês já deu o que tinha que dar.

—... Eu sei... Eu vou falar com ele. –Confirmou com um sorriso.

— Ótimo, faça isso. Agora eu tenho que ir, vou achar esse ruivo nem que seja a ultima coisa que eu faça.

~*~

If I were a Boy

(Se eu fosse um garoto)

Even Just for a day

(Nem que fosse por um dia)

I'd Roll outta bed in the morning

(Levantaria da cama de manhã)

And throw on what I wanted then go

(E vestiria o que eu quisesse e iria)

 Suavemente ela cantava e copiosamente os dedos do ruivo dedilhavam as cordas do violão, trazendo a sala uma generosa melancolia que Lori nem sabia que estava sentindo. Os pares ambares a olhavam com ternura e com uma pontinha de preocupação, já suas pálpebras encobriam as esmeraldas e evitavam olha-lo. 

Drink beer with the guys

(Beberia cerveja com os caras)

And chase after girls

(E paqueraria garotas)

I'd kick it with who I wanted

(Sairia com quem eu quisesse)

And I'd never get confronted for it

(E nunca teria que ser encarado por isso)

Cause they'd stick up for me

(Porque eles ficariam do meu lado)

— Lorelai. –Seu olhar ergueu-se para olhar Haruya. Ele estava serio, mas ela ainda continuava com aquele mínimo sorriso de quando estava esperando por algo importante.

— Vai ficar só me olhando? –Rindo, ela perguntou depois de ver que já se passava quase um minuto e ele permanecia calado a encarando.

— Tem alguma coisa errada com você.

— Comigo?

— É. –Em um milésimo de segundo, ele avançou sobre ela sentada na cadeira de uma sala de aula vazia, segurando-a pelos ombros levantando da mesa onde ele estava para conseguir fazer isso, Nagumo a olhou no fundo de seus olhos verdes arregalados de susto. –Você tá estranha, o que aconteceu?

 A Salazar ficou estática depois da pergunta, demorou alguns segundos até cair a ficha de que ele estava perto demais dela e, que se uma certa morena passasse por ali naquela hora um barraco iria acontecer. 

— Nagumo. –Pos a mão sobre o peito do ruivo e o empurrou de eleve, desviou o olhar para o chão e uma mecha de seu cabelo acompanhou aquele movimento, caindo sobre seu rosto. –Tá tudo bem em você me ajudar aqui? Se a Yasmin aparecer...

— Não muda de assunto, eu quero saber se tá tudo bem.

— Mas é claro que sim. –Afirmou com o sorriso. –Por que não estaria?

— Porque você tá estranha! –Desceu de cima da mesa e foi até a porta da sala, a fechando e trancando-a com uma tesoura (truque que havia aprendido com ela há um tempo), retornou a sua mesa e sentou em cima dela de novo, Lorelai só seguiu com o olhar os seus movimentos sem nada dizer, até ele quebrar o silencio depois de um longo suspiro. –O que você faria se fosse um garoto por um dia?

—... Hummm... –ela fez uma cara pensativa com a mão no queixo e o olhar direcionado para uma das mesas da sala. Nagumo riu. –Acho que se eu fosse garoto por um dia, com certeza a primeira coisa que eu faria era ir no banheiro fazer xixi.

— Kkkkkkk por quê? –Ele riu pondo a mão na barriga a contagiando com sua gargalhada.

— Pra ver se tem alguma diferença. Meninas não tem um instrumento pra isso.

— Nossa kkkkkkk... –Riu mais um bocado e parou ofegando e secando uma lagrima que caia de seu olho. –Ok, parei. Se eu fosse uma garota, eu ia me olhar no espelho pelada e ia sair pra rua com uma roupa bem curta, e também pegaria o primeiro cara que aparecesse na minha frene. –Foi a vez de Lorelai rir e apoiar a mão no ombro do ruivo, como se estivesse prestes a consola-lo.

— Nagumo, se você fosse uma garota, você seria a Hanabi.

—... Verdade, que droga! –Ambos riram e em seguida ele pegou de volta o violão encostado sobre a cadeira. –Vamos continuar, você ainda tem que ensaiar com as meninas.

— Nossa, eu tinha esquecido disso!

— Humpf, não sei como você não se esquece de se vestir na hora de vir pra escola. Eu não me surpreenderia em te ver de pijama aqui, do jeito que você é cabeça de vento.

— Me respeita. –Bateu no topo da tulipa (ou chamam) dele com um HQ, e antes que ele dissesse qualquer coisa, aqueceu a voz começando por notas baixas, até aumenta-las deixando impossível de o ruivo reclamar sobre a revista batida em sua cabeça.

~*~

— Já ganhei.

— Calado.

— Já ganhei.

—...

— Já ganhei, já ganhei, já... Vai...! ... GANHEI! HÁHÁ, CHUPA! HAHAHAHAHA! –Fudou levantou com tudo da mesa de um dos jogos do fliper e bateu com a mão sobre ela, comemorando a vitória contra Junko, que o olhava com ar de esnobe. – Quem é o melhor agora, heim?!

— Eu nem tava ligando pra esse jogo. –Virou a cara. –Podemos ir embora?!

— Não. Eu quero brinc... Quer dizer, quero jogar mais um pouco. –Correu para a maquina ao lado, era um jogo de corrida de apenas um player. Tsubasa revirou os olhos.

— Fudou, para de ser criança. Temos que ir pra lanchonete, eu também tô com fome agora!

—... –Akio prestava atenção aos mínimos detalhes do menu de opções, ignorando completamente a loira.

— Além do mais, nem deveríamos estar aqui.

—...

— Tchau Fudou. –Incrédula e irritada, pegou sua bolsa do colo do rapaz batendo propositalmente em suas partes, sem malicia alguma, ela só queria machuca-lo mesmo, e Fudou sentiu.

— Ai!

— Humpf! –Caminhou para fora do estabelecimento já repleto de jovens desocupados, na saída esbarrou com um grupo de três rapazes uniformizados com a roupa da Raimon. Todos mal encarados, passaram pela loira a medindo de cima a baixo até que ela deixasse o local resmungando.

— Ei cara, o que você tá fazendo?! –O menor entre os três perguntou para o possível cabeço do grupo, batendo com um soco leve em seu peito.

— Qual é?!

— Aquela garota, ela é uma das gatinhas do clube de musica. Tá sozinha aqui, não vamos fazer nada? –Uma simples troca de olhares perversa foi o suficiente para os três se ligarem no que estava acontecendo ali. Deram meia volta e foram na direção da loira, agora um pouco mais distante da porta do fliper.

...

—... Tsc... –Fudou desviou rapidamente –diga-se, velocidade da luz – os olhos da tela do game olhando para a porta em busca de Tsubasa, mas ela já havia saído. –Você tinha que sair, né Junko... Merda viu. –Levantou da cadeira deixando de lado o jogo inacabado e pisando fundo, saiu do local procurando por ela. Olhando para o outro lado da rua, viu três caras rondando a loira, e ela tentando sair dali sem arrumar confusão. O sangue de Akio ferveu naquele momento, foi até a beirada da calçada esperando alguns carros passar e gritou ao longe com sua voz embargada por um ódio descomunal.

— Ei! Saiam de perto da garota!

~*~

— Certo Angel, mais uma vez.

— Angel? –Ângela o olhou por cima da armação de seus óculos desconfiada.

— É que Ângela é um nome muito grande... Ah, deixa pra lá. –Kazemaru coçou atrás da nuca e depois sinalizou para ela continuar.

— Eu não me importo, só acho que a Érika não vai gostar.

—... Tem razão, vou te chamar de Ângela mesmo. –Ela riu e leu novamente sua parte escrita na partitura.

— Ok, vou começar. –Kaze acenou com a cabeça. –All the girls on the block knocking at my... (Todas as garotas do bairro batendo a minha…)

— Kazemaru. –O chamado vindo da porta interrompeu ao ensaio de Graden. Os dois olharam na direção em que ela vinha e Kazemaru já cruzou os braços, ficando mais serio.

— Eu... Vou deixa-los a...

— Não, pode ficar, Ângela. –Yasmin falou. –Não temos nada a esconder aqui. Bom, eu queria falar com você, Kazemaru.

— Pode falar, estou ouvindo. –Permaneceu a encarando.

— Certo... Eu queria pedir desculpas por ter agido como uma idiota na primeira apresentação. –Ângela abriu a boca em surpresa. Alguém tinha batido na cabeça dela com um taco? A Yasmin que ela conhecia jamais pediria desculpas, mesmo estando completamente errada, mas a “outra” garota, a que Kazemaru conhecia desde o prézinho saberia aceitar quando havia feito uma burrada, e era ela que falava com ele naquele momento.

— Hm...

— Nós tínhamos um combinado e eu o quebrei. Não devia ter feito aquilo.

—... E...? –Yasmin bufou.

— E a musica que você tinha escolhido era melhor.

— E...?

— E o que?!

— Tá faltando uma coisa aí...

—... Você estava certo no final das contas?

— Sim, mas não é isso. –Virou a cara pra ela.

— Kaze! –Ele não a olhou, permaneceu da mesma forma.

— Eu sinto...

— Eu sinto muito! Me desculpe pelo amor de Deus, Kami-sama, Zeus, Buda, sei lá no que você acredita! –Kazemaru segurou o riso, mas não conseguiu manter por muito tempo e acabou rindo do que ela disse.

— Ok! Eu te desculpo, droga. –ela revirou os olhos sorrindo. Kazemaru descruzou os braços e os abriu estendendo-os para ela, logo Yasmin se aproximou e o abraçou encostando a cabeça em seu peito. Ângela sorriu e olhou para os dois fingindo secar uma lagrima de emoção, que fez os dois rirem. Ela ainda tinha que ensaiar, então os separou daquela melação.

— Tô muito feliz por vocês dois, mas eu ainda tenho que treinar.

— É verdade. Você vai cantar com as meninas, né? –Yasmin perguntou caminhando para sua mesa na sala, que usava para ensaiar um pouco mais afastada dos outros. Todos os membros do clube tinham uma igual, e uma salinha que usavam para se concentrar antes de cada apresentação. Tudo pensado pela professora para que os acompanhava e fazia de tudo para acostuma-los a rotina de shows como se fossem profissionais.

— Sim, vai ser uma apresentação especial.

— Ahhhh, eu queria participar também... –Pediu com manha olhando pidona para Ichirouta, que arqueou uma sobrancelha antes de rir e se explicar.

— Pra você eu tenho um plano diferente, mas vai ser bom também. –Lançou lhe uma piscadela.

— Hum, ok então...

 Desconfiada a morena sentou sobre sua mesa de frente a uma janela aberta, sem notar que do lado de fora tinha alguém a observa-la.

~*~

 Haruki ofegou, seus pés estavam doendo por conta da sandália que usava, mesmo tendo um salto pequeno, as mudanças de terreno daquele mato na escola a faziam torcer o pé inúmeras vezes, mas valia a pena. Já tinha procurado por todos os lugares e não o encontrara, só faltava aquela área da escola, no lado de fora, na casinha de madeira. Hana estava de frente a ela, mas acabou ouvindo vozes e escondeu-se atrás de uma moita, vendo por entre os galhos um albino de regata entrar na sala acompanhado de um rapaz de cabelos esverdeados e compridos, cuja cor ela achou bizarra para se colorir o cabelo, mas deixando isso de lado, voltou a prestar atenção nos dois, que entraram rapidamente na sala e fecharam a porta sem que ela tivesse chance de espionar do lado de dentro.

 Tsc, diabos...

 Esperou mais um pouco, gargalhadas do lado de dentro eram ouvidas por ela, revirou os olhos, estava perdendo a paciência.

— dane-se, eu vou entrar! –Decidida a levantar-se dali (um galho estava espetando suas costas e a irritando ainda mais), reergue-se e logo abaixou-se novo, pois a porta foi novamente aberta. E dela sairão...

 É ele!

 Hiroto e Kido deixaram a sala e juntaram-se num canto dela, próximo a janela.

 Filho da mãe, agora você vai ouvir.

 Ela pensou em ir até ele, mas o outro de cabelos com dreds entregou-lhe um envelope pequeno azulado, parecia uma carta e até tinha um adesivo de coração  do lado. Hana ficou boquiaberta.

 Ai meu Deus, ele é gay!

 A primeira coisa que pensou depois de sua “descoberta” foi no desperdício deum garoto tão bonito ser gay, mas logo lembrou-se de como ele agiu com ela e afastou esses pensamentos balançando a cabeça, mas isso era o de menos, Hana Haruki ainda tinha contas a acertar com Kiyama, mesmo que ele não fizesse ideia de sua presença ali.

— O que é isso? –Analisou o envelope, em seguida olhou sugestivo para Yuuto.

— Uma garota encontrou isso depois de Fubuki deixa-la cair, é uma carta eu acho.

— Hum já até sei pra quem é...

— Pois é. Eu te entreguei isso porque eu queria que você falasse com ele, porque se eu for fazer isso ele não vai gostar do meu método. –Ameaçou com um olhar sombrio, Hana sentiu um calafrio subir-lhe a espinha, aquele cara era sinistro. –Agora eu vou sair e dar uma volta, parece que o Fudou faltou, eu quero aproveitar esse dia tão maravilhoso.

 Ele conhece o Fudou! Mas como?!

 Hiroto começou a rir e atrapalhou suas deduções, até mesmo o sorriso dele era bonito, ela nem viu quando Kido se afastou, ficou encantada por sua risada gostosa.

— Tenho que ir atrás dele. –Partiu em disparada andando rapidamente na direção do lugar que Shirou geralmente ficava e atrás dele a certa distancia, Hana o seguia. Não se passaram nem cinco minutos e já dava para ver o topo da cabeleira cinzenta do albino, o ruivo estreitou seu olhar sobre ele e aproximou-se, mas antes que chegasse alguém o chamou.

— Hiroto! –Seus resmungos fizeram a loira querer rir, calmamente ele virou-se para trás avistando um garoto de cabelos pretos que ela não conhecia acenar para ele com um sorriso na cara.

— Que?!

— Vem cá, tem um negocio esquisito no meu celular!

— Você só lembra de mim na hora de arrumar seu celular?! –Gritou irritado caminhando na direção do garoto, que começou a rir sem graça. Hana ficou escondida atrás de um majestoso pessegueiro, que por sinal ela nunca vira ali – esperou ele passar e concentrou-se no que diria a ele quando voltasse e pudesse pega-lo de surpresa, mas enquanto isso ouvia múrmuros próximos de onde ela estava e na direção de que Kiyama anteriormente ia. Era alguém cantando, disso tinha certeza, mas quem?

 Olhou para trás assegurando-se de que o ruivo não a veria sair dali e correu para perto de aonde aquela voz vinha. Atrás de mais algumas arvores, as mesmas que ela via de dentro do clube pelas janelas, sobre uma delas havia um garoto: cabelos platinados, óculos grandes no rosto e uma voz doce cantarolando enquanto brincava com o lápis passando-o em um caderno de desenhos, hora ou outra ele olhava na direção de dentro do clube e sorria com as bochechas corando suavemente.

Kimi wa boku no uchuu

(Você é o meu universo)

Hiki yoserareteku

(Eu vou pegá-la para mim)

 Um largo sorriso surgiu nos lábios rosados da loira, estava impressionada com seu talento, ele tinha uma voz realmente bela. Aproximou-se do tronco largo da arvore olhando para cima para vê-lo, sem pensar duas vezes ela chamou sua atenção.

— Você tem uma voz linda... –Fubuki deu um grito de susto ao ouvi-la e um pulo de cima do galho que quase o fez cair, olhou para ela de lá de cima, mas o reflexo do sol não permitia que ela visse seus olhos. –D-desculpa, não queria te assustar...

 Ele ficou em silencio a encarando por um tempo, desceu da arvore em um pulo depois de recolher suas coisas.

— Quem é você?

— Sou...

— Espera, acho que te conheço... –Ajeitou seus óculos e cuidadosamente a observou, estalou os dedos ao lembrar-se e logo sua expressão tornou-se espantada. –Você é do clube de musica... A-amiga da... –Ele mal conseguia falar, seu rosto começava a corar.

—... Yasmin e da Ângela. –Haruki concluiu sorridente. O ar faltou aos pulmões do albino, ele desviou o olhar e apressou-se em sair dali o mais rápido possível.

— Eu tenho que ir.

— O que? Espera, eu queria te ouvir mais um pouco, você tem muito talento. –Ela sorriu amistosa, tentando impedi-lo de ir segurando em seu ombro.

— O-obrigado, mas eu tenho um compromisso, não posso ficar. Tchau.

— Espera! –Ele correu fugindo dela, mas Hana foi atrás. Ela era insistente, não ia deixa-lo ir. – Me fala pelo menos o seu nom...

— Fubuki!

— Hiroto? –Shirou parou de correr ao ver o ruivo enfurecido dirigir-se a ele.

— Hiroto! –Hana saiu de trás de Fubuki e parou de frente ao ruivo, que também ficou estático no lugar ao vê-la.

— Haruki?

— Não me chama de Haruki, porque eu não te dei intimidade pra isso. –Ele revirou os olhos com a patada, cruzou os braços fazendo cara de quem queria sumir dali.

— Vocês se conhecem? –Fubuki interviu.

— Sim, eu arrumei o computador dela ontem.

— E me chamou de patricinha!

— Hiroto, por que você chamou ela assim? Você nem a conhece!

— Exatamente! –Hana jogou os ondulados cabelos compridos para trás e mais uma vez Hiroto fez uma cara irônica.

— Eu posso falar a sós com meu amigo pelo menos? Depois eu me resolvo com você...

— Humpf, acho bom mesmo, pode ir e não pense que eu não vou atrás de você se fugir. –Ele sorriu sínico.

— Eu sei que você não vai. Vamos Fubuki. –Pegou-o pelo braço e o tirou dali praticamente o arrastando.

~*~

 A passagem de som era feita no palco, e aos poucos o lugar ia se enchendo de estudantes. Nos fundos do local, em um camarim improvisado, os últimos toques da apresentação eram organizados.

— A JUNKO FALTOU HOJE!

— O que?! E VOCÊ SÓ ME FALA ISSO AGORA, TORAMARU?!!

— Desculpa! –Pediu curvando-se com certo medo do azulado.

— Precisamos de alguém para substitui-la!

— Eu! –Yasmin se ofereceu saindo de algum lugar não identificado.

— Não, sua voz não se encaixa. –ela fez um biquinho enquanto ele pensava em outra pessoa.

—... E a Kat?

— Perfeito! Isso aí, Toramaru! –Segurou-o pelas bochechas. –Vai atrás dela e entrega as partes que a Junko ia cantar, anda logo que a apresentação já vai começar!

— Beleza! –Toramaru some do meio do povo atrás da loira, mas a apreensão dele ainda não havia terminado.

 E enquanto isso, em uma lanchonete bem distante da Raimon...

— Hummmm, isso tá uma deliia! –Falou Junko de boca cheia, estava saboreando o delicioso Sunday que Fudou havia pagado pra ela, enquanto ele, sentado de frente à moça fingia fumar um pocky.

— Meu pocky também tá gostoso.

— Isso, fica fingindo fumar e você vai pegar um câncer só de mentirinha.

— Junko, para de falar isso! –Parou na hora e enfiou o palito para dentro de seu pote de sorvete. Tsubasa deu de ombros e pegou outra colherada cheia, fazendo Akio rir.

— Sua bochecha tá suja.

— Tá? Ah não...!

— Deixa que eu limpo, fresca. –Riu e inclinou-se para ela.

— Me chama de fresca de novo e eu... –Sorrindo malvadamente, ele aproximou seu rosto ao dela e indo para sua bochecha, lentamente lambeu deixando a garota sem reação até que ele se afastasse.

— Prontinho.

 Junko passou do pálido para o roxo, rosa, vermelho e pimentão enquanto o olhava rir de sua reação surpresa.

— Você tá maluco de fazer isso, Fudou?!!

— Ai, calma, eu só estava limpando sua bochecha. –Fingiu ressentimento ao dizê-lo, Junko preferiu não falar mais nada, mas não conteve o riso quando ele começou a fingir chorar.

— Caramba, as meninas vão me matar por ter faltado... –Disse dando outra colherada e logo em seguida, pegando um pocky da caixinha de Fudou, comendo-o.

— Se você morrer amanhã, pelo menos o ultimo dia você passou comigo.

— Você tá muito convencido hoje, já é a segunda vez que me diz algo assim.

— É porque eu sei que você me ama. –Sorriu convencido inclinando-se na cadeira pondo as mãos atrás da cabeça.

— Quem te disse isso?

— Um passarinho. –Ela balançou negativamente a cabeça, ignorando seu comentário, pegou mais um pocky dele.

— Junko, isso é meu.

—... –Terminou de mastigar e o olhou. –Jesus ensinou a dividir.

— É mesmo? Então você o divide comigo? –A loira uniu as sobrancelhas, sem entender o que ele queria dizer.

— O que?

— O pocky, divide ele comigo?

— Claro! –Se pensar duas vezes, sorriu e pegou mais um da caixinha e estendeu para ele. –Fudou torceu o nariz.

— Ah, mas eu não quero assim. –Pegou-o de sua mão e levou-o até sua boca, até que ela o mordesse. Sorriu e avançou também, pegando a ponta do mesmo com a boca. Junko paralisou, enquanto Fudou ia o mordendo e se aproximando ainda mais de seus lábios, vendo de perto suas bochechas perderem a cor antes de tornarem-se como rodelas pimentões ambulantes. Ele o mordeu uma ultima vez quando já estava a centímetros de sua boca e se distanciou, ela, por sua vez pegou outro e ofereceu novamente a ele, que claramente aceitou e o processo se repetiu, mas quando estavam para quebrar completamente aquela distancia sem quaisquer interrupções...

— Fudou! –Uma voz feminina berrou dentro do lugar, os dois se afastaram e olharam na direção da porta, onde uma garota de curtos cabelos roxos acabava de entrar. –Há quanto tempo não te vejo!

 Junko olhou-a de cima a baixo quando esta abraçou seu melhor amigo, Fudou retribuiu totalmente desconcertado com o ato da recém-chegada.

— Nicky, o que... Você tá fazendo aqui? –Soltou-se dela.

— Ora, isso é jeito de falar com sua ex-namorada?

— Ex-namorada?! –Tsubasa explodiu no lugar, levantou de sua cadeira e encarou os dois com aquela típica expressão de alguma merda iria em breve acontecer.

~*~

 Com o pátio lotado e com o jogo de luzes a iluminar o palco, a plateia gritava em coro “Hey!” a cada vez que Goenji pedia acenando com o braço, enquanto a introdução era feita pela banda. Na plateia também estavam os outros membros que não participariam da musica, Aphrodi e até mesmo Nagumo, que raramente assistia as apresentações de seus colegas estava lá.

 O refletor direcionou-se para as cortinas, de trás delas, com suas silhuetas a mostra pelas sombras, elas iniciaram o show.

All the girls on the block knocking at my door

(Todas as garotas do bairro batendo à minha porta)

Wanna know what it is, make the boys want more

(Querendo saber o que é isso que faz os garotos quererem mais)

 As cortinas desceram, a gritaria no pátio começou e de lá Katherine, Lorelai, Ângela e Hanabi apareceram deslumbrantes, prontas para  mostrar o trabalho duro que elas haviam feito com aquela nova “Girl Band” da Raimon, e a primeira a fazer isso, sem que tivesse tanto trabalho como as outras, claro, era Kat, que era a surpresa e ainda assim o medo de Kazemaru na plateia, torcendo para que Herrera tivesse decorado suas partes.

Katherine:

Is your lover playing on your side?

(O seu namorado está jogando do seu lado?)

Said he loves you

(Disse que te ama)

But he ain't got time

(Mas não tem tempo)

Here's the answer

(Aqui está a resposta)

Come and get it

(Venha pegar)

At a knocked down price

(Num preço acessível)

— Graças a Deus. –Kazemaru agradeceu dando um suspiro aliviado, fazendo Érika rir abraçada ao seu corpo.

— Só relaxa, amor.

Lorelai:

Full of honey

(Cheia de mel)

Just to make him sweet

(Só para deixá-lo mais doce)

  Do pátio no meio do povo, assim que a Salazar começou, Nagumo acenou para ela sorrindo. Lori retribuiu com seu melhor sorriso para o ruivo, até porque, ele quase nunca estava lá quando ela cantava.

Crystal balling

(Bola de cristal)

Just to help him see

(Para ajudá-lo a enxergar)

What he's been missing

(O que está perdendo)

So come and get it

While you've still got time

(Então, venha pegar
Enquanto você ainda tem tempo)

 Seus olhos cobertos pelos óculos procuravam por todos os lugares algum sinal da cabeleira esverdeada, mas nem sinal dele. Ângela mordeu o lábio, era sua vez.

Ângela:

Get your boy on his knees

And repeat after me, say

(Deixe seu garoto de joelhos
E repita depois de mim, diga)

  A uma só voz, todos cantaram:

Take a sip of my secret potion

I'll make you fall in love

(Beba um gole de minha poção secreta
Eu te farei se apaixonar)

For a spell that can't be broken

One drop should be enough

(Por um feitiço que não pode ser quebrado
Uma gota deve ser suficiente)

Boy, you belong to me

I got the recipe and it's called Black Magic

(Garoto, você pertence à mim
Eu tenho a receita, se chama magia negra)
(2X)

Hanabi:

If you're lookin' for Mr. Right

(Se está procurando pelo Senhor Certinho)

Need that magic

To change him over night

(Você precisa dessa mágica
Para mudá-lo do dia para a noite)

 O tempo todos os olhares de Lori e Nagumo se encontravam, seus sorrisos não desapareciam e ele não parava de olha-la, nem mesmo quando sua irmã estava a sua frente cantando, até ser abraçado por trás. Ele olhou por cima de seus ombros os braços que o envolvia, e sorriu virando-se para beijar sua garota, logo voltando sua atenção para o palco novamente deixando Yasmin com o queixo encostado em seu ombro.

— Elas estão incríveis, né? 

— Sim... Fantásticas... –Ele concordou, seus ambares ainda estavam perdidos nos fios longos rosados da Salazar e em seu olhar brilhante voltado para um grupo de garotos olhando para ela. Nagumo se irritou. –Filhos da...

— Ângela! –Sua raiva aumentou ainda mais depois de ser empurrado por um garoto de rabo de cavalo na cor verde, que pulava no palco acenando para a garota de óculos. Yasmin o olhou estranhando, perguntando-se de onde ele conhecia a amiga e pincipalmente em quem ele era.

— Midorikawa? –Graden disse por fora do microfone ao ver Ryuuji quase invadindo onde ela estava, seu coração palpitou. Ele havia vindo vê-la, estava ali por ela, não podia decepciona-lo. Sorriu e levou-o o objeto novamente até a boca.

 ...

All the girls on the block knockin' at my door

—I got the recipe-

(Todas as garotas do bairro batendo à minha porta

—Eu tenho a receita-)

Wanna know what it is make the boys want more

—Now you belong to me-

(Querendo saber o que é isso que faz os garotos quererem mais

—Agora, você pertence a mim-) (2X)

— Kazemaru. –Aphrodi aproximou-se dele com um pouco de dificuldade por entre os outros alunos. –Elas são muito boas juntas, as vozes delas se encaixam perfeitamente, até mesmo mudando de ultima hora para a Kat no lugar da Junko. Você devia falar com a professora para deixar que elas fizessem mais apresentações juntas, todos estão gostando. –Olhou a sua volta, todos os alunos estavam curtindo a vibe da musica e dava pra ver o quanto as quatro estavam se divertindo com ela.

— Eu sei disso, tenho mais planos pra elas juntas.

  Midorikawa nem piscava, Ângela estava a sua frente no palco o olhando enquanto as outras faziam a base em coro.

Ângela:

Take a sip of my secret potion

One taste and you'll be mine

(Beba um gole de minha poção secreta

Um gostinho, você será meu)

It's a spell that can't be broken

And'll keep you up all night

(Por um feitiço que não pode ser quebrado

Eu te deixarei acordado a noite toda)

Boy, you belong to me

I got the recipe and it's called Black Magic

(Garoto, você pertence à mim

Eu tenho a receita, se chama magia negra)

And it's called Black Magic

(Se chama magia negra)

   Lorelai e Ângela faziam as notas de fundo, Hanabi e Kat e cantavam junto com a plateia, com as mãos para o alto os incentivavam a bater palmas. Kazemaru estava totalmente aliviado e surpreso por tudo ter dado certo, Kat havia se saído incrivelmente bem, mas ainda queria ter uma conversa particular com Junko.

Falling in love

(Se apaixonando)

Lorelai:

Magic...

(Magica..)

 O delírio e os aplausos do publico mostravam que a correria de ensaios e aquecimentos valeram muito a pena, abraçadas uma ao lado da outra, elas os reverenciaram em despedida, afinal, aquela surpresa era para todos eles. Era uma pena que nem todos haviam as visto...

~*~

 As pressas ele saiu do banheiro secando o rosto. Tinha mentido no dia anterior que havia se atrasado, e como castigo no dia seguinte seu despertador não havia tocado e Fubuki só acordou com o barulho de gatos brigando em seu telhado. Pegou o celular e desceu rapidamente para a cozinha, nem ia tomar café. Já estava pronto para sair, deixou a bolsa em seu ombro e se preparava para atravessar a porta para fora de casa.

— Os óculos.

 A voz repentina vinda da cozinha o assustou, ainda mais pelo sarcasmo envolvendo ela. Olhou para trás e sua boca formou um perfeito “O” ao ver de quem se tratava.

— Atsuya?! –O mencionado sorriu de lado piscando para Fubuki. –O que você tá fazendo aqui?! Espera… Como entrou?!

— Eu moro aqui. –Desfez o sorriso. –Você deixou a porta destrancada, um ladrão podia ter entrado aqui, sabia? –Shirou fez um biquinho, estava tão distraído naquela semana que nem se lembrou de trancar a porta durante a noite.

— É, mas você estava viajando… Quando voltou? –O de cabelos platinados pegou o óculos em cima do raque e colocou-os em seu rosto, aproximando-se do seu irmão.

— Hoje. Peguei umas férias da banda, terminou a turnê em Osaka. –Deu de ombros e jogou a casca da banana que acabara de comer no lixo, errando feio na mira. –Droga. –Foi até lá e jogou a casca no lixo.

— E… Você vai ficar aqui…?

 Atsuya olhou para o irmão incrédulo, parecia estar irritado, mas disfarçou rindo ironicamente.

— Claro! Acha que eu vou ficar aonde?

 Ótimo, mais um pra me encher o saco.

O mais velho disse em pensamento, suspirando e dirigindo-se de novo até a porta para ir à escola, saiu sem nem se despedir. Ter seu irmão mais novo de volta era a pior coisa que podia acontecer, e apesar de estar relativamente feliz pela presença de Atsuya, Fubuki preferia que ele não tivesse voltado, até porque, Atsuya não é o tipo de irmão que um nerd quer ter. Mais popular, mais bonito e mais talentoso do que Shirou, Atsuya tocava e cantava em uma banda nomeada Inazuma Breakers, onde há alguns meses estava em turnê pela Ásia. Como seus pais estavam morando em Hokkaido e deixaram Shirou no comando da casa que os irmãos moravam por conta da formação acadêmica dos dois, Fubuki não viu problema em deixar seu irmão sair em turnê com os amigos, contanto que ele estudasse e não se metesse em encrencas, estava tudo bem. Mas agora ele estava de volta, e o albino sabia que seu irmão não ia deixa-lo em paz.

— Era só o que faltava agora…

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

O ATSUYA TÁ NA FIC, CARA! HAHAHAHAHA O/ TuT Isso que dá Inazuma Ares nem ter sido lançado e já estar me matando do kokoro :') (?) ENFIM! Agora pensem comigo: Atsuya na fic, Satti na fic, Nicky na fic... TRETAS O/ e romance também, pq né ♥
ENFIM²! Espero que tenham gostado e desculpem os erros (preciso de um Beta, quem se habilita? ;-;)
DEIXA EU COLOCAR AQUI ANTES QUE EU ESQUEÇA DE NOVO!
Tumblr: http://crushmusicclub.tumblr.com/ (aparência da Nicky e spoiller(s) >.>)
Espero que tenham gostado ♥ *w*
KYSSUS!!! ^.~/



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